Os Cinco Selos escrita por Tio Arcanjo


Capítulo 198
Ermo Negro


Notas iniciais do capítulo

Yoooo

Quase ficamos sem capítulos, viu
Torça ai para que uma milagre aconteça, porque minha criatividade está um lixo
Talvez o vicio em dauntless esteja piorando tudo

Boa leitura ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/686669/chapter/198


Uriel abriu os olhos, fintando o céu negro e constelado com suas diversas estrelas e com a coloração exuberante da aurora boreal.

De súbito, uma torrente de almas rompeu de algum local onde não se era possível definir e a engoliu. O toque frio da morte percorreu por todo seu corpo, fazendo até mesmo a anjo gélida sentir calafrio. No momento em que as almas dissiparam, Uriel finalmente percebeu que estava em uma queda livre. Então, suas asas brancas-cristalinas se aplumaram, e ela controlou a queda até que conseguisse ficar inerte no ar.

A primeira coisa que Uriel fez depois fora fintar a lua, que era muitas vezes maior e mais cintilante do que a do plano de onde vieram. A paisagem sobre ela era completamente rochosa, cercado por cordilheiras, precedida por vales, planaltos e planícies, porém não havia uma única árvore ou flor. Não sentia o vento roçar em sua pele, nem escutava um único som, a não ser do bater de suas asas. Nada se movia. Era um ermo. Um ermo muito lindo, constatou Uriel, pois a beleza dos corpos celestes e sua iluminação na paisagem fazia ela ter uma visão que nunca teve.

Deixando sua admiração pela vista de lado, a arcanjo voltou sua atenção a torrente de almas, que agora defasada, percorria em linha reta cada vez mais distante. Com os olhos forçados entreabertos, conseguiu distinguir um pequeno foco de luz naquela direção, e não parecia ser de uma fonte natural. Ademais, também sentiu uma aura sombria emanando de lá, com um sútil toque familiar. Se a suposição do Edward estiver correta, pensava, é Azrael a quem sinto agora.

Devagar e com cautela, ela seguiu voando em direção a esta presença sombria e familiar. Seus olhos azuis se moviam de um lado para o outro sem parar, percorrendo pelo relevo em busca de algum demônio que poderia ter a visto, mas não encontrava nem mesmo uma vivalma.

Prosseguiu ela, então, e conforme se aproximava da luz, percebia que se tratava de um grande castelo. Quando estava bem próxima do destino, finalmente encontrou seres vivos, e se tratavam de demônios. Rapidamente Uriel abaixou seu voou para o topo da cordilheira que cercava o paço. Se não fosse pelo seu alto voo ou a iluminação provida das fogueiras do pátio, seria impossível perceber toda esta construção, graças a cadeia de montanhas que o cercava.

O castelo era enorme, muitas vezes maior, mais bem detalhado e construído do qualquer uma das construções dos humanos. Seu pátio cobria toda a área restante até a cordilheira, pois não havia muralha para delimitar. Além disso, estava abarrotado de centenas e mais centenas dos perversos demônios de todos os tipos, com exceção da gigante besta voadora e os espectros, ela notou. Alguns dormiam, outros ficavam quietos e maioria estavam agitados, incitando e iniciando brigas entre si.

Em uma destas brigas, Uriel se viu obrigada a se ocultar por entre as rochas, pois os demônios voadores passaram em muito perto dela. Para ela, era mais que óbvio de que não haveria forma silenciosa para adentrar no paço, e para isto só restava um único e possível plano, no qual não a agradava muito. Tomada de seus devaneios por um rumor peculiar, voltou sua atenção ao pátio, mantendo-se mais discreta o possível.

Sobre uma espécie de altar e por entre o arco de pedra talhado com runas que se erguia muitos metros acima, um portal azul e ondulante surgiu. Dali, centenas e mais centenas de demônios saíam, na mesma medida que os que estavam no pátio adentravam. Minutos se passaram, e o portal se fechou, mas imediatamente outro se abriu, mas este de coloração verde. Primeiro, uma manada de animais com seis patas e robustos e peludos saíram, precedidos por outros menores com quatro patas, sem pelos e mais magros. Em carroças, partes de animais gigantes foram os próximos e os últimos, com a fenda se fechando em seguida. O alvoroço entre os demônios se intensificou, pois agora brigavam pelo seu pedaço de carne merecido.

Um poderoso banque ressoou pelo pátio, e os demônios imediatamente levaram seus olhares na direção que emanou, assim encontrando um anjo.

— Demônios imundos que ousaram profanar a pureza do reino do meu Senhor com sua imundice — Uriel desembainhou a lâmina e apontou-a —, agora hei de purificar seu reino profano e imundo em nome Dele.

Os demônios se ouriçaram e sibilaram, partindo aos montes confrontar a arcanjo.

A partir dos pés de Uriel, a fina camada de gelo começou a se cristalizar no solo, se propagando em direção a horda inimiga. A velocidade e a intensidade do avanço impediram com que os demônios fossem congelados imediatamente, obrigando-a a intensificar em muito a quantidade de friagem que fluía, e então conseguiu frear os movimentos em alguns, fazendo com que se atropelassem em cadeia. Utilizando suas asas para se propulsionar, Uriel investiu com ímpeto, utilizando sua espada para dilacerar as criaturas imundas que não conseguiam se mover.

Com sua visão periférica, conseguiu enxergar uma esfera de energia vermelha atropelando os demônios em sua direção. Um muro de gelo se ergueu, e a esfera o confrontou, rompendo-o em uma explosão. Uriel voou por entre os estilhaços, sobrevoando sobre a horda em direção ao seu atacante, e encrustou sua lâmina no crânio dele. Girando seu corpo no ar, ela desincrustou a lâmina disparando uma estaca a partir dela e dos dedos da mão esquerda, perfurando os que estavam próximo. Em seguida, voou para cima.

Demônios alados subiram em seu encalço, tentando alcançá-la com suas afiadas garras. Repentinamente, Uriel desceu, dividindo o primeiro demônio ao meio, e depois balançou sua espada de um lado para o outro, cortando muitos outros. Uma garra talhou superficialmente sua bochecha esquerda, então ela girou o corpo e afastou-se para o lado. As criaturas a cercaram e não hesitaram a ir ao mesmo tempo. A arcanjo fez uma névoa gélida pulsar de seu corpo, congelando levemente as asas de seus inimigos, debilitando-os. Alguns caíram e outros ela enfrentou de frente, ziguezagueando e estocando com sua lâmina fria.

Em um determinado momento, Uriel se jogou para trás, e uma esfera de energia passou rente, fazendo-a sentir toda sua intensidade. Não obstante, uma segunda explodiu suas costas, arremessando-a direto contra a rocha que formava a cordilheira. Por um instante, Uriel ficou desnorteada, mas voltou a si ao balançar a cabeça. Olhando por cima dos ombros, viu a tempo a terceira esfera viajando em sua direção, e ela, pegando impulso nas rochas, atirou-se em direção ao chão. Com o impacto da energia contra a cordilheira, a pressão gerada a empurrou mais forte em sua queda.

Utilizando suas asas, a arcanjo conseguiu frear e pousar de forma firme, contudo a horda de sombrios irrompera em sua direção. Espetos de gelos emergiram do solo, perfurando os demônios e contendo levemente o avanço. Ela tentou voar, mas as criaturas aladas a impediu, assim sendo obrigada a confrontar todos na superfície.

Em conjunto com sua espada e gelo, Uriel enfrentava a horda com ímpeto, estocando, talhando, congelando. Seus braços não paravam de se mover, seu corpo alternava de lugar a todo instante, fugindo dos golpes. Algumas garras lhe atingiam, mas sua armadura prateada nem mesmo arranhavam. Entretanto, os pesados golpes das bestas demoníacas a desestabilizavam, interferindo na continuidade de seus ataques, e os demônios usavam isto ao seu favor e aglomeravam-se cada vez mais, praticamente se amontoando nela. Enfurecida e temerosa, Uriel fez o gelo pulsar de seu corpo intensamente, congelando muitos dos inimigos próximos, e muitos dos restantes hesitaram e recuaram com medo.

Uriel concentrou o gelo em sua espada e a ergueu, porém uma corrente mágica vermelho-sangue se enroscou em seu pulso, impedindo seu movimento, no mesmo instante que outra se entrelaçou em seu pulso esquerdo. Ela seguiu com o olhar e encontrou um grupo de espectros no ar, com suas lamparinas de ossos emanando um círculo mágico, de onde surgiam mais correntes, que logo envolveram mais seus braços e pernas. Uriel tentou fazer seu gelo fluir, mas não conseguiu, então tentou utilizar força bruta. Houve o som de crepitar, e eletricidade percorreu pelos elos até a arcanjo, que passou a ser eletrocutada e gemer de dor.

Continua ♥ :p


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, bem, bom... Agora a história vai seguir com a queridissima Uriel
O QUE SERÁ QUE VAI ACONTECER, HEIN?
Já fizeram suas listinhas de possíveis mortes nessa parte? Só perguntando mesmo
AH, E POSTEI CAPÍTULO NO RESET, SÓ AVISANDO MESMO
Obrigado por terem lido!
Fiquem com O Construtor e não usem drogas! ;)

Fanfic também postada em: http://onlyanimes.net/fanfics/historia/22332/os-cinco-selos
http://fanfics.com.br/fanfic/52986/os-cinco-selos-rpg
https://fanfiction.com.br/historia/686669/Os_Cinco_Selos/
https://www.wattpad.com/story/71389755-os-cinco-selos/parts



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Cinco Selos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.