Os Cinco Selos escrita por Tio Arcanjo


Capítulo 155
Álgido


Notas iniciais do capítulo

Yooo,
Como prometido, hoje voltamos com nossa programação de sadismo semanal
Quando teremos momento família novamente?
Rapaz, isso nem eu sei responder
Eu já achei surpreendente ter momento de família aqui

Boa leitura ^^



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Aiken

 


Após determinarem o plano, Lua e Aiken se teletransportaram para as ruínas onde houve o encontro entre eles e a Pietra. Era nítida a preocupação que Lua deixava transpassar, mas Aiken não disse nada, limitou-se a apenas beijá-la. Ela ainda ficou um tempo parada olhando para ele, até por fim os raios verdes envolverem seu corpo e sumir. Fazia um tempo que não ficava sozinho, pensou Aiken.

Despreguiçando-se, o Selo da Fome começou a ir rumo em direção ao lugar assombrado pela neve infinita. Por enquanto, o lugar que ele estava era tudo podre. Árvores estavam mais do que secas, flores murchas e sem cor, carcaças de animais que há muito morreram e o solo era o mais podre dentre tudo. Aiken não conseguiu imaginar o que levou aquele lugar ficar assim, apesar de ser fruto do desequilíbrio, era necessário um bom motivo para estar desse jeito.

Chegando na divisa entre a podridão e a neve, Aiken sentia a brisa fria de congelar os ossos. Sua esclera ficou negra e sua íris com um prateado intenso, então as chamas prateadas abraçaram seu corpo para mantê-lo aquecido. Por onde caminhava, a neve derretia com o calor das chamas. Incrível que tinha pessoas vivendo aqui, pensava, realmente os demônios não pensariam em ficar vindo para cá. Bem, não com frequência.

Aiken caminhou e caminhou, e a nevasca só parecia aumentar, impedindo dele enxergar muitos palmos a sua frente. Estranhamente — depois de praguejar mentalmente sobre esta nevasca de merda —, a nevasca pareceu ficar menos intensa. Isso proporcionou a Aiken à vista do cristal que procurava. Era maior do ele pensava, sendo, talvez, maior que ele. O azul do cristal era bem escuro e pouco cristalino; estava flutuando a frente de uma montanha coberta pela neve.

De seu bolso, o Selo retirou um pequeno cristal prateado — quase branco. Como instruído por Mikaela, ele apenas depositou um pouco de suas chamas nele e nada além aconteceu. Tsc, nem todos estão prontos, praguejou mentalmente. Observando ao redor, Aiken direcionou-se para o que torcia para ser uma caverna. Ao confirmar que era, derreteu a neve que cobria sua entrada e adentrou.

Lá dentro, sentou-se e aguardou o sinal com o cristal na mão. Aposto que é o retardado do Dante que está empacando. Entediado, Aiken esperou por um tempo que pareceu uma eternidade até que, finalmente, o cristal prateado em sua mão virou pó. Seu sorriso alargou-se.

— Está na hora de trabalhar.

Aiken fora até o mesmo local onde havia estado. Olhou de um lado para o outro, e não conseguiu encontrar nenhuma alma viva, apenas a neve. Cautelosamente, ele deu um passo à frente, e, no mesmo instante, começou o tremor. O Selo observou a montanha se mexer, aumentar. A neve começou a recair, fazendo com que a ventania aumentasse, obrigando Aiken a proteger sua visão com o braço. A montanha coberta de neve, demonstrou-se ser, na verdade, uma criatura alada. O dragão detinha a pele escamada branca mesclada com um tom reluzente de azul, onde havia vários cristais azuis encrustados em si. O azul de suas asas era sólido, mas que reluzia com a luz.

Vendo o tamanho de seu adversário e sentindo um grande poder emanando dele, Aiken imediatamente afastou-se do dragão para aumentar a distância entre eles, na mesma medida que suas katanas negras saltavam da bainha.

O dragão olhou para o Selo. Aiken observou a boca da criatura parecendo inflar e a energia concentrar-se na boca. Quando ele cuspir fogo eu..., Fome arregalou os olhos, e correu para direita em disparada. O dragão soltou o bafo gélido de sua boca, seguindo o Selo — quando o bafo entrava em contato com o chão, o gelo amontoava formando muro.

— Mas é claro que a porra de um dragão de gelo vai cuspir gelo, e não fogo! — praguejou para si enquanto corria.

Quando o dragão cessou o ataque, Aiken imediatamente freou e escondeu-se atrás dos recém-criados muro de gelo. Certo, se eu conseguir atacá-lo antes dele voar é uma boa. Se voar, terei problemas.

Repentinamente, a nevasca se intensificou. A neve passava por abundância por cima do muro de gelo, ofuscando completamente a visão do Selo. Junto com a nevasca, houve o bater de asas. Aiken suspirou. Agora, eu tenho problemas, ele pensou.

Aiken virou de frente para o gelo e cruzou suas katanas, então a cauda do dragão rompeu o muro e brandiu contra as lâminas, fazendo-o ser arremessado. O Selo rolou e ficou de pé de imediato. Olhou para a criatura alada nos céus, preparando outro ataque com sua torrente de gelo. Porém, o dragão disparou uma grande bola de gelo em direção ao Selo. Aiken fez suas katanas arderam ainda mais em chamas. Segurando a lâmina esquerda com a ponta voltada para baixo, cortou horizontalmente. Com a lâmina direita, cortou verticalmente. Divido em quatro partes, os pedaços da esfera de gelo não o atingiu. Entretanto, a pata dianteira do dragão veio seguidamente. Aiken apenas teve tempo o suficiente para cruzar suas lâminas acima da cabeça, então a pata o atingiu. O Selo afundou, o chão estilhaçou. Fazendo um grande esforço, Fome tentava segurar a pata para não ser esmagado, mas a pressão era muita.

— Despertar: Deus da Fome.

As chamas prateadas se intensificaram. Praticamente no mesmo instante, os dedos da pata foram cortados. O dragão rugiu de dor erguendo sua pata, mas, com a livre, acertou o Selo com uma pancada. Fome voou abertamente até chocar-se contra uma montanha, encrustando-se. Suas chamas prateadas o cobria como se fosse um manto e a máscara de chamas prateadas ocultava seu rosto — que, neste momento, fazia uma expressão de dor.

— Espero que quem tenha dado um livro de fantasia para Bahamut tenho morrido lentamente e dolorosamente — reclamou.

O corpo de Aiken transformou-se completamente em suas chamas, e ele saiu voando às pressas dali. O dragão apareceu em meio aos céus e destruiu a montanha com um golpe de suas garras, rugindo ferozmente.

Parecendo uma nuvem de chamas prateadas, Aiken voava em direção ao cristal. Este dragão é diferente do que enfrentamos no limbo... é mais esperto. Ou simplesmente porque estou lutando sozinho, diferente daquela vez, mas isso é irrelevante no momento, pensava, ele é tão frio que minhas chamas não ficam queimando na região do corte, logo não poderei usar a propriedade de minhas chamas para alterar seu peso. Também já percebeu que enquanto voa a vantagem é dele. Terei que enganá-lo.

 — Personificação da Fome.

Aiken voltou a sua forma corporal — o nimbo prateado com o desenho de uma fera selvagem se formou em suas costas.

Preocupado com a segurança do cristal, o dragão apareceu no ar cuspindo sua torrente gélida. Aiken esforçou-se para correr do ataque frio, correndo de um lado para o outro. Enquanto isso, o amontoado de gelo ao redor do cristal só ia aumentando. Aproveitando-se disto, Fome escondeu-se entre estes vários muros de gelo. Percebendo seu equivoco ao fazer um campo para que seu inimigo se escondesse, o dragão apressou-se destruindo as paredes gelo com suas patas.

Repentinamente, vinte lobos prateados saltaram em direção ao dragão. A besta gélida preparava-se para contra-atacar, mas viu que Aiken — sua pele estava prateada —parado atrás do cristal com as katanas viradas para baixo. Sem pensar duas vezes, o dragão ignorou os lobos e esticou sua pata dianteira com as garras até o cristal, entretanto, ao fazer isto, Aiken desmanchou-se em chamas prateadas que foram levadas com o vento. Apenas um clone. A alcateia recaiu sobre os olhos do dragão. Nas costas da besta, estava um lobo solitário, que logo começou a tomar forma de Aiken.  Aproveitando a distração do dragão com os lobos, o Selo cravou suas katanas nas costas da fera.

Por detrás da máscara de chamas, seu sorriso sádico alargou-se.

Aiken saiu correndo e rasgado as costas do dragão, que logo começou a rugir de dor, enquanto tentava impacientemente retirar os lobos de seus olhos azuis. Ao mesmo tempo que talhava as costas, Aiken garantia que o dragão iria ficar no chão deixando-o mais alguns quilos pesado. Aproximando-se da cauda, Fome descravou suas katanas, deixou seu corpo mais leve e saltou, jogando sua katana esquerda em direção ao cristal.

— Sorte de não cortar você todo, pois preciso de você o mais inteiro o possível. — Do bolso de sua calça, retirou uma pedra rúnificada do tamanho da palma da mão. — Por ora, apenas enfraquecê-lo é o suficiente.

Aiken jogou a pedra na ferida exposta. Ao entrar em contato com a carne e sangue, a pedra se encandeceu. Enquanto o desenho da runa queimava em sua pele escamada para ficar marcado, o dragão começou a rugir de dor.

A katana que Fome jogou em direção do cristal fora pega no ar pelo seu gorila de pelagem prateada, que, sem demora, cravou a lâmina na pedra. Brilhando, o cristal estilhaçou-se em finos pedaços.

Quando, enfim, a runa marcou-se por completo na pele do dragão, virou-se e encarou o Selo com seus olhos azuis ardendo em fúria. Aiken — sua segunda katana já estavam em punho — devolvia o olhar com a mesma intensidade.

— Deve ser vergonhoso para você não ter conseguido proteger aquilo que era seu único dever.

A nevasca se intensificou. A boca do dragão se inflava. Agora só tenho que sobreviver até a segunda parte do plano começar, Aiken pensou, preparando-se.

Continua ♥ :p

 

Curiosidades:

Lua: uma dos Guerreiros Sagrados, e a segunda criança a ser salva por Camille. Lua havia sido capturada por demônios e, como muitos outros, virou escrava. Ainda muito jovem, aos onze anos, viu seus pais morrerem, amigos e muitos outros. Se não fosse por Camille, ela mesmo teria morrido de fome. Quando fora salva por sua rainha, Lua estava praticamente em pele e osso. Sua situação era tão grave que até mesmo os demônios a jogaram na pilha de corpos mortos, deixando-a para morrer.

Arma: uma khopesh. Ou seja, uma espada com lâmina curva. Perfeita para decapitação.

Magia: uma espécie de teletransporte que ela deu o nome de Delírio. Com esta magia, Lua pode ir a qualquer lugar, desde que esteja com a imagem do local a cabeça; caso não, ela irá ir para um local aleatório. Quanto mais longe, mais mana consumida. Uma magia retirada do livro dos Mephistos, doutrinada por Boros.

Idade: 21 anos.

Altura: 1,75 metros.

Aparência: cabelos loiros e liso, mas cacheado nas pontas. Lua é magra, de pele branca e suas curvas são bem medianas. Sua beleza está focada em seu rosto, onde suas maças são bem ressaltadas e dotada de um rosado natural. Uma beleza delicada, apesar de ela não ser.

Características: apesar de tudo o que passou, Lua consegue ser muito brincalhona, sempre beirando a perversão. Em luta, porém, torna-se uma assassina impiedosa e extremamente fria. De certa forma, ela consegue ler muito bem uma pessoa, e, por causa disso, gostou de Aiken desde o início, pois encontrou alguém que parecia em muito com si.

Gosta: de ficar em grupo.

Odeia: sentir-se presa.


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Notas finais do capítulo

Lembro de eu falando que não conseguia introduzir dragões na minha história e estava triste por isso
O MEU EU DA PASSADO ESTARIA ORGULHOSO DO MEU EU DO FUTURO HOJE
Obrigado por terem lido!
Fiquem com seus animais de estimação e não usem drogas! ;)
Fanfic também postada em: http://onlyanimes.net/fanfics/historia/22332/os-cinco-selos
http://fanfics.com.br/fanfic/52986/os-cinco-selos-rpg
https://fanfiction.com.br/historia/686669/Os_Cinco_Selos/
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