Os Cinco Selos escrita por Tio Arcanjo


Capítulo 150
Suspenção


Notas iniciais do capítulo

Yooo,
Chegamos ao capítulo que, talvez... apenas talvez, seja esperado por muitos, ou não

Sem enrolar, então

Boa leitura ^^



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O dragão subia aos céus. Kleist segurava em sua cauda com força para não cair. Quando a criatura começou a voar em uma posição plana perto das nuvens, o Selo foi subindo até as costas dele. Com dificuldades, ele conseguiu ficar de pé. O vento forte que soprava fez seu capuz abaixar, assim seu cabelo ondulado castanho ficou remexendo violentamente. Passo por passo, Guerra tentava andar sobre o dragão, mas o vento forte quase o lançava para trás. Depois de muito esforço, enfim chegou na parte nas costas do dragão onde ele havia feito o corte anteriormente. O rasgo não era grande, mas profundo o suficiente para deixar a carne exposta. Após firmar-se, Kleist segurou o cabo da espada com as duas mãos com a ponta da lâmina para baixo.

— Cuspa este... — Ele ergueu a espada o mais alto que pode. — Retardado!

As chamas amarelas arderam na espada, cravando-se fundo na ferida aberta. O dragão soltou um rugido alto de dor, estremecendo-se. Kleist quase caiu, mas segurou-se firme na espada, que por estar cravada fundo não se desprendeu.

— Acredite... é para seu próprio bem.

Kleist descravou a espada — mais um rugido ecoou — e preparou-se para dar um segundo golpe, mas, subitamente, o dragão começou a subir. Com a inclinação, o Selo da Guerra perdeu o total equilíbrio e começou a cair, tentando se agarrar em qualquer lugar, porém não conseguiu. Enquanto caia em queda livre, Kleist pode ver o dragão dar meia volta e começar a descer em sua direção. Guerra começou a se remexer no ar. O dragão abriu a boca e o engoliu também.

Edward observou Bahamut pousar no chão alguns metros de si, e o Morte daquela linha temporal cercava-o do outro lado também um pouco distante.

Postando-se de lado, Edward deixou suas pernas entreabertas, levou sua foice para trás na direção ao Morte e ergueu sua mão esquerda na direção do Bahamut, mantendo sempre olhar sobre o rei dos demônios.

Seus olhos azuis não piscavam.

A tensão entre os três era tão tensa que os demônios e humanos se afastavam deles em um grande raio.

Então ele piscou.

O punho de Bahamut se projetou a centímetros de seu rosto. Com um excepcional reflexo, Edward jogou sua cabeça para lado, e o punho passou muito próximo de seu rosto — Bahamut fez uma expressão de surpresa, enquanto a pressão do soco fazia o solo fragmentar.  Usufruindo de suas asas de energia negra, Edward se impulsionou para frente, e a foice do Morte se cravou no lugar que ele estava. Ele rolou pelo chão e logo se pós de pé, voltando para posição de antes, com uma expressão séria.

Bahamut e Morte se entreolharam, preparando-se para atacar ao mesmo tempo, entretanto os dois olharam para o lado e viram o machado vermelho envolto em chamas verdes indo em sua direção. Morte voou, Bahamut saltou e o machado brandiu pesadamente contra o chão, abrindo uma rasa cratera com o impacto. Pietra trocou de lugar com o seu machado. Seu braço ardeu em chamas verdes e ela disparou no Bahamut que estava no ar. Ele gingou seu corpo para o lado, e o pilar de chamas verdes emergiu até os céus.

— Que mulher presunçosa... — ele disse, sorrindo.

— Não é o primeiro a dizer-me isso. — Os olhos verdes da Pietra brilhavam intensamente.

— Talvez eu seja o último.

Sobre a palma direita de Bahamut, uma esfera roxa de energia cresceu.

Edward voou em direção a Pietra e pegou-a.

A esfera se chocou contra o solo, a explosão ocorreu aprofundando em muito a cratera e causando tremor.

— Isso foi imprudente — advertiu Edward, com Pietra em seus braços.

— Você não vai ficar com a toda a diversão, capitão. — Ela sorriu, quase sadicamente.

 Mikaela apareceu no ar perto deles. Asas semitransparentes de contorno colorido se projetavam em suas costas e um círculo mágico vermelho em sua mão esquerda, que estava apontado para Bahamut e Morte.

— Ora, admiro a coragem de vocês estarem assim comigo aqui — ela disse para os dois, mas manteve seu olhar fixo em Bahamut.

— Ele que me agarrou, você viu! — Pietra deslizou, apoiou as mãos no chão e levantou-se em um salto. Esticou o braço esquerdo para o lado e seu machado parou em sua mão. — Obrigada, Aiken.

Aiken chegou até eles caminhando tranquilamente. Suas chamas prateadas envolviam seu corpo e suas katanas. Ele ficou ao lado de Pietra.

Bahamut moveu seus olhos da Mikaela até Aiken, observando-os tentando compreender o que acontecia. Ele olhou para o Morte, mas viu que ele estava tão confuso quanto ele. Um largo sorriso começou a se fazer em seu rosto, junto com baixas gargalhadas.

— Magnifico... de fato, magnifico. — Bahamut coçou a barba em silêncio. — Vamos recuar.

— Nem fodendo! — vociferou Pietra.

Edward colocou a foice na frente de Pietra para impedi-la de fazer algo, e ela ficou quieta ao ver a expressão séria no rosto de seu capitão.

Morte e Bahamut começaram a voar, dando as costas para todos.

— Cadê meu dragão...?

O dragão apareceu em meio as nuvens indo em sua direção, mas explodiu espalhando chamas vermelhas e amarelas pelo céu. Pedaços de dragão, entranhas e várias lâminas criadas por Kleist começaram a cair do céu como chuva. Os dois Selos — cobertos por uma gosma nojenta — saíram rolando pelo chão até ficar com a cara voltado para o mesmo e foram deslizando até o restante dos Selos. Lentamente, os dois ergueram os punhos do chão e tocaram, levantando a cabeça e abrindo um sorriso sem mostrar os dentes em seguida.

— Do caralho — disseram, e voltaram com a cara virada para o chão.

Dando de ombros, o rei dos demônios continuou seguido em frente. Demônios feridos começaram ao seguir. Bahamut esticou o braço em direção a eles.

— Inúteis até mesmo para morrer em batalha.

O feixe de energia roxo obliterou com o grupo e causou uma explosão alta com o impacto contra o solo — o vento resultante da explosão fora intenso.

Todos só saíram da posição defensiva e relaxaram ao ver Bahamut e Morte desaparecerem no horizonte.

A chuva fria começou a recair sobre eles.

Desta vez, não houve comemoração por partes dos sobreviventes.

 

 

 


Ainda do lado de fora do reino, a movimentação era intensa. Todos focados em ajudar aqueles que estavam feridos. Os corpos mortos dos demônios e humanos começaram a ser recolhidos — os demônios eram empilhados, enquanto os humanos eram enfileirados.

Mikaela estava um pouco afastada dos outros, ainda olhando para onde Bahamut sumiu. Edward se aproximou dela, cobrindo-a com seu sobretudo para protegê-la da chuva e ficou parado ao seu lado. Depois de um curto silêncio, ela disse:

— Não esperava vê-lo... Nunca mais.

— Não importa quantas vezes ele apareça, nós sempre daremos um jeito de matá-lo — simplesmente disse.

— Eu sei. — Ela pendeu a cabeça para o lado repousando-a na dele.

E, desta vez, você não irá morrer, pensou Ed, passando seu braço pela cintura dela.

Os dois começaram a ir onde os Selos e os Guerreiros Sagrados de Arcádia estavam reunidos, mas Mikaela parou ao perceber que Edward estava ficando para trás. Olhando para trás, ela o viu com os olhos arregalados.

— O quê?! — ela perguntou, ficando meio assustada.

— Me-me-me...— Engoliu seco. — Meu sobretudo!

— O que tem ele? — Mikaela o tirou e ergueu. Em seu meio estava o rasgo que Sombra adquiriu quando lutava. — Ah. Um furinho. — Do buraco, ela viu os olhos de Edward começarem a brilhar. — Não, não, não, não, não chore!

— Mas... mas...

— Eu costuro! Eu costuro, ok?!

— Costura...?

— Sim, sim, eu costuro! Não chore. Vai ficar novinho!

— Certo... ok  — ele sorriu.

Mikaela suspirou.

Os dois se juntaram aos outros quando os Selos terminaram de explicar a situação por parte deles. A rainha Camille ficou em silêncio por um instante, absorvendo tudo que fora dito, e ninguém tirou silêncio. Por fim, disse:

— Entendo. Agora, temos muita coisa a se fazer, e a falar também. — Ela olhou para os gêmeos. — Isso começa por vocês dois, não há como iniciar de outra forma. O restante, vem comigo.

Camille tomou o cigarro da boca de Deckard quando ia embora e começou a tragar, e os Guerreiros Sagrados a seguiram, exceto os gêmeos.

Os Selos ficaram olhando para eles, enquanto Deckard e Miana ficavam desviando o olhar.

— Como podemos dizer...? — começou Miana, coçando a bochecha.

— Nós somos filhos de Mikaela e Edward desta linha temporal — concluiu Deckard imediatamente.

Os Selos olharam para Edward e Mikaela.

Edward arregalou os olhos e sua boca ficou entreaberta, e olhou para Mikaela, que apenas coçou a bochecha e deu uma risadinha.

— Como posso dizer...? Já venho me sentindo estranha há um tempo... — Mika disse.

— Quê? — Edward arregalou ainda mais os olhos e abriu totalmente a boca. – Você... vo-você está grávida?!

— Est-

Edward colocou as mãos na cintura dela e ergueu-a o mais alto que seus braços deixavam.

— Por que não me contou antes?!

— Porque sabia que você não me deixaria participar se algo acontecesse — ela disse, emburrada.

— Mas é claro que não ia! — Ele a trouxe para si e abraçou-a. — Você está grávida, oras!

Mikaela passou suas pernas pela cintura de Edward e abraçou-o passando os braços pelo pescoço dele e aninhando sua cabeça a dele.

Enquanto os Selos olhavam para Edward e Mikaela, Kleist ficou observando os gêmeos. Os dois esboçaram um curto e rápido sorriso, mudando sua expressão para angustiada logo após.

— Mas não é só isso, é? — questionou Kleist para eles.

Os gêmeos negaram com a cabeça.

— Nossa mãe foi morta por nosso pai — disseram em uníssono.

Continua ♥ :p


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Notas finais do capítulo

RAPAZ, ESSE FINAL FOI REVELAÇÃO ATRÁS DE REVELAÇÃO HEIN
ISSO AQUI TÁ MELHOR QUE O PROGRAMA DO JOÃO KLÉBER
Obg por terem lido!
Fiquem com Buda e não usem drogas! ;)
Fanfic também postada em: http://onlyanimes.net/fanfics/historia/22332/os-cinco-selos
http://fanfics.com.br/fanfic/52986/os-cinco-selos-rpg
https://fanfiction.com.br/historia/686669/Os_Cinco_Selos/
https://www.wattpad.com/story/71389755-os-cinco-selos/parts



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