Partners escrita por Fe Damin


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos,
Já começo pedindo desculpas pela demora em postar esse capítulo, ainda mais que eu sei que a parte em que o anterior acabou não foi nem um pouco legal para esperar... Mas já estou de volta e as postagens voltarão a ser semanais.
Para vocês ficarem felizes, adianto que esse capítulo é um amorzinho, vamos ver o que acontece logo após o Ron e a Mione serem atacados, principalmente como a Mione lida com a última imagem que viu.
Espero que vocês gostem :)



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Hermione Pov

Acordei o que poderiam ser horas ou minutos depois, deitada numa cama estreita. Minha cabeça latejava, abri os olhos para avaliar onde eu me encontrava e o que vi me fez deduzir ser um quarto de hospital. As paredes brancas e os aparelhos de monitoração ligados ao lado do meu leito confirmavam minhas suspeitas. Minha mente estava se esforçando para conectar os pontos e lembrar o que acontecera para me levar até ali. De repente tudo voltou, a missão, a luta contra os criminosos, a ajuda que eu nem sabia se havia chegado, mas como eu me encontrava inteira e sendo tratada em um centro médico, eu estava bem certa de que os passos que eu tinha escutado eram sim dos reforços que pedimos, eu só esperava que eles tivessem conseguido reaver a caixa e prender a quadrilha de ladrões, o Weasley...

Congelei por um momento, lembrando a última cena que eu vi antes de perder a consciência, ele caindo desacordado no chão depois de ser atacado em cheio. Eu não tinha informação nenhuma ali, não sabia como a missão havia acabado e muito menos se o Weasley estava bem. Uma ansiedade crescente se formou no fundo do meu estômago, eu já estava prestes a arrancar os fios pregados em mim e ir atrás de qualquer notícia quando a porta do meu quarto se abriu, revelando uma enfermeira já idosa de aparência simpática.

—Onde ele está? Está tudo bem com ele? – não dei tempo a ela nem de dar oi, minha cabeça ainda doía um pouco, mas a última cena de que eu me lembrava permanecia congelada no meu cérebro: ele tinha sido atacado.

—Olá, querida, você acordou, está se sentindo melhor? – foi resposta nada satisfatória que eu recebi daquela mulher de sorriso doce.

—Estou bem, mas não foi isso que eu perguntei, meu parceiro, Ronald Weasley, provavelmente chegou comigo, como ele está? – repeti exasperada, eu precisava dessa informação, pelo bem dos meus nervos.

—Você está falando do ruivo? – assenti e ela continuou – ele chegou em estado crítico, foi levado para ala de tratamento intensivo, mas já faz bastante tempo, você dormiu bastante, essa hora já deve estar de volta ao quarto dele.

—Qual é o quarto dele? – praticamente cuspi a pergunta de tão nervosa que eu estava, todo meu tato costumeiro tinha sido esquecido.

—Não posso te dar essa informação, querida, você tem que descansar e apenas familiares podem fazer visitas aqui no hospital – ela tentou me aplacar com mais um sorriso, contudo eu não estava disposta a me deixar levar, eu sabia que ela estava apenas cumprindo regras, mas as regras iam ter que ser esquecidas naquele momento.

—A senhora não está entendendo, ele estava caído quando o vi, por favor, preciso ver se ele está bem! – eu sentia minhas mãos suando frio, meu coração pulsando forte só de pensar que alguma coisa poderia ter dado errado.

—Ah, pobrezinha, não fique assim tão nervosa, eu posso descobrir alguma coisa se você quiser – seu olhar transmitia simpatia.

—Por favor, eu preciso saber. – respondi resignada.

Ela saiu em direção ao corredor e alguns segundos depois eu já tinha pulado da cama, arranquei os fios que me monitoravam e fui andando alguns passos atrás dela para que não me notasse, parei no final do corredor, perto o bastante da mesa das enfermeiras para poder escutar o que elas diziam.

—Oi Maggie, você pode me dizer o status do paciente do quarto 507? – perguntou a minha enfermeira.

Não esperei nem mais um segundo, eu tinha toda a informação de que precisava. O quarto ficava no mesmo andar que o meu, apenas alguns corredores de distância, fui correndo sem dar atenção à dor que me incomodava. Ao me deparar com a porta correta, um medo súbito me acometeu, e se realmente tivesse acontecido alguma coisa? Respirei fundo e com as mãos trêmulas virei a maçaneta, o que encontrei me deixou apavorada.

Vazio.

O quarto estava vazio! Eu não queria pensar no significado de um quarto vazio, tinha que ser o quarto errado, certo? Saí e chequei novamente o número e para meu desespero, os algarismos 5, 0 e 7 me encaravam ameaçadores. Tornei a entrar no quarto como se alguma mágica pudesse mudar o que eu viria a encontrar ali dentro. Fiquei paralisada no meio do cômodo, minha respiração virando uma série de soluços entrecortados pela ameaça das lágrimas que estavam chegando aos meus olhos.

Meu Deus, o que eu ia fazer? Um vazio se instalava em meu peito, apesar dos meus esforços por não me envolver, a verdade era que de algum modo ele conseguiu ultrapassar as minhas barreiras e se fazer importante para mim. Ele me disse que não iria embora! Mais uma promessa sem valor.

—Beijos de boa sorte são uma idiotice – sussurrei para mim mesma, lembrando-me do seu olhar ansioso ao me dizer que estava esperando para ganhar o dele, mas eu estava sã e salva então talvez só eu fosse falha na parte de dar boa sorte.

Aquele pensamento conseguiu me entristecer ainda mais, aumentando o peso da culpa que ameaçava encurvar as minhas costas. Como eu ia contar para a família dele que a minha brilhante ideia de ir atrás daquela caixa estúpida tinha resultado na perda de um ente amado? Porque eu ia ter que contar, não conseguiria viver carregando ainda mais essa culpa de nem ao menos me responsabilizar perante as pessoas que eram tão importantes para ele. Eu estava quase caindo no chão ali mesmo, quase ultrapassando meu limite, quando escutei alguém abrindo a porta, mas não era a voz que eu queria ouvir:

—Aí está você, te procurei em toda parte – virei para encarar a enfermeira, decepção se juntando à minha expressão de tristeza, por um momento eu pensei que pudesse ser ele.

—Por que você está chorando, querida? – ela sorriu para mim e aquilo só me fez chorar mais, como ela podia rir numa situação dessas?

—Eu... eu – meus soluços impediam que eu completasse a frase.

—Não tem motivos para essa choradeira toda, seu amigo já recebeu alta, deve estar em casa.

No segundo em que essa informação chegou aos meus ouvidos, tudo se converteu em alívio, ele não estava morto! Eu ainda veria aquele sorriso bobo de novo.

—Eu achei... – falei com um riso em meio às lágrimas, eu tentava normalizar minha respiração e limpar a trilha de lágrimas do meu rosto.

—Pela sua reação, eu sei bem o que você pensou – ela pousou a mão no meu ombro em sinal de apoio – mas não se preocupe, já passou.

—Eu tenho que ir! – falei rapidamente.

—De jeito nenhum, você ainda não recebeu alta do médico, vai ter que esperar mais um pouco – respondeu firme.

—Já estou muito bem, me dê os papeis necessários que eu assino, mas de um jeito ou de outro eu vou embora, tenho uma pessoa pra encontrar. – rebati decidida, ela não ia me dissuadir da ideia, eu tinha acabado de passar por uma situação péssima e precisava acertar as contas com certo auror.

Os trâmites burocráticos me prenderam por mais meia hora no hospital, e nem um segundo sequer passou sem que eu sentisse um alívio enorme por ele esta bem, eu não estava preparada para enfrentar o que viria pela frente se a minha conclusão errada estivesse certa. Os menos de dez minutos que eu passei pensando que ele tinha morrido foram o suficiente para me fazer ver que eu não conseguiria passar por isso sem sofrer, mesmo que eu quisesse negar que eu pudesse sentir qualquer coisa por ele.

Troquei de roupa, colocando as mesmas com as quais eu tinha chegado e juntei minhas coisas, pronta para partir. Me dei conta de que eu não fazia ideia de para onde eu deveria ir, até que eu me lembrei que tinha comigo uma ficha completa dele. Torcendo para que ali constasse o endereço também, eu abri a minha bolsa e procurei a pasta que eu queria. Impresso logo após o nome dele, estava o local de residência, sem mais delongas eu guardei tudo e aparatei para o lugar onde eu precisava ir.

Finalmente eu estava na porta do apartamento dele, a realização do que eu tinha feito fez minha coragem me abandonar, eu não devia ter vindo, nossa missão, bem sucedida ou não, estava acabada e não tínhamos mais nenhuma obrigação um com o outro. “ Pare de enrolar você não vai conseguir ir embora sem se certificar de que ele está bem” a voz da minha consciência sussurrava, e por mais que eu odiasse admitir, aquela era a mais pura verdade. Eu precisava ver com meus olhos se ele estava inteiro, realmente bem porque... porque sim! Não havia algum motivo a mais, eu estava apenas confirmando o sucesso total da nossa missão.

Toquei a campainha e esperei alguns segundos até escutar o som de passos aumentando em direção da porta, quando ela finalmente se abriu, encontrei o Weasley num pijama me olhando surpreso.

—Mione, o que você está fazendo aqui? – seu tom casual me deixou com raiva, muita raiva. Eu pensando que ele estava morto e me desesperando enquanto ele estava tirando um cochilo no conforto da casa dele.

—Seu... – antes que ele pudesse reagir eu o empurrei com tudo para dentro do apartamento.

—Ei, pera ai, pra que isso? – ele respondeu se equilibrando para não cair por cima do sofá.

—Eu pensei que você estava morto, morto! – eu não conseguia me controlar, avancei em sua direção e quando vi, já estava distribuindo socos no seu peito.

—Hermione, para! – ele tentava se desviar, mas eu estava fazendo um bom trabalho em acertá-lo, não que eu tivesse usando força o suficiente para realmente machucá-lo.

—Eu fui ao seu quarto e ele estava vazio – continuei, eu não sabia mais nem o que estava falando, eu descontava nele toda a minha raiva e todo o medo que passei.

Ele tentou argumentar mais um pouco, mas quando viu que não ia ser o suficiente, acabou prendendo minhas mãos nas suas para terminar meus ataques.

—Hermione, olha pra mim – ele demandou.

Levantei os olhos em sua direção finalmente saindo daquele frenesi em que me encontrava

—Não aconteceu nada, eu estou bem agora – ele me olhava como se quisesse me livrar de todas as dores do mundo e, finalmente as lágrimas que estavam teimosamente presas em meus olhos começaram a cair.

—O quarto estava vazio e eu pensei.... – a frase ficou incompleta.

—Está tudo bem - ele largou minhas mãos, se aproximou de mim e colou sua testa à minha.

Ele estava tão perto, nossas respirações aceleradas se misturando, senti suas mãos envolvendo a minha cintura e de repente aquilo não era o suficiente.

—Eu odeio você – falei baixinho, mantendo meus olhos colados nos dele.

—Não odeia, não – ele rebateu com um sorrisinho convencido que me deixava louca, limpando minhas lágrimas com seu polegar.

—Odeio – repeti e eliminei a distância que havia entre nós.

Meus lábios encontraram os dele e nada mais importava, nem mesmo o fato de que eu não deveria estar ali, depois eu lidaria com isso. Todos meus pensamentos foram dispensados para dar lugar à miríade de sensações que estar nos braços dele me provocava. Eu não ia pensar em certo ou errado, só existia o agora.

Ele não perdeu tempo em ficar surpreso com a minha reação e passando sua mão pelo meu pescoço, me trouxe para mais perto ainda.

—Estou gostando desse ódio – ele falou enquanto beijava meu pescoço – por mais que seja mentira – provocou mordendo de leve a minha orelha.

Eu queria rebater seus comentários, mas meu cérebro já tinha desativado minha capacidade de formular respostas rápidas, ao invés disso um gemido baixo saiu da minha boca. Fechei meus olhos e ele continuou me atormentando com beijos, mas sempre que chegava perto da minha boca, ele mudava novamente de rumo. Entendi o que ele estava fazendo, sempre engraçadinho. Se ele queria que eu pedisse por um beijo, ele ia ficar esperando, peguei seu queixo e o guiei sua boca de volta à minha.

Dessa vez ele não se desviou, a hora de gracinhas tinha acabado, estávamos já consumidos demais um pelo outro, para lembrar de qualquer outra coisa. Senti suas mãos procurando os botões da minha blusa, e fiz o mesmo com ele. Eu me desvencilhei primeiro de todos os empecilhos da vestimenta e a puxei para baixo deixando-o acessível para a exploração que as minhas mãos estavam morrendo para fazer. Percebi a respiração dele falhando quando corri minhas mãos pelas suas costas agora nuas. Eu já o tinha visto sem camisa, mas tinha que admitir que ver apenas com os olhos não chegava perto de “ver” com os dedos.

Ele conseguiu se livrar da minha blusa, atirando-a para o lado sem prestar atenção. Os dedos dele percorriam a minha pele que se incendiava com o seu toque, eu sentia uma pressa incontrolável se formando, ocupando o lugar de qualquer hesitação residual que ainda tinha conseguido sobreviver na minha mente. Ele apertou a minha cintura, me girando de forma que eu ficasse imprensada na parte de trás do sofá e ele pudesse se aproveitar da liberdade que a nova posição lhe permitia. Prendi a respiração quando ele traçou uma trilha de beijos passando pelo meu pescoço, descendo por entre os meus seios e chegando até o meu umbigo, ele se ajoelhou mantendo a cabeça naquela altura. Senti a língua dele me provocando logo acima do cos da minha calça, meus dedos se afundaram nos ombros dele.

—Será que eu posso abrir esse botão aqui? – ele passou tão levemente a ponta dos dedos pela pele que ficava acima do botão que eu senti um arrepio gostoso percorrer as minhas costas.

—Deve – foi tudo o que eu consegui responder, e ele não precisou de mais incentivo do que isso, com um sorriso ele abriu o botão e em seguida o zíper da minha calça, puxando o cós para baixo, até que metade das minhas coxas estivesse a mostra.

—Tão linda – ele murmurou enquanto as mãos dele exploravam a área de pele recém descoberta.

Para minha surpresa, ele não abaixou o restante do tecido, voltando a ficar de pé.

—Bem que eu queria tirar o resto dessa calça, mas vai que você briga comigo? – ele me olhava desafiador, nosso joguinho de poder não tinha terminado, e eu imaginava que nunca terminaria.

—Eu vou brigar se você deixá-la onde está – afundei a mão nos cabelos dele, trazendo-o para mim e beijando-o no pescoço, era minha vez de arrancar alguns suspiros.

—Não tem problema, acho que eu gosto mesmo é de você brigando comigo – ele rebateu com a respiração cortada.

Ele tinha acabado de conseguir ganhar uma boa dose de provocação, sem parar o que eu estava fazendo, empurrei para baixo, o máximo que eu podia, o tecido da minha calça, eu envolvi a cintura dele com meus braços e mexendo as minhas pernas alternadamente para cima e para baixo fiz a peça ir deslizando até os meus tornozelos, onde eu finalmente a tirei chutando para o lado. Eu o tinha preso contra mim, cada movimento deliberadamente lento o fez gemer.

—Mione... – eu realmente adorava o som do meu nome entoado na voz dele, e naquele momento eu não desejava ser chamada de nenhuma outra forma que não essa por ele, nunca mais.

—Só estou fazendo seu trabalho – afastei meu rosto para encontrar os olhos dele que me encararam cheios de desejo – acho justo você fazer o meu.

Ele entendeu o que eu quis dizer e se livrou num piscar de olhos do shorts que usava, o que nos separava eram apenas os finos tecidos das roupas intimas. Ele voltou para perto de mim e passou as mãos pela minha cintura me levantando de modo que eu ficasse sentada no encosto do sofá, minhas penas agora envolvendo o corpo dele. Ele começou a brincar com a renda do meu sutiã e eu tive que me agarrar a ele para não me desequilibrar com a falta de apoio nas minhas costas.

—Ron! – gritei quando a língua dele substituiu os dedos.

—Já falei como eu adoro quando você fala o meu nome? – ele perguntou presunçoso.

—É?  - perguntei e ele assentiu com a cabeça.

—Quando eu digo Weasley? – indaguei entre suspiros, errando de propósito.

—Não – ele esfregou o nariz em negativa na curva do meu pescoço.

—Ronald, então? – uma mordida de leve arrancou um gemido de mim.

—Tente de novo – a mão dele que segurava a minha cintura, subiu para acariciar os meus seios.

—Ron... – o nome saiu involuntariamente, um pedido para que ele não parasse.

—Agora sim – ele me capturou com mais um beijo, dessa vez mais quente e profundo, nossas línguas quase em guerra pelo controle da situação.

Ele me puxou do sofá e foi me guiando, sem que nos separássemos até chegar ao quarto dele, onde ele me empurrou de leve para que eu me deitasse para logo depois cobrir o meu corpo com o dele. Eu não queria mais nada entre nós, apenas a sensação da pele dele contra a minha, felizmente ele parecia sentir a mesma necessidade e em pouco tempo as últimas peças de roupas foram descartadas. Deslizei a minha mão pelas costas dele até chegar à pele macia da bunda, onde sem pena eu dei um beliscão.

—Ei isso doeu! – ele reclamou contendo um riso, meio indignado.

—Isso foi pelo tapa na bunda, eu falei que acertava esse assunto depois.

—Que mulher vingativa – ele sussurrou no meu ouvido – mas se for assim é melhor eu sair daqui porque não posso encostar as minhas mãos em você – ele colocou as mãos ao meu lado se impulsionando para cima, se separando de mim, sem que voltássemos a nos encostar, ele aproximou os lábios no que eu esperava ser mais um dos beijos que deixavam a minha cabeça rodando – aliás nem a boca eu posso encostar – ele se manteve a meros centímetros de mim, o desafio claro em seus olhos.

—Desde quando você escuta o que eu falo? – levantei as minhas pernas enroscando a cintura dele e o puxando para baixo ao mesmo momento que levantava a minha cabeça para roubar o beijo que eu tanto queria. A partir dali não teve mais espaços para brincadeirinhas, os dois estavam mais do que de acordo com o que nós queríamos. Meu corpo era invadido por milhares de sensações de uma só vez e eu queria mais. Eu sentia as mãos dele me acariciando por todos os lado sem cessar e eu fazia o mesmo, nada mais nos separava, atingimos um ritmo que nos levou até onde estávamos tão ansiosos por chegar e nos braços dele atingi o ápice de todas as sensações.

Ele rolou de cima de mim, me trazendo para seu lado até estarmos novamente grudados num abraço do qual eu não fazia questão nenhuma de sair. Ficamos algum tempo em silêncio, esperando ao menos a normalização das nossas respirações.

—Que horas são? – perguntei, tendo perdido completamente a noção do tempo, eu não sabia bem que horas eu havia acordado no hospital.

—De noite, já está escuro lá fora – eu olhei para ele espantada.

—Você sabe que eu não vou te deixar ir agora, né? – eu sorri afirmativamente, eu não queria sair dali, não naquele momento, eu me sentia numa bolha isolada que eu ainda não estava preparada para estourar, seguindo as indicações pouco racionais do meu coração, eu afundei minha cabeça ao lado dele e fiquei, deixando para depois a longa lista de repreensões que o meu cérebro teria para me mostrar pela manhã.

Ele pareceu muito satisfeito com a minha resposta, virando-se para o lado, ele apagou a única fonte de luz que era o abajur, mas não antes de mexer no relógio que estava no criado mudo.

—O que você está fazendo? – perguntei curiosa.

—Por mais que eu prefira ficar com você até muito tarde amanhã, temos uma reunião logo cedo para passar o relatório da missão, você não foi avisada?

—Não – respondi contendo um bocejo, o cansaço finalmente me alcançando.

—Não se preocupe, pode ir dormir sossegada que eu te chamo amanhã – ele passou a mão pelos meus cabelos, fazendo carinho e eu fechei os olhos aproveitando o toque.

Ele puxou uma coberta para cima de nós e eu não consegui permanecer por muito mais tempo acordada, a dificuldade que eu sempre tinha de dormir parecia desaparecer sempre que eu o tinha ao meu lado, eu não sabia porque, talvez tivesse a ver com a segurança que os braços dele me envolvendo me passavam. O sono chegou rápido, me levando para longe dali.

 


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Notas finais do capítulo

Aaaaaah finalmente a Mione foi atrás do que realmente queria! O que vocês acharam da reação dela quando achou que o Ron tinha morrido? Ela já não consegue esconder mais que ele significa alguma coisa, e ele adorou receber a visita dela.
O que vocês acham que vem pela frente? Quem aposta que a Mione vai ficar? Ou será que ela vai ter um treco no dia seguinte?
Comentem, me contem o que acharam :)
Bjus e até o próximo capítulo



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