Partners escrita por Fe Damin


Capítulo 10
Capítulo 09


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo!
Primeiro eu preciso agradecer a linda da Bibela por ter feito a primeira recomendação de Partners, e aliás e minha primeira recomendação da vida :)
Fiquei tão feliz da minha primeira história estar agradando vocês e não canso de dizer obrigada!!
Está sendo muito divertido colocar esses personagens nas mais diversas situações.
O capítulo dessa semana é um pouco diferente.
Sim, temos um flashback!!!
Agora varemos o primeiro ano dos dois em Hogwarts e como exatamente eles se conheceram (ou não)
Espero que gostem.



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Flash back:  Primero ano em Hogwarts (Hermione Pov)

Eu já estava em Hogwarts há seis meses, a maravilha da novidade e as descobertas mágicas estavam começando a perder seu efeito, tudo aquilo já estava se tornando corriqueiro para mim, da mesma forma que era para todas as crianças nascidas em famílias bruxas. Quando eu recebi minha carta de aceite, pensei que finalmente tinha achado meu lugar no mundo, nada mais de ser a diferente, pois naquela nova escola todos seriam como eu, mas eu estava enganada. Descobri que pessoas cruéis existem em todos os ambientes e não demorou muito para que eles me encontrassem, afinal uma sangue-ruim não deve ser levada a sério.

A primeira vez que minhas coisas tinham sido pichadas com insultos eu decidi ignorar, não era novidade para ninguém que os Sonserinos podiam ser criaturas idiotas e eu não os daria o gostinho de me chatear. Eu não tinha amigos a minha volta para desabafar e partilhar minha frustração, mas isso não me fazia falta, pois meus pais sempre estavam presentes para me aconselhar.

“Não ligue para isso querida, eles apenas têm inveja de toda a sua inteligência” era o que a minha mãe sempre me dizia. E foi nisso em que me foquei, estudei e me preocupei em aprender mais e mais. Mesmo sem querer, eu percebia que até as pessoas da Corvinal se sentiam meio intimidadas por mim, mas nunca foram nada além de cordiais comigo, era uma existência que funcionava para mim. As brincadeiras de mau gosto não pararam, mas eu fiquei mais acostumada a ignorá-las tentando sempre me convencer de que se eu permanecesse fingindo que elas não me incomodavam, um dia isso realmente seria verdade.

Tudo continuava como sempre nos meses que se seguiram, eu estudando incessantemente e apenas observando enquanto os outros alunos se preocupavam com outras coisas, até que a minha vida se alterou completamente. Fui acordada no meio da noite, chamada às pressas ao escritório do diretor. Durante todo o trajeto, minha mente rápida foi criando várias teorias para explicar tal ocorrência. Eu subi os degraus que levavam à sala do bruxo mais importante da escola sentindo um certo tremor, no fundo algo me dizia que não tinha como ser uma notícia boa, mas nada me preparou para a verdade

 O Professor Dumbledore se encontrava sentado em sua imensa cadeira e o olhar cheio de compaixão que me lançou, assim que me achei de frente para ele, me fez querer dar meia volta e sair correndo. Ele me convidou para sentar em uma das duas cadeiras que ficavam em frente a sua mesa e com seu olhar gentil e a voz mais aveludada do mundo ele me disse que meus pais haviam sofrido um acidente de carro e não tinham resistido.

Eu não me mexi pelo que pareceu uma eternidade, até o tempo de repente pareceu suspenso. Não me lembro nem de ter respirado, lembro apenas do vazio que me invadiu por dentro e das lágrimas que começaram a encher os meus olhos. Como você reage quando a única constante em sua vida simplesmente deixa de existir? Meus pais sempre foram meus melhores amigos, as únicas pessoas no mundo que sempre me apoiavam e me amavam incondicionalmente, éramos muito próximos mesmo com a distância física. Como eu poderia continuar a ser eu mesma, se uma parte de mim havia morrido?

Naquela noite eu não voltei ao meu quarto, passei horas a fio chorando escondida no banheiro abandonado do terceiro andar, onde ninguém iria me incomodar seja para oferecer conforto ou para fazer pouco da minha dor. Eu fiquei ausente por três dias para comparecer ao velório e tentar me adaptar ao fato de que daquele dia em diante não haveria ninguém me esperando para voltar para casa, o tempo não foi o suficiente, honestamente eu achava que nunca seria.

Voltei para Hogwarts onde ninguém além dos professores percebeu a minha ausência, e naquele momento eu decidi que daria o melhor de mim para ser a pessoa que meus pais sempre acreditaram que eu podia ser: a melhor. Eu estava sozinha, apenas a lembrança das pessoas maravilhosas que meus pais haviam sido me faziam companhia, mas eu não deixaria isso me incomodar, eu tinha uma missão em frente e eu não permitiria que nada nem ninguém me impedisse.

Eu estava fazendo um bom trabalho de permanecer focada no meu objetivo, me mantinha sempre distraída com exercícios extras e trabalhos e, depois que algumas semanas haviam passado, eu já conseguia pensar nos meus pais sem ter que fugir para me esconder e chorar em paz. A realidade é que a tendência dos seres humanos é a de se adaptar mesmo às maiores adversidades, e com uma pontada de culpa, eu percebi que seria forte o bastante para superar a falta que minha mãe e meu pai faziam na minha vida, bastava que eu não parasse muito para pensar nisso, eu só esqueci que os seres humanos também podem ser perversos.

O dia que marcou o primeiro mês do acidente começou cinza e chuvoso, parecia que o clima estava tentando mimetizar o meu estado de espírito. Eu cogitei nem assistir as aulas do dia, pois a tristeza, que eu mantinha sempre aprisionada no fundo da minha mente, estava subitamente mais forte e eu temia que ela me dominasse em algum momento inoportuno, mas a vozinha da minha consciência não me permitiu faltar, quem quer ser a melhor não pode se dar ao luxo de perder aulas. Antes eu tivesse ignorado essa minha insuportavelmente responsável consciência.

As primeiras aulas do dia correram bem, na de feitiços, praticamos feitiços que eu já sabia de cor o que rendeu vários pontos para a minha casa e na aula de transfiguração a Profª Mcgonagall nos fez treinar algumas mudanças de formas de objetos que também não foram nenhum desafio para mim. Após o almoço, a aula era de poções, eu adorava o tema, mas devo confessar que o Prof Snape me dava calafrios, eu sempre gostei de todos os meus professores e vice-versa, mas ele certamente era a exceção.

Quando eu cheguei, alguns alunos da Sonserina já estavam posicionados atrás de seus caldeirões, passei por eles, ignorando as gracinhas que eles tão educadamente sussurravam, e fui até o fundo da sala a fim de pegar o livro que usaríamos para a aula, levei algum tempo até achar o exemplar que eu procurava sempre usar, ele era mais novo e tinha algumas anotações interessantes nele. Voltei à minha cadeira e comecei a folhear distraidamente o livro. Um pedaço de papel estava preso por entre as páginas, a beirada saindo ligeiramente pela parte de cima, o que me chamou atenção. Puxei a folha e abri para ver do que se tratava. Ao ler a mensagem contida naquela folha, eu congelei.

“NEM SEUS PAIS TE AGUENTARAM”

De repente o ar não chegava mais aos meus pulmões, eu tive que lutar para conter as lágrimas que já enchiam meus olhos e o sentimento de perda e vazio, que eu carregava constantemente dentro de mim há um mês, me atingiu com toda a força que tinha se acumulado ao longo dos dias. Eu não entendia como alguém tinha conseguido aquela informação, mas era a última coisa na minha mente naquele momento, percebi que eu precisava sair dali o mais rápido possível, as risadas vindas do grupo de sonserinos aumentaram, confirmando a autoria daquela crueldade. Levantei às pressas, recolhi minhas coisas e corri o mais rápido que eu pude para evitar ainda por cima adicionar uma detenção àquele dia que nem havia acabado e eu já queria esquecer.

Passei pelo professor Snape no corredor, mas nem me importei que ele me visse fugindo da sua aula, ele que me tirasse pontos se quisesse, eu precisava ficar sozinha. Fui direto para o meu refúgio habitual: o banheiro feminino do terceiro andar. Aquele era o meu local favorito quando eu precisava me esconder do mundo, por estar abandonado há muito tempo, ninguém o visitava, apenas um dos fantasma da escola perambulava por ali, mas ela sempre havia me deixado em paz, ela lidava com as lágrimas dela e eu com as minhas, contudo fiquei satisfeita em ver que o banheiro se encontrava totalmente vazio naquele dia.

Me tranquei em um dos reservados e dei vazão às lagrimas, eu ainda tinha aquele papel odioso preso no meu punho. Lancei toda a minha raiva pela injustiça da morte dos meus pais e pela brincadeira cruel naquela folha, em poucos segundos ela tinha se transformado em vários pedacinhos que foram levados descarga abaixo, eu só lamentava que a minha tristeza não pudesse ser tão facilmente carregada. Não sei o precisar o tempo que fiquei ali encolhida, abraçada aos meus joelhos, chorando e soluçando. Eu já não tinha nem mais lágrimas e mesmo assim, não me via capaz de sair daquele estado. Eu achava que estava sendo forte, que ia consegui enfrentar aquela perda, mas bastou um pedaço de papel para me dizer que eu estava errada, só algumas palavras me reduziram à garotinha solitária que eu tentava esconder.

De repente, em meio aos meus pensamentos eu ouvi os passos de alguém entrando no banheiro e me assustei, não deveria ter ninguém ali, e se alguém me encontrasse naquela situação? Seria mais uma leva infinita de maldades e brincadeiras sem graça, tentei abafar o som dos meus soluços o máximo que eu pude esperando que a intrusa percebesse que tinha entrado no banheiro errado, no entanto meu desejo não foi atendido.

—O Harry podia ter inventado uma apostar melhor, esse lugar é arrepiante – escutei essa frase bem perto de onde eu estava e me alarmei, era a voz de um garoto!

Involuntariamente eu murmurei uma expressão de espanto e para o meu desgosto, acabei chamando a atenção do individuo.

—Tem alguém ai? – ele soou mais assustado do que curioso.

Coloquei a mão na boca para abafar o barulho, mas o nervosismo em virtude da possibilidade de ser descoberta ali por alguém que eu nem sabia quem era, acabou me atrapalhando e eu fiz mais barulho do que devia.

—Eu escutei alguma coisa daqui, tem alguém ai dentro? – o som de batidas na porta e de alguém tentando abri-la conseguiu elevar minha ansiedade para outro patamar.

Eu queria que aquele menino fosse embora, a última coisa que eu precisava era que alguém me visse daquele jeito e espalhasse a história até chegar aos ouvidos daqueles sonserinos sem coração.

—Você precisa de ajuda? – a sinceridade na pergunta me desconcertou, eu estava tão acostumada com ataques que uma oferta de ajuda soava estranho aos meus ouvidos, acabei respondendo por impulso.

—Eu estou bem, vá embora – nada me convenceria que eu precisava de ajuda para o que quer que seja.

—Ninguém fica chorando em um banheiro horroroso por nada, só se você não for muito normal – minha voz com certeza tinha denunciado as minhas lagrimas, eu não ia nem responder, mas aquela última observação foi todo o encorajamento que a minha língua afiada precisava.

—Não preciso de ninguém pra me dizer o que eu sou ou deixo de ser, agora me deixe em paz – tentei fazer minha declaração soar o mais convincente possível, mas um pequeno soluço também pôde ser ouvido.

—Tudo bem, não precisa brigar comigo! – para minha felicidade eu escutei os passos dele se afastando e quando não ouvi mais nada, pude retornar ao meu choro.

Alguns segundos depois os passos retornaram, será que mais alguém tinha decidido que aquele era um bom dia para explorar lugares abandonados do castelo?

—Desculpa, qual é o seu nome? – eu ignorei completamente a pergunta e ele continuou - eu sei que falei besteira, mas por que você está chorando? Pode me falar, se não quiser eu posso chamar alguém pra ficar com você, é só me dizer o nome, o meu é Ron Weasley.

Me surpreendi quando ao invés de raiva, eu senti gratidão com a atenção que aquele estranho tinha acabado de demonstrar, nunca ninguém, além dos meus pais, tinha se importado com como eu estava ou deixava de estar. Essa sensação, atrelada ao estado frágil em que eu me encontrava foi o suficiente para me fazer falar mais do que eu queria.

—Não tem ninguém, eles se foram – o choro recomeçou com toda a força.

—Ai, não chora! – o menino parecia exasperado, eu não podia ver a sua cara, mas ele com certeza tinha uma expressão de quem não sabia o que fazer – esse é o problema? Você brigou com seus amigos?

Eu não respondi, não tinha possibilidade, em hipótese alguma, que eu fosse contar a ele a real razão que me trouxa àquele banheiro.

—Olha, eu tenho certeza que vocês vão fazer as pazes, é sempre assim comigo e com meus irmão e amigos, são a mesma coisa, você tem irmãos?

—Não – respondi em meio a um soluço.

—Nem imagino o que é ser filho único, na minha família somos em sete, você tem sorte – ele começou a falar sem parar como se quisesse me distrair e eu me peguei prestando atenção em cada detalhe do que ele falava.

Ele falou dos irmãos, de como eram todos próximos, mas que viviam sempre brigando, claramente ele estava tentando me animar com o pensamento de que eu tinha apenas brigado com os amigos que eu nem tinha, e depois me contou sobre seus pais, em algum ponto no meio do seu discurso eu havia parado de chorar.

—Mas o pior não é isso, é que mesmo com sete filhos, a minha mãe ainda acha tempo pra fazer as coisas mais absurdas, pra você ter uma ideia, ela mandou essa semana um amuleto pra cada um de nós, e ainda quer que a gente use! Só que parece um colar de menina, eu achei que ela tinha errado e mandado um presente da minha irmã pra mim – ele fez uma pausa, e de repente uma mão surgiu através do vão inferior da porta.

—Toma pode ficar com ele, de acordo com a minha mãe é pra proteção, mas eu não tenho ideia se é verdade porque eu não entendo nada de runas, acho que você está precisando mais do que eu – ele abriu a palma e ali se encontrava um pingente preso a um colar prateado.

Eu sabia que não deveria aceitar, mas ele tinha oferecido com tanta sinceridade que eu acabei levando a minha mão de encontro a dele, e sem nem esbarrar meus dedos em sua pele, peguei o colar.

—Espero que faça algum efeito – ele comentou retirando a mão – já está ficando tarde, eu tenho que voltar para o dormitório porque se eu levar mais uma detenção a minha mãe vai me matar, você tem certeza que não quer sair daqui?

Fiquei tentada a abrir a porta só para ver a cara dele, mas respondi em negativa, eu ainda não estava pronta para ir para a sala comunal e ter que lidar com a presença de outras pessoas.

—Tudo bem, eu vou indo então. E não se preocupe, você vai se entender com seus amigos e eu posso ser seu amigo também, é só você me procurar, sou um dos ruivos da mesa da Grifinória, não tem erro – ele riu com seu último comentário e se despediu antes de sair do banheiro.

Minutos passaram depois da saída do garoto, que agora eu sabia se chamar Ron, do banheiro, e todo aquele tempo eu passei olhando a corrente que eu tinha enrolada na minha mão. Eu já tinha voltado ao meu juízo normal e sabia que eu jamais ia deixá-lo saber que eu era a garota que ele tinha encontrado chorando desesperada no banheiro, abrir portas para alguém me ver em estado tão patético não estava nem de longe na minha lista de possibilidades, no entanto as palavras dele ainda ecoavam em meus ouvidos.

Ninguém nunca tinha se oferecido para ser meu amigo, e ele vem e além de tudo se importa em me distrair para que eu conseguisse parar de chorar, mesmo sem nem me conhecer. Aquilo me chamou atenção, não tinha como negar a curiosidade que eu sentia em saber mais sobre ele e também de agradecer o gesto, eu pensaria nisso depois. Ainda fiquei mais algum tempo remoendo os últimos acontecimentos e me certificando de que eu conseguiria sair dali sem ter um novo ataque de choro. Quando eu me senti confiante o bastante, eu me dirigi ao dormitório, ansiosa por dar um final definitivo àquele dia. Fui dormir com o pingente que o Ron me deu em volta do pescoço.

Uma semana havia passado antes que eu decidisse o que fazer acerca do assunto do ruivo que tinha me ajudado. A essa altura eu já tinha descoberto quem ele era apenas observando de longe a mesa da Grifinória. Eu sabia que não faria isso em pessoa, reconhecer um momento de fraqueza não estava listado em minhas competências desde aquela época, então resolvi mandar um agradecimento por escrito. Escrevi uma carta agradecendo o que ele fez, falei que os amigos dele tinham sorte assim como sua família. Não tive coragem nem de assinar, mas ele saberia do que se tratava.

Decidi tirar aquilo da cabeça, mas por mais que eu tentasse, não consegui me desfazer do colar. Eu vivia dizendo a mim mesma que ia mandar de volta para ele, porém toda vez que eu tentava, a falta do peso já habitual do pingente em volta do meu pescoço me deixava insegura e eu prontamente o colocava de novo no lugar. Era a maior besteira do mundo, mas eu me sentia mais segura com ele ali, além de me lembrar do menino de olhos azuis que tão gentilmente o tinha me dado.

Às vezes nos momentos que eu sentia mais falta dos meus pais, naquelas horas nas quais eu realmente me sentia sozinha, eu lembrava da oferta de amizade e quase resolvia aceitar, mas meu orgulho acabava sempre levando a melhor. Eu passei a sempre prestar atenção quando ouvia alguma coisa relacionada a ele, por sermos poucos alunos em cada ano, as fofocas voavam rapidamente, e todas as vezes que nos cruzamos pelos corredores, eu acabava olhando de relance em sua direção, era impossível não notar aqueles olhos azuis que contrastavam tanto com a cor dos seus cabelos, ele parecia estar sempre de bem com a vida, acompanhado pelo amigo inseparável que, claro, todos da escola conheciam.

Acabei me convencendo de que eu tinha tomado atitude correta principalmente por eu ter um objetivo muito importante em mente e também ao perceber, com todas as informações que eu coletei, que o Ronald Weasley não se encaixava no padrão que eu considerasse ideal: ele era irresponsável demais, vide as inúmeras detenções, distraído demais e não parecia levar nada a sério. Todas as vezes que eu repetia isso em minha mente, eu terminava apertando o pingente do meu colar e me lembrando do garotinho que tinha tentado me animar.

Os anos se passaram, chegamos ao fim do nosso tempo no colégio e eu deixei todos aqueles sentimentos para trás, como a besteira infantil que eram. Nunca pensei que meu caminho fosse se cruzar novamente com o dele, o nervosismo que eu senti ao saber que iríamos trabalhar juntos me deixou furiosa ao extremo, eu não devia sentir nada. Tudo o que eu pensava era a minha mortificação se ele algum dia descobrisse que era eu aquela menina chorona, por mais que eu esperasse que ele nem se lembrasse do ocorrido, o que me entristecia, mesmo que eu não admitisse.

Minha surpresa foi enorme ao descobrir a pessoa que ele havia se tornado, muito diferente do que eu imaginava. Tentei manter a distância ao máximo e abafar as lembranças que eu tinha da época do colégio, no entanto não foi o suficiente. Ele se intrometia e me tirava do sério a cada segundo e no fim das contas tudo o que eu não queria aconteceu. Eu tinha saído correndo para dentro de uma floresta escura em meio a uma tempestade e novamente era a garotinha se escondendo para chorar, e o pior era: ele sabia.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Que crueldade com a pobrezinha da Mione, ne?
Então eles não exatamente se conhecem, mas ela com certeza sempre soube quem ele é.
Como será que os dois vão reagir agora que tudo está as claras?
Esperem mais brigas, porque sim kkkk
Aguardo ansiosamente os comentários de vocês, quero muito saber se a revelação supriu expectativas.
Bjus e até a semana que vem :)



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