As Mulheres de Argel escrita por Anne


Capítulo 3
Como Invadir uma casa


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora.. estou meio desanimada sabe?
mas eu adorei este capítulo, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/686500/chapter/3

Primeiro, se vocês querem minha opinião, NÃO invadam uma casa, principalmente se estiver lotada de seguranças, alarmes invisíveis, câmeras de segurança e um criminoso. Não é bem algo que traz muita diversão. Mas vamos por partes.

Onze e meia estávamos todos no carro do Justin na rua aos fundos da mansão, estamos vestidos de preto enquanto analisamos as plantas da casa.

—Então Saky, onde você esconderia um quadro? - Justin sorriu travesso para mim e Sasuke fechou a cara.

—Bom. Cofres? Ou galeria subterrânea? - Disse enquanto repassava os lugares onde eu esconderia algo tão valioso.

—Boa! Você é boa nisso Saky! – Ele virou a planta para mim.

—Então, vocês estão vendo a janela do segundo andar? é lá o lugar mais próximo do quadro, tem lasers com sensor de presença na grama, nos muros, duas câmeras tem um ponto cego, vocês precisam desliga-las para poder entrar, elas giram 90 graus, então vocês têm mais ou menos 30 segundos para desligar cada uma antes que os peguem, a grade é elétrica, mas eu posso parar por sete minutos, antes que alguém perceba. Lá dentro provavelmente estejam alguns seguranças.

—Eu tenho armas com silenciadores. – Annabeth propôs.

—NINGUÉM VAI MATAR NINGUEM! – Gritei antes que a ideia fosse aprovada.

—Era brincadeira, eu tenho tranquilizantes de efeitos de dez minutos. Mas preciso ser rápida.

—Beleza. – Sasuke se pronunciou. – O cofre deve ter senha, pode deixar comigo, qual é o modelo?

—ADB-N31. – Justin rapidamente falou, enquanto abria no tablete o modelo.

—Fácil, acho que ele não imagina que alguém vá roubá-lo, mas eu seria mais cauteloso.- Sasuke deu um sorriso de canto.

—Tem certeza que é o único lugar que pode estar Justin? - Annabeth colocou as luvas escuras e o gorro escondendo o cabelo loiro e lentes violeta. Praticamente irreconhecível.

—Não tem galeria subterrânea, é o único cofre da casa que pode guardar algo grande como um quadro.

—Ele não está em casa. – Sasuke sempre observando as luzes e a movimentação da rua, quase esqueci que ele estava conosco.

— Melhor! – Annabeth me passou o gorro e lentes escuras, passou pó escuro no meu rosto e sorriu. – Ótimo Sakura!

— Justin, você vem também? - Disse enquanto passava os equipamentos para Sasuke, gorro e lentes azuis.

—Acho que sou melhor aqui.

—Não! – Annabeth passou para ele gorro e lentes. – Você vem sim, se nos ferrarmos, você também vai.

—Quanta confiança. – Sasuke revirou os olhos. – Prefiro que ele fique mesmo.

—Eu vou sim prima. Sete minutos, é o que nós temos até que tudo volte ao normal, a contar de agora. – Justin nos encarou firme e Sasuke só deu de ombros.

— Então vamos. – Eu disse e saímos do carro em direção aos cantos do muro, no ponto cego. Sasuke desligou o primeiro sem problemas, e Annabeth desligou a outra. 6 minutos. E nos deu espaço para agir, Justin hackeou o sistema e desarmou o sensor de presença e corremos até a janela, depois de mais alguns cliques no tablet, a grade foi desabilitada e começamos a escalar até a janela, as botas tinham um solado que aderia a qualquer superfície, facilitando nossa subida enquanto chegamos ao segundo andar. 4 minutos e vinte segundos. Annabeth que ia na frente, sinalizou dois guardas, Justin desligou as câmeras de dentro enquanto a loira atirou nos dois seguranças e eles caíram no chão, inconscientes. Sasuke já se adiantou e correu até o cofre. 3 minutos. Depois de uma conferida em um equipamento que eu supus ser para descobrir senhas, o cofre abriu em um clique, verifiquei dentro e tinha vários quadros, mas nenhum era o que procurávamos. Sasuke fechou o cofre e negou com a cabeça quando Annabeth olhou-nos. 2 minutos e quinze segundos.

—Nada. – Sussurrei.

—Só temos mais 2 minutos e dez segundos, vamos! – Justin correu para a janela e fizemos o mesmo. Cinquenta segundos. Corremos pelo gramado e pulamos o muro nos últimos dois segundos, indo rapidamente para o outro lado da rua nos deparamos com alguém que eu reconheci vagamente.

— Ei vocês! – Ele chamou-nos. Vi que Sasuke ia puxar a arma e logo o impedi.

—Espera você não é o batedor de carteiras? - tirei o gorro revelando meus cabelos róseos e ele pareceu me reconhecer. Não o culpo, cabelos dessa cor são bem reconhecíveis mesmo, terrível para uma criminosa. Espera, eu não sou uma criminosa. Mas eu invadi uma casa, então isso me classifica como uma?

—Garota do cabelo rosa. – Ele sorriu maldoso e elegante, os cabelos castanhos caíam nos olhos dele enquanto nos analisava. Como sempre parecia um motoqueiro engomado, de jeans, jaqueta de couro e camisa pólo verde escura.

—Acho que você não estava fazendo algo certo, se está vestida assim. – Ele sorriu divertido e apontou para mim.

—Não é da sua conta! – Disse e os outros entraram no carro, enquanto eu fiquei.

—Acho que sim, sabe... meu pai é o detetive Aizen Sosuke. – Ele me olhou instigando. – Basta um telefonema e vocês já vão prestar alguns esclarecimentos na delegacia.

—Quem é você? - Os nervos tremiam enquanto eu pensava em mil possibilidades de como escapar daquela. Devia ter deixado Sasuke matar ele. Não! O que eu estou pensando? não sou nenhuma assassina, vou fazer a única coisa que sei, enrolar.

—Harry Styles, prazer senhorita. – Ele me estendeu a mão e eu fiz o mesmo.

—Styles? Mas, seu pai não é Sosuke? - pretendia mantê-lo falando para que eu pudesse pensar em algo.

—Meus pais são separados, eu tenho o sobrenome da minha mãe. – Ele deu de ombros e eu continuei, ainda não havia pensado em nada, onde estão aquelas ideias que surgem do nada?

—Espera, mas você estava batendo carteiras? Isso não é um crime? - Até que enfim algo de proveito.

— Era uma brincadeira. Mas não enrole, fica calma eu não pretendo entregar vocês, eu tenho uma proposta. - Ele disse enquanto tirou um papel do bolso.

—Como assim?

— Você me coloca no negócio de vocês e eu ajudo, sempre quis ter alguma coisa na minha ficha de polícia. – Ele deu aquele sorriso travesso e os olhos azuis brilharam de expectativa

—Não sou fichada, você é idiota? - indaguei irritada, não conheço muitas pessoas que querem ficha na polícia.

—Não, sou um aventureiro.

— Sem chance. – Entrei no carro e ele abriu a porta, os outros me olhavam confusos.

— Posso ajudar mantendo a polícia longe do que vocês estão fazendo! – Era uma boa proposta, mas eu não conseguia confiar nele.

—Esquece garoto. – Fechei a porta do carro novamente e ele bateu no vidro.

—Tem uma blitz na rua à frente. Vestidos assim vão ser pegos. Posso leva-los para longe se você me colocar nessa.- Ele pareceu prático, mas não era a expressão que seus olhos diziam, ele sabia que eu ia concordar, não colocaria meus amigos em risco.

—Tudo bem. Faça e está dentro. – Suspirei derrotada.

Ele ligou o celular e disse que havia uma atividade suspeita quatro ruas atrás, três carros em alta velocidade e sem placa. Ele mentia tão facilmente que tive que admitir que o garoto era bom.

—Pronto. – Pegou o papel que segurava e me deu. – Me liga.

E saiu pelo beco caminhando em direção a que tinha dito aos policiais. Justin permanecei estático e eu o cutuquei para ir, rapidamente estávamos na avenida principal, tiramos os disfarces e queimamos espalhando as cinzas embaixo do viaduto.

— O que foi isso? - Sasuke me encarou furioso assim que chegamos em casa e sentamos na mesma mesa.

— Circunstancias especiais. – Respondi prontamente.

— Ele pode ser útil mesmo. – Justin colocou as mãos no queixo. Meu celular tocou e eu já sabia quem era. Saí e fui até o meu quarto.

“- O que você quer?

— Calma pequena flor. – A voz ironizou. – Vocês foram ótimos, e teve uma reviravolta.

—Isso é coisa sua? - Perguntei irritada.

— Não? Ou será que sim? descubra!

—Olha aqui! Só perdemos tempo hoje e acabei envolvendo mais alguém nessa teia! Você é um maldito! – Despejei e a voz riu novamente.

—Cuidado com o que fala pequena flor, eu odiaria que seus pais sofressem por causa de suas palavras.

—Não se atreva a tocar neles. – Falei tremendo, que voz inútil!

— Então faça o que eu mando. Sem brincadeiras! “

E desligou, escorreguei de costas com a parede até o chão, as lágrimas ameaçavam vir, mas eu não podia deixar que isso impedisse meu objetivo. Preciso conseguir, mas o que vou fazer? até agora não consegui pensar em como enganá-lo. Ele sempre sabe tudo o que faço, como vou despistar alguém assim? Será que Harry é o espião? Ele tem o perfil de um. Droga! Não posso deixar essas dúvidas na minha cabeça! Preciso fazer algo a respeito. Já sei!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

então? comenttários, favoritos, recomendações são bem vindos ♥
não escrevo para paredes amores kkkkkk



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Mulheres de Argel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.