As Mulheres de Argel escrita por Anne


Capítulo 1
Antes do Roubo


Notas iniciais do capítulo

Hellooo seus lindos e lindas!
Aqui estou eu com uma fanfic que está tirando meu sono....
pois é.. já passei várias noites acordadas pensando em como organizar essa fic pra vcs!
pretendo postar toda semana, se voces gostarem, me contem ok? eu particularmente estou suuuper animada em escreve-la pra vcs, espero que gostem.
Boa Leitura! kisses
(Desculpem qualquer erro)



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Não é nada fácil ser uma “mão-leve”. Tipo, não mesmo. As pessoas esperam que tudo que você faça seja inteligente e tão furtivo que demore décadas até que seja notado em falta. Qual é, eu só tenho dezoito anos!

Por ser a futura chefe dos negócios, todos esperam que eu seja a melhor, acontece que eu, Sakura Haruno, nunca roubei, nem quero roubar, mas não é nada fácil dizer isso ao meu pai.

—ISSO É UMA BRINCADEIRA?

—Querido não grite, ela ainda não entende ...- Minha mãe tentou falar.

— POUCO ME IMPORTA! ELA... – Disse apontando para mim. – ELA É MINHA SUCESSORA! NÓS ROUBAMOS SAKURA, VOCE TAMBÉM TERÁ QUE FAZER ISSO!

— Mas pai, eu não quero, eu nem sei se ...

—NÃO INTERESSA! VOCE VAI! NÃO É UMA OPÇÃO! VOCE VAI E FIM!

—Papai. – Tentei argumentar, mas ele me calou com um aceno brusco.

—Sakura – Disse enquanto sentou e tomou um gole de saquê. – Há mais de três séculos, nossa família é a mais renomada em roubos do que a teoria de Marx é vinculada a ele, é isso que nós fazemos! Esse é o nosso orgulho! Está vendo aquela Mona Lisa ali? Você acha que é uma falsificação? - Meu pai sorriu satisfeito ao puxar um livro e revelar a obra de Picasso, protegida por um vidro inquebrável e milhares de dispositivos antirroubo. Podia ver vários lasers coloridos como em uma discoteca. – Ah 1911, já faz 105 anos desde que meu bisavô a roubou, Vincenzo Peruggia Haruno, esse era um orgulho. Ele se passou de colocador de vidros em obras de pintura para enfim roubá-la, deixou até uma impressão digital e a moldura no Louvre, somente por diversão. E nem isso o acusou.

—Mas pai, vinte e oito meses depois eles encontraram-no e pegaram a pintura de volta. – Suspirei, já tinha visto essa história na internet.

— Isso é o que você e todos pensam minha filha, você acha que o Louvre tem a obra verdadeira? Acha que um Haruno cometeria o pecado de ser preso? aquela é só uma impecável falsificação dos Kuchiki, encomendada por Vincenzo. Mas eles preferem acreditar que tem a verdadeira lá, além do mais, aquele que foi preso era só um sósia do dele, um trabalho especialmente fabuloso. É ele que nós devemos copiar. Cento e cinco anos, e até hoje nós temos aqui a verdadeira La Giocconda,bem atrás da minha sala de jantar. -  Papai abriu os braços triunfante.- Filha isso é a minha vida, e em breve, será a sua também.

—Eu não tenho talento pai. – Baixei a cabeça, odiava essas histórias de Harunos grandiosos que não me serviam de nada, eu não nasci para fazer isso.

—Você é uma Haruno, você é uma “Mão-leve”, aposto que pode ser melhor que Vincenzo minha pequena flor. – Mamãe ajeitou minhas madeixas rosadas e me deu um beijo na testa.

—Eu ensinei tudo a você Sakura, ensinei a desarmar alarmes antes de ensinar a andar de bicicleta.

—Sei disso pai, eu simplesmente não quero essa vida.

—Ela será sua você querendo ou não! – Saí correndo dali antes que minhas lágrimas fossem vistas, eu não iria ser aquilo que eles queriam.

—Shiro! Ela ainda não entende...

—Calada Hanna, ela vai ser a melhor, eu sei que vai. – Ouvi a última frase do meu pai enquanto virei o corredor e bati de frente com alguém.

—Desculpa, eu não vi você... – Me levantei sem olhar para a pessoa em quem tinha esbarrado

—Sakura? - Meu coração disparou.

—Sasuke? Ahh ... é só você.

—Por que a corrida? Agora quer ser atleta Haruno? - ele disse friamente.

—Qualquer coisa seria melhor que essa vida. – Escorreguei as costas na parede até o chão, Sasuke fez o mesmo.

—Não é tão ruim, você é rica, tem o que quer, uma reputação de família impecável, será a herdeira dos negócios, ainda não vi o que pode ser tão ruim assim. – Sasuke revirou os olhos, ele parecia confuso.

—Você sabe.... Eu não sei roubar.

— É só pegar quando não tem ninguém olhando. – Odeio quando Sasuke fica se achando porque seu clã é mestre de trapaça.

—Idiota. Isso eu sei, só... não sou boa, isso é uma decepção.- Mordi o lábio, me concentrar na dor física é melhor do que na emocional.

—Você só precisa provar seu valor, apesar de ficar difícil fazer algo quando você não gosta.

—Claro... eu vou continuar tentando convencer o papai que a melhor para fazer isso é o Louis. Meu irmão é muito mais apto e bom nisso que eu.

— Se você quiser receber não para o resto da vida, tente. – Ele riu sarcástico enquanto pegou o celular do bolso.

— E o que você vai fazer hoje? - Perguntei para chamar atenção dele, o Sasuke é tão bipolar que é irritante, uma hora dá atenção e na outra ignora completamente.

— Vou ver Itachi, ele disse que tem um trabalho para mim. Se cuida mão leve. – levantou e saiu.

Ah que garoto ridículo! Como esse infeliz é meu amigo? Devo ter chutado a cruz para merecer isso! Como ele é.... Argh... idiota!

—Oi Sakura – Annabeth Chase passa por mim e sorri, é bem normal outros clãs se visitarem, por isso mantemos relações estáveis com milhares de famílias da máfia pelo mundo inteiro. Annabeth é do clã Chase, eles são os gênios, e com razão, ela é loira a mais inteligente que eu conheço, se um dia eu precisar decifrar um enigma, essa garota vai ser perfeita para me ajudar, embora seus olhos cinzas me assustem (se fossem só os olhos) ela é bem gentil as vezes. Seu namorado Percy Jackson veio correndo logo atrás. Ele é o oposto dela, lerdo e meio bobo, mas é um garoto excelente quando precisa agir, perfeito para uma luta, mas não para a escola. Ele não é de um clã famoso, mas sempre está fazendo trabalhos para o pai de Annabeth.

—Sakura! Você viu para onde a Sabidinha foi? - ele parecia ofegante, os cabelos escuros balançavam e os olhos verde-mar pareciam agitados como uma tempestade.

— O que você fez agora Jackson? Ela passou correndo agora a pouco. – Revirei os olhos, eles eram um par tão perfeito que era enjoativo.

—Ela recebeu uma ligação e saiu correndo. Mas obrigada, até outra hora! – Correu antes que eu dissesse algo.

Todo mundo correndo, só eu que não tenho nada para fazer. Todos com a vida já encaminhada, e eu aqui sem querer esse destino, eu gostaria de ir embora. Ser livre no mar, viajar, ver minha prima America Singer, ela faz muita falta. Gostava de ouvi-la cantar quando era pequena. Mas, depois que casou com o senhor Maxon Shreave, ela passa mais tempo cuidando dos negócios dele. A maioria dos criminosos profissionais é solitário, sei bem como é isso, sempre ter a atenção de quem te conhece, mas não ter realmente quem te veja como mais que um fora da lei. Amizades são feitas pelas circunstancias no nosso mundo, e elas quase nunca duram. Hoje eu estou tão deprimida, vou comer algo, como eu sempre digo: comida é vida hahaha.

—Oi senhorita Sakura – Passei pela enfermaria e Inoue Orihime, nossa médica, estava escrevendo algo em um caderno.

— Como vai senhora Orihime, e o bebe? - A ruiva corou e sorriu tranquila.

— Está bem e saudável, o Ulquiorra está com ele agora.

— Fico muito feliz, você merece senhora Inoue. – Dei um aceno e saí para a cozinha, esperando encontrar minha cozinheira favorita Victoria.

— Oi Vic – Dei um sorriso. Ela é a mais próxima do que eu tenho de alguém me entender. – O que tem para comer?

—Estou pensando em pizza, quer me ajudar a fazer? - Piscou e lavou as mãos, Vic tem cabelos negros e lindos olhos azuis, nem parece ter vinte e cinco anos, é como se tivesse vinte ainda, alegre, divertida e claro, mãos abençoadas para cozinhar.

— Com certeza! – Lavei as mãos e peguei o trigo, cozinhar com a Vic é perfeito! Ela é gentil e sempre elogia, mesmo que as vezes eu faça as coisas erradas. Passamos algumas horas esperando tudo ficar pronto, ela me contava do novo namorado: Niall Horan

—Ele é incrível, fofo, divertido, educado... – Incrível como o amor deixa as pessoas idiotas, ela continuou falando, mas minha mente se voltou pra Sasuke, o motivo eu realmente não sei, não é como se eu fosse apaixonada por ele, ele é lindo claro, mas, eu não preciso dessa parada de amor, pelo menos não por algum tempo, quero curtir a liberdade do meu coração enquanto posso.

—Sakura!? Você está prestando atenção? - Vic me cutucou e bufou chateada.

—Desculpa, eu só estou pensando... como eu seria se eu estivesse apaixonada. – Menti. Eu não estava a fim de saber como era isso, na maioria das vezes termina com a gente em um estado deplorável. Já me disseram isso, aprendo com o erro dos outros.

—Você vai amar! Tenho certeza, o Niall é o cara da minha vida, eu sei disso, eu sinto sabe, o amor é sentir Sakura, você não pode tocar ou explicar totalmente um sentimento.

— Você está muito filosófica, meus parabéns, eu acho que vou dar uma volta, o pôr do sol em Manhatan nessa época é fascinante.

—Claro, minha querida. Depois eu levo um pedaço de pizza para você, pode deixar. – Ela piscou e sorriu enquanto em subi as escadas para pegar um casaco.

É realmente impressionante como a cidade está cheia quando está anoitecendo, todas as luzes que enfeitam o céu são impressionantes, mas eu ainda preferiria ver as estrelas, de repente sinto uma leve pressão no meu bolso. Batedores de carteira. O truque mais manjado para um ladrão, você aproveita a multidão, escolhe um alvo distraído e rapidamente põe a ou as mãos nos bolsos, pega e sai correndo. Bons batedores fazem isso tão sutilmente que você só percebe tarde demais. Esse não era o caso. Rapidamente agarrei firme o pulso aonde o meu pai ensinou, um dedo na munheca e flexionar para trás com força.

—Te peguei. – Agarrei o outro baço, me abaixei e dei uma rasteira certeira. O garoto se desequilibrou e caiu.

—Boa! – Ele sorriu divertido, tive que admitir, ele era lindo, e o mais intrigante, era que ele não parecia ser um ladrão, vestia uma calça jeans de marca, camisa pólo azul-escuro e uma jaqueta preta grossa, tinha cabelos bagunçados, charmosos, castanhos e profundos olhos azuis. Parecia mais um motoqueiro engomado.

—Eu poderia gritar aquele policial. – Franzi o cenho e peguei minha carteira de volta.

—Poderia sim, mas não vai. – Ele olhou na direção do policial de uniforme e sorriu, e que sorriso maravilhoso. Odeio admitir como fiquei balançada com isso. Ladrões com certeza não sorriem assim, mas mentirosos sim, fiquei alerta.

— O que te faz achar isso? - Levantei uma sobrancelha enquanto ele se erguia do chão batendo a poeira.

—Você ainda não fez isso, provavelmente não vai fazer. Mas tem muita coragem, fiquei impressionado. – Fez uma reverencia e me observou, fiquei incomodada e logo desviei os olhos, indiferente.

—Não importa, você não é um bom batedor de carteiras.

—Eu já ouvi isso, estava treinando. – Sorriu de leve ainda me encarando.

— Acha que uma garota de cabelo rosa não consegue se defender? - Revirei os olhos astuta e o vi abrir outro sorriso.

—Eu subestimei o inimigo. – Ele fez um som falso de admiração e levantou as mãos em rendição.

—Idiota. – Me virei e saí andando calmamente. Felizmente ele não me seguiu. Meu celular tocou e era um número desconhecido. Contrariada atendi.

— Alô? - Atendi rude.

— Sete dias! – A voz grossa e completamente modificada disse.

—O que?

— Sete dias para você me trazer o quadro “ As mulheres de Argel” de Picasso, antes que seus pais morram. Entraremos em contato. – A voz disse friamente e desligou.

Foi nesse momento que meu pior pesadelo começou.


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Notas finais do capítulo

Voce terminou de ler? serio! um premio pra vc, muito obg mesmo! fico tão feliz de saber disso!
comentários são muito bem-vindo, ok?
devo continuar??
espero a opinião de vcs
kisses



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