Sereias apocalípticas escrita por Evil Maknae, RebOS, Laesinha, Ana


Capítulo 4
Como tudo começou.


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi oi pessoinhasssssss e-e
Eu sou a Tia Panda postando um capítulo na visão da Layx ;u;
Acredito que o capítulo iria ser postado antes de ontem se n fosse pelo computador do mal ;u;
Desculpa ;-;

MAS CONTUDO PORÉM TODAVIA estou aqui, com este capítulo kawaii-desu.
Ou não.

sssssssshhhhhhhhh

Até lá embaixo ( ͡° ᴥ ͡°)



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 — Mãe, cadê a Nath?

 Lembro-me muito bem. Ela era a melhor babá do mundo. Brincava comigo de boneca e jogos de tabuleiro. Ela também fazia o meu almoço, todas as quartas-feiras tinha peixe grelhado com molho doce. Mas naquela quarta-feira não tinha peixe grelhado, muito menos a presença da Nath.

— Não sei, querida. Talvez tenha pegado algum engarrafamento.

— Tá bom.

Esperei uma hora. Duas. Minha mãe já tinha preparado uma lasanha pois eu voltava do colégio cheia de fome, mas eu queria o peixe grelhado na Nath.

— Layx, venha logo almoçar. Nath não vir hoje.

Claro que a lasanha da minha mãe estava boa, mas o peixe da Nath era muito melhor. Almocei emburrada e triste.

— Amanhã ela vai vir. Prometo.

Mas ela não veio. Então a minha mãe resolveu ir até a casa dela para saber o que houve. Demorou umas duas horas, papai me deu um beijo na testa e falou com essas exatas palavras:

— Não importa o que houver, prometa-me que você vai ser forte e sempre seguirá em frente.

— Como assim, papai?

— Logo logo você vai entender. Apenas me prometa. – ele estava segurando o meu rosto, como se soubesse que eu iria chorar a qualquer momento.

— Eu prometo.

Depois daquele dia eu nunca mais vi Nath, nem minha mãe e nem meu pai. Aparentemente Nath foi uma das primeiras da minha cidade a ser infectada. Depois ela infectou a minha mãe e meu pai foi tentar resgatar ela, mas foi atropelado por um motorista bêbado.

Depois disso tudo eu fugi. Peguei tudo o que achava de importante e fui colocando na minha mochila da Polly. A primeira coisa que eu pensei foi pegar o carro da minha mãe, já que o carro do meu pai foi amassado junto com o seu corpo.

Nunca pensei que com 12 anos de idade iria conseguir dirigir um carro como eu estava dirigindo. Demorou um pouco para pegar a prática, mas hoje estou aqui, sabendo mudar a marcha direitinho.

Depois disso cheguei em uma cafeteria da cidade próxima, que ainda não tinha sido invadida e peguei o meu notebook para contactar com a minha melhor amiga.

You: Deu tudo errado. Estou sozinha, mas tenho um carro. Posso não saber usá-lo direitinho, mas to pegando o jeito.

Amanda: Como assim??? Os seus pais foram infectados??

You: Sim. Eu to fugindo daquela gente q pega crianças sem pais, me disseram que aquelas casas acolhedoras são horríveis.

Amanda: Olha, meus pais provavelmente vão levar vc para essa casa horrível, então eu acho que você pode ficar aqui na minha cidade Morando dentro do seu carro. Até eu conseguir convencer eles eu falo contigo.

You: blz.

You: Mas você mora a duas horas daqui! Posso sofrer um acidente!

Amanda: Vai devagarinho.

You: é… é o único jeito. Blz, tchau!

Amanda: tchau e boa sorte.

Não me lembro ao certo se foi realmente assim a conversa, mas com certeza foi algo parecido. Eu era péssima em matemática na escola, por isso não quis comprar algo da cafeteria para não precisar tirar o dinheiro que tirei dos meus pais que estava na casa. Devia ter umas quinhentas pratas ou um pouco mais.

Morar num carro não é tão ruim, é como morar em um trailer, só que pequeno, bem pequeno. No banco do carona eu colocava comida e outras coisas que achava úteis, no banco de trás eu colocava no tapete minhas roupas e usava os assentos como cama. No banco do motorista não tinha como pôr algo. No porta luvas eu achei o manual do carro, o que me ajudou bastante para manuseá-lo.

Só para deixar claro: eu não era tão noob assim dirigindo. Eu sou muito curiosa e quando meus pais dirigiam eu ficava toda hora perguntando “Pra que serve isso? Como usa isso? Como você sabe qual acelera e qual freia?” então eu já tinha um pouco de noção do que estava fazendo.

O único problema era coordenação motora. Quando tinha alguma curva na estrada eu já ficava toda encolhida. Andava a 10 por hora freando muito.

Mas aí você me pergunta: Mas Layx, e a polícia? Bem, polícia não era problema, pois como estávamos com um vírus mortal rondando por aí as leis de trânsito foram suspendidas. Para você ter uma ideia enquanto eu dirigia até a cidade da Amanda eu vi um cara dirigindo um ônibus a mais de duzentos quilômetros por hora. Isso faz algum sentido? Claro que não! É impossível um motor de um ônibus conseguir rodar isso tudo, mas pra que ter sentido num apocalipse?

Enfim, quando cheguei à cidade da Amanda eu logo parei num posto de gasolina para abastecer e usar internet da lojinha de conveniência que não sei como ainda tinha funcionários. Talvez o vírus não tivesse chegado ali ainda. Liguei o notebook e fui direto ao site onde conversava com Amanda. Ela estava online.

You: Acabei de chegar aqui.

You: to num posto de gasolina acho que o primeiro da entrada da cidade.

Amanda: Demorou quatro horas pra chegar? Dirigiu beeeeeeem devagar, hein?

You: eu sei, fiquei com medo nas curvas.

You: Onde vc mora tem um supermercado perto?

Amanda: Sim, pq?

You: Vou estacionar o carro até a situação acalmar.

Amanda: entendi. Ta com o seu celular?

Amanda: Eu te ligo para te guiar até o mercado.

You: blz.

Chegando no supermercado, estacionei na vaga mais próxima da saída, assim poderia sair o mais rápido possível numa situação de emergência. Quando o mercado fechava eu treinava curvas e a marcha ré. Alguns dias, Amanda ia até lá para me dar suprimentos ou algum dinheiro. Os pais dela não deixavam fazer amizades virtualmente, por isso se soubessem que eu era amiga dela nunca mais iam deixa-la fazer qualquer coisa, assim pensávamos.

Assim se passaram dois anos até que a cidade foi afetada pelo vírus. Tive medo no início, mas logo aprendi a matar zumbis atropelando e cortando suas cabeças com uma faca de açougueiro que peguei depois que o supermercado foi fechado por causa do vírus. Consegui uma arma simples de um vendedor de armas de caça. Ele estava dando para a população que ainda não tinha sido afetada. Quando me viu ficou pensativo e me deu uma pistola que mais parecia ser de brinquedo de tão pequena que era. Depois ele me ensinou a como segurar a arma para poder não deslocar o meu ombro na hora de atirar. Deu-me um saquinho com munição e depois me desejou boa sorte. No crachá dizia “Meu nome é Juan”. Nunca me esqueço do que ele me disse antes de dar tchau: Não fique chateada com o tamanho da sua arma. Se usada com sabedoria vai ter mais poder do que um tanque de guerra.

Passado isso voltei ao estacionamento do mercado com o coração na boca. Tinha finalmente uma arma, mas e a mira? Teria de treinar isso também. Entrei novamente no supermercado por um buraco na janela e peguei uma pistola de água e algumas placas de alvo. Coloquei em posições diferentes no estacionamento, grudado em postes e fui tentando. Um dia entrei de novo no supermercado para pegar suprimentos de saúde e acabei achando aquelas armas de brinquedo que atiram balas de isopor. Aquilo com certeza me ajudou mais que a pistola de água.

Passaram-se algumas semanas e meu celular tocou. Era Amanda. Dizia que precisava de mim e rápido no prédio onde morava. Era apenas dois minutos de carro até o prédio dela. Liguei o carro, pisei no acelerador e foi assim como tudo começou.

 

Agora estamos seguindo a bússola que tem no painel do carro. Norte sempre. São duas da manhã e estou cheia de energia. Estamos conversando coisas aleatórias para ninguém ficar com sono.

— Qual que é a raça do Cookie? – eu pergunto.

— É yorkshire. – Amanda responde.

— Se vocês pudessem espirrar bananas vocês a comeriam? – Ana pergunta com uma careta de nojo.

— Depende. – eu digo.

— É, depende de muita coisa. Se eu estivesse numa ilha deserta sem nada para comer eu comeria. Se fossem podres... Não. – Rebecca responde olhando para a janela. Ela sempre fica atenta para ver se tem algum zumbi estranho nos seguindo.

— Eu não sou muito fã de bananas – respondo.

— Espirrar bananas iria doer o nariz. Não ia mais ter aquela sensação de alívio. – Amanda faz carinho no Cookie que está em seu colo.

— Verdade. – Ana parece satisfeita com as respostas.

E assim nós passamos a nossa madrugada. Algumas vezes precisamos parar para matar alguns zumbis que atrapalham a passagem, pois se vivermos matando zumbis os atropelando o carro vai quebrar em poucos dias.

— Já ouvimos todas as músicas daquele álbum do Michel Jackson? – Rebecca pergunta mostrando um CD com ajuda de uma lanterna.

— Acho que sim.

— Então... Coloca esse CD aqui. – Rebecca deu um CD que a capa tem uma imagem que parece ondas sonoras.

Amanda abre a capa de plástico e coloca o CD no som, que começa a tocar uma música alguns segundos depois.

— Essa música parece trilha sonora de uma viagem radical. Gostei. – eu digo parecendo uma hipster drogada.

— “Cê” é louco, adoro arriscar minha vida. É adrenalina na veia e a preguiça na cadeia. – Amanda diz fazendo voz de surfista.

Todas nós rimos o que me faz me sentir bem. O bom de ter amigos em um apocalipse: você não fica doente de depressão.

— Ãhn... Gente... – Ana olha para baixo. – Achei um CD perdido sem capa. O que será que tem nele?

— Sem capa? Deixa-me olhar isso aqui. – Rebecca pega o CD e o olha seriamente. – Não me lembro de ter pegado ele.

— Ah gente, devia ser da minha mãe ou algo do tipo. – eu digo. – Querem ouvir?

— Se não for incomodo... – Rebecca se curva para tirar o CD que estava tocando e coloca o que suspostamente era da minha mãe.

De repente começa a tocar uma batida incomum.

TUM

TUMTUM

SEREIA DO MAR, SEREIA DO MAR. UUUUH...

— Mas que porras...?? – Ana está perplexa.

— HAHAHA eu já ouvi essa música! – eu grito rindo.

Como este CD veio parar aqui?? Minha mãe nem gostava desse tipo de música... Ou gostava?

SEREIA DO MAR VEM REQUEBRAR DEIXA O CORPO BALANÇAR

— Mas o quê...?? – Amanda está encarando o painel do som segurando a risada.

NO REBOLEIRO EU QUERO VER ATÉ O CHÃO VOCÊ DESCER

— A palavra reboleiro existe? – Ana também está querendo rir.

— Eu acho que não. – eu digo.

QUEBRA DE LADINHO DEDINHO NA BOCA OLHA SÓ QUE COISA LOUCA QUERIA NÃO, MAS VOU TE FALAR ELA É MINHA

— Ela é dele. – Rebecca diz num tom zoado.

— Layx, a sua mãe realmente ouvia isso?? – Amanda pergunta.

Eu não consigo me controlar e solto a risada.

— HAHAHAHA GENTE EU NÃO CONSIGO... HAHAHAHAHAHA!

Agora todas estão rindo da música.

SEREIA DO MAR COMECE A REQUEBRAR VEM DESCENDO ATÉ O CHÃO FAZENDO GERAL BABAR COLOQUE A MÃO NO CHÃO JOGANDO A BUNDA PRO ALTO.

— Mas como que uma sereia vai jogar a bunda pro alto se sereias não tem bunda?? – Ana diz quase gritando, não conseguindo conter a risada.

— Eu estou imaginando uma sereia com uma blusa mostrando um umbigo com a estampa dizendo “MAKE LOVE”, batom vermelho com glitter numa balada tentando dançar essa música. – Rebecca está segurando a barriga de tanto rir.

— HAHAHAHA essa sereia sou eu tentando dançar sensualmente! – Amanda quase deixou Cookie cair do seu colo.

— Hashtag somos todas sereias do mar! – eu grito.

— Vai sereia! – Rebecca grita rindo.

— Querida, nós somos sereias rainhas, o resto nadinha! – Amanda pega Cookie e o manipula com as mãos o fazendo dançar como a música pede.

— Somos sereias apocalípticas! – Ana grita com as mãos pra cima.

— Que assim seja! – grito levantando uma mão.

Todas nós levantamos os braços e damos um toca aqui coletivo bagunçado.

É como eu digo, não existe nenhum apocalipse capaz de derrubar a amizade.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo.

Sim! Final de capítulo feliz!
Nada está certo por aqui, aleguenhos. N A D A.

Sabe o que isso significa?
Que vai ter treta na próxima.
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaadoro treta.
rs. ( ͡° ᴥ ͡°)


Link da música: https://www.letras.mus.br/bonde-da-oskley/1550681/
OBS.: A letra no site ta errada, ta? ta.



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