Sereias apocalípticas escrita por Evil Maknae, RebOS, Laesinha, Ana
Notas iniciais do capítulo
Olá :3
Como primeiro capítulo teremos o meu, na visão da Amanda.
Boa leitura
~Srta Kyle~
Olhei pela janela e logo engoli em seco. Estava tudo tão errado que tive vontade de chorar como um bebê, mas expulsei a ânsia rapidamente. Lá fora, onde antes era um bairro feliz, agora estava cinzento, destruído, e ensanguentado. Nunca havia me perguntado o por que, mas com tudo isso acontecendo, nem dava tempo.
Já havia me preparado para viagem. Pretendíamos sair mais tarde, a noite, porque mesmo sendo mais perigoso era mais fácil de nenhum deles me verem. Eles. Os zumbis.
Antigamente os zumbis eram elementos da ficção, utilizados em jogos eletrônicos, filmes, séries e mero entretenimento, mas agora, era a realidade cotidiana. Não se sabia ao certo o que realmente havia espalhado a praga, tudo havia acontecido rápido demais. Boatos corriam, dizendo que os cientistas daqui estavam desenvolvendo uma arma biológica que prometia acabar com a guerra que estávamos vivenciando contra um país vizinho. O plano deles seria fechar as fronteiras daqui, espalhar o vírus por injeções infectadas e esperar a população dizimar. Era um plano cruel perfeito, até o vírus escapar do laboratório e se espalhar por nossa população. Como nossas fronteiras estavam já fechadas e não havia nenhum apoio para nós durante a guerra, ficamos presos aqui. Sendo devorados. Fugindo. Vendo a morte, esperando por ela.
Minha amiga, Layx, que morava em uma província um tanto quanto longe, e eu, Amanda, pretendíamos sair do sul do país, que foi a área em que o vírus vazou, portanto, a infecção era maior e o risco também. Ela tinha me dito, por um sms que se não chegasse até as 21h00min, eu deveria ir sozinha até o Norte para procurar um abrigo, porque algo muito, muito ruim havia acontecido com ela.
Eram 19h20min e eu já estava imaginando o pior acontecendo. Olhei para meu cachorro, um yorkshire, que dormia tranquilamente sobre a mochila de suprimentos e suspirei. Fazia tanto tempo que eu não dormia assim... Junto com a minha vida, a tranquilidade foi embora. Tudo que eu tinha agora estava na minha frente; um cachorro como família, uma mochila como salvação e um antigo quarto em um apartamento, no segundo andar, como lar.
Observava o relógio e a rua, esperando as horas passarem e eu sair desse lugar, mas nada acontecia. Ora via um zumbi correndo, ora via sangue escorrendo de suas feridas. Eles eram tão medonhos, mas o pior é que eu tinha me acostumado. A noite não estava silenciosa, ouviam-se gritos roucos de zumbis, gritos assombrados de humanos e o barulho de vidros sendo quebrados. Eu já havia desviado desse problema, dos vidros. Martelava camadas intensas de madeiras nas janelas e portas e fazia passagens secretas para caso precisasse de uma saída de emergência.
Alguns minutos mais tarde, ouvi meu celular vibrar. Corri para ver o que era, e por sorte, era uma mensagem de Layx, dizendo que estava no estacionamento subterrâneo do prédio, e que não havia muitos zumbis ali, podíamos dar conta. Peguei a mochila, chequei a pistola discreta que tinha no bolso da jaqueta, coloquei o pequeno cachorro já acordado dentro da minha blusa, para ele ficar seguro, e empurrei o pesado armário para o lado, a fim de encontrar a passagem secreta que eu havia feito, que se tratava de um buraco na parede.
O outro lado da parede era escada que acabava onde Layx estava. Eu saí do quarto e desci rapidamente, sem prestar atenção em nada, e cheguei lá, finalmente.
Layx estava escondida atrás de um carro, que provavelmente havia o dirigido até aqui, ela aprendeu a dirigir por necessidade. Logo que me viu, os cinco zumbis também viram, e vieram correndo até mim. Entrei em pânico instantâneo, mas involuntariamente minha mão foi até o bolso, encontrou a pistola e disparou na cabeça de um deles, o mais próximo.
Mirei em mais um, mas acabei errando o tiro, e me desesperando. Comecei a atirar em todos eles, sem olhar, e acertei um deles na perna, o impedindo de andar.
—- LIGA O CARRO – Gritei para Layx, que estava com uma faca enorme na mão, impedindo um zumbi de chegar perto dela.
—- ESTOU TENTANDO – Ela gritou de volta, e logo, sem mais delongas, acertou o zumbi no peito com a faca, e para tira-lo da mesma, o empurrou para trás com o pé, e o deixou cair no chão. Ela entrou no carro rapidamente, enquanto eu desviava das mordidas de dois zumbis.
Ela ligou o motor, acelerou, atropelou os dois zumbis e parou a alguns centímetros de mim.
—- Muito bem. – Eu disse, abrindo a porta da frente e entrando no carro.
—- Olá. Oi Cookie. – Ela acariciou a cabeça do cachorro, assustado. – Como estão?
—- Vivos. Graças a você. – Pude relaxar por um momento, por estar quase segura. Ela sorriu, e acelerou de novo, e então, saímos do estacionamento.
Depois de um tempo, ela finalmente disse:
—- Eu soube de um lugar ao norte que podemos viver em paz.
—- Isso é impossível.
—- Nem tanto. É um abrigo todo fechado. Tem plantações, dormitórios e divisão de trabalho.
—- Onde fica exatamente?
—-... Bem, talvez seja difícil encontrar.
—- É escondida?
—- Sim, e muito bem escondida.
Suspirei. Era bom demais para ser fácil.
—- Podemos procura-la.
—- Nós vamos conseguir – Ela assegurou.
—- Espero que sim. Já vivi isso demais.
—- Com certeza.
Layx acelerou o carro novamente e então partimos perigosamente para uma aventura.
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Gostaram? Esperem até ver o próximo ¬u¬
De qualquer forma, obrigada pela leitura *3*
Restou alguma dúvida? Respondo todas e-e
Beijinhos e até o próximo.