Agora é pra valer escrita por Senhorita Grace


Capítulo 5
"Pera, o que vocês estão fazendo aqui?"


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa mesmo pela demora, me lotei de coisas essa semana e não tive tempo de terminar o capitulo, então hoje antes de sair me forcei a terminar para vocês.
Espero que gostem, boa leitura.



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Pov Nico

Depois de ser praticamente chutado pela Marry esta manhã, sentei em baixo de uma arvore e recapitulei tudo o que passei até ar nesta ilha.

Quando acordei na beira da praia manhã passada, as meninas já haviam acordado e se mandado, duas para um lado da ilha e duas para o meio da floresta, então resolvi ir para o outro lado, seria o mais sensato a fazer. A praia era uma espécie de areia fina quase branca com poucos metros entre o mar e a floresta, alguns ganhos e troncos continham na beira do mar como se em um passado recente tivesse um grande temporal invadindo esta ilha. Caminhei pela beira por alguns quilômetros até começar a escurecer, então me lembrei de um filme que eu vi, onde uma garota dormiu no galho de uma arvore para as pessoas não notarem que ela estava lá e decidi fazer o mesmo. Escolhi um galho de uma arvore que não era nem muito alto e nem muito baixo e fiz o que vi no filme, escalei até o galho, sentei encostando minhas costas na arvora e dormi, algo parecia estar faltando, mas deixei o pensamento de lado. Acordei sentindo um vento estranho no meu rosto e logo depois dei de cara no chão, lembrei, esqueci da corda para não cair, mas é claro que não ia dar certo comigo, descobri da pior madeira que não se deve imitar as coisas que se vê em filmes.

Enquanto andava pela floresta com fome e devaneios, ouvi passos e segui. Quando cheguei mais perto, percebi que se tratava de Marry, fiquei um pouco inseguro de ir até ela, principalmente depois de ela quase me castrar noite retrasada, porem eu precisava de comida e ela poderia me ajudar, então fui até ela e a cutuquei.

— Nico??? Porque você?? – Perguntou ela depois de levar um pequeno susto e com uma voz de indignação.

— Qual é, você quase me castrou noite retrasada, não pode ser mais delicada?

— Tais querendo morrer garoto?

— Não, relaxa, só estava querendo alguém para me ajudar a encontrar comida, estou faminto.

— Por que você não tenta sozinho? Não sou obrigada a ajudar ninguém, muito menos você - falou ela e meu coração meio que me deu uma pontada de tristeza e raiva.

— Tomara que você morra sozinha e com fome então.

— Tomara que eu não tenha que te aturar por mais segundos também, tomara – falou ela me dando as costas e indo embora.

Agora sentado de baixo dessa arvore refletindo tudo o que aconteceu, já devia ter se passada uns trinta minutos desde o acontecimento, e sem saber o que fazer decidi seguir caminho em direção de onde Marry estava vindo, vai que eu encontre mais gente.

Depois de caminhar por mais um tempo olhei para o céu e percebi uma linha fina de fumaça vindo de mais à frente, ou seja, fogueira e onde tem fogueira tem gente. Continuei andando e me deparei com uma fogueira e o Dylan dormindo, ou roncando, como queira, abraçado em sua camiseta, why?

— Ei cara, hora de acordar – falei indo até ele e o chacoalhando.

— Eu sou o Power Ranger Vermelho você nunca vai conseguir me vencer – gritou ele e levantando em um sobressalto.

— Como é que é?

— Nada, era só um sonho – falou ele começando a corar.

— Pera você sonha que é um Power Ranger? – falei já caindo na gargalhada.

Dylan levantou e me pegou pelo colarinho da minha camiseta e me colocando contra a arvore.

— Se você contar isso para alguém, principalmente para a Clary, eu mato você, ouviu bem? – falou ele com uma cara séria e eu concordei contendo o meu riso.

— Ok, agora me ajuda a achar comida, porque estou morrendo de fome e eu sou sua melhor chance de sobrevivência no momento – falei começando a adentrar mais a floresta.

— Ok, mas onde você está indo?

— Ué, atrás de comida.

— Não por ai, vamos pela beira da praia.

— E quem foi que elegeu você o líder?

— Ninguém mas vamos combinar que eu sempre tenho razão.

— Só existe um jeito de resolvermos isso – Falei e ele concordou com a cabeça.

— Jo ken po – falamos em uníssimo e o Dylan colocou tesoura e eu papel.

— Jo ken po – repetimos o processo e dessa vez eu tirei papel e ele pedra.

— Jo ken po – falamos e eu coloquei pedra e ele tesoura.

— HÁ, GANHEI, vamos pela floresta – falei adentrando e ele veio atrás de mim,

Andamos por alguns quilômetros e nada de comida, depois de mais ou menos uma hora andando encontramos umas rochas grandes em frente a um penhasco com algumas pequenas na frente que me deu muita vontade de sentar.

— Vamos descansar um pouco aqui to ficando sem energia – falei sentando em uma das pedras e Dylan concordou.

Assim que Dylan foi se sentar, ele se apoiou na parede da pedra maior e um pedaço da pedra foi empurrada para dentro. No susto Dylan se levantou e eu também e então vimos a pedra maior se movendo para abrir uma porta para dentro do penhasco, eu e o Dylan nos entreolhamos e assentimos para situar que vamos entrar. Com cuidado entramos na caverna escura e assim que chegamos mais à frente algumas tochas em uma das paredes acenderam revelando uma escada feita de terra indo para mais a baixo da caverna com uma porta de madeira no final. Como sempre me dei bem com o escuro e subterrâneo fui o primeiro a descer. Ao chegar lá em baixo a porta estava aberta e assim que eu abri meu queixo foi para o chão. Era um bunker enorme, porem parecia bem antigo, as pareces eram feitas com a terra e seguradas com pedaços de madeiras e o local era iluminado com algumas luminárias antigas. Do lado esquerdo continha uma cozinha com uma geladeira e um fogão antigo, juntamente com um balcão, pia e armário que parecia ter sido improvisado com alguns pedaços de madeira e metal. Do lado direito tinha uma televisão antiga em preto e branco com um sofá rasgado e uma mesa de sendo do que parecia ser feito de pneus e uma taboa de madeira em cima. No final do bunker do lado esquerdo havia uma divisória retangular no canto do que parecia ser um banheiro e ao lado uma cama de casal em cima de uma estrutura de metal, ao lado direito no final, uma mesa grande de madeira com armários grandes e materiais de construção tomavam conta do lugar. Depois de raciocinar o que acabamos de encontrar, adentramos melhor para visualizar o local. Ouvimos um barulho vindo da cabine retangular e instantaneamente eu e Dylan ficamos um do lado do outro, assim que a pessoa abriu a porta eu pulei no colo do Dylan e nós começamos a gritar, tá bom isso não foi muito másculo da nossa parte. De dentro do banheiro, saiu uma garota de cabelos loiros e olhos cinzas morrendo de tanto rir da nossa reação.

— Annie? O que você ta fazendo aqui? – Perguntou Dylan, me largando no chão.

— Ai, essa doeu cara – falei me levantando e passando a mão na minha bunda para ver se passava a dor.

— O que vocês estão fazendo aqui? – perguntou ela contendo o riso.

— Bom, resumindo, nós estávamos atrás de comida ai quando viemos descansar o Dylan esbarrou em uma pedra que abriu uma porta e cá estamos nós e você? Como descobriu este lugar?

— Ontem de tardezinha, depois de ter tentado achar a Thalia pela floresta, me deparei com as pedras em frente ao penhasco, quando estava descansando notei frestas na rocha e encontrei a pedra que abria a porta, então dormi por aqui, até vocês chegarem e tirarem o meu sossego – falou ela de uma forma resumida.

— Ok, mas agora o que interessa, aqui tem comida? – perguntou Dylan.

— Na geladeira. – falou ela apontando para a geladeira e fomos correndo até lá.

Dentro da geladeira tinha algumas frutas e carnes e parecia estar em perfeito estado, magia talvez? Enfim não interessava, peguei uma maçã e dei uma baita mordida, Deuses como eu estava com fome, devo ter comido umas três maçãs em alguns poucos minutos.

— Então quando você ia avisar para o pessoal sobre este local? – perguntou Dylan sentando no sofá como se a casa fosse dele.

— Na verdade eu não pretendia contar para ninguém mas já que estão aqui não posso fazer nada, porém vocês me fizeram pensar que se eu quiser sair daqui teremos que nos dar bem, e um bom começo é abrigando o pessoal aqui.

— Mas como você pretende achar o resto do pessoal? – perguntei.

— Com isso – ela falou mostrando um espelho, uma lanterna e dracmas de ouro – vamos fazer um arco íris e mandar uma mensagem-de-íris avisando onde estamos.

— Mas como eles vão nos achar? – perguntou Dylan.

— Vamos mostrar para eles este mapa – falou ela mostrando um mapa antigo da ilha – e depois eles se viram e nós estaremos esperando eles na frente do bunker.

— Ok, então vamos fazer isso de uma vez – falei já de saco cheio só de pensar em ficar no mesmo lugar que a Marry.

Pegamos um copo de água e colocamos um espelho dentro da água, a Annie pegou a lanterna, ligou e apontou para o espelho e um arco íris se criou na bancada, Dylan pegou o dracma e decidiu "ligar" para a Clary primeiro, já que pelo menos eles se entendem um pouco.

— Oh, Íris, deusa do Arco íris, aceite essa oferenda, mostre-me Clary Allen – disse Dylan um pouco antes de uma fumaça surgir em frente à ele mostrando a imagem de Clary deitada em uma cama ao lado de Marry, como eles acharam uma cama?— Clary? Eu não tenho muito tempo, ta me escutando – começou ele e Clary levantou confusa.

— Dylan? Como você...? Onde você ta? – perguntou ela ainda confusa.

— Não tenho muito tempo para lhe explicar agora mas pegue um papel e uma caneta ou qualquer coisa que dê para desenhar – ele falou e ela foi fazer o que ele pediu enquanto Marry levantava da cama com um olhar confuso e cara de sono.

— Nico? Ah não você de novo? Não falei que não queria mais ver você na minha frente? – ela disse é só depois de uns 2 minutos percebi que eu estava logo atrás do Dylan.

— Cala a boca por que nós estamos tentando ajudar vocês – falei de saco cheio e sai de trás do Dylan, quando a Clary voltou com um pedaço de papel e um lápis.

— Copie este mapa e venham até a marcação X, estaremos esperando vocês – falou ele mostrando o mapa velho – Confiem em mim, agora preciso ir, até daqui a pouco Clary – continuou ele e a mensagem desligou.

— "Até daqui a pouco Clary" - falei o imitando fingindo uma cara de apaixonado, parei no instante em que ele em me fuzilou com os olhos.

— Agora vamos ligar para o Percy – falou Annabeth.

— Não vai ser necessário, ele estava junto com as meninas, vi ele deitado no sofá ao lado delas – falou Dylan e deu para perceber uma pontada de tristeza no olhar da Annie.

— Então Nico segure a lanterna que eu vou ligar para a Thalia, acho que ela não vai ficar tão irada se eu ligar – falou ela e repetimos o mesmo processo.

— Oh, Íris, deusa do Arco íris, aceite essa oferenda, mostre-me Thalia Grace – falou Annabeth e uma névoa surgiu a sua frente mostrando uma garota emo gótica deitada no chão de um lado da fogueira e do outro lado Luke praticamente roncado – Thalia acorde, sou eu Annabeth.

— Annie? Onde você ta? – falou a gótica acordando e percebendo o que estava acontecendo.

— Depois eu explico, pegue algo que dê para desenhar e anote este mapa, estaremos esperado vocês aqui, e traga o Luke – falou Annie mostrando o mapa antigo.

— Ok – disse Thalia pegando uma lasca de arvore e com o canivete desenhou o mapa – mas preciso mesmo trazer o babaca do Luke? – perguntou ela com cara de indignação.

— Sim, até daqui a pouco - Annie encerrou e a névoa se dissipou.

— Bom, agora é só esperarmos – falei deitando no sofá.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Espero que tenham gostado. Deixem nos comentarios o que mais gostaram e o que vocês gostariam de ver mais nos proximos capitulos.
Tentarei postar o sexto capitulo final de semana que vem, mas essa semana tenho prova nos 5 dias e vai ser um pouco difícil, até a próxima.



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