Agora é pra valer escrita por Senhorita Grace


Capítulo 4
Se tiver dificuldades no passado, não durma!


Notas iniciais do capítulo

Aviso!
Desculpem a demora, essa semana foi bem corrida, e eu queria terminar de escrever o 5º capitulo antes de postar o 4º mas ainda não consegui terminar o 5º entao para não deixar vcs na mão vou postei o 4º porém provável que eu so poste o 5º fim de semana que vem.
Espero que gostem desse capitulo!
Boa leitura!



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POV Luke

Desde que caímos nesta ilha as coisas for ficando cada vez mais estranhas.

Quando acordei depois do impacto com a agua, não havia mais ninguém na praia, somente pegadas para todos os lados possíveis da ilha, e ninguém fez menção de me acordar.

Eu entendo que eles tenham ficado putos comigo pelo que eu fiz com o acampamento e a eles no passado, mas se passaram uns bons meses desde que voltei dos morto e fui perdoado pelos Deuses, pois é, isso ainda é uma surpresa para mim, e pelo que eu vi, todos ainda me odeiam. Me odeiam o suficiente para me abandonar na beira da praia para morrer. Quando acordei já estava escurecendo, e eu precisava arranjar abrigo para dormir. Adentrei a floresta, por mais estranho que pareça, já que lá pode conter materiais ou alguma espécie de caverna para me abrigar.

Enquanto andava pela floresta, de longe, vi uma luz que parecia vir de uma fogueira e pensei que já que não sei fazer uma era melhor segui-la. Provavelmente foi a coisa mais estupida que já fiz na vida, considerando que não conhecia o lugar. Ao chegar lá não havia ninguém, mas quem em sã consciência faria uma fogueira e depois a abandonaria?

Ouvi um barulho vindo da floresta e a sombra de uma menina vindo com uma tocha na mão, de primeira não consegui definir a imagem, mas depois percebi que se tratava de uma menina de cabelos logo abaixo dos ombros e de jaqueta de couro.

Ah não! Ela não! Por favor tudo menos ela!

Assim que ela me viu, já chegou gritando comigo e como sempre começamos a discutir, novidade. A discussão demorou cerca de 20 minutos com direito a uma pausa silenciosa no meio e ela encerrando o assunto me deixando sem palavras.

 - Não me importa se o acampamento perdoou você, se os Deuses perdoaram você ou se até meu pai perdoou você, eu não tolero traição, passar bem, boa noite – falou já virando e indo dormir.

Fiquei calado logo depois que ela terminou de falar, eu não sabia o que dizer depois disso, eu não sabia nem o que pensar. Será que todos no acampamento acham isso? Até mesmo meus irmãos? Decidi dormir para afastar esses pensamentos da minha mente.

Acordei em um lugar meio escuro com poucas pessoas andando por volta, lentamente e com cara de acabados, como se estivessem indo em direção a morte e não pudesse fazer nada para mudar.

Segui o olhas para a direção onde as pessoas estavam indo. Se tratava de uma fila, enorme, onde no final se decidia para qual porta cada um iria, então me lembrei, já estivera lá antes, era o julgamento do inferno, para ver em qual campo vai depois da morte.

Do lugar onde eu estava, podia-se ver o muro que dava para o pequeno vale dos Campos Elísios, a única parte que parecia realmente feliz no submundo, com belas casas de todos os períodos da história, vilas romanas, castelos medievais e mansões vitorianas. Este é o lugar para onde os heróis iam, e eu sabia que meu lugar não era lá desde a primeira vez em que pisei aqui. Atrás do julgamento havia outro campo, três vezes maior que os Campos Elísios, onde continha muito mais pessoas e é chamado de Campos Asfódelos e ao seu lado, outro campo enorme onde ficava os Campos da Punição, e era para lá que eu iria, e foi para lá que eu fui da ultima vez.

O que eu ainda não entendi é, porque eu estou aqui?

Quando tentei me mover para seguir a multidão, eu não consegui, meus pés não se moviam. Comecei a entrar em pânico, até tudo ficar preto e a cena mudar.

Agora eu estava em frente ao tribunal de julgamento, pelo visto sendo julgado de traição pela segunda vez. Isso não pode estar acontecendo, eu não trai ninguém depois daquela vez.

Logo acima do tribulas imagens de guerra começaram a passar, e a imagem focou em mim segurando uma espada e pronto para atacar alguém, e então vejo um guri na minha frente, demorou um pouco para reconhecer quem era e quando percebi levei um susto, era Percy Jackson. Ele estava com uma cara séria e de decepção enquanto eu estava com um sorriso sarcástico em que antigamente diria que era meu maior charme. Tentei gritar para dizer que aquilo nunca iria acontecer e nunca havia acontecido, mas a voz não saiu da minha boca.

— Está decidido, será os Campos da Punição para Luke Castellan – Falou um cara alto e robusto com uma voz de autoridade.

Dois caras grandes e musculosos me pegaram pelos dois braços e me arrastaram para os Campos da Punição, tentei gritar mais uma vez, mas foi em vão, a voz não saia da minha boca.

Acordei em um sobressalto ao lado da fogueira. Havia tido um pesadelo, e apesar de isso ser comum com semideuses, eu estava apavorado. As coisas pareciam as mesmas e o tempo parecia não ter passado mais de 2 horas e Thalia continuava dormindo do outro lado. Depois desse pesadelo não consegui mais dormir, então fiquei acordado pelo resto da noite.

POV Clary

Senti alguém me chacoalhando desesperadamente e acordei já me preparando para a luta segurando um pedaço de madeira que estava no chão.

—Calma guria, sou eu, ta loca? – falou a Marry colocando as mãos para cima em forma de rendição.

— Desculpa, mas não se chacoalha uma pessoa que está dormindo no meio de uma floresta desconhecida – falei sarcasticamente.

— Ta bom, ta bom, mas não temos tempo para isso – falou ela me arrastando para a praia – achei comida e vim te buscar, pode me agradecer depois de comer.

— Espera! – falei parando no meio do caminho.

— Aaah, o que foi desta vez? – perguntou ela já de saco cheio.

— E o Dylan, não podemos deixar ele aqui sozinho – falei apontando na direção onde eu estava a 5 minutos atrás.

— Claro que pode, ele já é bem grandinho, e sabe se cuidar – falou ela me pegando pelo braço e continuando a me empurrar na direção da praia.

— Mas coitadinho, ele tá machucado.

— E desde quando você se importa? - ela falou parando e virando para mim com uma cara de interrogação e a mão na cintura.

— E... E... Eu não me importo, mas ele é uma pessoa sabe – falei meio gaguejando. Espera, porque eu to gaguejando? 

— Ai Meus Deuses, você ta gostando dele!! – ela falou com a boca aberta e começando a das gargalhadas.

— O QUE? NÃO!! Isso NUNCA ia acontecer, eu o odeio lembra? Ele é um babaca mesquinha que ne acha a Katniss do Peeta, o sabre do Luke Skywalker, o Dumbledore de Hogwarts – falei para ela, mas parecia mais que eu estava tentando lembrar a mim mesmo.

— Você e suas referências de nerd – falou ela e eu dei de ombros- Mas isso não vem ao caso, porque não admite que gosta dele?

— Porque eu não gosto- falei encerrando o assunto e indo em direção a praia, dessa vez por conta própria. Não sei se foi para provar para ela que eu não me importava com ele ou se foi para mim mesma.

Quando chegamos a praia começamos a caminhar em direção ao lado de onde viemos. Assim que passou uns 2 quilômetros caminhando, eu parei e coloquei as minhas mãos em meus joelhos para descansar.

— Porque parou? Virou molenga? – Falou Marry virando para mim.

— Cala a boca – retruquei e voltei a andar.

Depois que andamos mais ou menos mais 1 quilometro, avistei uma cabana logo na entrada da floresta.

— Ai Meus Deuses – falei de boca aberta – você achou o chalé de Calipso – conclui e sai correndo para dentro do chalé.

O chalé era simples e pequeno, considerando que somente uma ou duas pessoas irão dormir ali. A cabana era a base de madeira e folhas, cestas feitas com gravetos e folhas, a mera era uma mistura de carvalho e espinhos de rosas, com uma toalha bordada em cima.

Tinha pinturas espalhadas pelo lugar, provavelmente feitas a partir de tintas caseiras e no canto ao lado de uma cozinha improvisada havia um sofá com... espera, aquele é o Percy?

— O que o Percy está fazendo dormindo no sofá? Perguntei apontando para o guri roncando.

— Ele me ajudou a encontrar esse lugar – ela falou dando de ombros e pegando uma tigela feira de barraco em cima da bancada improvisada, indo para fora do chalé e voltando com a tigela cheia de água. Eu já suspeitava o que ela ia fazer, e não demorou muito para ela ir em direção ao sofá e jogar a água na cabeça do Jackson – Acorda maninho – ela falou dando um sorriso de divertimento.

— Sua Filha da Puta, eu te matava se você não fosse minha única irmã – falou ele depois de acordar no susto. E já que estávamos sem nossos podres, ele estava encharcado, juro que também estava com um sorrisinho de divertimento.

— Estou comovida cabeça-de-alga – falou Marry irônica, como sempre. Sério ainda não sei como não se mataram aqui, imagina no acampamento com armas e poderes.

Marry apontou para um bolo, meio devorado pela metade, insinuando que eu coma. Fiquei um pouco apreensiva de comer por conta de já ter se passado um certo tempo que o bolo foi feito, mas ele parecia perfeito e saboroso e minha barriga estava roncando ao extremo, então devorei o bolo e Deuses estava muito bom, mas acho que qualquer coisa fica bom quando está com fome. Marry estava agora deitada em uma cama com as pernas para fora e eu me juntei a ela respirando fundo e pensando, o que faríamos agora?


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Notas finais do capítulo

Desculpem pelo capitulo um tanto que pequeno, mas não tinha muito mais o que escrever.
No próximo estou tentando caprichar!
Mas o que acharam? comentem para saber o que devo melhorar e o que continuar do jeito que ta, o que vocês estão mais gostando da historia?



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