Agora é pra valer escrita por Senhorita Grace


Capítulo 3
"Eu estou com fome, qual é?”


Notas iniciais do capítulo

Gostaria primeiramente de agradecer a quem esta acompanhando a historia, estou muito feliz e agradecida.
E segundo queria avisar que o POV da Marry foi minha melhor amiga Julia Vieira que escreveu e todos provavelmente serão ela, ja que a personagem é inspirada nela.
Obrigada mais uma vez, espero que gostem!!



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POV Thalia

Assim que eu acordei na beira da praia com aquela areia estupida pelo meu corpo e com todos aqueles idiotas esparramados no chão, antes de começar a pensar em qualquer coisa sai andando para dentro da floresta, não ia ficar ali aguardando alguém acordar para encher o meu saco, principalmente agora que eu não tenho meus poderes para poder tacar um raio na cabeça de alguém.

Enquanto andava pela floresta comecei a pensar por que diabos nossos pais nos mandaram para cá? Sem água, comida ou lugar para dormir? Se eles não queriam que nos matássemos com nossos poderes, era só para podermos morrer mais lentamente nessa maldita ilha.

Sabe, achei que depois que eu me tornasse caçadora as coisas seriam diferente, além do mais sou imortal, AI MEUS DEUSES, e se nunca nos dermos bem e eu ficar aqui para sempre sozinha? Até parece que eu vou me tornar outra maldita “Calipso”. Meus dias depois da batalha também não foram os melhores, quando Gaia foi derrotada Ártemis convocou todas as caçadoras para comemorar nossa vitória, mas dês de então não existem mais tantas missões de urgência em que partimos para grandes aventuras, no máximo são reuniões com Ártemis regulares que fazemos para caçar.

Quando começou a escurecer encontrei uma área no meio da floresta em que era um pouco plana e comecei a montar uma fogueira, por conta das reuniões regulares com Ártemis aprendi a me virar na floresta com pouco já que fazíamos vários acampamentos para caçar a noite. Quando terminado peguei um pedaço de madeira para fazer uma tocha e ir atrás de qualquer coisa que sirva de comida, encontrei algumas frutas por perto e por sorte andava sempre com um canivete no bolso de dentro da minha jaqueta. Voltei para a fogueira e vi uma movimentação em volta da mesma e já me preparei para o pior.

— O QUE DIABOS VOCÊ TA FAZENDO AQUI? – Gritei para o garoto de cabelos loiros com uma cicatriz que cortava sua bochecha esquerda.

— Ah não, foi você quem fez essa fogueira? Justo você? Não podia ter sido sei la, qualquer pessoa? – Falou Luke meio que pra ele mesmo, meio que pra mim.

— O que isso tem a ver com o fato de você estar aqui? – Falei desejando eternamente estar com meus poderes para expulsar ele daqui rapidinho.

— E simples, eu acordei, comecei a andar no meio da floresta, escureceu, eu vi uma luz vindo daqui, segui e cá estou eu, era minhas maiores chances de sobrevivência – falou Luke como se fosse óbvio.

— Ótimo, agora ao invés de ter que dormir no meio do mato, no chão e sem meu travesseiro, ainda vou ter que ficar no mesmo recinto que esse babaca. – falei bufando.

— Primeiramente, você deveria agradecer por ter eu aqui para lhe proteger, alguém lindo e musculoso que nem eu, e segundo... é não tem segundo, isso já diz tudo – falou ele apontando para o corpo dele.

— Até parece, acho que seria mais seguro conviver com um filhote de gato do que com você – falei sentando de frente para a fogueira.

— Aut, xinga, mas não ofende – falou ele colocando a mão no coração e fazendo uma cara de chateado para logo depois sentar no chão do outro lado da fogueira. – Mas me diga, como conseguiu fazer a fogueira?

— Sou caçadora de Ártemis, esqueceu? Sabemos nos virar muito bem sozinhas – falei om um tom de superioridade.

— Ui desculpa ai o fodona mas eu não sei se você lembra mas eu estava MORTO – falou ele com uma cara de irritado.

— Ok, então vamos fazer o seguinte, você vira para aquele lado – falei apontando para o lado em que ele estava – que eu viro para esse e dormimos felizes, boa noite – falei já me deitando, queria que aquela noite passasse voando para me livrar daquele imbecil de uma vez.

— Meus Deuses, porque vocês me odeiam tanto? – falou ele com uma voz de indignado. Me levantei instantaneamente logo depois que ele me fez essa pergunta.

— Quer em ordem alfabética ou cronológica? Você só pode está zoando com a minha cara – falei indignada.

— Não serio, porque vocês me odeiam tanto? – falou ele parecendo sincero.

— Além do fato de você ter traído o acampamento e nós quase termos perdido a Guerra contra Cronos? – falei já começando a me virar para deitar de novo.

— Mas eu já pedi desculpa, até os Deuses já me perdoaram, não é a toa que fui trazido de volta dos mortos – falou ele querendo continuar a conversa.

— Não me importa se o acampamento perdoou você, se os Deuses perdoaram você ou se até meu pai perdoou você, eu não tolero traição, passar bem, boa noite- encerrei a conversa me deitando e ignorando ele completamente depois disso, quem ele pensa que é para questionar o óbvio de odiarmos ele.

Depois disso não ouvi mais nem um pio de Luke, acho q ele desistiu e foi dormir e fiz o mesmo, fechei meus olhos e cai em um sono profundo.

POV Marry

Não e muito fácil estar preso em uma ilha com um bando de idiotas (e a Clary), ainda mais com um completo babaca como o Nico DiAngelo, é incrível o fato de eu só precisar olhar pra ele que já da vontade de mata-lo.

Mas a pior parte ainda é ficar sem meus poderes, não poder nem lançar uma onda na cara de algum idiota quando me irritar, e pra piorar um pouco a situação ainda tenho que ver a Clary dando bola pra outro imbecil como o Dylan bla bla, falando nas peças, ambos dormiram quase juntos noite passada, acho que caíram no sono, esse amorzinho todo me dá nojo.

O dia amanheceu bonito, mas a minha cabeça continuava na conversa que nossos pais tiveram conosco, como assim nós teríamos que nos dar e depois partiríamos para uma missão todos juntos?? Eles estão achando que somos super amiguinhos? Eu sou uma adolescente superpoderosa e ainda tenho que ficar de babá do meu irmão e dos amigos besta deles, isso é ridículo.

—Ei – Alguém me interrompe nos meus pensamentos.

—Nico?? Porque você?

—Qual é, você quase me castrou noite passada, não podes ser mais delicada?

—Tais querendo morrer garoto? – Falei olhando-o furiosamente.

—Não, relaxa, só estou querendo alguém que me ajude a encontrar comida, estou faminto.

—Porque você não tenta sozinho? Não sou obrigada a ajudar ninguém, muito menos você.

—Tomara que você morra sozinha e com fome então – Falou Nico meio chateado.

—Tomara que eu não tenha que te aturar por mais segundos também, tomara – Falei dando as costas pro metido a emo.

Depois desse pequeno infortúnio do dia eu vou caminhando até a praia aonde caímos pra ver se eu acho sobreviventes – e comida! - não me entendam mal, eu estou com fome e gosto de companhia, mas a pose de “sou o gostosão gótico e todas me querem” do DiAngelo me dá vontade de vomitar.

—Marry – Um garoto de olhos verdes grita na praia.

—Nunca fiquei tão feliz de te ver maninho – Falo correndo até ele procurando freneticamente por algo para comer.

—Tais pouco se ferrando pra mi né? Só queres comida – Ele disse sendo mais rápido que o normal.

—Eu estou com fome, qual é?

—Tudo bem, pelo o que eu entendi os castigadores, vulgo nossos pais sem coração, nos mandaram pra ilha de Calypso, então deve ter comida por aqui.

—MEU DEUS, CALYPSO MORAVA EM UMA CABANINHA, NÃO É? – Falei gritando e tendo mil ideias.

—Não sei, porque?

—Se ela viveu grande parte da vida dela aqui, deve ter algum lugar com as coisas dela e isso inclui comida, agua e roupas.

—E uma cama quentinha – Ele disse sonhador.

—É, claro, vamos procurar.

—Não devemos avisar os outros? – Ele disse preocupado.

—Eu já nem queria que você soubesse, se você os avisá-los vamos ter que dividir com todos, vem, vamos procurar, depois eu chamo a Clary pra ir com a gente.

—Só vou aceitar isso porque eu estou absurdamente faminto, e quero uma cama boa logo.

Eu revirei os olhos e comecei a seguir pelas beiradas da ilha, a loira deveria ter morado pertinho da praia pra sempre conseguir cuidar de um “herói”, que historia chata a dessa guria, puta merda.

—Ta, você não tem nenhuma ideia da onde pode ser cabeça de algas?

—Eu? Não.

—Novidade.

—Não, espera, vem – Ele falou correndo pra um ponto aleatório na praia.

Ele só pode estar de sacanagem, além de não ajudar em nada ainda sai correndo que nem um retardado, queria muito ter meus poderes agora e fazer uma onda cair encima dele, daria um belo show de comedia.

Comecei a correr atrás do garoto que tem uma cabeça lerda mas as pernas rápidas e depois de alguns minutos eu perdi ele de vista entrando em um chalé na entrada de uma floresta.

Meus deuses, é um chalé.

É o chalé da loira azeda.

MEUS DEUSES.

—Marry, acho que é esse!! – O moreno disse colocando a cabeça pra fora da janela.

—Não, imagina, só existia ela aqui nessa floresta, de quem mais poderia ser o chalé?? – Falei entrando e rindo da cara dele.

—Menos papo, mais comida, isso parece um banquete – Ele disse rindo e comendo alguma coisa que parecia bolo.

—Você sabe que isso pode estar aí a anos ne? – Falei meio enojada.

—Se for pra morrer que seja de tanto comer.

Eu assenti e parti pra cima do mesmo bolo, bem gostoso por sinal, a garota podia ser uma chata pé no saco, mas sabia fazer um bolinho como ninguém.

Enquanto comida fiquei observando cada detalhe daquele lugar, era tudo a base de madeira e folhas, muitos artesanatos inclusive, cestas feitas com gravetas e folhas, a mesa era um trabalho meio braçal, uma mistura de arvore de carvalho e espinhos de rosas, com uma toalha bordada por cima.

Tinha pinturas espalhas pelo lugar também, feitas a partir de tintas caseiras, com coloração de ervas e flores –provavelmente-, ali tinha cheirinho que canela e alecrim, muito bom inclusive, era bem pequeno, mas aconchegante, tinha até sofazinhos, presente de alguém muito provavelmente, era um lugar bom pra se passar até “merecer meus poderes de novo” e sair dessa ilha maluca com o pessoal maluco.

Não, eu não queria me dar bem com alguém, eu já tenho minha melhor amiga maluca e meu irmão que ocasionalmente nos damos mais ou menos bem, ou seja, conseguimos conviver – na maioria das vezes-, mas eu queria que algumas pessoas se dessem bem, ou voltasse a se dar pelo menos...

—E aí? Como está com a Annie? – Perguntei entre uma mordida e outra.

—Já estivemos melhores – Ele falou meio triste.

—Se você ainda gosta dela porque não conta? Que saco, fica escondendo esses sentimentos à toa.

—Ela não sente mais o mesmo, não quero sair como trouxa da história, e além do mais ela deve estar com sentimentos de novo pelo Luke.

—Você acha? – Falei meio decepcionada, eu odeio meu irmão, mas gosto de vê-lo feliz.

—Quase certeza – Ele disse tentando esconder a decepção.

—Bem, - Dei a última mordida no bolo – eu vou atrás da Clary pra falar sobre esse lugar e a comida, você pode descansar em algum lugar, logo já volto.

—Não vou ser contra isso – Ele disse indo pro sofá e dormindo em poucos segundos.

Eu dei um sorriso e sai do chalé, eu até que não sou tão sem coração assim.


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Notas finais do capítulo

Eai?? O que acharam? Deixem suas opiniões nos comentários, é importante saber o que vocês estão achando da fic e o que eu poderia melhorar.
Até o próximo capitulo!!



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