HL: Pocket Girl - How Heroes are Born escrita por Mini Line, Heroes Legacy


Capítulo 16
Majestade


Notas iniciais do capítulo

Yo!
Voltei para vocês, queridos leitores. E se você está lendo esse capítulo, é porque funcionou a programação ♥
PRIMEIRO CAPÍTULO PROGRAMADO o/

Só quero pedir desculpas ao Player Gus por não lhe dar os créditos merecidos. Os personagens Luke O'Connor, William "Liam" Morgan, agente Knoxx, Violeta e Bianca Bernardini pertencem a ele.
Te amo, Mozão ♥
Obrigada por fazer parte de PG. Depois que todos aparecerem, coloco nas notas da história como disclaimer.

CHEGA DE ENROLAR, LINE!
Ok! Ok! Obrigada a todos.
Boa leitura ^^



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Os dias se arrastaram naturalmente, envolvendo cada um em sua rotina, mas ao mesmo tempo, tão diferente de antes.

O centro de treinamento da Nexus de Nova York continuava com seu ritmo acelerado sob o comando da agente Jones, embora ela não sentisse que era capaz de substituir a mulher que lhe ensinou tudo.

John e Delilah se mostraram uma dupla eficiente, provando que Valerie estava errada sobre seu tato para a liderança dos jovens. Os dois trabalhavam em harmonia, sincronizando a experiência da Fada com o raciocínio apurado do Garoto Prodígio.

Pocket Girl e Trajetória eram manchetes em todos os jornais, ora exaltando seus feitos heróicos, ora as condenando por sua vigilância. Embora os sensacionalistas as acusassem de trazer o caos para as ruas da cidade, a população estava agradecida e sentiam-se seguros como nunca.

Alice estava cada vez mais feliz com sua nova vida, tendo em mente o sorriso de Jordan toda vez que ela salvava o dia. Conseguia ver a tutora nos olhos brilhantes da garotinha do outro lado da calçada ou até mesmo no “obrigado” gentil do velhinho salvo nos escombros. Cada vez mais, sentia que nada acontece sem um propósito e que de sua tragédia familiar poderia trazer esperança para as futuras gerações.

A única coisa que ainda lhe tirava o sono, eram as pessoas que mais amava.

Taylor estava faltando às aulas toda vez que enfrentava algum perigo e nunca recebia a professora em sua casa. Apenas pedia para a tia avisar Alice de que estava no banho ou que havia saído.

William e Rachel brigavam dia e noite como gato e rato, deixando Alice com os nervos à flor da pele. Seus gastos com lâmpadas e alguns eletrodomésticos e eletrônicos, como seu PS4 e o microondas já extrapolavam os limites de seu salário de estagiária, pois a amiga sempre estragava alguma coisa quando estava nervosa e não conseguia controlar a eletricidade ao redor.

Se Will ainda estava vivo, era graças a misteriosa resistência aos poderes eletrocinéticos de Rachel, o tornando imune aos choques que ela tentava lhe dar.

Benny sempre tentava tirar de Alice a identidade secreta da Trajetória. Perdeu as contas de quantas vezes apanhou da baixinha quando, inutilmente, se aproximava para ler suas memórias. Pegá-la duas vezes no mesmo truque era impossível.

Alice não se preocupava apenas com seus amigos, mas também com seu pai. Apesar de tudo, sentia falta dele todos os dias lhe dando bronca, um caloroso abraço quando ele chegava do laboratório e um beijo na testa antes de dormir. Não conseguia evitar de sorrir toda vez que lembrava da voz grave, mas doce e suave, dizendo “boa noite, pequena”, todas as noites, desde que se conhecia por gente.

Mas Alice não era a única preocupada com Jared. Phillip estranhava cada vez mais o amigo, vendo-o perder o juízo, tratando Violeta como uma filha. Como ele tratava Alice. Não sabia se ele havia enlouquecido de vez, se estava tentando compensar a menina pelo mal que ela nem imaginava que o cientista causou em sua vida ou apenas queria preencher o vazio da ausência de sua mais fiel companheira, sua pequena e bela menininha, da qual nunca se deu conta que cresceu e se tornou uma mulher forte e independente.

Jared, por mais que se dedicasse dia após dia ao Projeto Y, buscava a companhia de Phillip nas horas vagas. Também estava desconfiado de que havia algo errado com Madson desde que ele pegou uma nova missão da Nêmesis e não lhe contou o que deveria fazer. Apenas falava que estava “para baixo” por causa da Annie que continuava dando indiretas sobre como é errado matar pessoas que nunca lhe fizeram nada.

E mesmo bancando a mãe de seu pai, Annie não deixava de gostar cada vez mais de Madson. Ele não ficava muito tempo com a garota, mas cada hora que passavam juntos, eram incríveis. Ela nunca havia se sentido tão amada em sua vida. Finalmente sentia-se em família, mesmo que Phil fosse um assassino de garotas Neo-Humanas do ensino médio. No fundo, Annie o entendia.

Já havia se passado quase três semanas desde que a vida de Alice virou do avesso, mas como sempre, não deixou-se abalar pelas dificuldades, seguindo em frente com o estágio, a faculdade e a dupla identidade da qual poucos conhecem.

 

Na manhã da quarta feira, Alice lecionava na sala 301, ajudando os alunos com as decorações de Halloween, que seria na próxima segunda. Todos estavam animados com o feriado e caprichavam nos enfeites para a escola.

Ouviram uma leve batida na porta e Alex correu para atender, fazendo seu irmão revirar os olhos.

 

— Oi. — O garoto se encostou no batente, sorrindo para a jovem secretária de cabelos loiros, enquanto mascava um chiclete. — Posso ajudá-la, princesa?

—  Luke, já para o seu lugar! — Alice mandou, indo até a moça.

— Srta. Harper, eu sou o Luke! — O garoto sentado no fundo da sala ergueu a mão.

— Vocês poderiam pelo menos se vestir diferentes, poxa! Já não basta o rosto igualzinho? — Ela se voltou para a jovem e sorriu. — Algum problema, Joyce?

— Srta Harper, dois senhores a esperam na diretoria.

— Do que se trata? — Alice franziu as sobrancelhas. Desde que o pai fora preso, não se sentia mais segura.

— Eu não sei. Eles falaram com a diretora Davis e eu só vim para chamá-la — a moça respondeu, sem muita paciência.

— Certo. — Virou-se para os alunos, com um sorriso fraco. — Vou sair um segundo. Não destruam a sala na minha ausência. Srta Parker, cuida de tudo para mim?

— Pode deixar — Taylor respondeu, sorrindo de orelha a orelha. — Eu sou a Rainha de vocês agora — falou para a turma, assim que a professora os deixou.

— Rainha? — Benny se levantou, fitando a garota. — Eu me recuso a ser seu súdito, Majestade.

— Se recusa? — Taylor ergueu uma sobrancelha, o fitando. — Srta. White.

— Fala — Annie respondeu, sentada ao lado da Parker.

— Mostre o que os traidores merecem.

— Sim, Majestade — Ela se levantou e fez uma breve reverência em frente a colega e caminhou até Benny. A ruiva não era muito maior do que a pequena professora de artes, mas era perigosa o suficiente para botar medo em muito marmanjo.

— Ajoelhe-se perante a Rainha e implore por seu perdão — Annie disse, teatralmente.

— Isso não vai acontecer, cabeça de tomate. Já podem parar com a palhaçada. — Ele ia se virando quando foi surpreendido pela garotinha que lhe puxava uma rasteira, derrubando-o no chão como um travesseiro de plumas.

Puxou as mãos do garoto para trás e o chutou até Taylor deixando-o de joelhos em frente a garota.

— Qual será a punição, Majestade? — Annie se divertia com a situação, imaginando mil travessuras contra o amigo.

— Aposto que ela vai me punir com um beijo, não é, Taylor? — Piscou para a colega, sorrindo maliciosamente.

— Sim, vou te punir com um beijo, Benny. — Ela sorriu de volta, o que o deixou confuso. — Clark, por favor, aproveite os lábios do nosso pequeno Benny.

— Agradeço vossa benevolência comigo, Majestade. — Richard se levantou e foi até Benny, erguendo o rosto do prisioneiro com o indicador.

Lorenzo que observava a brincadeira de seu lugar, revirou os olhos, fingindo náuseas ao vê-lo se aproximar do amigo.

— Não estão falando sério, estão? — o garoto assustado olhava para Taylor, sem acreditar no que estava para acontecer.

— Seríssimo! Sabe que eu estou afim de você desde o começo do ano — disse o rapaz, aproximando-se de Benny. — Você é bem o meu tipo.

— Tá certo. Misericórdia, Majestade. Eu serei um súdito fiel, mas tira esse cara de perto da minha boca.

— Clark. — Taylor fez um gesto com a mão, que foi obedecido pelo Capitão Foster.

— Gosto assim, Benny. Me obedecendo.

— Obedeço — Aproximou-se de Taylor, com as mãos para o alto —, mas não muito.

Puxou a colega pela cintura e a pendurou sobre seu ombro, desfilando com ela pela sala, enquanto a Parker se debatia.

 


~*~

 

 

— Faz tempo que você não coloca os pés aqui, não é, Liam? — O mais baixo perguntou, vendo o amigo fitar um quadro dos ex-alunos.

— Muito mesmo — Liam respondeu. — Eu morri naquele dia.

— Pode ficar a vontade, Srta Harper. — disse a moça, abrindo a porta para a professora. Assim que ela entrou, a secretária saiu, deixando-os a sós.

— Em que posso ajudá-los? — perguntou, mantendo um tom firme na voz ao fitar os dois homens observando o quadro de ex alunos.

 

O homem mais baixo foi o primeiro a se virar, sorrindo ao notar que não era o menor na sala. Liam ainda mantinha seus olhos no quadro, o observando com nostalgia.

 

— Bem, em primeiro lugar, bom dia, Srta. Harper. Meu nome é Luke O'Connor e aquele é o meu parceiro William Morgan. — O rapaz os apresentou e estendeu a mão para a mulher. — É um prazer te conhecer... Pocket Girl.

 

Alice estendeu a mão para o desconhecido, mas no momento em que ouviu seu codinome, puxou-o pelo braço, girando-o de costas para ela. Colocou-o de joelhos e segurou firme em seu pescoço com os braços, dando-lhe uma gravata.

 

— Quem são vocês e que querem de mim? — Apertou mais o pescoço dele, agindo como um animal acuado.

— Nós somos os mocinhos aqui, Alice — Liam respondeu, fitando os dois. — Larga ele e vamos ter uma conversa civilizada. — Seus olhos azuis observavam cada gesto da garota.

— Meu Deus. — Alice soltou o gorducho, dando alguns passos para trás. — Você... Não pode ser. Você é Liam. Amigo... Amigo dos Kane. Você morreu há seis anos. Foi… Foi bem em frente ao colégio.

— Bem, parece que eu não estou tão morto assim — o rapaz respondeu, enquanto Luke se levantava. — Tudo bem contigo?

— Vou viver. — Ele respondeu, ajeitando seu terno. — Srta. Harper, podemos conversar?

— Não temos nada para conversar. Eu já disse que eu não vou ser como meu pai. Podem mandar quantos agentes da Nêmesis vocês quiserem, a minha resposta continua sendo não.

— Nêmesis? — Luke ergueu uma sobrancelha, com um sorriso de canto. — Eu disse que nós somos os mocinhos.

— Nós somos da Nexus. — Liam completou.

— Ah! Claro! Os mocinhos. Foi a Jones que mandou vocês, não foi? — Sentou-se no sofá ajeitando a saia social que usava. — Minha resposta continua sendo não! A Nexus e a Nêmesis podem me perseguir pelo resto da vida, mas nenhuma das duas vai me controlar. — Fitou os olhos de Luke com desprezo, cuspindo todas as palavras de uma vez. — Agora se me dão licença, tenho uma possível briga para separar.

— Srta. Harper, não é segredo para ninguém que você já salvou vidas por aí e tem um certo carinho do povo — Luke continuou, calmo. — Mas a Nexus prega sempre pela ajuda aos que buscam essa vida. Nós podemos ajudá-la a ajudar eles. Só depende de você.

— Não traímos o seu pai, apenas não aceitamos o seu modo de trabalho — Liam falou, fitando a garota.

— Você pode ver por si mesma. — Luke revirou a pasta em cima da mesa e retirou um envelope pardo, colocando-o de frente para a professora. — Aí tem tudo o que sabemos sobre o seu pai, sua mãe e até você. Leia e pense com cuidado. Te daremos três dias para nos dar uma resposta.

— E espero que seja uma resposta que agrade a todos nós.

Alice analisou o envelope sobre a mesa e exitou em pegá-lo. "Fala sobre a minha mãe. Mas e se for apenas mentiras ali?", pensou.

— Certo. — Pegou o envelope com delicadeza. — Daqui três dias me procurem. Mas aqui não é o local mais apropriado para resolver meus problemas pessoais.

—  Vamos combinar alguma coisa. — Luke sorriu. — Tenha um bom dia, Srta. Harper.

— Bom dia? Só se for pra vocês. — Abriu a porta, indicando a saída. Ao passarem por ela, Alice segurou a ponta do terno que Liam usava. — Morgan, tem notícias do Killian?

— Tenho muitas notícias sobre ele. — Liam riu baixo. — Ele e o irmão pararam de se falar, está namorando a Rosalie, conseguiu uma oferta de emprego como professor em Londres. Ele teve sorte.

— Rosalie — repetiu baixinho, desviando o olhar. — Fico feliz por ele. Agora se me dão licença, minha turma me espera.

— Depois de você. — Liam saiu da frente, deixando a professora passar.

— Você estava flertando com ela? — Luke perguntou, ao ver a professora virar à esquerda em um corredor.

— Não faço ideia do que você está falando. — O rapaz sorriu, caminhando na frente. — Anda, você me deve um hambúrguer.

 

~*~

 

— Benny, se você tem amor pela sua vida, me larga. Agora!

— E se eu não quiser te soltar, o que você vai fazer? — Colocou a garota no chão, mas continuou segurando-a pela cintura, próxima de si.

— Primeiro, tira a mão de mim. — Taylor deu um tapa na mão de Benny, que a soltou. — Segundo, eu sou mais baixa que você. Quer saber onde eu vou te acertar?

— Na minha canela? — brincou, dando leves tapinhas na cabeça da garota pouco menor do que ele.

— Bem esperto, mas não tanto. — A garota sorriu, antes de acertar uma joelhada nas partes íntimas do rapaz.

— Sua... Vaca! — Benny levou as mãos no local, se contorcendo de dor, enquanto a sala entoou um uníssono “Ui”. — Volta aqui! — Puxou os cabelos de Taylor fazendo-a perder o equilíbrio e cair. Segurou os pulsos dela contra o chão com força, sentando sobre suas pernas em seguida — Agora você vai pedir desculpas.

— Briga! Briga! Briga! Briga! — Annie puxou o coro e logo quase toda a classe acompanhou.

— Sai de cima de mim, Benny! — Taylor mandou, embora a atitude do garoto tenha lhe assustado um pouco.

— Pede desculpa! — disse pausadamente, apertando mais ainda os pulsos da garota. Aquilo havia o tirado do sério. — Anda, Parker! — gritou, assustando a garota.

— Benny, melhor parar com isso. — Delilah tentou acalmar o garoto, mas apenas o olhar dele foi o suficiente para fazê-la recuar.

— Não, não vou. — Taylor devolveu. O tom de brincadeira já havia sumido faz tempo. — Sai de cima de mim!

— Já disse que só largo quando se desculpar, Taylor.

— Anda, Benny, sai de cima dela. Já perdeu a graça. — Richard se levantou, observando os amigos.

— Façam alguma coisa — Hayley cochichou para os amigos, assustada com a atitude de Benny.

— Eu não. — Alex deu de ombros, voltando a pedir briga.

— Relaxa, Vocal. Daqui a pouco o Capitão Foster separa o casalzinho. — Lorenzo comentou alto o suficiente para que Richard ouvisse. Não que quisesse provocar, mas seu jeito italiano era pouco discreto.

 

Por um instante Benny olhou fixamente nos olhos de Taylor, desejando dar uma boa lição na garota, mas não tinha coragem de fazer aquilo, por mais que ela merecesse. Suspirou, revirando os olhos e soltou os braços da garota.

 

— Desculpa por isso, Taylor. Você não sabe como dói um...

— O que diabos está acontecendo aqui?! — Alice disse alto, entrando na sala. — Johnson, o que você está fazendo com a Srta. Parker?

— Não. Nada. — Levantou-se rapidamente, estendendo a mão para ajudar a colega.

 

Taylor o olhou com raiva, mas aceitou a ajuda para levantar.

 

— Ele não fez nada, tia Lice. — A garota bufou e cruzou os braços, olhando para o lado.

— Fiz sim — admitiu, abaixando a cabeça. — Eu comecei as provocações, eu que te peguei no colo e puxei seu cabelo. A culpa não é dela, Srta. Harper.

— Eu deveria tirar os dois da sala. Se querem se matar, façam isso para fora do portão!

 

Era um tanto cômico ver a pequena mulher dando uma bronca nos alunos maiores que ela, mas ninguém ousou rir ou fazer uma piada. Todos estavam com os olhos arregalados por vê-la daquela maneira.

 

— Já para os seu lugares. Agora!

 

Taylor não respondeu, apenas foi para o seu lugar ao lado de Benny.

 

— Obrigada — ela comentou baixo, mas ainda irritada com o rapaz.

— Ainda me deve um pedido de desculpas. — Piscou para a colega, sorrindo como sempre fazia.

— Continue esperando — devolveu, voltando a olhar para frente, mas não segurou um pequeno sorriso de canto.

 

Após o sinal indicar o término da aulas do dia, Taylor caminhou até a professora, que parecia estar mais distraída do que o normal.

 

— Você está bem?

 

Alice observou em silêncio o último aluno sair e caminhou até a porta para fechá-la.

 

— Não. Não estou. — Sentou na ponta da mesa e indicou uma cadeira para a aluna. — Lembra que você me disse para tomar cuidado com a Nêmesis?

— Sim, lembro. — A garota ergueu uma sobrancelha. — Eles te acharam?

— Eles sempre estiveram comigo, Tay. — Tirou do bolso do seu jaleco a sua credencial e a entregou para a aluna. — E por uns quinze minutos eu também fui uma deles.

 

Taylor arregalou os olhos ao ver as credenciais. Seus olhos iam da professora para a identificação e vice versa.

 

— E deixaram você sair assim? Como você ainda está viva?

— É uma longa história. Meu pai era cientista da Nêmesis. Ele que fez isso comigo. — Olhou para as próprias mãos. — Queria que eu fosse da Nêmesis, mas uma agente da Nexus que estava infiltrada há muitos anos no meio das víboras, não permitiu. Agora as duas agências estão atrás de mim.

— Meu pai era um cientista da Nexus — Taylor comentou baixo. — Ele trabalhava no setor de inteligência. Eram poucas as vezes em que nos víamos, mas ele sempre elogiava a agência. Chegava a ser engraçado.

— Somos parecidas mesmo, não é? — Riu fraco, fitando a aluna. — A Nêmesis quase me matou esses dias atrás. Se não fosse um agente da Nexus, eu não estaria aqui. — Sorriu ao lembrar de Wallace Potter Jr. — As pessoas da Nexus realmente parecem ser boas, mas eu tenho medo de confiar em um nome e me decepcionar.

— Bem, confie em mim então. — Parker sorriu, tentando animar a mulher. — Mas a decisão ainda é sua. Melhor pensar direito.

— Dois caras da Nexus me entregaram isso hoje. — Mostrou o envelope para Taylor. — Aqui tem informações sobre minha mãe. E se estiver dizendo que ela era tão cruel quanto meu pai? Minha vontade é de fugir pra longe, mas não posso deixar você e os meus outros amigos.

— Então você está com medo de ler isso e descobrir algo ruim? — perguntou, tirando o envelope das mãos de Alice. — Deixa que eu leio então. Não pretendo fazer o dever de artes mesmo. — Deu de ombros. — E se você fugir, eu vou te trazer de volta.

— Você não tem jeito, garota. — Bagunçou os cabelos curtinhos de Taylor, rindo com ela. — Antes de ir, me diga só uma coisa. Você e o Benny...? O que está por trás de todo esse ódio e implicância?

— Ele é um idiota. — Taylor respondeu, guardando o envelope na mochila. — E é o único inteligente o suficiente para competir comigo. Menos em matemática, ele é horrível nisso.

— Não é disso que eu estou falando, Tay. Vocês estão namorando? Não se preocupa, eu sei guardar segredo.

— Não! Claro que não! — Olhou para o lado, cruzando os braços. — Nem se me pagarem.

— Certo, certo! — Ergueu os braços, fingindo se render. — Só achei fofo o jeito que ele te defendeu hoje.

— Só porque viu que estava errado. — Taylor ajeitou a sua pequena franja, voltando a fitar a professora. — Bem, já vou indo ler esses documentos aqui. Passa lá no meu apartamento mais tarde?

— Passo sim, Taylor. E se cuida. Se eles chegaram até mim, não vai demorar para irem atrás de você. — Voltou atenção para seus papéis sobre a mesa. — Vou organizar isso e já vou também. Até mais, Tay.

— Sei que virão. — Taylor piscou, enquanto caminhava até a porta. — Até mais tarde. E vê se dorme um pouco. Suas olheiras te fazem parecer um panda.

— Dormir? Daqui eu vou direto para o fliperama matar a faculdade. — Piscou também, antes de ver a garota sair.

 

Do lado de fora, Benny estava encostado na parede, esperando por Taylor.

 

— Como ela está?

— Cansada. Só isso — ela respondeu sem parar de caminhar. Não queria ficar ali parada.

— E você? Mata meus filhos e vai ficar braba comigo? — Parou na frente da garota, fitando seus olhos castanhos.

— Eu disse o que aconteceria se você se aproximasse de mim novamente.

— Quer quantos metros de distância, Majestade? — Afastou-se alguns passos, levantando as mãos. — Agora já pode desfazer essa cara feia?

— Talvez. — A garota sorriu de canto. — Está bom aí, Dumbo.

— Está nada. Sei que você gosta disso. — Abraçou a garota de lado, guiando-a para a saída. — Vai lá em casa hoje?

— Para o que exatamente? — Taylor cruzou os braços, caminhando com ele. — Já não terminamos o trabalho?

— Sei lá! — Deu de ombros. — Minha mãe gostou de você. — Suspirou olhando para a garota. — Okay. Eu confesso. Tem lição de matemática e eu não faço ideia de como fazer aquilo.

— Tá, eu te ajudo, mas só se for na parte da tarde. Vou estar ocupada à noite.

— Hm. O que vai fazer à noite? — perguntou, fingindo estar desinteressado.

— Festa do pijama.

 

Benny segurou a risada, soltando a garota na entrada do Colégio. Ajeitou as alças da mochila nos ombros e sorriu.

 

— Até depois. Só não vá de pijama ou vou precisar chamar a Trajetória pra me salvar da visão do inferno.

— Como se ela fosse te atender. — Taylor riu baixo, seguindo seu caminho. — Até mais tarde.

— Quero ver você dizer isso quando ela se apaixonar por mim. —  disse alto, vendo a amiga se afastar.

 

Ela apenas riu, sem olhar para o garoto.

 

— Até parece que isso iria acontecer.








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Notas finais do capítulo

Tá difícil de deixarem a Lice em paz, hein?
Gente, obrigada por lerem até aqui.
Se você está descontente com a história por algum motivo e pensa em abandoná-la. Não faça isso antes do próximo capítulo! Está imperdível!

Beijos da Mini e até o próximo =*



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