HL: Pocket Girl - How Heroes are Born escrita por Mini Line, Heroes Legacy


Capítulo 13
Poder oculto


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos leitores ♥
Voltei com mais um capítulo cheio de tretas.
Espero que gostem tanto quanto eu.
Agradecimentos à Ally, Litthie e Cloo ♥
Não tenho muito pra falar hoje, então nos vemos lá embaixo.
Boa leitura ^^



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A morte de Morgana foi um choque para todos os seus colegas da Nexus e seus amigos da escola.

A polícia local encontrou o corpo da menina após um morador daquela rua ligar, avisando sobre os disparos.

A Nexus, por sua vez, conseguiu encobrir o caso, fazendo os jornais noticiarem apenas um latrocínio. E foi nisso que os alunos de Townsend acreditaram. Que algum marginal tirou a vida de uma jovem de dezessete anos, em troca de alguns dólares e um celular. Mas seus companheiros da Nexus sabiam que aquilo estava longe de ser uma brutalidade corriqueira das ruas de Nova York. Não. Psycho era os olhos e ouvidos de sua equipe. Nunca seria pega desprevenida daquela maneira. Sabiam que quem quer que tenha feito aquilo, não era um amador, mas um assassino frio e talentoso.

 

Não havia muitas pessoas no funeral dela, mas os poucos que estavam presentes sofriam em silêncio, ouvindo as palavras de conforto do reverendo.

Lorenzo estava entre Delilah e Alice, que pareciam ser as mais abaladas com a perda, depois da mãe da menina, que permanecia em estado de choque.

O garoto possuía a habilidade de trocar os sentimentos dos outros pelos seus e, embora estivesse arrasado, substituía um pouco de  sua calma com o desespero da irmã e da professora de Morgana.

Annie não teve coragem de comparecer e seus amigos lhe fizeram companhia. Ela não contou nada sobre seu pai, só disse que viu a morte da garota na premonição, mas não identificou o assassino.

Jones foi a última a deixar o túmulo da garota. Sentia-se culpada por tantas coisas das quais nem era. Tanto que deveria ter dito para a aprendiz, tanto que ainda queria ensinar à menina cabeça dura e explosiva. Em seu coração, pediu perdão à Morgana, prometendo não descansar até encontrar o culpado.

Dispensou a carona de John e foi caminhando para casa, observando as folhas secas se desprenderem do topo das árvores.

Ao chegar em casa, tomou um banho quente e demorado. Foi para a cama sem jantar, pois sentia um nó em sua garganta que lhe impedia engolir qualquer alimento.

Ligou a televisão em um canal qualquer, sem conseguir prestar atenção no filme que estava quase no fim. Seus pensamentos estavam muito mais barulhentos que o som da TV. Tentou decidir o destino de sua equipe, escolhendo um possível substituto para Morgana. Sabia que Sayuri se dava bem com John, mas era fria e violenta demais para trabalhar com Delilah, sem contar que era indisciplinada e não gostava de ficar muito tempo no mesmo lugar. A agente Muller era inteligente e disposta, mas um pouco atrapalhada. Ela mesmo admitia que, apesar dos dezenove anos, tinha cabeça de nove. Era uma Neo-humana habilidosa, mas não seria justo tirá-la de sua equipe, da qual já estava adaptada.

Pedir ajuda para a sua grande amiga, a agente Madison Grant, da quinta divisão, talvez fosse a única solução no momento.

E pensando nesse quebra cabeça do qual faltava uma peça insubstituível, Valerie pegou no sono, ainda com a televisão ligada.

 

— Tchauzinho, Mike! Papai vai levar você na casa da vovó! — A morena ergueu o bebê sorridente acima de sua cabeça, fazendo o pequeno gargalhar com a brincadeira. Seus olhinhos tão verdes quanto os da mãe, brilhavam ao olhar para aquela que lhe deu a luz. Ela o beijou com afeto, segurando sua cabecinha pela nuca. — Mamãe te ama.

— E a mamãe só ama o Mike? — O homem forte abraçou a esposa, tomando o garoto em seus braços em seguida.

— Claro que não! Eu também amo você. — Acariciou o rosto do marido. Sentia-se completa. Sua família estava formada e sua carreira como agente, crescendo cada vez mais.

— Boa sorte em seu primeiro dia.

— Primeiro dia depois da licença maternidade — acrescentou. — Agora precisa ir. — Beijou o marido e filho, e viu o carro saindo da frente da casa.

 

Ela fechou o portão branco de madeira e caminhou em direção a casa para pegar suas chaves e sair também. Assim que levou a mão na direção da maçaneta, ouviu vários disparos e correu para a rua. O carro parado na esquina, com vários furos de balas foi o que ela viu. Correu o mais rápido que pôde e olhou pela janela estilhaçada.

 

— Mike! — gritou, sentando-se na cama.

 

A regata branca que usava para dormir estava colada ao corpo por causa do suor. Lágrimas desceram por seu rosto ao pensar que o sonho nada mais era do que a lembrança daquele terrível dia que sempre voltava para lhe assombrar. Desligou a televisão, foi até o banheiro e lavou o rosto, fitando-o logo em seguida no espelho. As manchas arroxeadas logo abaixo de seus olhos esmeraldinos a deixavam com a expressão cansada e abatida. Abriu o armário e pegou um vidro de remédio com uma tarja preta. Engoliu o comprimido a seco e voltou para a cama. Sabia que no dia seguinte teria o peso do mundo sobre os ombros mais uma vez.

 

~*~

 

Nos últimos dois dias, Rachel e William passaram mais tempo juntos do que desejavam. Ele só se afastou da cientista para buscar algumas coisas em casa. Para sua sorte, a família toda já havia saído para seus deveres cotidianos e não precisou dar explicações. Deixou um bilhete avisando que passaria alguns dias na casa de Alice, mas que em breve retornaria.

Rachel não permitiu que ele acompanhasse a amiga até o funeral da aluna e os dois discutiram mais uma vez. Por mais que Will não quisesse ver, ela estava apenas se preocupando com a saúde dele, mesmo morrendo sem admitir que isso era verdade.

Quando Alice voltou, ambos tentaram animar a amiga, embora nada tirasse aquele olhar perdido da professora que se apegava demais aos alunos. Ela também se culpava em silêncio, questionando para a Pocket Girl, onde ela estava quando Morgana perdeu a vida.

Sempre que alguma tragédia lhe escorria pelos dedos, sentia-se mal, mas dessa vez, estava arrasada.

Salvar o maior número de pessoas nunca foi o suficiente para ela. Precisava salvar todas, por mais que soubesse que era impossível.

William lavou a louça após o jantar e foi até a sala, onde encontrou Alice assistindo alguns vídeos de dança e fazendo anotações, enquanto preparava a apresentação de formatura. O rapaz beijou o topo da cabeça da amiga com ternura, acariciando seus cabelos castanhos em seguida.

 

— Vou tomar um banho e já volto para te fazer companhia, tudo bem?

— Aham. — Ela assentiu, voltando-se para William. — Mas usa o banheiro do meu quarto. A Rachel morreu no chuveiro aqui de baixo.

— É só desligar a água quente e ela sai rapidinho. — Deu um sorriso travesso e recebeu um tapa fraco de Alice no braço.

— Bobo. Vai lá. A porta não está trancando, mas acho que não é um problema.

— Claro que não. Principalmente se a Pocket Girl resolver me salvar de um afogamento — disse baixo, aproximando-se do ouvido da garota.

— Vai sonhando! Mais fácil a Rachel cair na banheira com você! — Revirou os olhos, voltando a dar play no vídeo.

— Nem que ela tenha bebido toda a tequila de Nova York isso aconteceria. — Ele riu fraco, deixando-a se concentrar.

 

Subiu rapidamente e entrou no pequeno banheiro bagunçado. Havia roupas empilhadas no canto atrás da porta e uma calcinha com estampa de gatinhos pendurada no registro do chuveiro.

Ele quase caiu de costas após escorregar no chão molhado, já que a cortina de plástico com desenhos de notas musicais coloridas estava pingando no chão.

 

— Depois ela não quer ser chamada de preguiçosa, bagunceira e infantil — resmungou, reparando na cortina. — E eu pensando que nada superava o edredom dos Ursinhos Carinhosos!

 

Entrou na banheira e jogou a calcinha de Alice sobre a pilha, sentindo-se o cara mais trouxa do mundo por, aos vinte e oito anos, ficar constrangido em pegar a roupa íntima de uma mulher.

Deixou a água quente cair em suas costas, relaxando um pouco de seus músculos tensionados. Seus braços estavam roxos e doloridos de tantas agulhadas que recebeu, mas estava feliz em saber que a dose ingerida do HT90X não alterou nada em seu corpo.

Pensou nas histórias assustadoras que Rachel contou sobre alguma pessoas que não tiveram muita  sorte com o composto e se tornaram criaturas horrendas e totalmente letais. Às vezes duvidava do que a mulher dizia, tentando convencer a si mesmo que eram fábulas para deixá-lo com medo e para que ele colaborasse com as coletas de sangue sem fazer um escândalo, mas sabia que Rachel não era de brincadeiras, principalmente com ele.

Tentou não pensar mais naquilo, aproveitando o máximo do seu banho, até que ouviu a porta ser aberta devagar e fechada novamente.

Ele não conseguiu evitar um sorriso, pensando se deveria espiar a garota ou não. Permaneceu em silêncio, ouvindo-a cantarolar uma música que não conseguia identificar, acompanhado do barulho de uma gaveta se abrindo, algo sendo tirado do meio da bagunça e um fio de energia se desenrolando.

Rachel ligou o secador de cabelo, ajeitando os fios molhados em frente ao pequeno espelho. Vestia apenas uma camisa social branca de Jared, que cobria uma pequena parte de suas coxas, escondendo a calcinha que usava.

Estava mais alegre do que o normal, embora não tivesse bebido quase nada naquele dia. Começou a secar os cabelos e aproveitou o barulho para soltar a voz, fazendo um belo cover da Shania Twain.

 

— Man! I feel like a woman — cantou alto, usando o secador como microfone e para dar um efeito em seus cabelos que voavam para trás, como nas propagandas de shampoo.

 

Ela ouviu a risada diferente do outro lado da cortina e parou de cantar, franzindo o cenho.

 

— Lice? — o chamado uníssono assustou os dois ocupantes do pequeno banheiro.

 

Rachel puxou a cortina bruscamente, se deparando com o rapaz nu, tentando se cobrir com a outra ponta da cortina.

 

— Você é louca?! — Will disse alto, puxando a toalha o mais rápido que conseguiu.

— O que você está fazendo aqui? Pensei que era a Lice.

— Acho que você já viu o que eu estou fazendo, sua maluca! Fecha isso! Está molhando todo o chão.

 

William puxou a cortina com força o suficiente para arrancá-la do varão, trazendo tudo a baixo. Rachel desviou do suporte que cairia em seu pé, mas acabou escorregando e foi parar dentro da banheira.

Aquilo renderia muitas risadas de Alice, sem contar no mico que seria lembrado por toda a eternidade, se a mulher não estivesse com o secador na mão.

As luzes de toda casa piscaram, enquanto o som do curto circuito ressoou por todos os cômodos, em conjunto com os gritos estridentes de Rachel e William.

A corrente elétrica foi forte o suficiente para paralisá-los instantaneamente, causando tremores involuntários por alguns segundos, seguido por dormência em todo o corpo por mais alguns instantes.

 

— Sabia que esses dois ainda acabariam se matando! — Alice resmungou assim que a energia caiu, deixando o interior da casa na completa escuridão.

 

Ela se levantou rápido e correu em direção à escada. Bateu a canela na mesa de centro com tanta força que precisou parar por um instante, impedindo que as lágrimas involuntárias caíssem de seus olhos.

Voltou a tatear e caminhar rapidamente, mas com o dobro de cuidado e agradeceu por ninguém vê-la perdia em sua sala, procurando a maldita escada que costumava ficar do lado direito, mas agora estava desaparecida.

 

William puxou o ar com dificuldade, sentindo os pulmões queimando. Demorou alguns instantes para assimilar tudo o que ocorreu, duvidando de que estivesse realmente vivo e sem nenhum machucado.

 

— Ai, meu Deus. Rachel?! Rachel?! — gritou, agitando a mulher pelos ombros.

— Sai de cima de mim, seu porco! Você está pelado! — Ela o empurrou, se afastando como conseguia.

— Desculpa por me preocupar com o fato de que você poderia estar morta!

— O que te faz pensar que eu morri e você não? — Rachel saiu da banheira, tentando não escorregar novamente.

— Não sei. Fica difícil raciocinar quando uma louca invade a privacidade dos outros e se joga na banheira com um secador ligado! — bradou, tateando em busca de outra toalha no escuro.

— Eu não me joguei! Foi um acidente!

— Acidente chamado “tentativa de homicídio”. Você deveria estar presa e com camisa de força! — Cruzou os braços, embora ninguém estivesse vendo.

— Não voltaria para a prisão por um idiota como você! — Tirou o secador da tomada, tentando chegar até a porta em seguida. — Você não vale um dia de solitária.

— Ah! Então a Mulher-Dragão já foi para a cadeia. O que você fez? Derreteu alguém com seu cuspe de fogo ou eletrocutou outro cara?

— Cala a boca, Carter! — disse firme, cerrando os punhos com força.

 

As luzes começaram a piscar e William conseguiu ver a expressão furiosa de Rachel.

 

— Eu tenho que calar a boca, Grey? Poderíamos ter morrido e a culpa é sua! — bradou, se aproximando dela.

— Já disse que foi um acidente! — gritou mais alto que ele, enquanto as lâmpadas brilhavam  com mais intensidade.

— É assim que você justifica todos os seus erros?

— Mandei você calar a boca!

 

Rachel ficou cega pelo ódio. Por mais que ele não conhecesse seu passado, conseguiu cutucar sua ferida no ponto onde mais doía. Sem perceber as mudanças em seu corpo e ao seu redor, só pensou em acertar um belo soco no rosto de William.

Seu braço direito ficou coberto por eletricidade, deixando finos raios acinzentados correrem livremente por ele.

Lançou o punho com fúria em direção ao rapaz, que só teve tempo de cobrir o rosto com as mãos, fechando os olhos com força. Ao perceber que não apanhou, ele abriu os olhos devagar.

 

— Que diabos vocês fizeram aqui? — Alice disse, arregalando os olhos.

 

Viu o braço envolto em eletricidade de Rachel preso em uma parede fina e transparente, feita de gelo.

Will abaixou as mãos rapidamente e a proteção se desfez, espalhando água por todo o chão.

 

— Eu… não fui eu quem fez isso! — ele disse rápido, sem entender o que estava acontecendo.

 

Alice trocou um olhar sério com a amiga e suspirou. Rachel desviou o olhar, fitando sua mão em seguida, aparentemente normal naquele instante.

 

— Eu vou preparar as seringas e o laboratório. Limpem essa bagunça enquanto isso — Alice resmungou, dando as costas para eles. — Tentem não se matar de novo, ainda mais agora!

 

~*~

 

Na sala bem organizada da residência das Reed, Rose estava sentada no sofá, em frente à televisão. Ela assistia um desenho animado antigo, com o volume do áudio bem baixo.

Sobre suas coxas, tinha um pratinho com bolo de chocolate com muita cobertura e uma cereja o decorando. Cada garfada que levava delicadamente até a boca, continha uma pequena porção do confeito, saboreando ao máximo sua sobremesa favorita.

A mesa de centro estava toda arrumada para o chá, embora já passasse das nove da noite.

O conjunto de porcelana branca com detalhes  cor de rosa e prateados, foram escolhidos pela mulher. Outro pratinho com bolo estava intacto do lado oposto, assim como um xícara vazia, virada de cabeça para baixo, sobre um pires.

Rose encheu sua xícara devagar, sentindo o delicioso aroma do chá de hibisco.

Cada movimento da mulher era lento, delicado e sempre mantendo a postura ereta, como uma verdadeira dama.

Não tirou os olhos da televisão ao ouvir o som da porta se abrindo, e continuou a saborear o chá quente, como se nada ao seu redor estivesse acontecendo.

 

— Rose? Não imaginei encontrá-la aqui novamente — Jordan disse simples, pendurando seu casaco azul marinho em um cabideiro próximo da porta.

— Então você já sabe, mamãe? Ou sempre soube? — Ela virou a xícara vazia e despejou o chá esfumaçante. Colocou três gotas de adoçante e mexeu algumas vezes, voltando a saborear seu pedaço de bolo em seguida.

— O que isso significa? — A mulher franziu as sobrancelhas, observando a mesa posta.

— Nada! Só queria tomar chá com a minha mãe uma última vez. — Sorriu, fitando a mulher. — Não quer um pedaço de bolo? Está uma delícia!

— Não, Rose. Você sabe que eu não como doces.

— Ah, é claro! A glicose alta! Como pude me esquecer? — Riu fraco, pegando uma garfada do bolo no outro prato. — Não está pensando que eu envenenaria minha mãezinha, não é mesmo?

— Não confio em agentes da Nêmesis — cruzou os braços, sem humor algum. — Como pôde nos trair, Rose? Você foi criada dentro da Nêmesis, vendo as atrocidades que Jared cometia e, mesmo assim, se voltou contra nós. Por que, filha?

— Ora, mamãe. Você nunca foi de fazer drama. Não estou te reconhecendo. — Suspirou, deixando o prato sobre a mesa. — Eu cresci sabendo que seria uma agente dupla. Sabia que perderia minha mãe se abrisse o bico e aquelas pessoas eram más. Mas eu cresci e comecei a ver as coisas sob a minha perspectiva. Eles não são pessoas más, mamãe. São homens e mulheres que querem um mundo melhor.

— Matar crianças em experimentos faz o mundo melhor, Rose? — bradou a mulher, sem acreditar no que ouviu.

— E deixar a filha de apenas quatro anos com uma estranha para que a mãe fosse cuidar de outra garota, faz o mundo melhor? — devolveu no mesmo tom, sentindo os olhos arderem. — Ora, agente Reed. Não me olhe perplexa dessa maneira, só disse a verdade. Por vinte anos, mãe. Vinte longos anos eu vi você se dedicar à Nexus cegamente. Não à Nexus, mas a sua querida e adorável Alice — disse com desprezo o nome da garota.

— Então esse circo todo é por isso? Ciúmes da Lice? Você deveria se envergonhar, Rose. O que te faltou não foi a minha presença, mas umas boas palmadas — disse firme, indignada com tudo aquilo.

— Viu? Sempre defendendo aquela fedelha que só faz besteira, enquanto eu sou a errada em tudo!

— Você acha mesmo que está certa, garota? — baixou o tom, caminhando até a frente da filha. — Rose, você está na lista negra da Nexus. É uma procurada do governo, sabia?

— Vai me prender, mamãe? — Se levantou, com um sorriso debochado estampado em seu rosto. — Pode colocar as algemas. — Rose estendeu os braços, mantendo os pulsos voltados para cima.

— Você sabe que não, Rose. Mas não posso deixá-la escapar. A Nexus vai dar um jeito em você.

— Quando a Nexus chegar, eu já estarei bem longe. — Sorriu de canto, erguendo uma sobrancelha

 

Jordan levantou a mão direita, mostrando um pequeno controle com um único botão.

Rose se sentou novamente, com os olhos arregalados. Conhecia bem o equipamento. Era um alerta de socorro da Nexus. Sabia que a qualquer momento, os agentes estariam ali.

 

— Como pode fazer isso comigo, mãe? — sua voz saiu fraca, devido ao choro que tentava conter.

— Não estou agindo como mãe, Rose. Estou agindo como uma agente da Nexus.

— Então você não me levaria mal se eu deixasse de agir como filha e agisse como agente da Nêmesis — dito isso, Rose sacou uma arma debaixo de uma almofada.

— Abaixa isso, Rose! — ordenou, mantendo a voz e a postura firme, sem demonstrar medo algum.

— Você não manda em mim, agente Reed. Você traiu a Nêmesis por muito tempo e sabe muito bem o que acontece com traidores. — E moça secou uma lágrima que escapou de seu olho e disparou em seguida.

 

Um tiro certeiro no coração de sua própria mãe. Observou a mulher cair, agonizando e gemendo. A agente da Nexus deixou seu rosto ser molhado pelas lágrimas mais amargas que um dia já escorreram por seu rosto. A dor de sentir a morte se aproximar cada vez mais rápido não era nada, comparado a terrível sensação de ver a filha que tanto amava se tornar um monstro frio e sem coração.

Rose respirou fundo. Precisava sair dali o quanto antes. Deixou a mulher no chão, mas antes de fugir, deu uma última olhada para a mãe, antes que ela perdesse a vida.

 

— Eu queria que tudo fosse diferente, mas você não me deu escolha.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Quem mais quer matar a Rose? o
Essa mulher é tão cruel e dissimulada que nem o Jared confia nela #fato!
Jones tem uma história triste e que ainda vai dar muita treta mais pra frente, então não se esqueçam dela.
Cloo, espero que tenha gostado da homenagem ♥ Obrigada por todo o incentivo e carinho.
Agradeço a você que leu até aqui. Não deixem de dar as opiniões e podem me xingar a vontade ^^
Beijos da Mini e até o próximo. Amo vcs =*