FusionTale escrita por Neko D Lully


Capítulo 20
Casamento - 1 dia para Reset


Notas iniciais do capítulo

PRIMEIRO AVISO TEM HENTAI PRÓXIMO AO FINAL DO CAPITULO
Chegamos ao ultimo capitulo da introdução, a partir do próximo eu vou começar a preparar minhas malinhas para os dramas que vão se seguir, revelações de segredos, muitos dramas, etc.
Gostaria de agradecer (antes que comecem as ameaças) todo o apoio que estão dando em comentários e recomendações. Recebi uma ontem e não sabem o quão feliz eu fico (apesar que sinto muito não estar respondendo comentários direito, queria adiantar mais capitulos, mas parece que a galera aqui de casa não quer cooperar comigo)
Espero que gostem!



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FusionTale - Casamento - 1 dia para Reset

— Você poderia, por favor, parar? Estamos em um lugar fechado e, ao contrário de você, eu não sou muito fã do cheiro dessa coisa. - Sans encarou o rapaz a seu lado pelo canto do olho, cigarro ainda na boca a puxar mais um pequeno trago antes de finalmente deixar o resto de lado. Infelizmente, ele não tinha um lugar específico para jogar as cinzas ou o resto, sua magia ajudava um pouco a manter a sujeira longe do chão ou do sofá em que estava sentado até encontrar um lixo ou qualquer coisa parecida.

— Desculpe, garoto. Estou um pouco nervoso com todo esse evento formal, não é muito minha praia, entende? - Sans sorriu. Todavia, por mais que Asriel procurasse um pouco de tensão no homem que tinha a seu lado ele não conseguia encontrar. Ombros relaxados com um dos braços jogados para trás do encosto do sofá, pernas cruzadas e sorriso repleto de descaso e desinteressem em seu rosto, como se nada ali realmente importasse. Sans era o oposto vivo de nervoso. O albino suspirou, um leve movimento automático na mão a qual segurava o que havia restado de seu cigarro mostrava que ainda tinha problemas para mantê-lo longe. - Sem falar que é complicado parar o vício.

— Eu não sou um garoto! Tenho a mesma idade de seu irmão. - a indignação estava bastante presente em sua voz. - Além do mais, você é apenas quatro anos mais velho do que eu. Não é como se fosse grande coisa para ficar me chamando de garoto.

— Pap, para mim, sempre vai ser uma criança, e não me importa quantos anos vocês tenha, sendo mais novo do que eu ainda será um garoto. - Sans riu, divertindo-se com a irritação do rapaz a seu lado. Não era sua intensão irritá-lo, mas Sans tinha esse dom nas pessoas, era muito fácil para ele levar alguém ao mais alto estágio de irritação, seja por seus trocadilhos ruins ou por sua péssima forma de falar. Poderia ser intensional assim como poderia ser sem querer, tudo dependia da pessoa. Sans sabia quando alguém não gostava dele ou não confiava nele, assim como saberia dizer quando alguém mentia e, por tal capacidade, ele tinha certeza que Asriel não estava muito feliz com sua presença. Não para menos, sendo ele namorado de Chara, Sans apenas poderia imaginar quantas blasfémias o garoto deveria ter escutado com seu nome.

Eles haviam sido forçados a permanecer no mesmo cômodo, sozinhos a esperar as duas irmãs serem liberadas por Mettaton para finalmente poderem ir ao casamento que os esperava algumas quadras da casa dos Dreemurs, onde estavam. Os dois trajavam seus ternos, o de Asriel negro e o de Sans de um azul tão escuro que dependendo da iluminação poderia ser bem confundido com negro. Gravatas enfeitavam seus pescoços, Sans azul e Asriel vermelha, enquanto blusas brancas pouco apareciam debaixo dos paletós. Sans havia puxado seu cabelo branco para trás, boa parte da pequena barba rala que possuía havia sido aparada para deixar apenas um leve cavanhaque em seu queixo, bem discreto, pés recobertos pelo o que ele diria serem desconfortáveis sapatos negros. Ele tinha certeza que Gaster os havia comprado apenas para esse momento. Sans nunca os usaria novamente.

Asriel por sua vez tinha seus cabelos quase platinados ligeiramente mais arrumados sobre sua cabeça, parecia impossível para qualquer um colocá-los em ordem. Suas mãos estavam recobertas por finas luvas brancas impecáveis, sapatos marrons escuros em seus pés enquanto no bolso de seu paletó era possível ver um flor vermelha como sangue, pequena e discreta, combinando com a gravata a qual usava.

Ambos estavam deslumbrantes, não existia aquele que pudesse negar. Mas só existia uma única pessoa para qual cada um queria se apresentar dessa forma, que queriam impressionar. Asriel estava ansioso para ver Chara e ao mesmo tempo estava nervoso. Eles seriam os padrinhos e madrinhas do casamento e a primeira vez que apareceriam como um casal na frente de pessoas diferentes de seu circulo familiar ou de amizade. Chara poderia não se importar com opiniões alheias, mas Asriel era um pouco mais sucetível a elas. Ele não deixaria de estar com Chara por tal, mas ainda assim lhe incomodaria imaginar o que as outras pessoas estavam a pensar ao vê-los juntos.

Mas o que realmente começou a incomodar a mente de Asriel nesses ultimos dias foi o que sua namorada havia lhe contado sobre o homem que agora estava sentado ao seu lado encarando a parede como se fosse o mais interessante no momento. Ele temia por sua irmã, afinal. Asriel odiaria ver Frisk magoada por um idiota que não sabia como tratar mulheres, ele não queria ver Frisk chorar e, pelo que Chara o havia contado, Sans era o tipo de cara que definitivamente não se importava com sentimentos das mulheres com as quais ficava. Seu histórico de relacionamentos era condenável na melhor das hipóteses.

— Sans, posso te fazer uma pergunta? - Asriel começou, chamando a atenção do albino que deu de ombros. O rapaz mais novo considerou o movimento como uma motivação para continuar. - Quais são suas verdadeiras intenções com minha irmã? Digo, Chara me contou sobre seus outros relacionamentos e eu, sinceramente, não quero que você use Frisk como um brinquedo.

Asriel não o encarou, ele realmente pensou que Sans ficaria irritado com sua insinuação ou pelo menos um pouco indignado. Mesmo que fosse exatamente o que ele fosse fazer com sua irmã as pessoas costumavam sentir-se ofendidas quando eram acusadas sem provas ou conhecimentos. Asriel não conhecia Sans, eles nunca tiveram uma conversa descente ou algo parecido, o mais novo sabia que estava dizendo apenas por especulações alheias, Sans tinha o direito de estar zangado. Entretanto o albino simplesmente soltou um bufo divertido.

— Eu estava realmente imaginando o que Chara estava falando de mim. Não me surpreendo com sua pergunta, se eu estivesse no seu lugar, perguntaria a mesma coisa. - um sorriso casual estava desenhado em seu rosto pálido. Asriel o encarava com interesse, surpreso com a reação a qual verdadeiramente não esperava. - Eu tenho meus pecados, Chara sabe de uma boa parte, mas com Frisk você não tem que se preocupar.  - Sans se ajeitou no sofá, corpo agora inclinado para frente com os braços apoiados sobre suas pernas abertas. Seu sorriso havia diminuido, agora sendo uma pequena linha sonhadora em seu rosto. - Ela não tem a menor ideia do poder que tem sobre mim agora. Ela me tem na palma de sua mão, faria tudo por ela sem reclamar com o que fosse e pretendo ir longe com essa relação.

— Por que Frisk? Pelo que Chara me falou ela não parece ser seu tipo de garota.

— Por que você escolheu Chara? Os dois são muito diferentes, qualquer um diria que são um casal improvável por diversos motivos. - seus olhos azuis voltaram-se para o rapaz, um sorriso debochado em seu rosto. - Você não escolhe esse tipo de coisa. Frisk não me conquistou assim que a vi, não foi amor a primeira vista ou nada desses clichês. Eu suspeitava dela por ser irmã de Chara, eu apenas a mantinha perto para ter garantia que não pudesse fazer nada com meu irmão. Acabou que, toda essa minha atenção com ela foi o que me levou a ver o quão incrível que ela é, não apenas em beleza, mas em caráter.  

— Você e Chara... Qual tipo de relação tem? Vocês se conheceram antes que o grupo realmente se encontrasse totalmente, mas ninguém sabe dizer exatamente de onde. Chara não quer me contar, mas ela reclama muito sobre você. - era uma boa questão. Sans sabia que até mesmo Frisk se perguntava isso, mas não era o momento de dizer. A história de ódio entre os dois tinha detalhes que deveriam ser abordados com calma e o albino tinha certeza que Chara o mataria se soubesse que ele estava dizendo a verdade para seu atual namorado.

— Não tivemos nenhum caso romântico, se é essa sua preocupação. Eu odeio Chara desde que nos conhecemos, e tenho certeza que o sentimento é reciproco. - Sans voltou a escorar-se no encosto do sofá, olhos azuis agora voltando-se para cima. - Agora, com relação a como nos conhecemos... Não faça perguntas das quais não quer saber a resposta. Eu não disse nem mesmo para Frisk ainda, e por mais que ela não me pressione a contar eu sei que ela está curiosa.

— Pra que tanto segredo?

— Alguns passados são mais complicados do que você pode imaginar, garoto. Eu posso não conviver com Chara, mas entendo pessoas que estão na mesma situação que ela. O medo de dizer a coisa errada no momento errado, afastando todos que amamos de nós, é tão constante e real que aprendemos a manter nossas bocas fechadas. Se ela não te contou, acredite em mim, é por um bom motivo. - Sans tinha um olhar distante agora. Ele estava feliz por ter saido, mas seu medo em ter que contar a Frisk um dia sobre tudo o que tinha feito ainda o assombrava cada vez que parava para pensar sobre o assunto.

Asriel reparou na mudança de humor do albino, seu sorriso longe de seu rosto lhe dava um aspecto mais cansado, mais velho. Era difícil não se perguntar do que todos esses segredos se tratavam ao ter tal visão, principalmente vindo de alguém como Sans que sempre aparenteva ser uma pessoa sem preocupações em sua vida. Todavia, antes que tivesse a oportunidade de continuar o assunto as garotas se apresentaram a sala, Mettaton anunciando sua chegada com orgulho prepotente na voz chamando a atenção dos dois rapazes.

Ambos, por sua vez, engasgaram espantados com o que viam, cada um por seu motivo em específico.

Frisk estava trajada em branco e azul bem claro, vestido curto de saia rodada na metade de suas cochas, a cintura sendo demarcada por um apertado laço que mantinha uma bela forma em suas costas, pontas escorrendo para próximo de seu joelhos, um pouco abaixo do final da saia do vestido. A parte superior era rendada de mangas compridas, justa a demarcar seus seios, com as formas aleatorias dos rendados envolvendo sua pele de forma a deixar leves deslumbres do moreno por baixo, destacando-se sobre o branco e deixando muito para a imaginação. Uma bela gargantilha branca envolvia seu pescoço enquanto suas pernas eram recobertas por uma meia-calça branca azulada, delicados sapatos brancos, fechados nos dedos, pequeno salto e prendendo-se ao tornozelo a elevavam quase ao tamanho de Sans, porém, ainda mantendo-se poucos centímetros mais baixa. Seus cabelos castanhos tinham sua parte lateral puxada para trás, presas com uma bela presilha branca com leves pequenas correntes descendo junto com as mechas castanhas. Seus olhos dourados tinham sido destacados pelo lápis de olho, bochechas rosadas e lábios delicadamente pintados com um rosa claro. Uma maquiagem bem leve, Mettaton sabia que o rosto de Frisk não precisava de muita para tornar-se tão belo a deixar qualquer um a seus pés.

Sans seria a prova. Se ele não estivesse apaixonado antes, com toda certeza estaria agora. Frisk pareciam um anjo, um anjo que com toda certeza lhe roubou o coração.

Chara por sua vez encontrava-se em um belo vestido vermelho, saia longa e salto alto que a deixava bem maior do que Frisk naquele momento, muito provavelmente do tamanho de Sans ou bem perto. A saia era lisa, sem qualquer tipo de detalhe a acrescentar que não fosse o leve corte no tecido em uma das pernas, elevando-se até próximo ao começo das cochas. Um cinturão dourado enfeitava sua sintura enquanto um decote proeminente, quase até o cinturão, enfeitava a parte frontal do vestido. As mangas eram curtas e as costas completamente recobertas pelo tecido, uma luva dourada enfeitava suas mãos até próximo a seus cotovelos, um colar dourado estava em seu pescoço, chegando bem próximo ao meio exposto dos seios. Seus cabelos, mais longos do que os de Frisk, haviam sido preso em um coque bem apertado, pequenas mechas deixadas a enfeitar o rosto um pouco a frente de suas orelhas. Seus olhos vermelhos destacados pelo lápis de olho, rosto extremamente pálido destacando o batom vermelho que lhe enfeitava os lábios. Ela parecia bem mais velha do que realmente era e ainda assim mantinha-se linda.

Asriel tinha quase certeza que começaria a hiperventilar.

Mettaton realmente deveria estar orgulhoso de seu trabalho, ambas estavam lindas e deslumbrantes, perfeitas para o momento. Chara não parecia muito feliz com seu vestido, porém. Ela não tinha o costume de usá-los, muito menos saltos altos, ela sentia como se fosse cair a qualquer instante. Entretanto, ela tinha certeza que valeu a pena toda sua insegurança e sofrimento apenas para ver a cara que Asriel fazia naquele momento.

O pobre rapaz parecia estar em outro mundo, olhos bem abertos, rosto pálido bem corado e boca aberta. Talvez ela devesse se arrumar mais frequentemente apenas para ter aquela visão... Bem, ela pelo menos tinha certeza de manter um olho atento sobre sua irmã com relação a roupas. Se Asriel tinha um olhar bobo em seu rosto, Sans estava com um completamente selvagem dirigido a Frisk. Ela ainda poderia ver o mesmo calor apaixonado que Asriel tinha ao olhar para ela nos olhos de Sans. Era complicado duvidar de sua fidelidade ou de seu carinho por Frisk depois de ver a cara que ele fazia para ela agora. Chara tinha certeza que sua irmã tinha o albino como um cachorrinho na coleira, fiel e obediente.

Era complicado colocar essa cena em sua cabeça, porém. Ela conhecia Sans, sempre foi do tipo que não seguia ordens, que não se prendia ou fixava em uma. Vê-lo daquela forma agora... Passava até calafrios.

Sans aproximou-se de Frisk. Ela encolhia-se em um revolver inquieto e tímido em seu próprio lugar, desviando os olhos para qualquer outro ponto que não fosse os olhos do albino a sua frente. Ela não tinha o costume de se arrumar daquela maneira, tudo bem que estava realmente achando-se bonita naquele momento, mas o que Sans estaria pensando? Teria gostado?

Braços fortes a puxaram pela cintura e um casto beijo foi depositado no topo de sua cabeça. Frisk olhou para cima, encarando o rapaz que sorria deslumbrante para ela. Ele beijou-lhe o rosto, bem perto de sua orelha, descendo os lábios em seguida para o pescoço, mãos e braços prendendo-a com força pela cintura, não deixando que se afastasse nenhum centímetro dele.

— Eu já disse que você é perfeita? - ele sussurrou próximo a seu ouvido, o sopro de seu hálito fazendo-a soltar um leve gargalhada pelas cócegas. Um arrepio subindo por suas costas. - Definitivamente eu tenho a namorada mais linda que poderia pedir.

— Procurem um quarto de uma vez! - exclamou Chara, Asriel a abraçava pela cintura, por trás, seu rosto corado desviado para um lado diferente do casal a frente enquanto mantinha seu queixo sobre a cabeça de Chara. Frisk corou profundamente, rosto escondendo-se no peito de Sans enquanto o mesmo sorria zombeteiro, encarando Chara com desafio.

— Pode deixar que depois da festa não vamos sair de um tão cedo. - Chara franziu o cenho profundamente, olhos fuzilando Sans ainda abraçado a sua irmã com força. Asriel havia engasgado com a fala do albino, rosto ficando ainda mais vermelho enquanto procurava desesperadamente não imaginar o que seria feito dentro do quarto.

— Tudo bem, chega de toda essa tensão sexual entre casais. - Mettaton bateu palmas para chamar a atenção, sorriso lascivo em seu rosto tentando não rir da situação. - Temos um casamento para ir e não podemos nos atrasar sendo os padrinhos e madrinhas. Todos para o carro!

Frisk não tinha contado a ninguém ainda que tinha começado a ter relações sexuais. Ela tinha muita vergonha de contar, apesar que era óbvio que todos já suspeitavam ou sabiam de tal fato. O que Sans havia comentado apenas serviu como prova final para todos os presentes que eles já tinham uma relação mais intima do que poderia realmente se imaginar. E Frisk sabia que Mettaton exigiria todos os detalhes assim que tivesse a chance. Ele não se importava com esse tipo de conversa, ele mesmo já tinha comentado com Frisk sobre seu relacionamento em grande andamento com Papyrus, apesar do enorme constrangimento da garota. Ela sabia que não teria como escapar.

O caminho até o local da cerimônia foi bem silencioso até. Asriel e Frisk fizeram questão de deixar Sans e Chara o mais distante possível no carro, a tensão entre os dois não diminuindo nem um pouco. Eles haviam melhorado bastante a relação de convivência ignorada depois que Sans e Frisk haviam mostrado que não estariam separados tão cedo e, pelo que Sans demonstrava, de sua parte nunca aconteceria. Chara não tinha opção a não ser aceitar que teria que conviver com o albino, querendo ou não. E ainda assim conflitos como aqueles eram muito comuns. Chara tinha criado um apego muito grande com seus irmãos, ela poderia não admitir, mas ao igual que Sans por muito tempo manteve sua família como base de sua sanidade, Chara estava fazendo o mesmo. Por tal, sua forma protetora com a irmã e a indignação que sentia por ter certeza, mesmo sem provas até então, que Sans a havia tocado de modo sexual, faziam-na estourar diversas vezes com o albino.

O lugar onde seria realizada a cerimônia era um enorme catedral branca com detalhes em verde claro localizada no centro da cidade. A parte interior havia sido decorada com faixas brancas e flores que variavam do branco ao rosa bem claro. Fileiras de cadeiras estavam dispostas na direção do palco, onde as duas noivas fariam seus votos. Algumas pessoas já tinham chegado, conversando tranquilamente em seus devidos lugares escolhidos, apenas esperando pelo começo do casamento. A festa em si aconteceria em um salão de festas reservado não muito distante dali, tudo do bom e do melhor comprado e reservado por Mettaton. Ele não importava-se com o quanto de dinheiro iria gastar, ele era uma estrela! E como Alphys era a irmã de uma estrela deveria ter iguais luxos que ele.

Frisk nem ao menos queria imaginar o estado da pobre loira. Tão tímida como era, deveria estar eufórica e nervosa com o que aconteceria daqui a alguns minutos. Será que ela teria imaginado alguma vez que estaria nessa situação? Mettaton prontamente garantiu que iria ver como sua irmã estava, ele garantiria de mantê-la nos eixos mesmo no momento de dizer "eu aceito". Frisk não tinha mais que se preocupar.

Undyne e Alphys não tinham muito contato amistoso com outras pessoas, cada uma por seu motivo em especifico. Undyne era mais popular, não havia o que negar, sendo uma das melhores policiais da região e símbolo de orgulho, ainda assim ela era bruta, agressiva e por tal, muitas pessoas mantinham distancia dela. Alphys, por sua vez, era tímida de mais para sair de casa com frequência ou fazer novas amizades. Ainda assim o lugar conseguiu encher-se um bocado, tanto por pessoas de seu trabalho e suas famílias quanto por seus próprios poucos amigos.

Tudo foi lindo. Undyne havia optado por vestir um terno branco, com ombreiras douradas e alguns detalhes formais aqui e ali. Alphys estava com um belo vestido, costas nuas e um rendado transparente sobre seu ombro, deixando um leve decote quando as rendas brancas começavam a aparecer e delinear seu tronco. A saia do vestido era longa, rodada e elegante. Seus cabelos loiros curtos estavam enrolados em ondulados comportados ao redor de seu rosto redondo e corado, uma pequena tiara sobre a cabeça sustentando o véu transparente a qual recobria seu rosto.

Seria mentira dizer que não existiam aqueles que choraram durante a cerimônia. Tudo foi tão perfeitamente organizado que era impossível não se emocionar com cada cena que era gravada em vídeo para recordações futuras. Entretanto, se o casamento em si havia sido repleto de emoção a festa estava recheada com diversão sem igual. Bebidas eram distribuídas constantemente para os convidados, ninguém mantinha-se com o copo vazio por muito tempo. Napstablook havia conseguido, graças a Mettaton, organizar as musicas que seriam tocadas na festa e Frisk poderia jurar que nunca o viu com um sorriso tão grande, ao mesmo tempo em que agradava-se de cada melodia que ressoava pelo enorme salão, aproveitando cada uma delas para dançar.

Frisk não se importava com quem era seu parceiro, ela já deveria ter acompanhado cada um naquele salão com uma dança, rodopiando e movendo-se de um lado para o outro no compasso de cada melodia que conseguia ouvir. Ela tinha certeza que o primeiro a lhe fazer companhia foi Mettaton, bem disposto a mostrar para cada um ali do que os dois eram capaz. Em seguida Frisk havia puxado Tinn, mesmo que o pobre rapaz estivesse terrivelmente envergonhada. Em seguida ela se viu com Asriel, em uma dança mais lenta, não menos divertida, acompanhada por gargalhadas e ligeiros passos atrapalhados vindos de seu irmão. Frisk ainda puxou Chara, forçando-a a entrar na diversão antes de passá-la novamente para Asriel.

Nenhum dos dois, para a alegria de Frisk, prestava atenção nos olhares discretos e indiscretos que eram direcionados a sua aproximação demasiadamente intima para ser considerada de irmandade. Frisk continuou a dançar, passando de mão em mão pelo salão até parar com Pap. Uma pequena reverencia para indicar o começo da dança e então as trapalhadas que se seguiram. Papyrus ainda era demasiadamente desengonçado para acompanhar os movimentos hábeis de Frisk. Mas a pequena não se importava, continuando a guiar o enorme albino em cada leve passo.

Para aqueles que observavam de fora Frisk parecia um pequeno anjo trajado de branco a desfilar harmoniosamente pela pista de dança, corpo em destaque tanto pelo vestido quanto por suas próprias curvas mais demarcadas. Sans sabia que Frisk havia mudado desde que eles começaram a ter sexo. Ele era extremamente ciente de como o corpo de uma mulher mudava pelo simples fato de manter relações sexuais com outra pessoa, não apenas pelo exercício em si, como também pelos hormônios que seriam liberados com o ato e, por tal, deixavam a garota mais atrativa visualmente, de uma certa forma. Seios e quadris se alargavam, cintura afinava e as pernas se tornavam mais grossas e firmes. Frisk era uma garota magra, apesar de não tanto como Chara, mas num patamar quase igual, agora ela visivelmente estava mais robusta. Não como várias mulheres que desfilavam deslumbrantes no lugar, mas ainda sendo uma beleza visível e atrativa.

Sans teve alguns problemas para afastar olhares indiscretos de sua namorada, ele definitivamente não tinha cabeça para lidar com os adolescentes, filhos de companheiros seus e de Alphys, ou até mesmo de Undyne, tentando ter alguma chance com sua garota. No entanto, suas tentativas frustradas geraram boas gargalhadas de seus companheiros de mesa.

— Não seja tão ciumento, Sans! Não pode culpá-los por olhar, Frisk está deslumbrante! - exclamou Undyne, bem acomodada na cadeira de frente para Sans, Alphys rindo baixinho a seu lado. Gaster sentava-se ao lado de seu filho, Asgore e Toriel acomodados nas cadeiras ao lado, Mettaton, que havia se sentado finalmente depois de muito dançar, mantinha-se entre sua irmã e Sans.

— Não pode me culpar por querer manter um olho nela, se fosse Alphys a que estivesse sendo alvejada por olhares maliciosos tenho certeza que você estaria pior do que eu. - defendeu-se o albino, uma de suas mãos agarrando com firmeza seu copo ainda cheio com cerveja. Ele sabia que o álcool não o iria ajudar, mas seria um jeito de se acalmar enquanto mantinha seus olhos atentos naqueles que tinham chances de se aproximar de Frisk.

— Não pode apenas aproveitar a festa? Mais confiança, homem! - zombou Undyne novamente, e Sans grunhiu em desgosto, sem querer responder.

— Agora, agora, aproveitando esse lindo momento de casamento, Sans, eu queria te perguntar quando finalmente vai dar seu jeito de se casar também. - dizer que Sans havia quase afogado-se com sua bebida teria sido um eufemismo. Gaster tentou engolir as gargalhadas que queriam escapar, Undyne não foi tão discreta, chegando abater na mesa de tanto que ria, Alphys procurando acalmá-la. Asgore parecia atônito enquanto Toriel escondia um pequeno sorriso.

Chamem de instinto materno, mas Toriel não se via muito preocupada em deixar sua filha com Sans. Os dois eram amigos, algumas vezes confidentes. Ela sabia que Sans era perdidamente apaixonado por sua filha, ele mesma a havia contado em um dia quando tiveram tempo para conversar sobre o relacionamento que agora os dois jovens estavam a ter. Toriel inicialmente estava preocupada pela diferença de idade, Sans era nove anos mais velho que sua filha, vidas eram diferentes, conceitos diferentes, fases diferentes. Era complicado manter um relacionamento com tamanha diferenças, mas ainda assim eles pareciam ir bem. Ela viu o carinho que tinham, o mesmo carinho com o qual ela tinha com Asgore ou Gaster teve com sua esposa, melhor amiga de Toriel.

Ela sabia que Asgore apenas tinha seus breves ataques de ciúmes protetor de pai, mas estava feliz que pelo menos os laços de amizade entre ele e Gaster poderiam se intensificar ainda mais com a união de seus filhos, tornando-os uma família definitiva.

— Q-que história é essa? Casamento? Perdeu mais parafusos dessa sua cabeça repleta de laquê? - Sans exclamou, olhos bem abertos e rosto corado. Pelos deuses, Gaster queria uma câmera agora, bem urgente. O que estava presenciando não tinha preço.

— Apenas digo que você não é mais tão jovem. Daqui a alguns dias já vai fazer vinte e sete, o tempo não vai favorecê-lo mais, os trinta estão chegando. Não acha que já está na hora de se fixar? Tenho certeza que Gaster vai querer ser avô. - o rosto de Sans passou de um vermelho claro apenas nas bochechas para um vermelho intenso por todo o rosto. Asgore franzia o cenho profundamente, não gostando muito do rumo dessa conversa. - Eu e Alphys já estávamos discutindo os nomes dos pestinhas. Quais foram os melhores mesmo, Alphys?

— Se fosse menino seria Frans e se fosse garota seria Samantha, assim poderia apelidá-la de Samy. - comentou Alphys, seu rosto ligeiramente corado, mas um enorme sorriso em seu rosto, um dos braços de Undyne envolvendo seu ombro. Mettaton estalou os dedos, em uma indicação que havia se recordado. Sans encarou a colega com olhos abertos, sem acreditar no que tinha escutado, Alphys deu de ombros em um pedido singelo de desculpas. - Vocês dois são meu OTP favorito desde que se tornaram amigos próximos, não pude me ajudar.

— Ora, não tem que se preocupar, Alphys querida! Sans não deveria se sentir tão incomodado, ele já deve ter pensado também. Além do mais, tenho certeza que com sua genética e a de Frisk iam sair modelos lindos. Apenas esperemos que puxem a mãe. - continuou a estrela, um enorme sorriso em seu rosto, sem deixar escapar nenhuma reação do albino que tinha a frente. Oh, como Sans queria simplesmente sumir de lá, ele já podia sentir a aura assassina de seu sogro vindo em sua direção. Existiu um tempo em que Mettaton desconfiava de Sans. A estrela sabia que o rapaz escondia mais do que seu sorriso poderia mostrar, ele não tinha certeza se Frisk poderia realmente ser capaz de quebrar as muralhas que o albino havia colocado até mesmo para sua família, entretanto, ele deveria ter imaginado que nada era impossível para Frisk. Ela havia domado Chara, que tinha uma sombra em sua vida bem maior que a de Sans. Então por que não poderia fazer o mesmo com o rapaz?

Dizer que o resultado foi melhor e mais extremo do que o esperado era um eufemismo, mas Mettaton via que Sans estava tentando mudar e que era fiel a sua amiga. Enquanto ele a estivesse fazendo sorrir, Mettaton não se incomodava em incentivar o namoro.

— V-vocês são loucos por acaso?! Frisk tem apenas dezoito anos, pelos deuses! Ela é muito nova ainda!

— Oh! Então quer dizer que você realmente está pensando em se casar com ela ~!

— O que?! Eu não disse isso!

— Você também não negou, honey. - Gaster realmente precisava de uma câmera, onde estavam os fotógrafos quando precisava? Mettaton mantinha-se a ostentar um sorriso presunçoso e malicioso, nunca deixando de encarar os olhos azuis de Sans que começaram a procurar uma rota de fuga daquela situação. Não existia nenhum. - Você apenas disse que ela era nova, fato que por enquanto eu concordo. Não que você não ia se casar com ela.

Os olhos de Sans escorregaram novamente para a pista de dança onde Frisk mantinha-se com seu irmão, enorme sorriso estampado no rosto de ambos. Em sua mente imagens involuntárias do que havia sido proposto passavam como um filme o qual ele verdadeiramente não poderia dizer que não gostava. Ele não conseguia mais ver Frisk fora de sua vida, ele queria ir mais para frente, ele queria que o relacionamento desse certo. Todavia, um namoro que dava certo, consequentemente acabava indo para o casamento em um momento ou outro, e, obviamente, ao pensar no futuro, Sans já tinha passado por essa linha de pensamento.

— Admito que já cogitei a ideia... - Sans deixou escapar em um murmuro quase inaudível. Agora sendo a vez de Gaster engasgar com sua bebida. Ele ainda recordava-se bem da ultima vez que havia entrado no tema com Sans, não muitos anos atrás, afirmando e reafirmando que as garotas que ele arrumavam nunca  o levariam para um relacionamento duradouro e fiel. Sans havia rido de sua cara, dizendo que nunca iria se prender a ninguém, ele estava bem da maneira como estava e não existiria mulher que pudesse realmente fixar sua atenção, por qualquer que seja o motivo de tanto medo a ter uma relação estável. E agora lá estava ele, escutando seu filho afirmar em voz alta que agora estava começando a pensar em tal ideia. - Escutem, Frisk ainda é muito nova, tem uma vida pela frente e está começando a entrar nas preocupações de um adulto. Eu não vou incomodá-la com esse tipo de pensamento, eu posso esperar e ela também, então sem mais entrar no assunto.

Mettaton ergueu os braços em sinal de desistência, um enorme sorriso ainda em seu rosto mostrando que o assunto não havia sido finalizado ali, mas que ele o deixaria por hora. Sans voltou a se concentrar em sua bebida, procurando desesperadamente ignorar os olhares furiosos e atentos de Asgore em sua direção. Toriel não poderia ajudar mais do que rir bem baixinho de sua desgraça enquanto Gaster... Oh, bem ele estava feliz.

Gaster tinha tudo a agradecer a Frisk. Era engraçado pensar em como pais eram bons em esquecer de certos detalhes, mas nunca esqueciam-se das memórias com seus preciosos filhos. Gaster ainda recordava-se de quando Sans não passava de uma criança doente por sua magia exagerada, nada mais do que um pequeno garoto animado em seguir os passos do pai. Ele não se recordava, porém, de quando Sans começou a afastar-se dele ao ponto de tornarem-se quase dois estranhos na presença do outro. Sans parecia guardar um rancor contra sua pessoa a qual não conseguia compreender o motivo e Gaster se culpava por tal. Teria sido ausente de mais? Teria deixado faltar alguma necessidade em sua casa? Teria dado pouca atenção a Sans? Onde teria falhado tanto com seu filho a ponto de separá-los? Ele não sabia. E quanto mais desesperadamente ele tentava encontrar uma resposta, mais desesperado ele sentia-se ao descobrir que não conseguia pensar em nenhuma.

Depois que Frisk começou a fazer parte da vida pessoal de Sans, porém, a mudança foi visível. Sans passou a sorrir de forma mais verdadeira, ele passou a ter prazer em ir ao trabalho, mesmo que fosse apenas para estar com ela, ele começou a se aproximar novamente de Pap. Sans nunca deixou seu irmão mais novo de lado, sempre esteve presente para todas as necessidades de Papyrus e ainda mais, interferindo até mesmo em sua vida amorosa, mas ainda assim Sans não deixava Pap se aproximar de sua vida. Sans se fechava em uma mascara a qual ninguém conseguia arrancá-lo. Agora, no entanto, Gaster já conseguia ter conversas descentes com Sans, conseguia vê-lo abrir-se e se divertir com seu irmão, tão discretamente quanto ele sabia.

Talvez fosse um caso perdido de irmão mais velho nunca demonstrar abertamente seus sentimentos para com o irmão mais novo.

Saber que seu filho finalmente estava voltando a ser aquele garotinho a qual Gaster sempre foi superprotetor enchia seu peito de um calor tão grande que sentia-se perfeitamente bem se sua vida terminasse no dia seguinte. Ele ainda queria ver muito, fazer muito, mas apenas saber que seus filhos estavam felizes já o enchiam de alívio e prazer.

— Qual a conversa? Eu e Pap conseguíamos ouvir as gargalhadas de Undyne desde a pista de dança. - Frisk intrometeu-se, sentando-se no colo de Sans enquanto encarava as pessoas envolta da mesa. Pap havia puxado uma cadeira para se sentar entre Mettaton e Sans. Ambos tinham seus rostos banhados em suor, respiração ainda ofegante e enormes sorrisos no rosto. Pareciam ter se divertido.

— Oh, nada querida. - cantarolou Mettaton, um olhar sugestivo sendo lançado na direção de Sans que simplesmente tratou de ignorar, envolvendo a cintura de Frisk em um abraço apertado, queixo acomodando-se no ombro da garota. Ele estava bem mais calmo agora que poderia mais facilmente afastá-la dos olhares alheios. - Apenas comentando como você está sendo o centro das atenções nessa festa.

— Eu? Acho que está enganado, o centro das atenções com toda certeza é Alphys! - Frisk afirmou com convicção, um enorme sorriso divertido aparecendo em seu rosto enquanto a loira corava fortemente. Frisk lhe dedicou uma piscadela zombeteira. - Ela está tão linda que tenho certeza que mais de um tem a intenção de roubá-la. Eu mesma largaria Sans agora mesmo e fugiria com Alphys.

— Mas o quer?! - a exclamação veio tanto de Undyne como de Sans, cada um por seus motivos, e Frisk não conseguiu evitar as fortes gargalhadas que lhe escapava.

— Acabei de me casar e você já começa a flertar com a minha garota, Frisk? - queixou-se Undyne, o pequeno sorriso subindo em seus lábios quebrando completamente o ar indignado que queria aparentar.

— Mulheres casadas são mais atrativas, Undyne. Não sabia? - suas palavras geraram uma reação explosiva em Undyne, obviamente a reação mais engraçada que Frisk poderia chegar a arrancar da ruiva. Todos na mesa riram, olhares foram atraídos, tudo tornando-se uma bagunça divertida que acabou por ajudar o desaparecimento de Asriel e Chara para um dos corredores que levavam ao banheiro. Frisk chegou a vê-los de relance, mas não se importou, um pequeno sorriso carinhoso surgindo em seus lábios enquanto suas próprias mãos acariciavam os braços de Sans ainda enroscados em sua cintura.

— Depois eu sou o ciumento. - ele comentou em voz alta, rosto extremamente próximo ao ouvido de Frisk trazendo-lhe calafrios. Furtivamente ele mordeu o lóbulo de sua orelha, puxando-lhe a atenção antes de começar com leves beijos em seu pescoço. - Me deixar? - ele sussurrou. A morena não via seu rosto, mas tinha certeza que estava sorrindo. - Acho que terei que te mostrar novamente que você é apenas minha.

Frisk sentiu os arrepios de prazer subindo por sua coluna em antecipação. Por algum motivo ela estava ansiosa para ir para casa agora...

A festa ainda perdurou por mais algumas horas, estendendo-se até próxima ao amanhecer do dia seguinte. No final, porém, todos se reuniram na saída do salão para despedir-se das noivas que partiriam em sua lua de mel, sem falar do grande momento de jogar o buquê. As flores eram lindas, aglomeradas em uma confusão de pétalas douradas envolta de um plástico branco e um fino tecido que formava uma laçada perfeita, mantendo os caules de um verde viscoso presos um ao outro. Era uma tradição, quem conseguisse pegar as flores seria o próximo a se casar.

Algumas mulheres estavam realmente animadas com tal.

Frisk não entendia a pressa, talvez porque ainda não estivesse com a plena vontade de se casar. Seu relacionamento ia bem, era verdade, mas deixemos os anos seguirem antes dela decidir fixar-se em tal responsabilidade. Montar uma família... Era de mais, ela ainda era uma criança na pele de um adulto, apesar de sua alma envelhecida, ela queria calma, aproveitar a vida, depois debruçar-se sobre as preocupações de ter uma família por sua conta. Se Sans pudesse esperar até lá, o que ela tinha esperança que ele ia, ela seria ainda mais feliz.

Alphys ficou de costas para o aglomerado de mulheres ansiosas e com um pequeno impulso jogou as flores para trás. Frisk sabia que não cairia em suas mãos, ela estava longe o suficiente para ter certeza disso. E não foi exatamente intencional, ela simplesmente havia se acomodado em um canto longe da multidão que se exprimia e empurrava, Sans não parecia agradar-se muito da ideia de se enfiar no meio de um bando de mulheres histéricas por algumas flores, então os havia posicionado um pouco mais afastados, na frente ainda, para ver Alphys e Undyne, mas ainda em um canto separado.

O buquê ergueu-se por alguns segundos antes de finalmente desabar nas mãos Chara, que teve um pequeno sobressalto por não estar exatamente esperando por isso. Sans e Frisk não conseguiram conter-se para rir, principalmente pela cara que Chara fez quando observou o amontoado de flores douradas em suas mãos. Seu rosto surpreso destacava bem os olhos avermelhados bem abertos, encarando com confusão o que tinha agora em mãos, como se seu cérebro ainda não tivesse associado o que tinha acontecido.

Obviamente Chara não estava preocupada com tais tradições ridículas. Ela manteve-se a conversar distraidamente com Asriel até o momento que o dito objeto pousou sem mais nem menos em suas mãos que se erguiam a fazer um movimento demonstrativo. Levou ainda alguns segundos para se dar conta do que exatamente tinha acontecido. Algumas mulheres choramingando em decepção a suas costas.

— Estou esperando meus sobrinhos, Chara! - Frisk gritou de onde estava, percebendo muito bem o encolher tímido de Asriel, tentando disfarçar seu rosto vermelho ainda sem sair de perto de Chara.

— Quando você tiver trinta filhos eu posso pensar no assunto, Frisk! - Chara rebateu, sorriso presunçoso apesar do vermelho em suas bochechas. Frisk mostrou-lhe a língua em uma resposta infantil.

— Poderia ter me falado que queria tantos sobrinhos, Chara. Eu teria começado a trabalhar mais cedo. - Frisk sentiu-se corar até o ultimo fio de cabelo, mãos a tampar o rosto em um intuito inútil de esconder a vergonha que sentiu ao ouvir o comentário de Sans. Ela definitivamente não estava acostumada a esse tipo de conversa! Chara soltou blasfêmias que fizeram mais de um a encarar como se estivesse a gritar uma língua alienígena, enquanto Sans ria alegre. Ele sabia que o comentário foi arriscado, Asgore poderia ouvi-lo e não apenas Chara sentiria vontade de arrancar-lhe a cabeça, mas ele não conseguia evitar! Era tão divertido ver as reações de Chara sempre que ele a provocava dessa maneira e como bônus ele ainda poderia deixar Frisk constrangida!

Ela era tão doce quando estava com vergonha. Sans lhe deu um beijo no rosto, tentando manter sua mente longe de qualquer tipo de pensamento referente a provocação. Apesar de já estar próximo a idade de se cogitar a ideia, Frisk ainda era nova e ele poderia esperar. Ele estaria feliz em esperar.

O resto nada mais foi do que a dispersão dos convidados para suas respectivas casas. Papyrus conseguiu esgueirar-se para a casa de Mettaton com uma pequena ajuda de Frisk, para ela não era muito complicado puxar a atenção de Sans para ela, aquela noite então que foi ainda mais complicado para Sans resistir a seu charme. Obviamente também Frisk estaria a dormir na casa dos irmãos, não era como se o mais velho deles a deixaria escapar depois de provocá-lo durante toda a noite. Ele havia passado por ciúmes e tentações de mais para ser deixado de mãos vazias.

Foi indispensável dizer também que, assim que desejaram boa noite a Gaster, que direcionou-se a seu quarto com seus tampões de ouvido, e fecharam a porta do quarto, nenhum dos dois perdeu tempo para avançar. Sans sendo aquele a começar, empurrando Frisk contra a porta fechada e a encurralando com seu corpo, enorme sorriso lascivo desenhado no rosto enquanto a encarava com os olhos azuis a brilhar. Frisk conseguia sentir sua magia trepidar a sua volta, tocando sua pele e fazendo-a arrepiar. Sans tinha muita magia, era comum, em momentos de emoções fortes, ele desprender um pouco para fora de seu corpo, transformando o clima ao redor em um pesado.

Algumas vezes era ruim, quando ele estava com raiva. Mas agora parecia apenas a incentivar Frisk ainda mais, tornando sua pele sensível ao toque, os sentidos mais apurados. A magia havia despertado a adrenalina em seu corpo, a excitação e ansiedade. Quando Sans finalmente a beijou, tão desesperado quando ela mesma, Frisk não tinha formas de resistir ou se quer o desejo de tal.

Lábios se movendo em um ritmo frenético, línguas embolando-se como se quisessem formar um nó, mesmo que anatomicamente impossível. As mãos de Frisk enroscaram-se nos fios brancos, bagunçando-os de seu penteado. Já as mãos de Sans desceram por sua figura até encontrar-se nas pernas, beliscando a carne em suas cochas antes de subir, passando dessa vez por debaixo da saia até encontrar com a região macia de seu quadril, erguendo-a do chão com um rápido puxão que a levou a enroscar as pernas entorno do próprio quadril do rapaz.

Ele apertou e apalpou cada extensão de carne que cabiam em suas mãos, estimulando a garota em seus braços a gemer contra o beijo vorás o qual ainda dividiam, quase não se dando tempo para respirar. Com um movimento brusco a pressionou mais contra a porta, mãos puxando os quadris dela ainda mais contra o seus como se pretendesse fundir-se a ela, acabar com qualquer milímetro de espaço que ainda pudessem ter entre eles.

Frisk mordeu-lhe o lábio, afastando-se por instante para encará-lo com um sorriso travesso, mãos descendo para seu pescoço e caindo para seu peito. Delicadamente ela ergueu-lhe o rosto com o dedo indicador, acariciando o ralo cavanhaque que mantinha em seu queixo, Sans estremeceu. Frisk sabia que ele gostava quando ela brincava com os escassos pelos em seu rosto, sua característica preguiçosa quase sempre o fazia deixar os pequenos fios crescerem por um tempo até que finalmente percebesse que era o momento de aparar, ele nunca tirava tudo, porém. Seu queixo sempre mantinha nem que fosse uma mínima quantidade, Frisk nunca se incomodou e Sans preferia assim.

A morena aproximou seu rosto do queixo erguido, mordendo de leve o maxilar do rapaz que prontamente estremeceu, mãos reagindo como um reflexo e apertando a região que seguravam. Frisk, por sua vez, controlou o impulso de gemer, engolindo-o e deixando escapar apenas um lento suspiro, sua respiração quente tocando a pele pálida que tinha próxima ao rosto. Seus dedos continuaram um trabalho mais abaixo, desfazendo o nó da gravata enquanto maninha as leves mordidas por toda a extensão do pescoço, sorrindo com cada reação que recebia, puxando-lhe o cabelo cada vez que ele inclinava a cabeça para frente com uma mordida, dedos hábeis desfazendo os botões de sua camisa, paletó sendo perdido em algum canto do quarto.

De alguma forma Frisk conseguiu fazer com que Sans retrocedesse até a cama, mãos ainda sustentando seu corpo até o momento que finalmente se viram sobre o colchão, Sans sentado enquanto Frisk era mantida ajoelhada, cada perna de um lado do quadril do rapaz. Em um movimento rápido, a morena empurrou Sans para baixo, deitando-o sobre o colchão enquanto ela mantinha-se sentada sobre seu quadril, mãos do rapaz ainda bem apertadas em torno de sua bunda. Sans sorriu para a garota, sentindo-se a perder a linha quando percebeu o discreto lamber de lábios que ela deixou escapar.

Em um simples puxão a faixa que lhe rodeava a cintura foi parar no chão, isso facilitaria a retirada do vestido em seguida, mas não agora. Frisk engatinhou para cima, agora sentando-se sobre o peito de Sans, pernas ainda abertas bem próximo de seu rosto corado, ainda possuidor de um sorrido, dessa vez um que indicava que sabia o que ela queria.

Frisk sentiu a língua invadir seu corpo em movimentos experientes, arrancando gemidos ainda mais altos de sua garganta, tendo dificuldades em manter seu quadril quieto. Ela não deixou que ele se tocasse, porém. Ela estava no comando e por enquanto ele deveria dar completa e total atenção para ela, depois resolveriam seu problema. E Sans sentia-se enlouquecer, a vontade queimando-lhe o corpo enquanto continuava seu trabalho, língua saboreando o gosto que passou a apreciar mais constantemente da garota encima de si, mãos presas em suas pernas sem a capacidade de descer para o órgão que exigia atenção imediata.

Ele grunhiu contra a entrada, sentindo como Frisk estremecia pelo vibrar de sua voz em tal região sensível de seu corpo. Ela agarrou-lhe os cabelos, puxando e revolvendo cada fio com desespero enquanto sua voz apenas tornava-se mais alta. Sans adorava ouvir aquele som, ele tinha certeza que nunca se cansaria de provocá-los, sentindo-se sempre a perder a razão com cada nota que ecoava pelo quarto.

Foi em um impulso selvagem, em um momento que quase não se aguentava mais, que jogou a garota para fora de si, derrubando-a na cama enquanto praticamente arrancava-lhe o vestido do corpo sem se preocupar se o rasgava ou não. Ele deliciou-se com a visão do corpo praticamente nu a sua frente, curvas bem marcadas a qual ele garantiria de ser o único a ver em tais detalhes. Ela não usava sutiã, para o vestido que usava ele não era necessário, a peça intima na região inferior era de um branco rendado bonito e delicado, segurando as meias por cintas que tornavam a visão ainda mais provocativa. Ele tentou prosseguir, mas a garota o impediu com um pé posicionado em seu peito, detendo-o em seu lugar. Ela sorria confiante, mãos deslizando para a gravata desfeita, puxando ambas as pontas em um aperto firme para frente, forçando-o a beijá-la.

Mãos travessas e pequenas retiraram-lhe a blusa, perdida junto as outras roupas, e desceram por seu peito até encontrar os botões da calça a qual usava. Sans não conseguiu evitar engasgar com o toque ousado em seu membro exigente. Todavia, não lhe foi permitido se quer afastar-se do beijo para lamuriar em prazer, a garota tomava-lhe os lábios em um desejo possessivo, ela mantinha o controle apertado sobre ele enquanto ela se divertia com suas reações. E o pobre albino definitivamente não poderia dizer que estava desagradando. Pelo contrário! Ele sentia a excitação subir ainda mais por seu corpo, esquentando-o ao ponto de pensar que entraria em uma combustão espontânea.

Frisk não sabia com o que estava brincando. Não sabia o quanto o estava provocando apenas por suas atitudes dominadoras, provocando-o a ir mais longe do que realmente pretendia para quebrar essa postura. Ele amaria inverter os papeis e tornar ela a submissa. Era quase como um desafio silencioso o qual ele não poderia recusar.

Ela havia pedido por isso.

Frisk não conseguiu realmente saber quando foi que toda situação inverteu a seu contra. Em um instante ela segurava Sans pela nuca, impedindo-o de se afastar dos beijos enquanto ela o estimulava. Ela também não sabia da onde havia tirado tal coragem, mas isso não importava agora, a sensação de estar no controle foi viciante e excitante o suficiente para ela insistir em continuar, deixando qualquer pensamento racional de lado. Entretanto, foi em uma questão de segundos que ela se viu com as mãos sobre a cabeça, presas pelo tecido da gravata.

Seus olhos surpresos encararam os azuis a sua frente, sem conseguir conter o arrepio involuntário que subiu por sua espinha quando se deparou com o enorme sorriso que Sans ostentava. Diferente do esqueleto que Frisk tinha conhecido em sua dimensão esse Sans não tinha os dentes perfeitamente postos do mesmo tamanho. Esse Sans tinha dentes mais salientes, pequenas presas que Frisk sabia muito bem poderiam machucá-la se ele quisesse. Isso colocado em um sorriso realmente extenso poderia dar a verdadeira impressão que o albino não era um humano.

Ele havia se ajoelhado na cama e, com uma das mãos, puxou Frisk para seu colo. Foi em um encaixe perfeito, bruto e profundo, a calcinha tinha sido movida do lugar para dar espaço para as atividades anteriores, Sans apenas aproveitou o fato para não ter que esperar, membro pulsando na exigência de atenção especial urgente. Ele não hesitou quando puxou Frisk para baixo e, pelo grito que ela soltou, cabeça jogada para trás, ele supunha que ela não estava indo para reclamar.

Quase instantaneamente ele começou a se mover, mãos bem posicionadas no quadril da garota para forçar seu próprio ritmo frenético. Os gemidos haviam se tornado gritos, Frisk quase não conseguia respirar pelo frenesis imposto em cada estocada mais profunda. Sans havia abocanhado um de seus seios, mordendo e chupando sem qualquer pudor, sem se importar nas marcas que estava deixando ou com o quão sensível a região estava se tornando com o contato. As mãos de Frisk tremiam sobre seu peito, sem saber o que fazer exatamente, unhas arranhando e apertando cada região de pele que conseguiam encontrar, também não reparando o estrago que faziam. Tudo que conseguia se concentrar naquele momento era no movimento frenético que seu quadril era mantido.

Ela não sabia se duraria por muito tempo.

Sans então deteve-se de repente, mãos guiando o corpo de Frisk a mudar de posição sem se afastasse dele. Agora, ela encontrava-se de costas para ele, dorso jogado contra o colchão, mãos sobre a cabeça, ainda amarradas, enquanto seu quadril mantinha-se erguido, Sans voltando ao ritmo anterior, todavia, talvez por causa de como mantinham-se agora, ele era mais rápido, mais fundo... Frisk arranhou as costas de suas próprias mãos, o prazer aumentando a cada investida e desnorteando cada senso de realidade que ela possuía.

Dizer agora que Sans parecia com um animal seria uma brincadeira de muito mau gosto. Frisk o compararia com um besta talvez, simplesmente sedento de mais, arrastando-a junto em seus anseios. Ela não estava a reclamar, no entanto. O prazer que subia por seu corpo, todos aqueles sentimentos que faziam seu estomago revirar, sua mente ficar em branco e seu corpo queimar como se estivesse verdadeiramente em chamas. Tudo misturado com o enorme desejo de permanecer ali, de sentir-se bem todas as noites, de despertar e saber que existia alguém a aquecer a cama junto com você.

O arrepio subiu por sua coluna, provocando-lhe um grito mais alto, o máximo que sua garganta poderia produzir, dentes pontudos perfurando a pele de seu ombro enquanto braços firmes abraçavam seu ventre com desespero. Por fim um suspiro e todo seu corpo esmoreceu sob seu próprio peso, mas Sans não a deixou cair, não ainda, ele sabia que ela poderia aguentar muito mais e ele tinha uma noite inteira de autocontrole para jogar fora durante o resto daquele dia.

Uma, duas, três, quatro, cinco... Eles realmente não chegaram a manter uma conta exata, perdidos de mais em seu próprio prazer para se quer se importar com as horas que se passavam. Quando por fim se deixaram cair ao cansaço Frisk havia se deixado cair dolorida sobre a cama, Sans a abraçando pelas costas, mantendo-a bem próximo a seu corpo, mãos entrelaçadas bem na frente da morena, que sorria com carinho ao ver Sans novamente brincar com o anel em seu dedo.

Ela passou a nunca tirá-lo, assim como o cachecol que Pap a havia presenteado em seu aniversário. Eram presentes preciosos, assim como aqueles que os haviam dado. O albino beijou-lhe o pescoço, em caricias leves que a embalavam para cair no sono.

— Ei, Frisk. Ainda acordada? - a garota soltou um murmuro, indicando que estava ouvindo. Seus olhos fechados, ela não iria permanecer consciente por muito mais tempo. - Sabe... Eu estava conversando com meu pai... Bem... Já passou da hora de eu sair de casa, ele disse que apenas não fui ainda porque sou preguiçoso de mais para me dar ao trabalho de se quer procurar um novo lugar para morar. Hehe, acho que ele não está muito errado, pra ser sincero. - Frisk soltou uma gargalhada cansada. Ela tinha notado que Sans passou a referir-se a Gaster como "pai" e não mais por seu próprio nome. Nem ao menos conseguia começar a imaginar o quanto Gaster não estaria feliz com isso. - A questão é... Como dizer? Eu estou olhando alguns apartamentos entre Snowdin e Hotland, perto do trabalho e ainda de Papyrus e Gaster... Ainda perto das Ruínas, onde fica a faculdade e... Bem... Queria saber se... Não sei... Você gostaria de ficar comigo...

A mão que segurava a sua apertou-se um pouco mais, visivelmente nervosas. Frisk inclinou seu corpo um pouco para trás, tentando encarar Sans que tinha seu olhar voltado para o teto do quarto agora.

— Está me chamando para ir morar com você? - Frisk observou como o rapaz corava, olhos procurando em todos os cantos do quarto um lugar para evitar os seus.

— A-apenas se você quiser... - ele se encolheu e Frisk não conseguiu evitar o sorriso carinhoso que tomou-lhe a face. Ela então puxou seu rosto para um pequeno e rápido beijo.

— Eu adoraria. - Sans suspirou, aliviado. Não como se fosse uma questão muito complicada, mas ele ainda desejava que Frisk aceitasse. - Mas você vai contar para o meu pai quando começarmos a nos mudar.

— Por que eu?

— A ideia foi sua, então você conta.

— Você sabe que ele vai me matar, não sabe, Frisk?

— Ele não vai.

— Como pode ter certeza?

— Porque se ele fizesse isso eu ficaria muito triste e ele não vai querer me ver triste. - Frisk sorriu, aconchegando-se novamente nos braços de Sans enquanto apertava-lhe a mão.

Talvez, apenas talvez, ela pudesse encontrar seu final feliz vivendo uma vida tranquila aqui nesse universo. Ela continuaria crescendo, seguindo seus objetivos como todo ser humano que vivia nesse mundo. Ela tinha sua família, tinha vários amigos incríveis, ela tinha Sans. Ela apenas queria que nada daquilo tivesse fim, determinada a ir até onde suas pernas poderiam realmente levá-la.

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Notas finais do capítulo

Autora por enquanto vai continuar dando a cara a tapa aqui (por enquanto).
Espero que tenham gostado do capitulo, semana que vem tem mais e vai ser quando começaremos a verdadeira história de Fusion. Vocês já tem mais ou menos como funciona esse universo, tirando alguns segredos que começarão a ser revelados nos capitulos seguintes. Muito obrigada novamente por todo o apoio, por favor guardem suas armas e facas, autora não quer morrer agora.
Continuem determinados! (desculpa quebrar a maior parte das teorias sobre o reset kkkk)
Até a próxima semana!