Eu, Meu Noivo & Seu Crush — Thalico escrita por Helly Nivoeh


Capítulo 19
O Jogo - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Oi amorzinhos,
Tá pequeno e breve porque não tive muito tempo pra escrever e estou passando mal neste exato momento, tanto é que estou postando no celular.
Nesse capítulo não vai ter game poser, mas ainda aceito resposta da pergunta anterior, ok?
Boa leitura!



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¹ Informação no capítulo 6

Narração: Apolo

 

A visão do casal pipopinha escureceu novamente e eles se viram cair, uma floresta infinita abaixo deles.

De fato, as gêmeas de Melinoe não tinham poder suficiente para entrar na mente de Thalia e Nico naquele momento, as ilusões que criaram foi a partir de conhecimentos próprios, ao saber que a Grace já foi uma árvore e ouvirem a conversa do casal atravessando a ponte antes do caça à bandeira¹, quando ambos admitiram o medo de altura. Por isso, utilizaram o resto do poder que lhe restavam para criar a ilusão de que os dois caíam.

Nico apertou a mão de Thalia, tomando consciência de sua presença.

— Isso não é real… — O garoto sussurrou, apertando os olhos e trincando os dentes. Eu quase pude ver quando uma corrente elétrica partiu de Thalia e o envolveu, clareando a mente do Di Angelo, uma energia densa sendo compartilhada também com a Grace, como uma união de força entre os dois, mas que aumentava o poder, tornando-os mais fortes. Ou-ou, acho que interpretamos essa energia errada…

— Nico? — Thalia chamou com a voz trêmula, apertando a mão do garoto. Sua visão clareou no momento em que o nariz de Ayla começou a sangrar, não aguentando o uso de tanta força. Tá vendo? Se escutassem o Will, nada disso ia acontecer.

— Estou aqui,. — Nico falou, olhando para Grace que titubeou, ameaçando desmaiar. — Thalia! — Ele a segurou (Esse grito que ouvi foi de Ares?), enquanto a garota piscava, quase entrando na visão novamente. A energia entre eles circulou mais densa, dando força suficiente para a garota se reerguer e segurar a própria espada com força. — Você está bem?

— Estou. — Ela respondeu firme e me perguntei se tinha consciência de ainda estar segurando a mão do Di Angelo. — Só estou cansada dessas aprendizes da bruxa de Blair.

— Vamos acabar com isso? — Os olhos do Di Angelo brilharam ao sorrir para ela.

— Juntos? — Thalia perguntou, retribuindo o sorriso.

— Juntos.

Acho que o grito agora foi de Hefestos.

O casal pipopinha soltou as mãos quando sacaram as armas, Nico com a espada e Thalia com a lança. As gêmeas também se separaram, facas presas em codres pelo corpo foram empunhadas, e ela avançaram. Até que enfim, seguindo o objetivo do jogo, eles investiram e se defenderam com as armas, gerando muitos ferimentos.

Mirah investiu a faca em direção ao pescoço de Thalia e minha meia-irmã desviou, em seguida segurou o braço da loira e o empurrou para trás, causando uma fratura. A garota gritou e tentou avançar com o outro braço, acertando rente a cabeça de Thalia, jogando a tiara de tenente das caçadoras no chão. Oh, pelos deuses, eu vou matar Ártemis! Ela realmente fez isso?! Me pergunto se Thalia sabe o que isso significa…

As filhas de Melinoe se emparelharam, as costas unidas, enquanto investiam juntas, cansadas devido ao uso extrapolado dos poderes.

— Thalia? — Nico chamou, sorrindo ao defender mais um golpe. — Que tal repetirmos a noite passada?

A Grace sorriu antes de erguer a lança. Um raio desceu e atingiu as duas garotas, fazendo-as voar antes de cair no chão.

— Primeiro as damas? — O Di Angelo gesticulou, andando até a garota.

— Você é um ótimo cavalheiro, Nico. — Thalia aumentou o sorriso, antes de deixar que a lança se afundasse no ventre de Mirah, que gritou ao mesmo tempo que a irmã, quando Nico usou a espada para fazer o mesmo.

— Desculpe, garotas. — O Di Angelo falou em um tom nada arrependido. — Mas eu odeio quem mexe com minha mente.

Hazel abriu um portal e o corpo das gêmeas foi puxado para a enfermaria, provavelmente para cuidarem dos ferimentos reais.

Thalia tropeçou até a sua tiara, pegando o objeto com cuidado e colocando-o na cabeça. Ela fez uma careta, parecendo consciente dos ferimentos, e transformou novamente a lança em spray, guardando-o no suporte preso à coxa, e sacou a espada da bainha.

— Acho que agora somos só nós dois, Di Angelo. — Ameaçou, sorrindo. O que era muito macabro, porque seu rosto estava ensanguentado, incluindo a boca.

O Di Angelo não estava repleto de sangue, mas pálido e com olheiras, resultado do esforço em se locomover tanto pelas sombras. Revirando os olhos, gesticulei para ambos, enviando energia para eles. Se fosse para vê-los lutar, que seja com paixão e ânimo. Detesto filmes com zumbis!

Eles se colocaram um em frente ao outro, espadas na mão e vontade de ver sangue. Mas, antes que começassem a lutar, uma voz os interrompeu.

— Uau, você está péssima, Thalia. — Meu filho (favorito) diz ao se aproximar do casal. Will estava com alguns cortes superficiais e a roupa suja de terra depois de uma luta recente com Valentina Diaz, mas nada que escondesse a beleza herdada de mim.

— Lisonjeada em ouvir isso. — A Grace retrucou. — Vai se juntar à nós?

— O que posso fazer se eu realmente odeio limpar os estábulos? — Will se aproximou com uma espada nas mãos.

— Devo perguntar de que lado você está? — Nico perguntou.

— Eu realmente quero te bater na maior parte do tempo, você sabe. — Meu filho falou para o melhor amigo. — Mas, esse não é o caso.

— Suponho que você não seja adepto à ideia de que um homem nunca deve bater em uma mulher? — Thalia questionou, tensa, provavelmente calculando as chances de vencer de ambos.

— Oh, querida, neste caso: não mesmo.

— Podemos equilibrar isso? — A voz de Jason Grace soou entre as árvores e eu tive certeza que isso era obra dos deuses.

— Jason! — Thalia saudou, sorrindo.

— Estava te procurando, passarinho. — Will sorriu para Jason.

— Passarinho? — Nico quem questionou. — Sério, Will?

O loiro quase tão perfeito quanto o pai deu de ombros, se aproximando do filho de Júpiter.

— Sinto muito, Solace, mas hoje você vai voltar pra enfermaria como paciente. — Jason retrucou, apertando a espada.

— Prometo colocar pimenta nas suas ataduras mais tarde, Grace.

Meu meio-irmão avançou, investindo com o gládio. Como um gato, Will desviou abaixando, a lâmina da espada passando pela cintura do Grace logo abaixo da armadura, sangue jorrando do talho. Meu filho ficou em pé novamente e investiu, seu golpe sendo interceptado pela lâmina de ouro imperial, antes de investir novamente, com uma suavidade rara

De fato, Jason Grace tinha maior perícia e experiência com armas brancas. Entretanto, todo mundo já havia visto Jason lutar. Will havia visto inúmeras vezes o filho de Júpiter duelar com Nico, ele havia estudado minuciosamente a maneira como o outro atacava e defendia, seus defeitos e vícios. Por outro lado, pouquíssimos haviam presenciado Will com uma espada, a maneira com que se movia com rapidez e leveza, dando espaço para desviar de golpes que exigiam força do adversário e atacar várias vezes, causando pequenos ferimentos que, somados, provocavam grande estragos.

Além, é claro, da ausência de muita técnica, permitindo que improvisasse e surpreendesse o adversário, o que lhe garantia vantagem ao explorar cada fraqueza de Jason. Sinto muito, pequeno Jay, você pode até vencer Gaia, mas isso não significa que ganhará do meu bebê favorito, Will Solace!

Uma vibração no meu bolso chamou minha atenção, fazendo com que eu desviasse os olhos da luta do meu filho. Posso nem ser um pai babão uma vez na eternidade?!

Levantei, ficando em pé sobre o galho apenas para saltar como um felino, sem barulho algum ao lado do casal que lutava e só não me via por causa da névoa. Armei meu arco. Eu realmente odiava o que ia fazer, odiava o que meu pai estava me obrigado a fazer, mas eu não tinha escolha. Sei que machucar o próprio filho me torna um péssimo pai. Sei que isso é imperdoável. Mas este é o preço que todos os filhos de Zeus pagam, só estava dando a conta para Thalia.

Voltei meus olhos, mais que perfeitos, para Nico e Thalia, que lutavam com velocidade e força, bronze celestial contra ferro estígio, ambos ótimos esgrimistas sem armadura, cortando um ao outro como bonequinhos de vodus.

Thalia girou a lâmina em direção ao pescoço do Di Angelo, que aparou o golpe no alto, tentando forçar  a lâmina para cair. A Grace deu um passo para trás e avançou no flanco esquerdo, sendo interceptada novamente e atacada no flanco direito. Eu realmente podia ver a estática no ar em torno deles, a tensão da luta aumentando a cada golpe, assim como a força empregada.

Thalia teve mais um golpe aparado e  pisou em falso para trás, caindo. Nico se posicionou acima dela, pronto para dar mais um golpe, mas estendeu a mão.

— Quer ajuda? Eu não gosto quando o inimigo está indefeso. Bom, exceto Ayla, porque aquela diaba acabou com minha paciência.

Will jamais me perdoaria se soubesse. Mas um coração partido é mais fácil de curar que a fúria de Zeus.

Thalia segurou a mão de Nico e vi minha deixa.

Um pensamento veio em minha mente enquanto soltava a flecha: Apesar de não ser minha culpa a paixonite de Mirah não ser correspondida, não era só o cupido que flechava corações.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Não me matem, por favor!