Eu, Meu Noivo & Seu Crush — Thalico escrita por Helly Nivoeh


Capítulo 13
"Corte-lhe as cabeças."


Notas iniciais do capítulo

Eu postei mais cedo, mas as tirinhas estavam buggada, então tive que respostar quando chegasse em casa. Mas meu notebook estragou o HD. Ai depois de tantas ameaças de morte eu fiz minha magia e agora aqui estou eu. Por favor não me matem!
Enfim...
GENTE, CÊS VIRAM QUE A FANFICTION FOI RECOMENDADA? DUAS VEZES? EU SURTEI TANTO COM ISSO QUE ME DEIXOU TÃÃÃÃAÃÃÃO FELIZ! E AINDA POR CIMA UTRAPASSAMOS 100 COMENTÁRIOS E TAMBÉM 100 LEITORES (seria legal os fantasminhas apareceram. Eu sou lecal, perguntem os outros '-'), ENFIM EU TÔ MUITO FELIZ, MANO!
Esse capítulo é dedicado a cada um dos leitores maravilhosos, em especial aos que comentam, e mais especial ainda as lindas da Rainha da Lua e da MaryDiAngelo!
Obrigada pelo carinho amores!



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Narração: Thalia Grace

A comida acabou, mas as discussões sobre quem seria o padrinho do primeiro casamento e da primeira pipopinhazinha — e eu que nem sabia que estava grávida — não.  

Will e Jason não paravam de discutir nem quando estávamos na fila dos carrinhos de bate-bate com várias crianças reclamando que éramos velhos demais para parques de diversões.

— Will! — Nico brigou quando o filho de Apolo retrucou novamente com meu irmão.

— Por que só Will? — O loiro reclamou.

— E Jason também!  — Ajudei, enquanto meu irmão dava risadinhas. Sério que as crianças nos achavam velhos de mais para parques de diversões? Estava começando a suspeitar de que éramos crianças demais.

— Obrigada, Thalia. — Nico agradeceu e Annabeth começou a bater os indicadores com uma expressão homicidamente feliz.

— Ownt! Eles já estão se revezando em brigar com as crianças!  — Minha amiga disse e revirei os olhos.

— É o seguinte, — Nico chamou a atenção.  — Quem bater mais vezes nos outros vai ser o padrinho, a dama de honra, o padre, o que quiser!

— Hey! — Briguei.

— Já começaram a discutir sobre o casamento.  — Hazel fingiu pesar ao falar para Annabeth, que assentiu com a mesma expressão.

— Alguma ideia melhor? — Nico ergueu a sobrancelha. Pensei a respeito e dei de ombros.

— Quem bater em Clarisse perde dois ponto. — Estipulei. A filha de Ares se virou para replicar, mas Chris a conteve, argumentando que poderia machucar não só o bebê, mas também Chuck que estaria no carrinho com ela.

— E se eu bater mais que você, Grace. — Nico se virou pra mim com um olhar malicioso. — Vai usar vestido no nosso casamento.

— Eu não vou apostar com você, Di Ângelo.  — Retruquei. — Você já me provou ser um trapaceiro hoje.

— Touche! — Will implicou.

— Continue assim e meu padrinho é que não vai ser. — Nico ameaçou, mas havia um tom divertido na sua voz. — Isso só me lembra que você ainda deve meu prêmio.  — Revirei os olhos. — Vamos, Thalia, eu adoro jogos. Mas acho que isso você já sabe disso.

Não tive tempo de responder porque o sinal que poderíamos nos dirigir ao brinquedo apitou, fazendo a fila andar. Fui a última a entrar, pegando um carrinho bem afastado do de Nico. O sinal ressoou de novo e de repente a gritaria começou, enquanto eu sentia meu corpo ser jogado para frente e pra trás quando os demais se jogavam em mim.

— Ótima forma de ser a dama de honra! — Gritei pra Hazel quando ela se chocou na minha frente gargalhando.

Girei o volante do carrinho como uma louca, ao mesmo tempo que me lembrava de um momento anos atrás quando eu, Luke e Annabeth nos divertíamos no mesmo brinquedo. O carrinho ia pra frente e para trás enquanto eu tentava a todo custo bater nos outros e não deixarem me bater.

Jason veio na minha direção com um sorriso, mas desviei faltando alguns centímetros, batendo de frente pra Percy em seguida. Girei o volante e me choquei com Annabeth que xingava ao não encontrar uma lógica para dirigir o brinquedo. Me afastei dos meus amigos e tentei seguir em linha reta, mas Nico vinha na minha direção com um sorriso. Tentei desviar, mas ele conseguiu bater de frente.

— Escolhe um vestido bem bonito! — Gritou e virou pra esquerda.

Girei o volante com força e bati na parte de trás do carrinho, fazendo com que ele se virasse para trás.

— Quando eu vencer, Di Ângelo, quem vai usar o vestido é você!  — Não vi sua expressão porque virei para trás, me chocando de ré em Hazel que ria ao bater em Annabeth.

A filha de Plutão apontou para o irmão, formando um complô. Assenti e chamei Will, que estava do meu lado direito, fazendo os mesmos gestos que Hazel. Ele assentiu e girou o carrinho, seguindo em direção a Nico, junto com nós duas. Encurralamos o Di Ângelo contra os limites do espaço com um sorriso.

— Minha irmã, meu melhor amigo e minha noiva. Poxa! Realmente estou bem acompanhado. — ele reclamou sorrindo, batendo com força no meu carrinho.

Me afastei para trás, assim que Will se virou contra mim e soprei um beijo para Nico.

As batidas se seguiram até o tempo terminar, que pareceu bem pouco. Desci do brinquedo com as pernas bambas e rindo, acompanhando meus amigos que começavam a discutir sobre quem havia batido mais vezes e se valia ou não quando batiam em você.

— Melhor amigo, né Nico? Tudo bem, nem vou no seu casamento.  — Jason fazia drama, enquanto Piper discutia com Annabeth e Hazel sobre quem seria a dama de honra.

Eu precisava admitir que aquela noite estava sendo divertida.

Meus amigos se dispersaram, indo pra brinquedos diferentes e adiando as discussões.  Annabeth arrastou Percy para a roda gigante, enquanto Piper puxava meu irmão para o túnel do amor. Fingi vomitar com tanta doçura, fazendo Nico rir.  Hazel e Will decidiram por um brinquedo que girava bem rápido em uma altura bem elevada e  Chris e Clarisse levaram Chuck para brincar no carrossel.

Dei a desculpa que não estava afim de vomitar para a Levesque e fui para uma das barraquinhas de tiro ao alvo. Coloquei as balas de rolha em uma espingarda enquanto o garoto da barraca fazia uma expressão de deboche. Mirei e acertei, ganhando uma caixa de chocolates.

— Esse alvo foi muito fácil pra você, não?  — Ouvi a voz de Nico e no momento seguinte ele pegava a arma da minha mão e mirava em um dos alvos mais fáceis, errando dois tiros e me devolvendo a arma.

— Você continua péssimo na mira. — Impliquei, tomando a arma e atirando em um dos alvos mais difíceis.

— Minha última instrutora estava mais preocupada em me torturar do que ensinar. — Nico replicou.

— Ninguém consegue esse. — O vendedor advertiu. Percebi que era verdade, não havia qualquer ângulo que permitiria acertar daquela distância.

Dei um sorriso e mirei no alvo ao lado, apesar de ser difícil de acertar, era possível, mas não com minha altura.

— Tente. — Estendi a arma para Nico e apontei o alvo. Ele se colocou em posição e o toquei suavemente na cintura para arrumar a postura. Desta vez ele não reclamou.

— Posso atirar? — Perguntou.

— Quando quiser. — Dei de ombros e no momento seguinte a bala falsa passava raspando perto do alvo.  — Tenta de novo. — Recomendei, quando o garoto da barraca deu um sorriso. Nico preparou a bala de novo e me aproximei mais do seus corpo para tentar visualizar sua mira. Corrigi novamente sua postura. — Respira fundo e atira.

Segundos depois a bala acertava o alvo, derrubando-o. O vendedor nos encarou de cara feia enquanto puxava um urso de pelúcia com cerca de um metro e o entregava para Nico.

— É o primeiro cara que deixa a namorada ensinar ele. — O atendente murmurou.

— O que posso fazer se ela sabe mais do que eu? — Nico deu de ombros, me entregando o ursinho. — Ela tem ótima prática em me atirar pratos.

Brincou, me dando uma piscadinha.

— Só quando você faz besteira, querido. — Repliquei, sorrindo. — Não é minha culpa se você faz isso todos os dias.

Nico revirou os olhos brincando e saiu da barraca. Fui atrás dele, abraçando o ursinho.

— Você não desmentiu. — Comentei, vendo-o parar em uma barraquinha de doces.

— Sobre o que? — Questionou, abrindo a carteira.

— Sobre sermos um casal. É a segunda vez hoje. — Nico riu, pagando a funcionária da barraca e pegando uma maçã do amor. Ele se virou pra mim sorrindo.

— Você não é minha noiva?

Ele me olhou divertido e mordeu a maçã.

“Vamos, Thalia, eu adoro jogos. Mas acho que isso você já sabe disso.”, então vamos jogar, Di Ângelo.

— Claro.— Sorri, pegando a maçã de sua mão e mordendo do lado oposto ao que ele tinha comido.

— Vai devolver minha maçã ou passou muito tempo com os Stolls?

— Não sou sua noiva? — Ergui a sobrancelha, mordendo novamente a fruta. O melado estava grudando nos meus lábios e deixando-os formigando. — Só estou reivindicando o que é meu.

Ele envolveu minha mão que segurava a maçã e a aproximou de si, levando até os lábios e mordendo, me deixando ainda segurando o alimento.

— Você está reivindicando minha maçã ou meu amor, Grace? — Provocou e como respostas dei um sorriso e mordi a fruta novamente.

— O que você acha, Di Ângelo? — Ele segurou novamente minha mão e repetiu o gesto anterior, os olhos fixos nos meus. Entretanto, ao invés de morder o lado contrário ao meu, ele girou o palito, seus dentes cortando onde os meus estiveram segundos antes. Ignorando a parte sobre babas, mordi do mesmo lado e ficamos nisso até que a fruta acabasse.

— Já escolheu o modelo do vestido de noiva? — Nico perguntou quando começamos a andar a esmo pelo parque, desvencilhando dos aglomerados.

— Já disse que quem vai usar vestido é você. —  Retruquei, olhando a noite estrelada.

— Isso é algo que eu pagaria para ver.

— Você de vestido? Não sei, querido, mas acho que Hazel poderia te emprestar um.

— Hahá. —  Ironizou. — Você de vestido, Thalia.

— Continue sonhando. — O olhei de soslaio, percebendo que ele sorria de canto. Apertei mais o ursinho quando um vento gelado passou por nós.

— Está com frio? — Ele perguntou, erguendo a sobrancelha.

— O que acha? — Perguntei sarcástica.

— Que você é orgulhosa demais para admitir. — Ele respondeu, tirando a jaqueta e me estendeu. Neguei com a cabeça, um pouco envergonhada. — Vamos, Thalia.

— E você vai ficar com frio?

— Sabe quanto tempo eu vivi no mundo inferior? Deixe de ser teimosa.  

— O inferno não é quente? — Retruquei sorrindo. — De qualquer forma, estou com as mãos ocupadas.

Revirando os olhos ele pegou o urso dos meus braços e me estendeu a jaqueta. Desisti de protestar e a vestir, o tecido aquecido pelo corpo dele fazendo minha temperatura aumentar.

— Obrigada. — Agradeci, estendendo os braços pra ele me devolver meu urso. Ele balançou a cabeça que não e apertou a pelúcia.

— É meu agora. — Fiz um bico, diante das suas palavras, tentando imitar a expressão de “cachorro que caiu da mudança” de Hazel. — Oh meus deuses! — Ele murmurou em tatibitate. — Isso é tão fofo! Mas não vai adiantar.

Dei língua para ele.

— Eu te devolvo a jaqueta. — Argumentei, ainda tentando capturar meu brinquedo.

— Esse urso é mais importante do que você pegar um hipotermia? — Balancei a cabeça que sim. — Por quê?

—  Eu nunca tive um ursinho antes. — Expliquei.

— Isso é verdade ou é só drama? — Ergueu a sobrancelha e tentei pegar a pelúcia de volta, mas ele desviou.

— Parcialmente verdade.  — Desisti de tentar pegar e suspirei.  — Uma vez Luke roubou um pra mim, ele não era muito grande e tava cheio de poeira, mas foi a primeira vez que alguém me dava algo.  — Olhei para o chão, imersa em lembranças. Na verdade, não sabia porque estava contando aquilo para Nico.  — Poucos dias depois eu dei ele pra Annabeth.  

— Isso foi legal da sua parte. — Nico falou um tempo depois e dei de ombros, o fitando.

— Ela era só uma criança, precisava daquilo.

— Mas você também era, não é? Quantos anos tinha?

— Doze. Um semideus não pode dizer mais que é uma criança nessa idade. Ou você cresce, ou você morre. Pra você também não foi fácil, não é? — Perguntei, a lembrança dele ainda criança, antes que eu me juntasse à caçada, surgindo na minha mente.

— Eu só estava tendo que lidar com meu pai querendo me matar enquanto eu tentava convencer ele a tentar ajudar essa nossa família louca a salvar o mundo. Sem falar nos conflitos internos dentro de mim.

—  Conflitos internos?

— Annabeth não te contou, não é? — Ele se virou pra mim e balancei a cabeça que não. —  Então deixa assim. — Franzi a testa preste a perguntar o que seria esse conflito interno, mas Nico mudou de assunto. — Acho que a pior coisa era os cereais de Deméter. Você não tem ideia de como era ruim! Era como... Sei lá... Beijar Gaia.

— Você sabe qual a sensação? — Ergui a sobrancelha, dando um sorriso malicioso.

— Não e não quero saber, obrigado! Acho que já temos experiência demais com terras e plantas, não é mesmo?

Balancei a cabeça, me dando conta de que havíamos nos afastado do centro do parque de diversão e entrado em uma área em construção, com muita terra, alguns caminhões e tratores, provavelmente  uma área em reconstrução do parque.

— Acho que nos afastamos de mais. — Comentei, olhando para as luzes coloridas dos brinquedos.

— Vem, vamos voltar. — Ele chamou e me estendeu o urso. — Você tem dez segundos pra pegar antes que eu me arrependa e você nunca mais vai ver a sombra dele… — Tomei o brinquedo antes que ele terminasse de dizer, apertando-o e sorrindo.

— Obrigada! — Ele riu da minha expressão, que deveria ser fofa.

— Não se acostume. — Avisou.

— Por que você está sendo tão legal comigo? — Ergui a sobrancelha. Atualmente, a única coisa que eu tinha certeza sobre Nico é que ele mudava de humor mais do que Afrodite mudava de roupa.

O Di Ângelo parou e eu o imitei, virando-me para ele. Ele comprimiu os lábios, como se pensasse profundamente no assunto e por fim deu de ombros.

— Eu não sei. — Admitiu. — Acho que só estou tentando fazer o que meu pai me pediu.

Aquela declaração me deixou paralisada por um momento. Antes que eu pudesse sequer reagir, senti seu aperto no meu braço, e no momento seguinte senti um frio congelante e a toda a minha visão escureceu.

Por um momento questionei-me se havia desmaiado, mas haviam vários sons estranhos ao meu redor, como gemidos, gritos e resmungos. Tão rápido como havia começado, toda a cena se desmanchou e me vi parada, sem ar com Nico me segurando há poucos metros de onde estava segundos antes, que agora tinha um monstro enorme local.

 

Hail Hydra. — Ouvi Nico sussurrar. Em respostas a viagem nas sombras, meu corpo estava todo arrepiado e meu estômago embrulhado e mesmo com a visão turva consegui identificar o monstro mitológico que quase nos matara.

Com um corpo de dragão e sete cabeças de serpente, a Hidra de Lerna avançava em nossa direção, louca para jantar uns semideuses.

— Tome. — Estendi o urso de pelúcia para Nico. — Segure Pipopinha enquanto eu cuido disso.

— Pipopinha? — Ele ergueu a sobrancelha, um sorriso leve brincando nos lábios.

— Algum nome melhor? — Perguntei, ignorando o monstro que vinha em nossa direção.

— Parece um trava-língua, precisa de um nome menor.

— Que tal Pipo?  

— Isso não tem nada a ver com o fato de parecer com Nico, não é? — Ele  franziu a testa e dei um sorriso de canto. — De qualquer forma, Grace, eu não vou te deixar lutar sozinha.

— Quem pediu permissão? — Retruquei, pegando a lata de spray dentro da minha bolsa, pronta para a transformá-la na lança e empalar a hidra que já estava a uma distância perigosa. Antes que eu avançasse, Nico segurou novamente meu braço e nos puxou para as sombras, segundos depois estávamos há vários metros de distância e na direção oposta do monstro.

— Vamos ter que lutar de longe, o hálito é venenoso. — O Di Ângelo instruiu, retirando a sua mão do meu braço.

Coloquei Pipo no chão, tirei a jaqueta de Nico colocando-a em cima do urso e guardei o spray, levantando as mangas da blusa até o cotovelo para firmar o arco e atirar as flechas com precisão. Invoquei-os e no momento seguinte uma flecha prateada voava em direção a hidra, se quebrando ao acertar as escamas duras do corpo.

Enquanto armava novamente o arco, Nico fez surgir cinco esqueletos  que tentavam furar o monstro entre as escamas, enquanto desviavam das cabeças de serpentes que se viam obrigadas a investir com as presas pontiagudas, uma vez que o veneno não funcionava nos defuntos. Nico não ficou para trás, sacou a espada de ferro estígio e locomoveu-se nas sombras até o monstro, aproveitando da distração das cabeças com os esqueletos para tentar acertar nossa inimiga, ora investindo, ora sumindo nas sombras.

Mesmo sendo furada como uma boneca vodu, a hidra continuava a avançar em nossa direção, parecendo cada vez mais irritada quando uma das minhas flechas conseguia acertar por entre as escamas causando um corte superficial demais para matá-la. Um dos esqueletos conseguiu decepar uma das cabeças, sendo abocanhado segundos depois pelas duas cabeças que renasceram: Uma o abocanhou no pé, enquanto a outra no peito, fazendo força em direções contrárias até que ele fosse partido ao meio e sumisse em poeira.

Nico fez surgir mais três esqueletos, tirando a sua atenção do monstro por um segundo, tempo suficiente para uma das cabeças investir. Antes que eu pudesse gritar, a lâmina de ferro estígio decapitou mais uma cabeça e Nico surgiu ao meu lado antes que ela renascesse com uma irmã gêmea.

— Você está bem? — Perguntei sem olhá-lo. Mais uma das minhas flechas acertou entre as escamas.

— Vivo. — Nico arfou. — Precisamos de fogo.

— Cadê o amigo irritante de Jason? — Perguntei, me lembrando do garoto que acompanhava meu irmão quando nos reencontramos.

— Léo? Por favor, não me fale naquele elfo. — O filho de Hades retrucou mal humorado. Quis perguntar o motivo do aborrecimento, mas acho que não era a hora.

— Tem alguma ideia de como fazer?

— Na verdade, sim. — Nico sorriu como se tivesse tido uma brilhante e maquiavélica ideia. — Energia.

— O que? — Me virei para Nico e ele revirou os olhos, quando pegava mais uma vez no meu braço e nos puxava para sombra.

— Energia, Thalia. — Nico repetiu impaciente quando aparecemos novamente no campo. Pisquei os olhos com força, meio zonza pelas viagens nas sombras. — Podemos fazer hidra frita. Na verdade, você pode.

— Continuo sem entender. — Murmurei armando meu arco e atirando outra flecha no monstro que mais uma vez vinha em nossa direção, acabando com mais dois esqueletos. Meu antebraço já ardia de tanto puxar a corda e soltar, assim como meus dedos.

 — Hércules matou a Hidra cortando as cabeças e colocando fogo, pra não crescerem de volta. Se você jogar raios, energia, ou sei lá, pode ser que você consiga queimar antes que regenere. — Ele explicou e fiz uma careta.  

— Só tem um problema: Eu não confio em usar meus poderes assim. Na caçada nós preferimos métodos mais… práticos, como arcos, facas, essas coisas.

— Isso tá mais para idade da pedra — Mesmo sem olhá-lo, sabia que ele havia revirado os olhos. — Você precisa tentar. Eu te dou cobertura.

Respirei fundo, assentindo.

— Antes de cortar as cabeças, me deixe tentar queimar ela primeiro. — Falei nervosa, pensando no que sabia sobre energia. Uma das leis da física é que a energia não pode ser destruída, mas também não pode ser criada, somente transformada. Eu precisava puxar energia de algum lugar e direcioná-la a hidra.

Guardei o arco e peguei minha lança, para servir como um condutor elétrico. Tentei me concentrar, pensar nas nuvens, na eletricidade passando por entre elas. Os céus são os domínios do meu pai, não era a primeira vez que eu manipulava energia.

Levantei a lança e invoquei um raio, podia sePntir a energia vindo em minha direção, e quando tocou a ponta feita de bronze, girei a arma e apontei em direção a hidra, a descarga mudando o percurso e acertando o monstro, que guinchou ao ser queimada.

Sorri satisfeita e eufórica, inebriada pela sensação de poder, pronta para repetir o golpe.

— Nico? — Chamei, com os olhos fixos na hidra que estava mais irritada do que nunca. — Corte-lhe as cabeças.


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Notas finais do capítulo

*Clique na imagem ou acesse o link pra ver a tirinha melhor: http://ellynivoeh.16mb.com/capitulo-xiii

*No final da tirinha era pra Hefestos dizer: "Esse clima tá tão love que vou fazer maratona de Crepúsculo na TV Hefestos."; Mas o aplicativo tava dando erro demais.
*Eu havia me programado pra no capítulo 13 vocês saberem se o Nico sabe sobre o casamento ou não, mas deu mais de 6 mil palavras, então dividi o capítulo. Sexta vocês vão descobrir (ou confirmar) se ele sabe o não, quais são as apostas de vocês?


* Se você quiser se casar com o Nico entre nesse link: http://queromecasarcomnico.16mb.com/


*Esse capítulo tem três referências, vocês acharam?

*Nova pergunta do game poser:
O que Hades foi fazer na padaria? (Sem criatividade)

*Eu já desisti de ter só um ganhador do game poser, eu rio demais das respostas. Novamente duas pessoas venceram e são elas:
(Rufem os tambores)
LARE e MARIDIANGELO!
(Não tem nada a ver com o fato delas terem me ameaçado hoje '-')

*EU TAVA PENSANDO UMA COISA AQUI! Eu tenho muitos rascunhos de povs de outras personagens (Quero só o Nico e a Thalia narrando na maioria dos capítulos), além de tirinhas que nunca postei e tudo mais. Tava pensando em postar no site (mas tô com preguiça de terminar de arrumar ele) ou criar uma página ou grupo no facebook. O que vocês acham?

Acho que é isso. Se esquecer algo eu apago o capítulo e posto de novo, okey? (ESTOU BRINCANDO!)
Enfim, até sexta!