O inverno estava em seu ápice e as ruas de Washington fechadas por causa de uma nevasca. Diana precisou cancelar algumas reuniões e duas viagens. Estava em alerta para caso a Liga da Justiça precisasse dela.

Após o jantar, os hóspedes que passavam alguns dias na embaixada, sentaram diante da lareira na sala de estar. Diana deixou-os na companhia de Jasmine e sua filha mais nova que tocava uma música no piano.

Em seu quarto, Diana deitou na cama, aconchegando-se embaixo das cobertas. Estava quase dormindo quando um chamado da Liga da Justiça a fez despertar.

A novidade era que o chamado não foi causado por conta de uma nevasca. Então Diana foi encaminhada para a central da Torre, encontrando-se com o Caçador de Marte que estava acompanhado de Steve Trevor.

Os três caminharam em silêncio até a sala de reuniões, onde Trevor tomou a palavra.

— Acabo de receber uma ordem de busca e achei que você deveria ser a primeira pessoa a saber. — Ele olhou para o marciano. — Digo, a segunda pessoa.

Diana pegou a pasta sobre a mesa e abriu. Leu rapidamente alguns trechos dos documentos e depois olhou para Trevor.

— É uma intimação para a Lex Corp. — Ela voltou os olhos para os papéis.

— Estamos trabalhando juntos já faz algum tempo. — O Caçador de Marte falou, mas deixou que Trevor desse todas as notícias.

— Eu agradeço a sua ajuda. — Steve disse, com a mão no ombro do marciano. — Levou algum tempo, mas nós conseguimos dar um passo para frente, sem que fossemos empurrados para o início da jornada, como vinha acontecendo.

— Mas o que isso quer dizer? Lex irá ser punido pelo que fez? — Diana perguntou eufórica.

— Não, digo, ainda não sabemos. — Steve Trevor passou a mão na nuca, e Diana conhecia aquele gesto. Sempre que ele estava preocupado com alguma coisa, fazia aquilo. — Você entende que estamos lidando com o futuro candidato ao Senado dos Estados Unidos, um homem influente até em outros planetas. Deus sabe o que ele tem na manga, ou melhor, o Diabo que deve saber. — Steve passou a mão na nuca novamente, ansioso que estava.

— Eu vou ajudá-lo no que for necessário. — Diana falou com sinceridade. Mesmo que sua participação nos acontecimentos da mina de diamantes foram todos esclarecidos, os verdadeiros culpados ainda estavam livres e quem sabe quais erros ainda mais terríveis deviam estar tramando.

— Vai ser muito bom tê-la como minha parceira novamente. — Steve sorriu e estendeu a mão para Diana, que apertou com força. — Opa.

Enquanto ele amaciava a mão dolorida, Diana sentou e estudou os arquivos.

Ela estava pronta para concluir aquele capítulo de sua vida.

Sabendo que sempre haveria um novo capítulo adiante para ser escrito, pois assim era a vida, como um arco que dava continuidade para novas histórias.