Os sentimentos da Princesa Guerreira escrita por Kori Hime


Capítulo 23
Capítulo 23 — Revigorada e em paz




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A nova arena de combate foi instalada na Torre de Vigilância. Os primeiros a testarem foram Lanterna Verde e a Mulher Gavião, ela queria uma revanche pendente. Ao finalizarem a luta, com uma vencedora bastante orgulhosa, Diana entrou na arena para lutar contra Superman.

Ambos estavam em sua melhor forma e foi preciso uma intervenção para que as paredes especiais não fossem fortemente danificadas nas primeiras vinte e quatro horas de inauguração.

Isso porque eles juraram que estavam pegando leve.

— Como está o trabalho no Plante Diário? — Diana estendeu a mão para Superman se levantar, depois que ela o derrubou no chão, fazendo o lugar tremer.

— Está como sempre. — Ele aceitou a ajuda da amiga. — Lois ainda viajando para cobrir guerras e esquemas políticos importantes e eu fico com o caderno de esportes, às vezes posso até escrever sobre os feitos de super-heróis, mas sem ser muito sentimental, como diz meu editor.

— Uau, que dureza. Mas eu gosto muito de ler sua coluna. Não vejo sentimentalismo em suas palavras, apenas emoção.

Clark sorriu. Embora fosse um dos homens mais fortes já vividos, inteligente e muito experiente, ele também era tímido quando se tratava de elogios.

— E você? Como anda se virando nas reuniões da ONU? — Ele mudou de assunto, antes que seu rosto corasse mais. Diana não se importou.

— Até que estou indo bem, tenho uma boa equipe que me faz estar no lugar certo e na hora certa. Estou tentando conseguir um horário com um amigo meu, o Superman, para que ele me acompanhe em uma palestra sobre resolver problemas sem usar a violência. Sabe como é, um soco pode ser trocado por um... como é aquela frase mesmo?

— Um soco não é melhor do que uma conversa. — Ele falou, sorridente e animado.

— Isso mesmo. — Diana riu. — Quando encontrar o Superman, pergunta se ele está interessado em um jantar. Prometo não queimar a comida dessa vez, comprei uma panela incrível que não gruda nada.

— Estou orgulhoso em vez você empenhada em não queimar a comida. Mas posso me oferecer para preparar o jantar?

— Já que insiste, vai ser um prazer.

Diana apertou a mão dele, como uma brincadeira. Depois o beijou no rosto, como forma de agradecimento, ouvindo em seguida um pigarro. Eles viraram e olharam para Steve Trevor, que estava entrando na arena, com uma mão erguida para cima, em paz.

— Desculpe interromper. — Trevor disse. — Me falaram que eu poderia encontrar Diana aqui, então...

— Como vai, General Trevor? — Superman o cumprimentou com um aperto de mãos. — Terminamos agora o treino, podem conversar a vontade, eu vou tomar uma chuveirada, essa mulher destruiu minhas costas.

Trevor esperou que o Superman saísse para poder soltar um assobio.

— Não deve ser muito fácil para ele admitir isso. — O mais novo condecorado General comentou, voltando-se para Diana. — Tenho acompanhado alguns jornais que falam muito bem de você.

— Está aqui para se certificar de que eu estou andando na linha, General Trevor? — Diana secou o rosto com uma toalha, voando até uma plataforma superior para pegar uma bebida gelada, jogando lá de cima uma garrafa para Trevor, que a agarrou no ar.

— Estou aqui em missão de paz, senhorita Prince. — Ele tomou uma postura mais séria, notando que Diana não abaixaria a guarda. — De forma alguma vim aqui para dizer o contrário, ou ofendê-la.

— Sei. Até o dia em que eu aparecer em algum país e salvar mineradores em situação de trabalho escravo. — Ela analisou a expressão dura do rosto de Trevor. E achou que foi um pouco longe.

— Achei que estávamos indo bem. — Ele desabafou, não conseguia manter a guarda levantada na presença dela. — Depois de colaborar com o processo, sua inocência confirmada, pensei que fosse o suficiente para mostrar que estou ao seu lado.

— Exatamente, Trevor. Você está ao meu lado já faz muito tempo, me conhece e sabe que eu não finjo minhas emoções. — Ela terminou de beber a água. — Eu estou agradecida com sua ajuda, mas sempre fui inocente. Você quem duvidou de mim.

— Não está dizendo que eu tive algo a ver com tudo isso, não é?

— Não, eu não quis dizer isso. Mas ainda me pergunto porque os verdadeiros culpados ainda não foram presos, mesmo depois de comprovar a culpa de cada um.

— Isso está longe das minhas mãos, Diana, sinto muito. — Ele falou sincero.

— Eu também sinto. — Ela sentou-se no chão. — Sei que você não pode fazer nada quanto a isso, mas, se por acaso tiver alguma informação que possa me ajudar, farei de tudo para seguir as leis do país e dar a verdadeira justiça para aqueles que aguardam por ela.

Trevor ficou em silêncio e Diana concluiu que não havia nada que ele pudesse ajudar. Embora sentisse que a verdade fosse outra.

Ela se levantou e estendeu a mão para Trevor, selando um acordo de paz, onde os dois voltariam a buscar a amizade que tiveram antes. Diana queria que tudo ficasse bem, mas agora Trevor trabalhava para pessoas com influências e tinha acesso a lugares que poderia vir a ajudar, mas também ser um pesadelo no futuro.

Quis acreditar que aquela era uma verdadeira oferta de paz, já que ela tinha por ele mais do que o sentimento de amizade. Foram cúmplices e um casal por algum tempo. Isso deveria valer de alguma coisa.

Trevor novamente disse que estaria lá para o que ela precisasse, e Diana sorriu.

 ***

Diana terminou o banho e enrolou-se numa toalha de algodão. Ela estava em sua suíte, na Torre da Liga da Justiça, onde acabara de chegar de uma longa missão. Precisou se ausentar de suas funções como Embaixadora por algum tempo, deixando os trabalhos em mãos confiáveis.

Estava em tão boas mãos que, assim que se vestiu, precisou de algumas horas sentada na cama para ler tudo o que havia acumulado nas últimas seis semanas.

Exausta e com fome, ela decidiu tirar um tempo para relaxar. Era madrugada, isso no horário de Washington D.C., a Torre estava tranquila e Diana caminhou pelos corredores até a cozinha.

As refeições na Torre era muito balanceada e cada um possuía uma rigorosa tabela nutricional. Entretanto, Diana estava a procura de algo mais recreativo, como um sorvete ou qualquer coisa que pudesse colocar dentro do pão e fazer uma mega sanduíche. A cozinha era iluminada por uma luz de emergência, então ela não achou necessário ascender todas as luzes do ambiente.

Logo que terminou a refeição, ela organizou toda a bagunça que fez, não resistindo ao sorvete de pistache.

As luzes da cozinha se ascenderam, pegando-a de surpresa. Diana não espera encontrar Batman naquele momento. Já fazia alguns meses desde que eles se viram, desde então, estavam sempre muito ocupados para uma conversa fora dos trabalhos da Liga.

— O queijo acabou, já vou avisando. — Ela falou, puxando uma cadeira para sentar e terminar de comer o sorvete.

— Não vim para comer. — Ele respondeu, ainda em pé na entrada da cozinha. Ele olhou ao redor. — Acho que é a primeira vez que eu venho aqui.

— Não posso dizer que estou surpresa em dizer isso. — Ela continuou comendo o sorvete, sem preocupação com a dieta, ou com o olhar de Bruce.

— Esteve ausente por um longo tempo. — Ele puxou o assunto, sua voz rouca devido ao aparelho em seu uniforme parecia mais sombria.

— Sim, fomos em uma missão de paz, mas acabou que houve um golpe na família real e, você sabe... parece até ficção. — Diana não esperava que o Batman sentasse na cadeira em frente a dela, mas sentou. — E você, pelo o que soube, fez novos amigos.

— Eu não diria amigos. — Batman a encarava, sua máscara parecia ainda mais nebulosa naquele ângulo.

— Sim, é claro. — Diana ofereceu a colher para compartilhar o pote de sorvete. Não era todos os dias que via o homem morcego experimentar sorvete de pistache com uma colher. — Como vai o Robin? Eu precisei cancelar a visita que prometi, para falar mais sobre as amazonas. Queria me desculpar por isso.

— Ele sabe que você é uma pessoa ocupada.

— Mas ainda quero me desculpar. — Diana disse e Batman devolveu a colher para ela. Um silêncio frio se instaurou na cozinha.

— A mãe dele veio buscá-lo já faz algumas semanas. — Batman desabafou e Diana pode sentir um pesar em sua voz sombria.

— Sinto muito, Batman.

A conversa terminou de uma maneira que Diana não poderia culpa-lo, ele levantou-se e partiu após desejar boa noite e inventar uma desculpa sobre estar ocupado naquele momento.

Diana retornou para o quarto, desejou deitar e dormir, mas precisava primeiro arrumar a quantidade de papéis e livros sobre a cama. Quando finalizou, deitou e esticou a mão para apagar a luz do abajur. Encontrou um envelope.

Ao abrir, leu o convite para uma exposição que seria inaugurada em comemoração a uma nova sala no Museu de História de Washington. Uma sala especial destinada a história de Themyscira e as amazonas.


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Notas finais do capítulo

Já foram ver o filme da Mulher Maravilha no cinema? Eu fui na pre estreia e sai de lá querendo dormir abraçada na minha almofada da W W ♥ e foi o que fiz KKKKK

Até o próximo ^_^



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