Dracona escrita por potzdam


Capítulo 2
Primeiro Capítulo


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOI eu sei que eu demorei, eu sou um terror com datas e inspiração, mas juro que a história continua. É tudo questão de inspiração, então eu não estipulo data nem frequência, mas vou continuando
Enfim eu fiz o capítulo correndo pq foi BUM inspiração e BUM escreve para não perder. como tenho tendência a perder capítulos, vou logo postando aqui hahahahah
Então, meus queridos lindos leitores, espero que gostem, e que me perdoem por falta de responsabilidade dhajskd
Boa leitura ♥



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Primeiro capítulo.

 

O garoto de cabelos macios já não os tinha neste estado no momento, pois nem mesmo a suavidade de seus fios negros fora o suficiente para mantê-los em ordem naquele desembaraço. Caiam rubros e duros em seus olhos, um olhar tenso e penetrante que atravessava sua espinha e esfriava todo o interior de seu corpo. Porém, suas órbitas brancas tinham cor de sangue assim como seu nariz. Seu rosto sujo de terra, de fuligem, de líquido fluído do interno de um camarada, e de outro camarada, e de outro. E de água salgada que vinha de fora e de dentro. A nuvem cinzenta que o cercava não era visível, mas sim sentida. Ele queria se fragilizar, se entortar, cair de joelhos e explodir seus pulmões em uma agonia eletrizante e de alívio, porém se permitia apenas a terminar seu passo a passo robotizado que o levava ao seu inferno.

E o inferno o olhou de cima a baixo, baixo a cima, voz profunda e seca, desumana, asquerosa:

—O que traz em suas mãos?

O garoto que faltava um dedo para completar duas décadas, rasgou a garganta com a voz que lhe sobrara:

—Uma mão esquerda, um pé esquerdo. Uma cabeça e um sorriso. – com sua última fala, ergueu o olhar triste e encontrou o de seu superior repugnante.

Um estalo é ouvido e marcas vermelhas se fixam em uma pele já colorida de tralhas. Dedos formam o contorno de um tapa não merecido dado por um homem sem honra e outro que a transborda. Um joelho atinge o ponto sensível do garoto desafiador, que treme em seus suportes de carne e desaba como gelatina. A nuca do menor é atingida pela sola suja e mal cheirosa e os seus cotovelos como apoio se vão, e todo o seu corpo o trai. Seu rosto afunda na terra molhada e esculpe seu rosto de argila. A bota de couro o pressiona, fazendo com que se aprofundasse na invasão do solo.

—O que você tem para me dizer, verme maldito? – indagou seu superior em voz de ameaça.

A voz do menor em seu estado simplório de humilhação foi abafada por bolos de pedra fofa preenchendo sua cavidade da boca. Sua fala era consumida pela vontade de se expressar, mas a própria natureza o contrariava.  O outro, de pé e com pé sobre homem, soltou um ruído grotesco que não se assemelhava com nada, somente um rugido feroz de uma besta selvagem. Sua risada era desumana e tudo mais que o formasse também era – seus lábios, sua voz, sua aparência, seu jeito, suas vontades.

—Não entendi, você está tentando gozar comigo? Fale-me! – ordenou, empurrando com força o pescoço de seu subordinado, a intensidade do ato aumentada. O menor, sufocado, só conseguia surtir o mesmo efeito que lhe era permitido. Cuspir e engolir terra.

Ainda com seu riso maquiavélico importunado o ar fresco ao redor, mudou o tom de voz para uma descontração preocupante:

—Entendi, você está falando na língua de um verme fedido, não é mesmo, verme fedido? – cresceu o tom de voz, dobrando os ossos duros do joelho para se aproximar daquele em seu estado no chão, retirando o pé de seu membro fatal, causando uma instantânea e automática busca por alívio do moreno, que sugou o ar e fez som de necessidade. Um assobio desesperado. O seu inferno, diante ele, agarrou seus fios secos rubros, erguendo brutalmente o rosto do menor para que contatasse o seu olhar. Em tom de ameaça, em um sussurro caótico e arrepiante, perfurou todas as resistências do outro:

O que você tem para me dizer, verme?

Com relutância, a voz fina do outro respondeu à agonia.

Não desacreditar. Não desobedecer. Não desafiar. Não desmerecer. São os cinco Ds que ultrapassam os inimigos de Deus.

Com isso, lançou a cabeça do menor para a terra novamente, satisfeito. Ergueu-se orgulhoso e deixou o desafortunado em sua desfortuna. E como ultimato, quebrou em segunda partida o ar ameno e inocente com sua voz insultadora:

—Não me desafie. Você não é ninguém para tal. Ficará trancafiado por dois dias sem poder se alimentar, e quero que queime esse corpo e seu tão miserável sorriso.

E afastou seu passo galante. Seu riso bestial e seu inferno consigo.

 

...

 

Já fazia dois sois e duas luas desde seu último consumo de sustentos e Monkey D. Luffy aprendera matemática de um modo inusitado. Contava os segundos somente para se entreter, pois sabia que em um momento entre aqueles números algo de bom aconteceria. Tentava ocupar a mente com fotografias que não o remetessem a tragédia, a explosão mortal ou um grito desnecessário de um soldado. O moreno tinha o odor asqueroso de sangue de inimigo e de rosto desconhecido, de morte injusta de alguém que ele mesmo julgou. Tinha a pele original clara mas sua face era da cor do chão sob si. Luffy aparentava sujo mas nem mesmo a aparência era o suficiente para ofuscar sua pureza e sua limpidez. Podia ser obscuro e vingativo, mas se apoiava no amor intenso da fraternidade, e nada dessas coisas o definiam. Luffy é a flor que nasce em meio às pragas. É o sol do caos e infinitude da escuridão.

Trancafiado em seu dormitório, dialogava com seu estômago que tinha voz, vida e opinião. Chegara ao ponto de se distrair quando a fechadura deu um pequeno estalido metálico, anunciando alguma entrada. Suas iris se teletransportaram para a direção da porta que se abria em velocidade retardada. Aparentava ter lentidão proposital em função de um anunciador sádico.

— A ceia será servida, e o senhor Monkey D. Luffy está permitido a participar.

A tábua movediça de tronco de árvore nem pôde desfazer seu serviço de abertura quando um desesperado e faminto garoto simplório corria para o refeitório de Esparterra. Um salão de um quarteto de paredes, sua altura gigantesca e sua aparência monótona e deselegante, preenchida de enormes troncos grossos de madeira cortados ao meio, e seus vértices e seus pontos médios eram ocupados por vigias carrancudos. Anunciou sua chegada com um grande berro de felicidade ao se juntar a um de seus melhores amigos na grande mesa repleta de alimentos esquisitos – mas Luffy já estava acostumado a viver deles.

Era popular, o menino Luffy, entre os novatos que se promoveram a Esparterra naquele ano. Tinha a fama de invencível e realmente era. Exalava infantilidade e inocência, portanto era constantemente subestimado. Era a alma viva daqueles homens miseráveis – mal sabiam eles que era Luffy quem se apoiava em suas amizades.

Após um grande escarcéu de alimentação exagerada, que ocasionou uma barriga voluptuosa e uma satisfação evidente, soltou o suspiro de vitória. Ao seu lado, Vinsmoke Sanji depreciava os hábitos de alimentação do outro, mas não reclamava – jamais deixaria alguém por tanto tempo sofrer de fome. Compreendia o ato.

—Ne, Luffy, eu não sei se você sabe, mas os pergaminhos foram atualizados. Pudemos ver o que se passa nos reinos. Fomos permitidos.

O moreno balançou a cabeça, parecendo interessado:

—Não leio pergaminhos, mas me deixe por dentro, shishishi.

Com um sorriso torto, o nobre louro colocou a papelada sobre a mesa, arrastando sua superfície na direção do rosto de Luffy. O menor inclinou o corpo, em primeira mão um homem louro de cabelos ondulados e rosto cicatrizado sorria sincero, olhos brilhantes e felicidade estampada. O garoto o conhecia muito bem, e seu peito logo se afundou em emoção em empolgação ao entender o que se passava. Era seu irmão, aquele livre homem.

Como título, letras berrantes garrafais se mostravam exaltadas:

 

DRACONA – Terra dos Libertos.

 

—Já se passaram cinco anos, Luffy, desde que Sabo se foi.

Os olhos do moreno se encheram de sentimentos em uma expressão de esperança à liberdade. Lançou aquela energia para seu amigo, e constatou, extasiado de emoção:

—Isso quer dizer que, finalmente...

Sanji confirmou, a mesma felicidade lhe preenchia.

—Sim, Luffy. Após cinco anos de espera, finalmente a convocação para Dracona terá seu início.


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Notas finais do capítulo

BOOOOM, o que acharam? Mandem suas críticas nos comentários, ein, me agrada muito!! Beijosssss, até mais!



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