Caminhos escrita por TAYAH


Capítulo 13
Barreira quebrada - Regina


Notas iniciais do capítulo

Olá querids, eu Monique Tayah tenho uma pequena declaração sobre algo que talvez seja bobo para vocês, mas que para mim é importante. As modelos que usei para eu fazer Sarah e Elise pequenas são Thylane Blondeau (Elise) e Kristina Pimenova (Sarah). Nos dias atuais Thylane tem 17 anos e a Kristina tem 12. Quando eu comecei Caminhos em 2016 Thylane estava com 14 e Kristina com 10... eu até conseguia usar as fotos da Thylane para ser Elise, mas as da Kristina não dava e ainda não da... MAS... esses dias eu encontrei uma menina que é muito parecida com a Kristina, a Anastasia Bezrukova que tem 14 anos. E com algumas fotos eu consegui fazer uma nova capa...
Agora porque eu tô falando isso tudo? (se é que alguém leu kkk) É que antes com as outras meninas eu não sentia elas sendo as minhas Sarah e Elise, eu não conseguia ver as meninas que eu tinha escolhido por falta de opção... mas agora olhando para minhas filhas de verdade eu me sinto muito mais feliz e orgulhosa da fic. Bem é isso...

Tentei colocar as três capas que fiz, mas não tive sucesso, posso apenas postar uma foto por vez, então vou postar a capa que tem somente as meninas. No capítulo 1 dessa fic aqui eu mudei a foto que mostro as meninas... Na capa principal da fic eu também já fiz a mudança... Chega de enrolação.

Boa Leitura!



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Caso não consiga ver: https://liberese.tumblr.com/post/173676096048 

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— Eu te beijar?! Nunca! – Emma fingiu desdém comprimindo o sorriso.

— Ah... Então... eu vou subindo – ameacei a soltar que me prendeu pela cintura de imediato.

— Não vai não...

Emma sorriu de um jeito único que fez todos os meus órgãos tremerem, molhou seus lábios, segurou com uma das mãos em minha nuca e me beijou com toda a sua vontade. Um beijo lento, quente, molhado... um beijo com encaixe, ritmo e sabor... tudo com ela era daquele jeito, eu estava começando a ficar mal acostumada... eu não ia mais conseguir viver sem aquilo... eu já estava ciente do preço que eu ia pagar por toda aquela magia que se chamava Emma Swan.

Os dias se passaram e cada vez mais eu me vi naquela família, eu me sentia parte de cada um deles. Teve momentos em que estávamos os cinco juntos, que eu até me esqueci que nada daquilo era meu. Me esqueci que as meninas logo iriam embora e que sabe se lá como que ficaria a minha relação com Emma. E o Henry? Será que ele iria querer continuar a morar ali comigo depois que todos partissem? Quando fossemos só eu e ele?

Minhas inseguranças eram reais e bem próximas de acontecerem, já aquele conto de fadas ali, onde Emma e eu tínhamos um relacionamento e três filhos, aquele sim era irreal.

Nos três dias que se passaram, Emma foi até a mansão todas as manhãs para tomar café com a gente. Na quarta Emma levou o almoço até o meu trabalho, depois de comermos naquele maravilhoso clima de sedução e sorrisos aproveitamos os minutos que nos sobraram para nos pegarmos como adolescentes no sofá da prefeitura. Naquele mesmo dia no fim da tarde eu me certifiquei que não havia ninguém na delegacia além de Emma e passei lá para nos beijarmos mais uma vez.

Na quinta depois do café na mansão, as crianças resolveram sair mais cedo de casa, o que deu a chance para Emma e eu nos pegarmos na cozinha antes de irmos trabalhar, aquela quinta foi vivida muito bem depois de fazer Emma perder as forças em minhas mãos. Naquele mesmo dia à tarde, por um acaso Emma e eu nos encontramos no mercadinho, aquele encontro foi de fazer borboletas voarem em meu estomago.

“ - Senhora Prefeita – Emma me cumprimentou com formalidade, mas não deixou de me olhar dos pés à cabeça.

— Xerife Swan – Eu fingi autoridade com um pouco de desdém, mas também a desejei com os olhos.

 

Enquanto andávamos de um lado para o outro no mercadinho nos olhávamos como se fossemos nos agarrar a qualquer momento. Aquilo era tão instigante que eu estava quase fazendo uma loucura.

Depois de pagarmos cada uma suas compras, irmos com calma para o estacionamento ao lado como apenas meras conhecidas, assim que saímos da vista das pessoas eu não resisti, imprensei Emma contra a parede e lhe beijei ao céu aberto e a luz do dia. Foi um beijo rápido, mas cheio de emoções.

 

— Você é louca! – Emma sorria com a respiração alterada ao olhar ao redor.

— Só descobriu isso agora, Swan? – Fui em direção ao meu carro ajeitando minha roupa com a mão livre.

— Posso ir jantar com vocês hoje? – ainda encostada a parede.

— Adianta se eu disser que não? – Me virei só para ver sua cara de insatisfação com minha resposta, sorri ao ver o que queria o que a fez revirar os olhos.

 

Emma se aproximou de mim por trás e falou em meu ouvido

 

— Se eu não for eu sei que você vai parecer no meu quarto...“

O jantar naquela quinta foi divertido e eu contei a eles um pouco sobre como tinha sido a minha infância feliz, a infeliz eu deixei de lado. Infelizmente Snow não estava se sentindo muito bem e Emma teve que ir embora assim que terminamos de comer.

Na sexta almoçamos os cinco no Granny’s, mas como só comemos as três da tarde, não tivemos aquele monte de curiosos. Quando o trabalho acabou naquela sexta, as crianças foram me buscar e ainda me fizeram ir buscar Emma na delegacia. Juntos fomos para minha casa, escolhemos filmes, pedimos pizza e ainda praticamos um pouco de magia com Henry e Emma. O dia foi ótimo e se fechou com chave de ouro quando fui deixar Emma na porta...

 

“- Foi impossível ficar a sós com você hoje. – Emma falou baixinho para que nenhum dos fofoqueiros lá em cima pudesse ouvir caso tentassem.

— Foi tão difícil não ter te beijado hoje no almoço que eu estou quase pedindo para você ficar... – Emma e eu ainda não tínhamos de fato feito de tudo, com direito a cama, dormir e acordar juntas, eu até queria, mas existia um medo inexplicável para ainda não termos consumado aquilo ainda.

— Você quer que eu fique? – perguntou como uma criança feliz.

— Não, Emma, eu quero que você vá para sua casa. – tentei não parecer grosseira.

— Tá... – Ela fez aquela cara triste que só ela... na verdade que só ela e os três lá em cima sabiam fazer... o que me deu vontade de apertar Emma, mas em vez disso a beijei, mas de um jeito diferente das outras vezes, foi com calma e carinhoso, tentando aproveitar cada pedacinho da sua boca sem pressa, sem nenhuma pretensão sexual, apenas tentando prolongar as boas sensações que aquilo me causava."

Sábado de manhã e o meu relógio biológico me tirou da cama no mesmo horário que todos os outros dias. Passei pelo quarto de Henry e estava vazio, passei pelo quarto onde as meninas estavam hospedadas e também estava vazio, fui até a sala de TV e lá estavam os três dormindo na cama improvisada que tínhamos feito. Eu havia pedido para eles não dormirem lá, mas ao ver os três juntos, um com a perna em cima do outro, eu me senti tão feliz que em vez de ficar chateada com a bagunça e a desobediência eu fiquei foi me sentindo uma mãe bobona com aquela cena tão única.

Fui quase correndo até meu quarto e peguei uma câmera que quase nunca usava, voltei a sala de TV e fotografei aquele momento tão especial. Em breve aquilo não iria mais existir, eu tinha que guardar aqueles momentos... Sorri feliz ao tentar memorizar aquela cena e desci para o meu afazer número um daquele dia, colher minhas maçãs.

Com calma e com toda a tranquilidade que eu estava sentindo eu cumprimentei minha macieira, posicionei a cesta ao chão e comecei a recolher as maçãs. Eu em toda a minha vida nunca tinha as visto tão vermelhas e tão cheirosas.

— Mãe? – Elise se aproximou rouca de sono, praticamente ainda dormindo, de pijamas, descabelada, coçando os olhos.

— Bom dia, princesa, achei que fosse dormir até mais tarde hoje.

— Bom dia... – sua voz saiu manhosa ao se aproximar ainda mais – mas hoje é dia de colher maças, porque não me chamou?

— Ah... desculpe querida... – Elise sorriu sem jeito ao tirar o cabelo da cara e tentar abrir mais os olhos. – eu não fazia ideia que você queria me acompanhar.

— Como assim? A gente sempre fez isso juntas... – Ela me encarou confusa por alguns segundos até que sua expressão mudou para uma leve tristeza. – Ah... droga... eu... eu juro que por um momento eu achei que estava em casa... nossa foi tão real eu estar em casa agora... – arregalou os olhos e soltou o ar como se finalmente acordasse – nossa, que saudades das minhas mães, do meu irmão, do meu quarto, da minha vida... – eu a abracei de lado tentando consola-la que sorriu com sinceridade para mim. – eu não estou reclamando de você ok? – eu a soltei – eu na verdade sou muito grata por você ter nos acolhido como nossa própria Regina acolheria.

— Se eu sou ela não teria como ser diferente... vocês não são minhas de verdade, mas meu coração as tem como... e eu que sou grata por terem vindo até aqui... olha só para elas... – eu apontei para as maçãs – elas nunca estiveram assim antes... e eu sei que elas são um reflexo de mim... e se elas estão tão lindas e cheirosas é por vocês... vocês me trouxeram uma felicidade que eu nem sabia que existia...

— Na verdade a partir do momento em que Emma apareceu na sua porta aquele dia em que Henry a foi buscar – voltei a colher as maçãs sabendo que lá vinha aquele papo de novo – ali quando você olhou para ela – Elise começou a me ajudar, mas sem parar de falar – ali você soube que a felicidade que você tanto esperou sua vida toda ela existia e estava querendo entrar a força pela porta da frente... – revirei os olhos para aquela parte – nem adianta fazer essa cara que é verdade, se você está feliz comigo e Sarah aqui... você sabe que essa sua felicidade é também por ter a certeza que deu certo, que você e Emma deram certo...

— Em uma realidade que não tem nada a ver com essa... – menti mais para mim do que para ela, eu estava apaixonada por Emma, mas... casar e ter duas filhas? Final feliz? Difícil de acreditar que aquilo era possível para mim.

— É mãe – ela revirou os olhos – Regina... – corrigiu.

— Você sabe que pode me chamar de mãe... eu gosto – confessei.

— Por isso mesmo que não vou mais cometer esse erro.

— Que? porquê?

— Se você quer uma Elise, faça você mesma uma com a Emma. – Ela falou séria e até um pouco brava, o que a fez rir da minha cara. Ficamos em silencio por alguns segundos até que Elise se aproximou de mim. – Eu te amo mãe da outra realidade super cabeça dura. – Saiu natural e verdadeiro me pegando completamente de surpresa. Fiquei parada sem reação a olhando, que mais uma vez sorriu achando graça. – Está tudo bem... eu sei que você também me ama – ela deu um beijinho em meu ombro e foi em direção a cesta com as maçãs.

Colhemos o resto das maçãs maduras com Elise me contando sua conexão com as árvores de Nárnia, em como lá era diferente, que foi por isso que ela e Regina construíram essa relação com a macieira.

Elise subiu para chamar Henry e Sarah para o café, já eu fui prepara-lo.

Durante todo o café eu fiquei esperando que Emma aparecesse ou ligasse ou qualquer coisa, mas nada, nenhum sinal dela... por algum motivo Swan não ter aparecido para o café como nos últimos dias me fez ficar chateada... eu estava literalmente mal acostumada com a presença de Emma Swan o tempo todo... só não fui busca-la com minha magia... bem eu não sabia ao certo o motivo de não ter ido... se foi por raiva, tristeza ou orgulho, sei lá... mas eu não fui e também não iria... talvez eu tenha mesmo ficado triste por ela não ter aparecido para o café.

 - Ah, nós não te contamos... – Sarah chamou minha atenção. – Ontem eu e Elise fomos até o Rumple, e bem...

— Vocês o que? – Eu a interrompi.

— Calma... – Elise pediu.

— É, calma que deu tudo certo, a gente foi lá resolver a coisa da memoria da Belle, ele estava preparando algo para você, alguma vingança pelo o que fez com a Belle, mas a gente resolveu tudo, demos a memoria dela de volta e fizemos um acordo para deixar você livre.

— Um acordo? Um acordo?! – Eu fiquei bem irritada e preocupada com aquilo. – Eu não acredito que vocês foram tão tolas em fazer o acordo com ele!

— Calma Regina, a gente sabe lidar com ele. – Elise estava calma e aquilo me deixou ainda mais nervosa.

— Não! Vocês não sabem!

— Regina... – Sarah pegou em minha mão. – É sério, está tudo bem e mesmo se não tivesse a gente daria um jeito ok?

— Vocês não entendem? Virá com um preço e vocês vão pagar por isso! Eu não posso simplesmente deixar que vocês se machuquem! – Eu ia me levantar para ir atrás do Rumple, mas Sarah me segurou e me colocou de volta ao banco da cozinha.

— Não precisa ficar tão nervosa ok? Ninguém vai se machucar e mesmo se surgisse um preço a ser pago, a gente de verdade consegue ligar com isso. – Sarah tinha serenidade em sua voz e olhar.

— O que foi que ele pediu em troca? – Perguntei ainda irritada.

— Nada demais. – Sarah ainda segurava minha mão – Ele apenas queria saber quem eu e Elise éramos, de onde viemos.

— E vocês contaram?

— Sim, né?

— Eu não acredito que... – Elise me interrompeu.

— Regina! Sério, tá tudo bem, na verdade está mais que bem... ele estava tramando algo contra você e agora não está mais, Belle está com suas memorias... então deu tudo certo!

— Mas vocês... – Sarah interrompeu.

— Mas nada ok? Vamos esquecer isso e focar no que vamos fazer nesse sábado tão lindo!

— Não consigo pensar em nada agora, vocês não deveriam...

— Mãe... para... – Elise sorriu com carinho. – Vamos, levanta dai! Vamos nos arrumar! Vou ligar para Emma e pedir para ela vir para cá.

— Porque vai pedir para ela vir para cá?

— Como se você não quisesse né? – Sarah comentou com sarcasmo.

— Só ignora ela fingindo que não sentiu falta da Emma no café. – Elise falou para a irmã. – Mas eu vou ligar porque acabei de decidir tudo que vamos fazer hoje!

— Já? – Henry pareceu surpreso.

— Como assim Elise? – Sarah.

— Vamos até o haras, pegar uns cavalos, cavalgar até a ponte Toll, dai a gente almoça lá e passamos um tempo, depois cavalgamos até as docas, Sarah faz um show para gente... e depois... depois... – Elise ficou pensando o que fez Henry prosseguir.

— Depois a gente leva os cavalos de volta para o haras e voltamos para casa.

— Show? – eu realmente não entendi.

— É, lá em casa quase toda sexta eu faço um show para os moradores, é bem legal...

— Ah é você falou que toca piano... – Henry lembrou.

— Mas o show de hoje vai ser só para família, nada de grandes plateias – Elise.

Assim que Emma bateu na porta nós partimos direto para o haras. Eu ainda estava confusa com todos os planos que Elise tinha feito. Emma perguntou o que íamos fazer, mas as crianças resolveram fazer mistério... enquanto Swan ficou o caminho todo tentando tirar algo deles e de mim, eu fiquei apenas rindo com as caras de bocas que ela fazia. Quando Henry, Elise e Sarah resolviam implicar com Emma, os quatro pareciam simplesmente terem a mesma idade... e eu infelizmente achava aquilo uma graça.

— Chegamos! – Elise estava tão feliz, que quase era possível ver luzes saindo de todo o seu ser.

— Cavalos? – Emma perguntou mais assustada do que surpresa. – Vocês estão de brincadeira né?

— Não, porque estaríamos? – Elise se ofendeu.

— É-é... eu não... – Emma ainda estava mais assustada do que qualquer coisa.

— Ah... é verdade! – Sarah lançou um olhar calmo para Emma e para Elise. – A nossa mãe só aprendeu a cavalgar de verdade na floresta encantada, quando ela conheceu Ciena...

— É mesmo... mas... – Elise ficou meio chateada.

— Ciena? – Emma tirou as palavras de minha boca.

— Cinea é... ou era, não sei se ela ainda tá viva eu espero que sim... enfim... ela foi uma égua muito especial – Sarah explicou – ela na verdade era um unicórnio alado, que junto a Razago, outro unicórnio alado e o nosso Henry... juntos os três salvaram a vida da nossa Emma... mas isso foi antes de nós nascermos.

— Tá... mas eu aqui, não vou andar em cavalo nenhum nem se eles forem unicórnios alados brilhantes!

— Para! Nós vamos sim! Você pode ir com algum de nós. – Sarah resolveu.

— Não, não mesmo! Eu prefiro ficar só olhando! E nem adiante me olharem assim... não vão me convencer, nem mesmo com magia!

— Porque você tem que ser tão teimosa em, Swan? – Elise reclamou.

— Olha aqui projeto de Regina eu não vou andar em cavalo nenhum e tá decidido! – Emma cruzou os braços e desafiou Elise com o olhar, que revidou a altura. E mais uma vez eu achei aquilo fofo e tive vontade de apertar as duas... eu precisava dar um jeito naquela minha insanidade.

— Emma... – Eu resolvi me pronunciar – Não é nenhum bicho de sete cabeças, ok? – Emma apenas negava com a cabeça, mas ela estava apenas com medo. – Do que exatamente está com medo Swan?

— De morrer? – Todos riram – Ué, morrer em cavalos não é nenhum absurdo, pela história que sei, Mary Margaret teria morrido se não fosse você. – Apontou com a cabeça em minha direção.

— Se eu salvei a vida da sua mãe, isso me coloca no patamar de pessoas confiáveis em questões de cavalos, certo? – Emma deu de ombros como um sim – Então está decidido, você vai comigo no mesmo cavalo.

— Não. – Ela ainda tinha os braços cruzados.

— Tá tudo bem, mãe, não vamos apostar corrida nem nada – Henry tentou encoraja-la – Vamos só passear até a ponte Toll, ok?

— Só isso mesmo? – Perguntou diretamente para mim, que apenas afirmei com a cabeça, o que fez Emma voltar a olhar para as crianças. – Olha, eu aceito com a condição de vocês pararem com os segredos e me contem o que planejaram para hoje.

Henry contou os planos para Emma. Depois de fazer Swan ficar mais tranquila fui até o meu cavalo, Henry até o dele, já Elise e Sarah que achei que eu teria que escolher para elas, foram direto em cavalos específicos... e mais uma vez eu as vi completamente parte de mim, como a família que cada vez mais eu queria ter.

Elise foi a primeira a montar, subiu rápida, prática e saiu com pressa dos estábulos. Sarah e Henry foram logo atrás, também felizes e animados.

— Pronta, Swan? – Perguntei ao puxar meu cavalo para fora do estabulo.

— Não...

— Tudo bem... – me aproximei dela – não precisa ficar assustada... – peguei em sua mão e a puxei para perto do cavalo – Esse aqui é o Boris, Boris essa aqui é a Emma. – Coloquei sua mão sobre ele. – Viu, tá tudo bem. – Sorri ao vê-la relaxar e fazer carinho em sua crina. – Mais calma?

— É... – Ela soltou o ar.

— Então vamos... – Apontei levemente com a cabeça em direção a saída, mas Emma ficou me olhando com um meio sorriso como se esperasse mais alguma coisa. – Que foi, Swan?

Emma sorriu tão gostoso que não tive como manter a pose, eu derreti e sorri de volta. Com um pouco de urgência ela invadiu meu espaço, me pegou pela cintura e beijou minha boca. Sorri no meio do beijo, feliz como se não a beijasse há muito tempo... até a raiva que eu estava por ela não ter ido tomar café com a gente desapareceu. O beijo não durou muito, mas foi o suficiente para me deixar despenteada, sem folego e querendo mais.

— Emma, tente controlar suas mãos em meus cabelos quando estivermos em situações como essa... – Ordenei ao subir em Boris.

— Desculpe, Regina, mas é meio impossível de pensar quanto você está me beijando.

— Eu sei que você não lida bem com seus impulsos, mas eu sei que consegue. – Impliquei, o que a fez revirar os olhos – Vem! – Estendi a mão para que subisse. Com dificuldade ela conseguiu e me abraçou por trás colando nossos corpos, cheirou minha nuca e beijou meu ombro. – Sem gracinhas, ouviu?

— Tipo? – Ela começou a subir uma das mãos, eu a interrompi.

— Se tentar me apalpar, Swan, eu te deixo cair do cavalo. – Falei séria que de imediato colocou suas mãos de volta em minha cintura. De fato eu só queria mostrar que ainda tinha algum tipo de controle sobre tudo aquilo que estava desgovernado em mim.

— Deixa mesmo? – Ela sussurrou em meu ouvido ao descer a mão e apertar meu sexo sobre a roupa...

— Emma... – Seu nome saiu quase como um gemido – É sério... – Coloquei sua mão de volta em minha cintura. – Se você tentar qualquer coisa, eu vou me desconcentrar e posso mesmo deixar nós duas cairmos... então, sem gracinhas! – Emma soltou o ar preso a contragosto.

Logo alcançamos as crianças. Elise cavalgava rápido a nossa frente, depois voltava, depois ia novamente. Já Henry, Sarah e eu mantemos nossos cavalos à passeio aproveitando cada momento. Emma estava tranquila e vez ou outra tirava suas mãos de mim para aproveitar ainda mais a liberdade.

Cavalgar é uma das coisas que mais amava no mundo e estar ali com os quatro era... era de fazer meu coração quase explodir de tantos sentimentos... sentimentos que eu já nem tinha como explicar.

O passeio foi longo e agradável, foi como estar em um sonho bom e ainda tive Emma abraçada em mim por quase todo o tempo... ter aquele contato na frente das crianças foi uma grande barreira quebrada para mim, por mais que aquele abraço fosse apenas por estarmos nos mesmo cavalo, para mim foi diferente e posso acreditar que para Emma também.

Ao chegarmos a ponte Toll, amarramos os cavalos em árvores e descemos até o local onde Snow e David costumaram se encontrar quando ainda estavam amaldiçoados.

— Algum motivo específico por ter escolhido esse lugar, Elise? – Emma.

— Ah... é um lugar bonito, com uma história legal dos meus avós e é afastado, aqui ninguém vai ficar olhando para gente como se fossemos de outra dimensão.

— Mas a gente é. – Sarah revirou os olhos

— Eu sei né?

— Tá, mas e agora? – Henry perguntou as meninas.

— Agora vamos fazer esse pic-nic virar realidade – Elise olhou para a irmã e para mim, incrivelmente eu entendi sua mensagem, era para fazermos magia juntas.

Com calma e muito carinho fizemos juntas um super pic-nic surgir.

— Eu acho que ninguém está com fome ainda... – Sarah afirmou olhando para cada um esperando por respostas, todos concordamos com ela. – Então vamos nos divertir! – Ela encantou a comida para ficar como estava e em seguida fez uma bola surgir em sua mão.

Como que era possível as coisas fluírem tão bem em uma harmonia sem fim? Até as briguinhas e discórdias eram harmônicas, eu nem sabia que aquilo era possível... Se aquilo era realmente o verdadeiro significado de final feliz, eu estava começando a querer batalhar para que fosse meu.

Depois de brincarmos com a bola em um momento em que tentávamos decidir se comeríamos ou se fazíamos algo mais, Sarah, Elise e Henry começaram a imitar Emma. Aquilo foi o fim para mim, eu não consegui me segurar e taquei várias bolas de ar neles, o que os fez rirem de mim, enquanto Swan ficou com aquela cara de confusão apenas assistindo tudo... as crianças não satisfeitas com minhas bolas de ar continuaram a imitar ela e depois começaram a me imitar... eu não me contive e fui para cima deles misturando cocegas com abraço e apertos... tudo aquilo me deu muito nervoso de tão fofo, eu estava cada vez mais entregue, em breve eu teria perdido a minha batalha e me entregaria de corpo, alma e coração.

Depois da guerra de travesseiros que as meninas fizeram surgir quando estavam sendo atacadas por mim, nós resolvemos comer e descansar.

Sentados em silêncio após termos comido, Sarah deitou na perna da irmã, o que fez Elise deitar e apoiar a cabeça em seus próprios braços, o que deu a liberdade de Henry deitar na barriga de Sarah. Emma e eu nos olhamos e sorrimos para a cena dos três que pareciam irmãos de verdade...  sem que eles pudessem ver eu apertei rapidamente a mão de Swan, que sorriu ainda mais feliz para mim... Ali naquele momento eu só desejei poder fazer o mesmo que eles três, desejei não ter aquele receio em tocar Emma sem que ninguém visse... eu só queria ser a Regina que deu a luz a Elise e Sarah.

Como se Swan tivesse lido meus pensamentos ela deitou em meu colo fazendo os três olharem para gente, de imediato meu coração disparou, mas o sorriso de todos eles fez com que eu me sentisse confortável e agradecida por Emma ter tomado aquela iniciativa.

Eu soltei o ar e olhei para Emma, ela era tão linda, tão única, tão especial... sorri para ela e fiz carinho em seu cabelo sem medo, eu não queria mais sentir medo, eu queria ser livre para viver tudo aquilo que eu estava sentindo.

— Ding dong, ding dong – Elise e Sarah deram um pulo ao ouvirem a criatura sair de trás da moita, Henry quase caiu, já Emma levantou assustada – não precisam mais correr logo vão lhes socorrer – Aquela coisa parou a nossa frente ele era mesmo bem bizarro – Ding dong, ding dong, o laço está amarrado e o destino foi traçado... ding dong, ding dong guardem tudo na memória que logo isso será história. – E desapareceu em uma fumaça bege.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Por favor me falem! Sobre o cap, sobre as capas, sobre tudo!!!



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