Caminhos escrita por TAYAH


Capítulo 11
Orgulhosa - Regina


Notas iniciais do capítulo

Aposto que vocês duvidaram que eu postaria de novo hashahshahs...
Quero agradecer por ainda ter gente lendo minha fic, isso é melhor do que eu poderia imaginar.

Bem, boa Leitura.



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 Fechei os olhos, molhei meus lábios lentamente e saboreei o gosto que Swan havia deixado em mim. Meu coração acelerado, junto com minha respiração levemente alterada me fizeram sorrir sozinha... o que eu estava fazendo e o rumo que levariam aquelas escolhas loucas eu não fazia ideia, mas de uma coisa eu já estava ciente... dos meus sentimentos por Emma Swan... está certo que eu não conseguia nem ao menos dizer a palavra, mas eu sabia o quanto eu já estava naquele beco sem saída.

Respirei fundo com aquele sorriso bobo e idiota nos lábios, eu talvez em outra época não teria me permitido curtir aquela felicidade... mas as histórias de Elise e Sarah... o amor de Henry... os beijos de Emma... tudo estava de algum jeito me mudando... e eu podia sentir em mim a vontade de ser aquela Regina que teve um final feliz na vida de Sarah e Elise.

Sentei em minha cadeira ainda com aquele sorriso no rosto, olhei ao redor e tentei pensar em algo para me ocupar a cabeça, mas desisti assim que voltei a ver Emma em minha mente de todas as formas possíveis, eu desisti e resolvi que ia caminhar... sim apenas isso, caminhar enquanto deixava meus pensamentos livres de qualquer repressão minha, eu tinha literalmente me dado uma folga para sentir qualquer coisa.

Aquele tempo comigo foi melhor do que apenas deixar minha mente vagar... foi gratificante e ótimo para colocar algumas coisas em ordem... não só eu e meus sentimentos por Emma, mas também as meninas... elas só estavam na minha vida há uma semana... e eu sabia que elas teriam que partir um dia e isso era algo que eu já tinha que começar a me acostumar... eu ia ter que ser forte para dar o adeus as minhas filhas que nem eram minhas de verdade.

Parei na porta da escola e esperei apenas alguns minutos até que os três vieram.

— Mãe! – Henry me abraçou feliz, mas logo soltou dando a vez a Sarah.

— Que honra ter a senhora prefeita nos buscando na escola... – Sarah falou tão parecida com Emma que eu a apertei mais forte do que deveria. - Ai... – Ela reclamou rindo assim que eu a soltei. – Eu falei ou fiz algo parecido com a Emma? – Perguntou com travessura nos olhos no mesmo instante em que Elise me abraçou de lado e eu beijei sua cabeça.

— Como assim Sarah? – Perguntei fingindo não ter entendido.

— É que normalmente quando minha mãe me vê fazendo algo ou falando que nem a Emma, ela me aperta...

— Ou joga coisas na gente... – Elise completou sorrindo do mesmo jeito travesso que a irmã.

— Como assim ela joga coisas em vocês? – Henry achou estranho.

— Não é jogar tipo para machucar... ela fica com nervoso quando a gente parece muito com a Emma, ela acha muito fofo... sei lá... e simplesmente joga o que tiver nas mãos. – Elise explicou quando começamos a caminhar.

— Teve uma vez que a gente estava na sala de TV ai eu falei alguma coisa que a Regina achou tão parecido com a Emma, que ela tacou uma bola de ar em mim... – Henry e eu a olhamos sem entender, já Elise soltou uma risada. – Tipo, ela não tinha nada nas mãos para jogar em mim e como ela não ia me alcançar se esticando ela fez uma bola de ar com magia e tacou na minha cara... – Elise e Sarah se olharam e deram uma risada.

— Ai você fez uma cara igual a da minha mãe – Elise continuou a história – que foi o fim para Regina que não se aguentou, né? Ela foi para cima de você, praticamente se tacou... te apertou, te beijou, te fazer cosquinha... ai acabou que eu, Henry e minha mãe também nos juntamos e foi uma tremenda guerra de cosquinha que depois se transformou em briga de travesseiro...

— Eu tô com tantas saudades da Emma... – Sarah reclamou em tom baixo com Elise.

— Essa Emma ou a mãe de vocês? – Henry.

— Não sei explicar, é falta da Emma em si sabe? Da presença dela como temos a da Regina. – Ela se referiu a mim.

— Tipo... Você Regina, não é a nossa Regina... e por mais que a gente sinta falta da nossa Regina, nós temos você o tempo todo perto da gente desde que a gente chegou... mesmo que você tenha tacado fogo na gente quando nos viu a primeira vez...

— Desculpa por isso...

— Tá tudo bem, eu também faria o mesmo... – Elise sorriu – Mas a Emma... bem essa Emma também não é a nossa Emma, mas a ausência dela na nossa estádia por aqui... nas coisas que a gente faz... nos detalhes, como as refeições, as conversas... e até mesmo vir buscar a gente na escola... é estranho não ter ela com a gente da mesma forma que temos  você...

— E é ainda mais bizarro não ver vocês duas juntas em todos os lugares da vida. – Sarah falou e Elise concordou. – É como se tivessem...

— Se separado... – Elise completou meio triste.

— Eu nem imagino como vocês estejam se sentindo... – pensei por alguns segundos – e se vocês passarem mais tempo com a Srta. Swan. – Eu sugeri.

— Srta. Swan – Elise me imitou com deboche e riu.

— Mas ai teríamos saudades de você... – Sarah falou um pouco triste, Elise concordou com ela.

— Então... talvez possamos chamar a... Swan... – Eu falei para Elise que negou com a cabeça. – a Emma para almoçar com a gente hoje? – Eu enfatizei Emma fazendo Elise sorrir gratificante, já Sarah e Henry deram uma leve risada.

— Eu acho que a melhor ideia é chamar minha mãe para morar com a gente. – Henry falou com naturalidade fazendo meu coração quase ir na boca com aquela possibilidade.

— É claro, Henry, ai nos casamos, temos mais duas filhas e vivemos felizes para sempre. – Eu ironizei.

— Fica mesmo de deboche com o seu futuro, fica... – Sarah falou com travessura na voz.

— É majestade, debocha mesmo da nossa família que logo-logo ela será a sua também... – Elise falou do mesmo jeito que a irmã.

Eu sorri... sorri e deixei elas verem o meu sorriso envergonhado.

— Esse sorriso quer dizer que posso ligar para Emma e convida-la para ir morar com a gente? – Henry perguntou como as meninas com travessura na voz.

— Esse sorriso quer dizer que vocês falam muita bobeira... e que pode sim ligar para Emma, – Os três arregalaram os olhos. – mas para convida-la para almoçar com a gente no Granny’s.

— Depois do primeiro beijo das nossas mães o Henry perguntou para elas o que elas tinham decidido... e elas falaram para ele que a única coisa que elas sabiam eram que Emma ficaria para o almoço... talvez para o jantar também... – Elise sorria.

— Mas ai ela ficou para sempre... – Sarah sorria.

— Seria uma coincidência esse nosso almoço hoje? – Henry estava alegre e sorridente como as meninas. – Acho que não em mãe!?

— Vocês nem sabem se ela vai aceitar ir almoçar com a gente. – Falei com naturalidade como se ela fosse mesmo ficar para o jantar e depois para sempre, o que fez os três me analisarem. – Não... nada disso... tirem essas caras de vitoriosos que o que eu quis dizer foi... vocês estão ai falando um monte de bobeira e ainda não ligaram para Swan para saber se ela vai ou não comer com a gente... para que vocês não sintam essa tal saudade... Nada disso tem a ver com a questão Emma e Regina felizes para sempre da outra realidade.

Os três se olharam e sorriram como cúmplices, já eu revirei os olhos e sorri de canto para eles. Era realmente fofo a maneira com que Henry estava se dando bem com as meninas e ainda mais fofo e encantador as meninas serem tão parecidas comigo e Emma.

No caminho nenhuma das crianças conseguiu falar com a Emma, nem mesmo ligando para delegacia. Achei aquilo bem estranho, fiquei preocupada, mas o sentimento que mais se prevaleceu em mim foi tristeza... a tristeza de não ter Emma com a gente, ainda mais depois de toda a conversa e a minha própria expectativa de quem sabe ela ficaria sim para um jantar...

Quando entramos no Granny’s a primeira coisa que vi foi Emma... de imediato meu coração disparou, nossos olhos se cruzaram e um sorriso tomou conta de mim, mas ao ver Neal se aproximar e sentar próximo a ela minha alegria se foi, dando lugar a uma vontade quase incontrolável de tacar fogo naquele doador.

Emma levantou meio sem jeito e veio em nossa direção, seus olhos me pediam desculpas, mas eu apenas a ignorei desviando a atenção para outra coisa qualquer que fosse.

— A gente ligou para você a beça! – Elise reclamou.

— E para delegacia também. – Sarah.

— Eu esqueci o celular em casa e não fui trabalhar hoje... Aconteceu alguma coisa? – Senti que ela estava perguntado mais para mim do que para as crianças, olhei para ela de relance, sorri com deboche e sentei na bancada dando as costas para eles, mas próximo o bastante para poder ouvir.

— Não... tá tudo bem... – Sarah.

— A gente só queria te convidar para almoçar... – Elise era tão debochada quanto eu quando estava com raiva. – mas já que está com aquela... pessoa... não vamos te atrapalhar... sabe?! Então tchau-tchau Srta. Swan... – Ela sentou ao meu lado já pegando o cardápio.

Emma se colocou ao meu lado e se apoiou a bancada, encarou Elise e depois eu. Sorriu não sei de que e negou a com a cabeça.

— Regina e Elise... – Sua voz era baixa, calma e até um pouco feliz. –  Então, eu vim encontrar com o Neal porque ele queria falar sobre o Henry, ele quer fazer parte da vida dele... mas eu falei para ele, que tudo que é relacionado ao Henry eu não posso decidir sozinha, que eu preciso de você, Regina, para decidirmos juntas.

Meu coração ficou tão feliz com aquilo que eu não consegui controlar, eu olhei para ela e prendi a vontade de sorrir, mas mesmo com toda a raiva que eu estava eu acabei cedendo e sorri de leve para ela. Henry era mesmo nosso filho.

— Então você já pode mandar ele ir embora e ficar com a gente. – Elise falou exatamente o que eu queria dizer.

— Eu sei que nossas mães são nossas mães... mas ele é meu pai, poxa... – Henry falou chateado para Elise.

— Como se fizesse diferença na sua vida... ele não passa de um doador, um doador muito do chato por sinal... – Elise mais uma vez tirou as palavras da minha mente. Mas eu nunca diria aquilo ao meu filho.

— Elise?! – Emma chamou sua atenção.

— Pelo menos eu estou com minha família de verdade!

— Henry?! – Eu chamei sua atenção.

— Grande coisa essa sua família de verdade, sem minha ajuda... – Elise começou a se alterar, mas Sarah cortou ao jogar magia em cima deles, que pararam repentinamente fecharam os olhos por alguns segundos e voltaram a se olhar.

— Desculpa... – Henry e Elise falaram juntos.

— Vamos convidar ele para comer com a gente... – Elise sorriu sincera para ele que sorriu de volta.

— O que você fez? – Eu perguntei a Sarah.

— Nada demais... só um feitiço para verem a situação com clareza...

Henry convidou Neal para se juntar a nós no almoço, mas ele recusou para minha felicidade. Emma marcou com o doador de encontrarmos com ele no dia seguinte pela manhã.

Depois que Neal foi embora, sentamos em uma mesa ao fundo e eu me senti meio boba por ter ficado com ciúmes... é eu fiquei com ciúmes ao ver Emma com Neal... e aceitar aquilo... aceitar que senti ciúmes de Emma Swan... aquilo era mais que um grande passo para no final assumir algo bem maior.

Durante o café da manhã do dia anterior, tivemos muitas pessoas curiosas nos olhando, mas naquele almoço as pessoas pareciam ainda mais fofoqueiras, algumas até cochichavam espantadas ao verem nos cinco sentados como uma família. Mas aquilo não me abalou, na verdade eu me senti foi orgulhosa como se quisesse mesmo expor aqueles quatro para o mundo.

— Quer uma foto? – Elise perguntou para uma mulher que não parava de olhar, a mulher ficou com tanto medo que levantou e foi embora.

— Elise, não assuste meus clientes... – Ruby falou descontraída ao passar pela mesa.

— O que vocês vão fazer agora de tarde? – Emma perguntou para as crianças.

— Eu fiquei de fazer umas coisas... – Elise falou desviando o olhar.

— Fazer o que? – Perguntei.

— Ah... vou estudar na biblioteca...

— A verdade, Elise... – Emma.

— Ela vai encontrar com a Dora. – Sarah debochou.

— Sozinha? – Sim eu também tinha ciúmes das meninas... era como se eu não quisesse dividi-las com mais ninguém além de Emma é claro.

— Depois reclama que só o Levi é fofoqueiro... – Elise revirou os olhos.

— E você pretendia mesmo fingir que ia estudar sozinha na biblioteca? Fala sério. – Sarah revirou os olhos

— Mas porque Elise? – Emma fazendo a mãe era tão fofo. – Porque simplesmente não diz a verdade... qual o problema de ir encontrar a Dora?

— Isso é medo da minha mãe? – Henry se referiu a mim.

— Medo? Claro que não... mas é que... é porque Regina e Sarah são muito ciumentas e eu sempre fico me sentindo mal quando minha atenção não é cem por cento da família sabe? Como se fosse errado eu querer estar perto de outras pessoas.

— Você é mais ciumenta que a gente. – Sarah resmungou ao cruzar os braços igual a Emma, o que me fez instintivamente jogar um guardanapo em cima dela.

Sarah me sorriu como se eu contasse um segredo e negou com a cabeça. Ninguém além da gente tinha visto o que eu fiz.

— Regina sua mãe ou... – Henry.

— Minha mãe... – Elise respondeu a ele, mas virou para mim. - mas você aqui está quase do mesmo nível que ela.

— Mas querida... – Emma tinha a voz mansa – não há nada de errado em querer estar com outras pessoas... sua irmã e sua mãe só de amam demais, sabe?!... e você já sabe que quando amamos muito uma pessoa a gente sente esses ciúmes que muitas vezes é incontrolável... mas faz parte da vida... aposto que elas não querem que você se sinta mal e esconda as coisas delas...

— É disso que eu estava com saudades... – Elise que estava ao lado de Emma a abraçou feliz. – Obrigada – A soltou.

— De nada... – Emma beijou a cabeça de Elise e sorriu para ela.

— Se vocês forem assim o tempo todo eu nem vou sentir tantas saudades de casa, caso a gente nunca mais volte para nossas vidas reais. – Sarah também tinha ficado encantada com a forma que Emma havia falado.

— Então – Emma pareceu ficar sem graça então mudou de assunto – já que Elise vai encontrar a Dora o que vocês dois acham de fazer algo comigo? – Ela me excluiu do convite na minha cara, tive que forçar uma tosse, o que fez os quatro sorrirem felizes para mim. – O que vocês três acham de fazer algo comigo?

— Isso não é justo, se forem mesmo fazer algo juntos eu não vou ficar de fora, né? – Elise reclamou.

Naquele instante Rumple entrou pela porta do Granny’s chamando a atenção de todos. Ele olhou diretamente para mim, depois passou os olhos por todos que estavam em minha mesa, pegou um pacote com a Ruby e caminhou até próximo a nós. Ele não disse nada apenas nos analisou.

— O que que há velhinho? – Elise debochou, já ele a analisou com cautela, mas a ignorou se virando para mim.

— Brincando de casinha, querida?. – Rumple debochou.

— O que você quer? – Respondi séria e seca.

— O que eu quero? – Ele se aproximou um pouco mais de mim – Eu quero que você aproveite bastante enquanto ainda pode.

— Não tenho medo de você. – Ele sorriu com deboche, olhou para cada um da mesa, demorando mais nas meninas e deu as costas.

— Se mexer com ela vai ter que se ver comigo, ok velhinho? – Elise falou alto mas ele ignorou.

É claro que eu fiquei preocupada, não comigo, de jeito nenhum, eu literalmente não tinha medo dele, mas eu fiquei com medo dele tentar fazer algo com as meninas ou Emma... com Henry felizmente eu não me preocupava muito... ou talvez também devesse? Eu não temia por mim, mas sim por aqueles que Rumple julgava serem minha fraqueza. Respirei fundo e me obriguei a engolir minha preocupação em relação a eles... eu tinha que os proteger, mas isso não era assunto para ser debatido.

— A Belle ainda é Lacey, não é? – Sarah perguntou assim que ele saiu.

— Acho que sim... – Respondi com um sorriso forçado.

— É, temos um pequeno problema então... – Elise. – Mas nada que eu Sarah não possamos resolver.

— Não Elise, não... vocês não têm problema nenhum com Gold, esqueçam isso... – Eu não queria preocupar ninguém.

— Mãe não faz isso – Henry pediu com a voz mansa como a de Emma - não pega esse problema só para você, agora a gente resolve as coisas juntos, ok?! Como família! – Eu sorri para ele.

— Obrigada meu filho, mas é sério, não tem que se preocupar com seu avô, eu e Rumple passamos quase a vida toda brigando, ele está com raiva, mas vai passar...

— Eu tive uma ideia! – Sarah falou quase pulando de alegria. – A melhor ideia mundo! E que pode unir o nosso problema com o Rumple e juntar com essa nossa tarde juntos. – Elise sorria com travessura a espera da ideia.

— Não existe problema com Rumple. – Repeti, mas Sarah ignorou.

— Elise eu já sei que você topa antes mesmo de eu falar... mas vai... – Sarah estava fazendo suspense. – O que acham de irmos para a floresta e ensinar magia para Emma e Henry!?

— Boa, garota! – Elise comemorou.

— Eu amei! Por favor, vamos agora! – Henry levantou em um impulso feliz, mas Sarah o fez sentar.

— Eu fazendo magia? – Emma riu – Não! De jeito nenhum!

— Como se nunca tivesse feito antes... – Comentei a olhando de canto com um leve sorriso, ela comprimiu os lábios entendendo que eu tinha me referido a minha meia calça que ela havia tirado com magia.

— Mas antes foi necessário... e praticamente intuitivo... – Ela fingiu que era sobre outra coisa.

— Por favor, vamos! Vai ser a melhor coisa do mundo! – Henry estava eufórico.

— Qual é, Emma... – Sarah tinha aquele sorriso lindo. – Quer coisa melhor que aprender magia com as melhoras salvadoras de todas?

— Aproveita que somos nós... – Elise tinha o mesmo sorriso encantador. – Que eu te garanto que somos muito melhores que a Regina... – Ela implicou comigo. – É serio, ela não tem nenhuma paciência para te ensinar magia.

— Esse é o seu momento. – Sarah completou antes de eu me defender.

— Eu sou a pessoa mais paciente do mundo. Não sei de onde tiraram o contrário.

— Na verdade é difícil de imaginar Regina me dando aulas de magia. – Emma também implicou comigo.

— É que eu não costumo perder meu tempo com coisas inúteis. – Eu rebati, mas não era sério.

— Ai está a prova de que Regina Swan Mills... – Elise começou vitoriosa, mas Sarah a interrompeu

— Ainda não são casadas e estamos em público. – Sarah falou baixinho ao corrigiu a irmã.

— Desculpa... – Elise forçou um sorriso como uma criança que apenas mostra os dentes. – Mas voltando.. aqui está a prova de que Regina Mills não tem paciência para ensinar magia à Emma Swan... E como você tem magia e precisa dominar ela antes que ela te domine... – Elise parou de falar para ficar de pé – Vamos para floresta fazer barulho!

— Ok, vocês venceram! – Eu desafiei Elise ao ficar de pé, fazendo Henry e Sarah também levantarem. – Mas, quem vai ensinar Emma sou eu! Vocês vão ver que sou sim muito paciente, até mesmo com você, Swan. – Sorri para ela que sorriu com receio.

— Eu não tô achando isso legal. – Emma era a única que ainda estava sentada.

Eu nunca tinha imaginado que entraria naquele fusca amarelo alguma vez da vida, mas entrei... e entrei na luz do dia em frente ao Granny's... e o pior não foi nem ter entrado com todos aqueles curiosos... e sim ter me sentindo extremamente feliz e confortável com Emma e os três atrás.

Fomos até uma parte da floresta que dava para ver a cidade lá de cima. Era bonito e até um pouco poético estar no topo de Storybrook com Emma, Henry, Elise e Sarah para ensinar magia a Emma e Henry.

Eu estava ansiosa e achando tudo lindo demais... Henry feliz como eu nunca havia visto era lindo, Elise e Sarah a frente daquela missão era de dar orgulho, Emma receosa e curiosa com a magia era fofo e me fazia ter vontade de beija-la.

Todos aqueles sentimentos se misturavam e se transformaram em um sentimento do qual eu não sabia direito ainda qual era... mas eu tinha total consciência de que só estava sentindo tudo aquilo, porque eu havia me dado a permissão de deixar meus pensamentos e sentimentos voarem.

— Me sinto tão livre para fazer magia aqui... – Elise começou fazendo um cavalo de luz cavalgar em volta de nós.

— É como estar nas tardes livres em Narnia... – Sarah começou fazendo o vento soprar uma canção.

— Mas vocês fazem magia o tempo todo... – Henry tirou as palavras da minha boca.

— A gente faz bem menos do que desejamos... – Elise fez o cavalo criar asas e voar junto com a melodia que Sarah estava fazendo.

— Nem consigo imaginar como deve ser o suficiente para vocês. – Comentei ao cruzar os braços. – E ai, como vamos fazer isso?

— Então... – Elise parou no mesmo instante que Sarah. – Levi e o nosso Henry tem a ideia de dar aulas de magia branca um dia... mas essa ideia surgiu quando estávamos ensinando magia uns aos outros, na verdade especificando alguns encantos... e é bem simples... funciona mostrando memórias...

— Como assim? – Eu fiquei curiosa, elas pareciam saber muito mais de magia do que eu.

— Sabe quando a gente mostra uma lembrança... que você sente tudo que a gente viveu como se fossem a gente? – Eu, Henry e Emma afirmamos com a cabeça. – Então...

— Magia se trata de sentimento – Sarah começou a explicar – apenas isso, não tem força nem segredos, é apenas sentimento... é como se qualquer sentimento seu pudesse ir além do seu corpo... na verdade é exatamente isso, colocar o que você sente para fora.

— Vamos começar com fogo... – Elise fez uma fogueira apagada surgir no meio de nós cinco.

— Lembranças ou fogo – Henry estava um pouco confuso confesso que eu também.

— Para ascender o fogo é preciso sentir ele aceso... – Elise quem explicava agora – mas eu dizer isso pode parecer estranho já que vocês nunca fizeram fogo antes... Bem, Henry conseguiu ascender e apagar as luzes, então você tem uma mínima noção de como esse sentimento funciona... e Emma também já fez magia antes, não é?

— Sim, muito pouco e foi sobre pressão.

— É onde entram as lembranças... – Sarah tomou a frente. – Eu, Elise ou Regina vamos fazer o fogo e em seguida vamos mostra para vocês como fizemos o fogo com a nossa lembrança, assim vocês vão poder sentir o que sentimos e esse processo de tentar mil vezes vai se transformar em duas ou três tentativas.

— Isso sim é tecnologia da magia! – Comentei achando aquilo incrível. - Mas eu não sei fazer isso das memórias...

— É simples... a gente ensina. – Sarah.

Sarah veio até mim para me mostrar como fazia a coisa da memória, enquanto Elise foi mostrar ao Henry como se fazia fogo... Já Emma ficou apenas observando... ela parecia curiosa e feliz.

Mostrar uma lembrança para outra pessoa com magia era realmente mais simples do que eu imaginava. Na verdade era exatamente aquilo que Sarah me falou logo depois que eu aprendi “quando se tem magia a gente pode fazer tudo, basta deixar a mente fluir que ela te mostrará tudo de infinito que há no universo”

— Preparada, Swan? – Perguntei ao fazer uma fogueira apagada a nossa frente.

— Não, mas sim...

— Consegui! – Henry gritou e pulou ao mesmo tempo.

— Isso garoto, eu sabia que você ia conseguir de primeira!! O céu é o limite! – Elise estava tão animada quanto ele. – O que quer aprender agora?

— Teletransportar!

— Vamos com calma, ok? O céu é o limite, mas tem uma escadaria até chegar lá. – Eu falei fazendo Henry e Elise me olharem feio.

— É verdade gente – Sarah concordou. - Vamos com calma nas etapas, uma coisa de cada vez. Que tal tentar ascender várias fogueiras seguidas?

— É... essa é uma boa ideia! – Eu falei como uma ordem o que fez Henry e Elise concordarem a contragosto.

Os três se afastaram um pouco para começar o processo de várias fogueiras com Henry, já eu olhei para Emma e minha frente... suspirei ao ver seu sorriso para as crianças e sorri quando nossos olhos se cruzaram... Ela era tão linda tão encantadora... eu estava mesmo apaixonada por Emma Swan, não tinha mais como não afirmar aquilo... na verdade ter finalmente aceitado minha paixão fez um peso enorme sair de mim... e ainda veio junto a uma coragem e uma vontade de abraçar o mundo

Olhei para a fogueira ainda pensando em como eu estava livre e apaixonada, ascendi o fogo com uma mão e o apaguei com a outra. A encarei querendo beija-la, mas voltei ao foco da magia.

— Vamos lá... – Eu me aproximei dela ao fazer uma nuvem roxa surgir sobre minha mão.


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Notas finais do capítulo

Oi... então eu to meio confusa sobre algumas coisas da fic e queria a opinião de vocês para conseguir chegar até o final...
1. A fic ta sendo fiel ao que ela era antes ou mudou muito?
2. As meninas aparecerem como aparecem é algo que gostam ou não?
3. Colocar parte da Elise narrando um encontro com a Dora, querem ou não?
e 4. Que tipo de rumo vocês acham que Emma e Regina vão ter? (tipo falar mesmo o que acha que vai rolar na fic, de como vai ser até o final feliz)

Se puderem me ajudar eu serei ainda mais grata ♥

OBS: minha ideia é finalizar em 16 cap... mas isso pode variar.