Cronômetro escrita por KarenAC


Capítulo 22
Capítulo 22 - Trevas


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo!
Lembrem do ritual de respirar fundo antes de começar, ok? :D
Vamos lá!



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Marinette e Adrien se viram engolidos pela escuridão.

Ela sentiu algo apertar a sua mão e percebeu que Adrien a segurava, como se quisesse ter certeza de que ela não sumiria também.

"Akuma?" Adrien perguntou, ouvindo a voz ressoar no lugar como se o quarto fosse muito maior do que antes. Não, não era o lugar que havia aumentado, eram os sons que haviam desaparecido. Tudo estava no mais absoluto silêncio.

"Parece que sim." a voz dela surgiu em resposta.

"Marinette!" uma voz fina surgiu próxima deles e Marinette percebeu que Adrien apertou sua mão com mais força em receio ao ver a pequena figura vermelha se aproximar emanando luz.

"Calma, é a minha kwami." a garota disse, tranquilizando-o "Tikki, o que está acontecendo?"

"Eu acho que é um akuma, mas..." Tikki respondeu, hesitante.

"Não um simples akuma." Plagg respondeu, e foi a vez de Marinette se assustar com o brilho verde circundando a pequena criatura voadora.

"Esse é o meu kwami." Adrien falou e Marinette sentiu que ele sorriu com a reação dela, mas continuou em um tom sério "Contem o que está acontecendo, e sem enrolação."

"Nós conseguimos sentir a presença de um akuma" Tikki começou a explicar "Mas está... diferente." a kwami hesitou. Não sabia o que podia falar, não sabia como explicar. Sentia o olhar dos dois garotos sobre ela e sabia que precisava contar, mas a coragem lhe falhou. E como sempre, do lado dela, Plagg reuniu as forças que ela não tinha para dizer "Está mais forte."

"Mais forte? Por que mais forte?" Marinette perguntou, sentindo a mão tremer sob a de Adrien e percebeu que ele acariciou a sua pele com o polegar na tentativa de acalmá-la.

"Não sabemos, mas parece que Hawkmoth está usando todo seu poder de uma vez só." Plagg disse segurando a respiração. Eles precisavam saber o que iriam enfrentar lá fora.

Adrien e Marinette olharam um para o outro. Seus olhos não se acharam na escuridão, mas o toque de suas mãos suando frio dizia sem palavras o que eles sentiam: O final estava próximo.

Marinette foi a primeira a soltar a mão de Adrien e a se levantar.

"Então vamos acabar logo com isso. Tikki, me transforme!" Marinette fechou os olhos enquanto o poder a preenchia por dentro e por fora. Apertou os olhos, tentando gravar na memória cada segundo daquela sensação. Não queria esquecer. Sentiu as lágrimas quentes brotarem por baixo de suas pálpebras, mas crispou os olhos para que elas não rolassem. Não deixaria o medo tomar conta do seu coração. Era mais forte do que aquilo tudo. Os dois eram. Olhou para o lado e viu o brilho verde indicando que Adrien havia começado a própria transformação.

"Plagg, mostrar as garras!" Adrien sentiu a luz verde lhe envolver, transformando as roupas que vestia no uniforme preto. O garoto nunca se cansaria daquilo. Sentir o poder do Miraculous correr nas veias e se tornar um com Plagg era a melhor sensação do mundo. Queria sentir aquilo para sempre, queria ser livre para sempre, mas quando olhou para a Ladybug a seu lado através da máscara que lhe dava visão noturna, percebeu que estar ao lado dela era a melhor sensação de liberdade que poderia desejar.

Os dois saíram pela janela do quarto de Marinette e viram escuridão total nas ruas. A única luz que existia era a da lua e das estrelas despontando no céu negro. Conseguiam ver todas as construções nos lugares onde deveriam estar, mas não enxergavam ou ouviam as pessoas.

Ladybug sentiu uma presença seguindos os dois enquanto avançavam pela cidade. Não sabia se o silêncio a estava deixando paranóica, mas era uma sensação muito familiar. Quando parou para olhar para trás pela terceira vez, resolveu tirar a dúvida em voz alta.

"Chat, você não sente que alguém está nos seguindo?" ela olhava para os lados, mas a escuridão era tudo o que conseguia ver.

"Não, não sinto." Chat também olhou em volta, tentando detectar qualquer sombra ou movimento. Não via nada fora do normal.

Ladybug então sacudiu a cabeça negativamente e fez um sinal com a mão para que continuassem. Se ele não percebera, talvez fosse mesmo a imaginação dela tomando conta.

Os dois lançavam os corpos pelo ar em perfeita sincronia, procurando entre as trevas algo que pudesse lhes indicar o que havia acontecido, até que chegaram a uma praça onde a lua refletia mais claramente.

As pessoas estavam paralisadas. Absolutamente paralisadas. Não se moviam, piscavam ou sequer respiravam, como se o tempo tivesse parado. Apesar daquilo, todo o resto estava intacto. Nenhum sinal de movimento, de destruição. Nada.

"O que está acontecendo?" Marinette perguntou, olhando em volta.

"Eu não sei, mas não estou gostando. Fique por perto, Ladybug." ela acenou com a cabeça quando ele virou para olhá-la. A ansiedade era palpável.

Os dois pularam novamente para os prédios, para enxergar mais ao longe e ganhar mais distância. Ladybug não conseguia ver muito bem no escuro, então deixava Chat ir na frente e se guiava pela sombra dele e o reflexo da lua nas construções. Subiram no prédio mais alto que tiveram acesso e olharam o horizonte. Ao longe, quase que imperceptível, perceberam uma fagulha de luz. Os dois se olharam e souberam que haviam achado o que procuravam.

Sem pensar duas vezes, correram até o local iluminado com toda a velocidade que tinham. Viram esferas de luz descendo do céu como estrelas cadentes e atingindo o local. No meio do espetáculo de luzes, acharam o que buscavam.

Ela parecia uma garota comum, sentada no meio da rua, porém quando pousaram à sua frente e a olharam mais de perto, viram que não era aquele o caso. Os cabelos eram longos e repicados, atingindo a cintura em uma cascata de branco, azul e lilás. Ela vestia uma blusa branca justa com um decote em U, um shorts preto e meia-calça de mesma cor, enquanto nos pés calçava uma simples sapatilha azul clara. Sobre as roupas, um longo casaco escuro com uma larga gola cobria a silhueta dela. Estava sentada sobre as pernas em posição de lótus, de cabeça baixa. Nada parecia muito fora do normal.

Chat se aproximou devagar com o braço estendido para trás na direção de Ladybug, sinalizando para que a heroína ficasse atrás dele, mas quando ele deu o primeiro passo, a garota levantou a cabeça e os dois congelaram.

Uma mancha preta cobria a face dela como se tinta tivesse sido derramada na sua testa e tivesse secado antes de chegar até a boca. Quando ela abriu os olhos, Chat e Ladybug engoliram a seco. Ela tinha os olhos mais negros que o breu. Era como se nem estivessem ali, como se não existissem. A única coisa que dizia o contrário era o fino círculo azul que circundava sua pupila, e modificava de formato como se raios crivassem seus olhos.

"Akuma." Chat sussurrou.

"Muito obrigada pelo informativo, Chat. Se você não tivesse dito, eu nunca ia saber." Ladybug disse em tom de sarcasmo.

A garota se levantou e os dois se colocaram em posição de defesa. Ladybug sacou o iôiô da cintura e Chat abriu o bastão, prontos para o que estava por vir. Ou pelo menos era o que eles achavam, até a hora em que ela sorriu e estendeu as mãos abertas na direção deles, começando a falar.

"Vamos, crianças, nós não precisamos lutar. Vocês sabem o que eu quero, e sabem que eu vou conseguir. Meu nome é Supernova, e eu vejo e controlo tudo. O tempo-espaço é meu! E logo os Miraculous de vocês também serão!" os dois deram um passo para trás ao ver ela erguer a mão e levantar a bengala que estava escondida sob o casaco para o céu.

Dezenas de luzes desceram do alto na direção deles, como se estrelas cadentes se materializassem e fossem jogadas contra o chão, porém antes de antingí-lo, todos os pontos de brilho pararam no ar, formando um enorme domo de luz à volta deles. Chat Noir correu em direção às luzes, jogando o bastão contra elas para testar do que eram feitas, mas o mesmo colidiu com a estrutura e voltou para a sua mão sem causar qualquer dano às luzes. Supernova havia construído uma jaula. Eles estavam presos.

Ladybug lembrou do que Tikki falou sobre Hawkmoth ter usado todo o poder que tinha, e cerrou os dentes. Precisavam derrotá-la rapidamente. Quanto mais tempo perdessem ali, mais as chances de serem derrotados aumentava. Não sabia que tipo de poderes ela tinha, mas já imaginava que o akuma devia estar na bengala, já que era o único acessório que ela carregava. Ladybug apertou os olhos tentando entender. Por que uma bengala em uma garota tão jovem? Franziu a testa, mas correu na direção dela. Chat Noir arregalou os olhos ao ver a heroína avançar sozinha.

Supernova ergueu tranquilamente a bengala para o alto, e várias das luzes que os circundavam no domo foram atiradas na direção de Ladybug com a velocidade de um projétil. Ela desviava de todas com manobras acrobáticas, esforçando-se para se aproximar da garota, mas quanto mais perto ela chegava, mais ataques recebia.

"Ladybug, tenha cuidado!" ele fechou os punhos e correu na direção da heroína para tentar conter os ataques.

Chat Noir correu em torno do domo, investindo pelo outro lado. Poucos minutos depois, os dois perceberam que estavam apenas defendendo. Não conseguiam chegar perto dela. Supernova então se moveu, e eles sentiram o sangue gelar. Cada vez que seus pés tocavam o chão, ele desaparecia, como se um abismo se abrisse a cada passo. Olharam em volta e perceberam o que ela estava fazendo. Eles estavam fechados com ela dentro de uma gaiola que estava prestes a ficar sem chão.

Ladybug e Chat Noir recuaram, vendo a garota se aproximar em passos lentos, com a bengala em mão.

"Não vou poder mais esperar." ela murmurou para Chat enquanto os dois recuavam e desviavam dos ataques vindos de cima "Preciso usar o Talismã. Se demorarmos mais, não vamos conseguir nos movimentar aqui dentro!"

"Eu distraio ela." Chat disse saltando para trás "E aí você faz a sua mágica, bugaboo." ele sorriu e um brilho atravessou seus olhos "Só se cuida, tá bem?"

Ladybug sorriu confiantemente, mas Chat Noir conseguia ver as sobrancelhas dela juntas em preocupação. Ela estava com medo. Os dois estavam. Acenaram positivamente um para o outro e Chat Noir correu na direção de Supernova.

"Talismã!" Ladybug gritou, jogando o iôiô para o ar.

Ao ver Chat Noir correr na sua direção, Supernova franziu a testa e atirou o casaco para o alto. A peça de roupa girou no ar e se transformou em uma nuvem escura que subiu até o topo do domo de luzes, encobrindo-as por dentro. Ela ergueu a bengala na direção da nuvem que começou a brilhar e descarregar raios na ponta do objeto. Supernova apontou-o para Chat Noir e ele desviou a tempo de ver uma flecha azul brilhante passar pela lateral de sua cabeça, quase o acertando. Ele olhou para trás e viu o raio atingir o domo de luzes, desfazendo-se com o som de um trovão.

Ladybug havia acionado o Talismã e viu o objeto cair em suas mãos. Um rádio. Estalou a língua no céu da boca. Eles estavam ali, presos em um maldito domo de luz com uma psicopata que fazia o chão desaparecer e atirava raios e o talismã lhe dava um maldito rádio.

"Podia ser uma arma com mira a laser, um canhão de plasma, um míssil teleguiado, mas não..." ela falava para si mesma, olhando em volta, tentando descobrir como usar o que tinha nas mãos "Tinha que ser um rádio! Muito obrigada, Talismã!" falava ironicamente.

"Ladybug, eu não quero te pressionar, mas eu preciso de uma luz na minha vida, e com certeza não é a isso aqui que eu estou me referindo!" Chat Noir desviava de outra flecha de raio.

"Não adianta resistir, Ladybug! Você sabe que seu tempo está acabando! Eu consigo ver o seu céu se apagando. Consigo ver o seu cronômetro parando." Supernova falou olhando para Chat Noir e sorriu. Ele se distraiu quando ouviu a palavra 'cronômetro'. Em seguida sentiu uma dor lancinante no braço, e quando baixou os olhos para a área dolorida percebeu que Supernova havia acertado um raio de raspão nele. Chat Noir franziu a testa e girou o corpo para olhar Ladybug que tinha medo e irritação no olhar. Que tipo de ameaça era aquela?

"Me dê o seu Miraculous, e você vai voltar ao normal. Sem mais lutas. Sem mais sofrimento. Sem mais dor-"

"Cala essa boca, Supernova!" Ladybug gritou em uma descarga de raiva. Chat sentiu no meio das palavras algo que era mais do que raiva. Ladybug estava apavorada.

A vilã ouviu o próprio nome e riu em resposta, como se satisfeita por sua provocação ter funcionado, então ergueu a bengala na direção de Ladybug e mudou o alvo de ataque para ela. Supernova estava próxima de Ladybug e Chat viu horrorizado quando a heroína teve que escolher entre cair no abismo sob seus pés ou desviar de um dos raios. Por sorte, girou o iôiô a tempo de se livrar do golpe.

"Ela está brincando com a gente, Ladybug." Chat falava em meio a gemidos de angústia, percebendo que estava cercado por um largo abismo negro "Nós não conseguimos avançar em nada!"

Ladybug aproveitou uma pausa dos ataques e baixou os olhos para as mãos, onde viu o rádio vermelho com pinta pretas. Girou o botão devagar, mas não ouviu nenhum som. Será que estava estragado? Quando ergueu a cabeça, Chat e Supernova estavam de joelhos no chão com as mãos sobre os ouvidos. Ladybug ergueu as sobrancelhas.

"Alta frequência..." ela sussurrou "Mas por que alta frequência?" Olhou em volta, e seu olhar pousou na bengala que Supernova segurava firmemente nas duas mãos. Os olhos da vilã corriam de um ponto a outro no domo, como se não reconhecesse mais onde estava, como se estivesse perdida.

Ladybug riu. Como não havia percebido antes? Desligou o rádio e fez sinal para que Chat o pegasse, atirando-o na direção dele.

"Chat, ela é cega!" Chat Noir olhou para Supernova com os olhos arregalados e percebeu que a vilã só achou onde Ladybug estava quando a heroína falou "Ela não enxerga! Só consegue se guiar pelos sons! Por isso a audição dela é aguçada como a sua! Vai! Liga" ela gritou finalmente e abriu a linha do iôiô, esperando o efeito.

Quando Chat Noir ligou o rádio, Supernova hesitou no movimento e Ladybug atirou o iôiô na direção da bengala. A linha enrolou no objeto, mas a joaninha não percebeu que um ataque estava sendo lançado no exato momento em que foi puxado, e antes que pudesse ter qualquer reação, o raio azul de luz saiu da ponta da bengala e veio em sua direção, atingindo-lhe o estômago.

"NÃO!" Chat Noir gritou e correu com a maior velocidade que suas pernas permitiam, saltando sobre o abismo que havia sido criado pelos pés de Supernova, alcançando o outro lado e caindo de joelhos ao lado de Ladybug.

"Chat..." Ladybug falou entre respirações pausadas, tossindo várias vezes. Chat Noir arregalou os olhos ao ver a garota caída no chão. Ergueu as mãos trêmulas e juntou o corpo dela do chão, segurando-a contra si. Ele viu então ela estender a mão na direção do rosto dele e tocá-lo por alguns segundos, para depois apontar para a bengala caída ao lado "Chat, destrua aquilo." Ele viu ela tossir uma, duas vezes. E sangue. Ela estava tossindo sangue.

Chat Noir sentiu um nó prender um soluço em sua garganta. Ele arregalou os olhos e correu até a bengala. Devia destruí-la imediatamente para que Ladybug pudesse neutralizar o akuma e fazer tudo voltar ao normal. Precisava ser rápido. Agarrou o objeto entre as duas mãos e quebrou-a ao meio, libertando a borboleta negra.

Chat Noir virou para trás rapidamente, esperando ver Ladybug purificar o akuma, mas ela não se moveu.

"Lady... bug?" O gato se ajoelhou do lado da garota de uniforme de joaninha, e a pegou nos braços novamente. Viu os olhos fechados, a testa franzida e o suor escorrendo por baixo da máscara vermelha "Hey, fala comigo." Marinette estava desacordada. Notou então que algo diferente aparecia no uniforme dela, na altura do peito, modificando a cor. Algo escurecendo o vermelho. Sentiu o ar faltar ao perceber o que era. Sangue. Era uma vasta mancha de sangue se espalhando.

"Não, meu Deus, não." Chat Noir aproximava a mão da mancha rubra, sentindo os tremores percorrerem seu corpo. Aos poucos, um brilho vermelho correu pelo corpo da garota e ela voltou a ser Marinette, mas a mancha continuava lá, e se espalhava. Tikki caiu a distância, desmaiada "Não, Marinette, não faz isso." Ela estava morrendo nos braços dele. Chat sentiu náuseas com a visão.

Ele jogou a cabeça na direção de Supernova. A garota estava no chão, inconsciente, enquanto a borboleta negra voava na volta do corpo, atraída pela luminosidade que ainda saía dele. Tudo a volta era escuridão. O domo havia se desmanchado.

Chat Noir engoliu a seco, tentando lidar com tudo o que estava acontecendo, e largou Marinette com cuidado no chão, se levantando. Se deixasse aquilo daquela forma, a akuma retornaria, e os dois estariam perdidos. Só havia uma coisa que podia fazer.

"Cataclismo!" a voz dele gritou no meio do silêncio, e em um único pulo, Chat agarrou a borboleta na mão fechada com energia negra. Quando a abriu novamente, nada saiu de lá.

Ele olhou para a própria mão, onde antes estava o akuma, procurando sinais da borboleta, mas estava vazia. Olhou em volta e seus temores se confirmaram. Tudo estava exatamente como antes. Escuridão. Silêncio. Supernova desacordada. Marinette com a vida por um fio. E nenhum akuma para ser neutralizado.

Ele correu até Marinette e viu o peito da garota lutar contra a respiração acelerada. Precisava fazer algo. Precisava recuperá-la. Precisava de ajuda. Olhou em volta e não viu ninguém. Estava completamente sozinho, todas as pessoas ainda estavam paralisadas, até que ouviu uma voz atrás de si.

"Eu cuido dela, você vai atrás dele."

Os olhos de Chat Noir arregalaram ao ouvir o silêncio ser quebrado e seu coração falhou uma batida. Não podia ser verdade. Não era possível.

"M-Mas como?" ele perguntou, gaguejando.

"É uma longa história. Agora vai! O tempo dela está acabando. Só uma pessoa pode ajudá-la, e eu sei onde achá-lo. E só você pode ir atrás do Hawkmoth. Ela vai ficar bem, eu prometo."

Ele acreditou sem pestanejar e sinalizou positivamente com a cabeça. Olhou para a garota e aproximou o corpo da garota do seu uma última vez, pousando os lábios sobre a testa dela e sussurrando.

 

Volta pra mim.

 

Chat Noir pegou o bastão da cintura e jogou o corpo sobre os prédios, direcionando-o no trajeto que lhe era tão familiar. Estava voltando para casa. Para seu pai. Para Hawkmoth.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada por lerem e comentarem sempre! ^----^
Ah, não esqueçam de deixarem sugestões caso pensem em alguma ideia pra uma fanfic nova! Estou anotando tudo aqui ♥