Brilho nos Olhos escrita por Bacon


Capítulo 1
Prólogo — Luz


Notas iniciais do capítulo

Yayyyy, prólogo bonitinho explicando o universo. As coisas só começarão de verdade no primeiro capítulo, mas espero que vocês aproveitem desde já!

Boa leitura ❤️



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O ser humano é como uma mariposa.

Sempre em busca da luz. Sempre se jogando inconsequentemente contra o belíssimo brilho que ilumina seus olhos, sem hesitar, sem pensar duas vezes. Porque as pessoas estão fadadas a desejar tudo o que elas não têm: a luz. Não temos luz. O que é a luz, afinal? São os raios de sol que agraciam as plantas, as flores e folhas, em todo o seu esplendor. São o brilho dos vagalumes que passeiam pela névoa noturna, como num rio suave de pequeninas estrelas. É o reflexo da lua sobre o mar e o brilho das infinitas estrelas no céu, iluminando nosso caminho com promessas de um novo futuro no horizonte. Não temos luz.

O que nós temos, então?

Escuridão.

As pessoas são um poço de trevas. São o buraco negro que chamam de alma, sugando pouco a pouco tudo o que há de bom dentro de si. São as guerras que destroem a seu próprio mundo e a si mesmos. São as mentiras, a ganância, o desespero.

E por que, em meio a tanta miséria, por que não poderíamos simplesmente sonhar com a ideia de dias melhores? De pessoas melhores, vidas melhores? É reconfortante pensar que, mesmo com toda a melancolia que amaldiçoa a raça humana, há o desejo de melhora. Há esperança.

E depois de o tanto buscar e buscar pela luz, a luz decidiu abençoar o ser humano.

Os olhos são a janela da alma, era o que os humanos acreditavam. Um portal capaz de mostrar os verdadeiros sentimentos de uma pessoa, sua essência, se observado com atenção. Não só isso, como a parte do corpo cujo reflexo da luz é o mais belo — capazes de assemelhar-se até mesmo a pedras preciosas, em toda a sua variedade cores, tamanho e formatos.

Os humanos acreditavam também que o coração é o símbolo do amor. Amor — esse sentimento tão puro e delicado, capaz de trazer as maiores alegrias e maiores amarguras; ambíguo. Tão ambíguo quanto a natureza humana: o toque da destruição misturado aos sonhos de bondade. Tão ambíguo quanto a presença de luz e trevas, bem e mal, num único ser.

Assim foi decidido: a luz permitiria que os humanos tivessem conhecimento de seu amor verdadeiro por meio de um simples olhar. Seu coração — seu símbolo do amor — começaria a brilhar assim que uma conexão se estabelecesse entre as caras metades por meio do olhar.

Uma cena lindíssima, de fato. Dois corações iluminados em cores tão belas como a própria felicidade, duas almas gêmeas frente a frente, abertas para um futuro próspero juntos. Teoricamente.

O problema é que, às vezes, descobrir quem é sua alma gêmea não é lá muito proveitoso.

E é claro que Nicholas Ma foi descobrir da pior maneira.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero que sim! ❤️

Por favor comentem com suas opiniões, ela é muito importante para mim (se falar motivadora) :')

Até o próximo capítulo!