Miraculous: Tire a Máscara escrita por SofyLiddell


Capítulo 27
Você




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Não era muito tarde, mas também não muito cedo, quando o homem bateu em sua porta. Ele não havia encomendado nenhum quadro, por isso Juliette não fazia menor ideia do que ele fazia ali, mas estava com uma sacola de comida e perguntou se a garota não queria se juntar a ele para uma refeição. Ainda fica impressionada com o quanto ele lembra uma figura paterna para ela.

Deixou o homem entrar, foram para a cozinha, comeram e Juliette ficou feliz por finalmente provar uma comida considerada de alta classe, era uma das coisas que achava que nunca poderia ter acesso. E o homem ficou feliz por provar os biscoitos da menina. Depois foram para o atelier, se divertiram pintando, uma cena bastante comovente de pai e filha.

Mas Tika não parava de rosnar.

— Acho que sua cachorrinha não simpatiza muito comigo – O homem achava aquela situação engraçada.

— Na verdade, não sei por que ela está desse jeito, ela sempre gosta de todo mundo. TIKA – Juliette chamou a atenção da cadela, fazendo a mesma se afastar do homem, saindo do atelier – Me desculpe por isso.

— Oh, tudo bem, sem problemas – Sorriu – Então, de onde vêm suas ideas dessas imagens? – Perguntou observando o campo da cor lilás da garota.

— Lugares que eu sonhei, que eu gostaria de visitar – Respondeu enquanto lavava um de seus pincéis – Uma utopia, talvez.

— São muito bonitos! Você é uma verdadeira artista! – Juliette se sentiu lisonjeada, e agradeceu.

— Você é um dos meus melhores clientes, o mais fiel, o que mais voltou com novas encomendas – Traçou um novo risco na tela – Por falar nisso, não deseja pedir mais nada hoje?

— Ah, sim, eu quero uma tela – Disse enquanto tirava uma foto de seu bolso, amassada, antiga, porém, era possível visualizar o local. Uma casa, branca, grande, como se fosse parte de  um sítio, um balanço numa árvore, tudo muito verde, muito vivo – Pinte das cores que você quiser, foi tirada em um verão, mas se quiser fazer no outono, no inverno, não irá mudar nada.

— Que foto foi essa? Que lugar é esse? – A garota perguntou interessada.

— Foi onde conheci minha mulher. Meus pais conheciam os pais dela, e passamos as férias de verão nesse sítio, que hoje, é meu. Gostaria de levá-la lá algum dia – Disse, e a menina deu um grande sorriso.

— Oh, eu adoraria! Parece ser muito confortável, e divertido – Teve que se segurar para não sair pulando pelo quarto.

— Sim! E ainda há um riacho atrás da casa – Agora ela não se segurou, quase dava um grito.

 - Oh, que lindo, que lindo! Quando o senhor pode me levar para lá? Parece um sonho – O sorriso quase rasgava seu rosto.

— Hm, semana que vem vou para lá visitar, ver como estão as coisas, posso lhe levar – A garota o abraçou, e recebeu um beijo na testa – Sabe, não precisa me chamar de senhor.

— E do que eu deveria chamá-lo?

— Pai.

—x-x-x-

ChatNoir, Antônio e Louis esperavam a heroína da cidade chegar para a reunião. Continham boas novas que ela precisava escutar, mas já estava atrasada, e não ficaram com raiva e sim preocupados, pois não era típico dela.

Mais alguns minutos esperando, ela chegou, carregando um lindo sorriso no rosto que se quebrou quando viu o gato preto. Por algum motivo, ele lembrava muito Adrian, e isso fazia ela lembrar do acontecimento de ontem, quando descobriu que o menino gostava da sua versão heróica, isso a deixava feliz, mas ao mesmo tempo, triste.

Mas não tinha mais espaço na mente para pensar nisso, acabara de ser praticamente “adotada” por uma das pessoas que ela mais gosta e respeita na cidade e ainda faria uma viagem com seu novo pai! Isso tudo era excitante, não era?

— Ladybug, por que demorou? – ChatNoir foi o primeiro a perguntar o que todos queriam saber.

— Problemas na vizinhança. O que temos de novo? – Tentou ser profissional e ignorar o garoto.

— Então – Antônio começou – Achamos alguém que pode fazer o trabalho de fingir estar pertubado e passar pelo beco.

— Seu nome é Mylon, uma garota que conheço desde criança, ela é confiável, boa em atuação, consegue fazer esse trabalho – Louis entra no meio – Já combinamos tudo com ela, tudo pronto para amanhã, 20h, na rua do beco. Mas agora, uma pergunta que eu e Antônio temos: como vão ficar lá sem o HawkMoth perceberem que os heróis estão vigiando-o?

— Vamos ter que se arriscar ao máximo para fazer isso – Todos olharam para Ladybug – Teremos que ir sem máscara. E vocês dois sem parecerem vocês.

Um silêncio surgiu depois dessa fala. Ela não podia estar falando a verdade. Isso era pôr em risco a identidade verdadeira dos heróis de Paris, aquilo era insanidade.

— Eu sei o que estão pensando, uma grande loucura. Mas a cidade não vai estar acordada, não existem bares naquela rua, conseguimos fazer isso, é para conseguirmos! Mas o mais importante é mantermos o que virmos naquela praça em segredo, sem tocar nunca mais no assunto – Todos continuavam a encarando sem acreditar – Acham que foi fácil tomar essa decisão? Mas a vida de muitos está em jogo, estamos lidando com um vilão que só era possível vermos em filmes de ação. Ele mexe com o psicológico das pessoas, talvez um hipnotizador. Talvez eu esteja louca, completamente sem razão, mas de uma coisa eu tenho certeza, e é que a gente tem que pegar aquele homem o quanto antes. A cidade não pode suportar outro ataque.

Antônio concordou com a cabeça, seguido de Louis. Olharam para o gato preto, que se bagunçou os cabelos, pensando, parecia que dentro de sua mente gritava uma negação, mas ele conseguiu concordar também.

— Então é isso. Amanhã, às 20h.


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Notas finais do capítulo

buh~~