You are the music in me escrita por Luminária


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Ho hey
*desvio de pedras fruto da longa espera*
Culpem a faculdade e meus 38276465271839279637546536 reais gastos em xerox pra eu estudar
Música: https://www.letras.mus.br/sandy-e-junior-musicas/144527/



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— Bem, estamos de saída. – após uma tarde de consolos e esclarecimentos, Simbá anunciou a partida. – Aladim, você vai ficar com Jafar essa noite de novo.

— Por quê? – o pequeno questionou já dentro do carro

— Marquei com a Kougyoku hoje.

— Tá bom, tio Simbá. – ele aceitou e sorriu – Tchau Ali Babá! – acenou para o loiro

— Tchau Aladim. – respondeu, voltando-se em seguida para a Morgiana – Morgiana, você tem certeza de que vai ficar aqui?

— Tenho, já avisei ao Masur e ele deixou.

— Não tem problema, Morgiana, eu posso te deixar em casa. – Simbá ofereceu – Eu ainda tenho um tempinho até me encontrar com a Kougyoku, posso te deixar lá se quiser.

— Não, eu vou ficar aqui mais um pouco. – a garota disse certa de sua decisão

— Então se cuidem. – o homem entrou no carro, deu a partida e acelerou, indo embora do lugar e sumindo do campo de visão dos dois que ficaram.

— Eu vou entrar. – Ali Babá falou – Você vem?

— Sim, eu já estou indo.

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— Não espere nada de bom, hoje de manhã eu torrei a omelete. – o loiro disse, caçando alguma coisa para eles comerem.

— Não tem problema, tirando o Hakuryuu, ninguém cozinha bem mesmo. – riu, puxando a cadeira branca de plástico para se sentar na cozinha.

Morgiana puxou a barra da saia um pouco para baixo, já que suas pernas sempre ficavam mais a mostra do que deveriam quando ela se senta, a desvantagem de ter coxas grossas. Olhava atentamente todos os movimentos de Ali Babá na fantástica jornada para encontrar algo que pudesse preparar sem incendiar a casa ou os extintores de incêndio. Por vezes ele batia a cabeça em prateleiras, panelas caíam seu pé ou prendia algum dedo nas portas dos armários, ele sempre fora muito azarado para... Para a maioria das coisas, na verdade. Depois de muito tempo se machucando e refletindo sobre a vida, eis que surge a melhor ideia em anos:

— Que exploda a comida de verdade, que se exploda a panela. Vamos comprar uns sanduíches.

Saíram e andaram até a padaria mais próxima, comprando seus lanches e logo retornando a casa, fazendo todo o percurso em trocarem uma palavra.

— E você e o Hakuryuu? – Ali Babá perguntou para quebrar o silêncio

— O que tem ele?

— Vocês estão juntos?

Por favor, Ali Babá, tanto assunto para conversar e você escolhe logo isso!

— O que? Eu e o Hakuryuu? Não, ele é só um amigo mesmo, nós não estamos juntos nesse sentido. – ela respondeu meio sem jeito

— Por que não? – questionou - Ele não gosta nem um pouco de mim, isso é verdade, mas ele gosta muito de você. E é pessoa legal, mesmo que ele não goste de mim, vocês bem que podiam, sei lá... Tentar, ver se dá certo. Fiquei sabendo que vocês já ficaram uma vez.

“Foi ele que roubou um beijo, só”, Morgiana pensou

— Não, isso não ia dar certo. – será que ela estava pronta para se confessar? – Eu meio que gosto de outra pessoa.

— Sério? – o garoto arqueou a sobrancelha direita – Eu nunca te imaginei gostando de alguém desse jeito, Morgiana, você nunca pareceu ligar para essas coisas de namorar e tal.

— Eu já gosto dessa pessoa há um bom tempo.

— Então fale pra essa pessoa. Você pode até levar um fora, mas não tem como superar os foras que eu já levei.

Isso era um fato. Ali Babá, apesar de rico, carismático e, convenhamos, muito bonito, nunca havia sido correspondido. De todos os seus azares, o azar no amor é pior de longe.

“Ele consegue ser muito sem noção quando quer”, a garota lamentou em sua mente.

Meu coração

Bate ligeiramente apertado

Ligeiramente machucado

Caiu tão fundo nessa emoção

Primeira vez

Que o amor bateu de frente comigo

Antes era só um amigo

Agora mudou tudo de vez

— Acho que um dia eu ainda vou falar, só acho que não chegou à hora certa.

— Ok então, você é quem sabe, mas acho que é melhor falar o mais cedo possível. – ficaram em silêncio por um breve período de tempo, até Ali Babá mudar de assunto. – Você vai passar a noite aqui?

— Não, não seria uma boa ideia. – lógico que não seria. A casa só possui um sofá quebrado e uma cama (a cama estava em bom estado, mas o foco aqui é a quantidade e não a qualidade), e ainda tinha Cassim. Quais seriam as alternativas para apertar três pessoas em uma cama de solteiro e um sofá que implora por ajuda? – Eu não conheço Cassim, ele pode ficar desconfortável...

— Ele não vai voltar para cá hoje. – Ali Babá falou secamente; não tinha tristeza em sua voz, não tinha raiva, ironia, preocupação, não tinha nada.

— Não? Por quê?

— Isso é um problema entre Cassim e eu, e é pior para ele do que para mim.

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Flashback on – Na manhã do mesmo dia

Cassim, apressado, entrou em sua residência, nem percebendo que o loiro o esperava na sala de estar.

— Ah, você ainda está aqui. – o de dreads falou naturalmente - Bom dia.

— Não sei, mas parece que a sua noite foi boa, nem dormiu em casa.

— Bronca logo de manhã, Ali Babá? – riu – É a TPM? – parou com as brincadeiras assim que percebeu a expressão séria no rosto do menor – O que foi? Não precisa se preocupar comigo, eu não passei a noite na farra, se é isso que quer saber.

— Então passou onde?

— Ali Babá, você precisa prometer guardar segredo.

— Tá legal, eu prometo. Agora me responde.

— Você sempre foi esquentadinho. – sorriu de canto para o Saluja – Eu estava planejando com os Sombrios.

Os olhos do loiro se arregalaram, ele não podia acreditar que o garoto com quem brincava nas ruas estaria envolvido com uma facção criminosa.

— Você entrou para os Sombrios? – Cassim afirmou com a cabeça - Você perdeu a cabeça!

— Não perdi nada, estou mais lúcido do que nunca. Nós temos que vão salvar a todos da favela e dar aos riquinhos aquilo que eles merecem, nós vamos fazer isso pelo povo.

Flashback off

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— Ele me falou que tinha uma “missão” hoje e que não voltaria tão cedo. – Ali Babá concluiu – Fico me perguntando que tipo de missão seria essa, mas eu já sei que não é boa coisa.

— E por que você não vai atrás dele?

— Porque, mesmo assim, eu confio nele.

— É bom poder confiar em alguém. – sorriu, fitando o loiro – Você me mostrou isso.

Será que você sente

Tudo o que eu sinto por você

Será que é amor

Tá tão difícil de esconder?

— Quer dizer eu, o Aladim e o Hakuryuu, não é?

Não, não era isso o que ela queria dizer. Morgiana já estava cansada de ter que mascarar o que realmente quer dizer.

— Não, eu quis dizer você, só você mesmo.

— Só eu? – Ali Babá indagou

— Eu... – respirou fundo e falou – Eu gosto de você, gosto muito mesmo.

Oh, oh, olha o que o amor te faz

Te deixa sem saber como agir

Oh, oh, quando ele te pegar

Não tem pra onde você fugir

Oh, oh, olha o que o amor me faz

Fiquei tão boba, fiquei assim

Oh, oh, nada será capaz

De apagar esse amor em mim

— Morgiana, eu também gosto muito de você.

— Mas não é gostar de amigo.

— O meu também não é. – segurou na mão da rosada, aproximando-se de seu rosto com a face também corada. – É a primeira vez que eu não levo um fora. – riu-se brevemente – Eu não sei muito bem o que fazer agora, mas eu quero te beijar.

Ela também não sabia bem o que fazer, só que a ideia do loiro havia a agradado.

— Pode beijar.

Aproximaram-se até selarem seus lábios, nervosos no início, porém não demorou muito para que relaxassem e dedicassem cada minuto daquele momento a explorar a boca um do outro. Afastaram-se apenas pela necessidade de respirar, os dois pegaram um ódio mortal pelo oxigênio depois disso. Encaravam-se em silêncio, até serem interrompidos pelo som do celular de Morgiana, que o atendeu rapidamente.

— Oi. – falava ao celular – Sim, eu já vou. Tá certo, tchau.

— Quem era? – Ali Babá quis saber

— Masur. – respondeu – Ele falou pra eu voltar pra casa, está ficando meio tarde.

— Não pode ficar mais um pouco?

Morgiana riu:

— Não dá. – disse indo em direção à porta – Boa noite.

— Espera. – correu até ela rapidamente, agarrando seu braço e beijando-a mais uma vez. - Boa noite.

Saiu da casa e se dirigiu ao ponto de ônibus. É, aquela noite com certeza estava muito boa.


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Notas finais do capítulo

Bem, essa fic foi bem curtinha, mas bem bonitinha também :3 Agradeço a todos que lerem isso aqui, vós sois tops
Beijinhos de luz :*