Katherine Cullen

A parte mais difícil da viagem não foi o tempo perdido sentada em uma poltrona de avião em quanto podíamos muito bem ir correndo, seria mais divertido. Sem duvidas a parte mais difícil foi as milhares formas de chegar até os gêmeos sem que ninguém se machucasse. E com esses pensamentos, eu automaticamente ficava tensa, minha família e namorado pareciam perceber e faziam de tudo para deixar o clima menos tenso, o que na maioria das vezes funcionava, ou então acabava com uma discussão boba entre meu pai e Rosalie.

Minhas mãos estavam mais geladas do que o normal quanto a aeromoça – que não tirava os olhos dos homens da minha família – anunciou que estaríamos em terra firma em poucos minutos. Endireitei-me na cadeira, ignorando totalmente o pedido da mulher para por o cinto, sabia que se algo acontecesse, não sairia com nenhum arranhão dali.

— Você está bem? – Paul perguntou, com os olhos fixos em mim. Me senti mais calma apenas ouvindo o som de sua voz, e não fiz menção em virar para olha-lo – Katherine?

— Não, mas vou ficar – respondi, voltando a minha atenção para a janela, em quanto o avião pousava – Sei que estou fazendo o que deve ser feito, e melhor ainda, sei que você está comigo.

Ele sorriu concordando com o que eu havia dito, e depois disso, voltamos ao terrível silencio.

Fizemos todos os procedimentos de desembarque, pegando nossas malas, não havíamos levado muitas coisas, não pretendíamos passar muito tempo por ali.

— É um lugar tão lindo – Bella se aproximou de mim, entrelaçando nossos braços, em quanto o resto da família terminavam de pegar nossas coisas – Pena que não trás boas lembranças para ninguém da nossa família.

Sabia de toda a história fascinante da família Cullen, talvez por isso me orgulhasse tanto de carregar esse sobrenome. Também sabia a história dos Volturi e a rixa deles com minha família.

— Sinto muito por tudo o que já passaram aqui – sussurrei para ela – Não precisavam ter vindo.

— Iriamos a qualquer lugar por nossa família, meu amor – ela sorriu – Espero que as suas recordações da cidade sejam boas.

De canto do olho pude ver Renesmee aproximando-se com um sorriso no rosto, e prontamente vi Isabella corresponder.

— Tudo bem? – perguntei para elas.

— Tem alguém que gostará de rever – Nessie disse apontando com a cabeça em uma direção não tão distante da gente, onde o corpo pequeno de Alice mal cobria o de Camile, que não era muito maior do que a fadinha.

— Camile? – questionei me soltando de Bella e indo na direção das duas. O sorriso da bruxa cresceu em quanto eu me aproximava, e quando estávamos próximas o suficiente nos abraçamos como se nos conhecêssemos a anos – O que faz aqui?

— Não pode fazer isso sozinha – ela disse – Sua família não tem conhecimentos bruxos como eu. Vou ajuda-la até quando puder.

— Obrigada – agradeci – Sei que vou precisar.