Heart of stone escrita por Katherine


Capítulo 12
Capitulo 12




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Katherine Cullen

Meu corpo estava quente com a tensão do momento e com o rumo que a conversa havia tomado. Sim, Dean tinha a ligação mais forte entre os dois, Paul tinha total razão quando a isso. Entretanto não era com o vampiro que me sentia incrivelmente bem. Dean não era a minha escolha e nem seria. Fitei o lobo furioso em minha frente com o cenho franzido tentando entender o que realmente havia acontecido entre ele e a tal Lucy.

— Sim, Paul, você está certo – rosnei – A ligação de Dean é mais forte porque é feita de magia, é preciso de toda a magia de um bruxo para faze-la, não é algo que não se tem controle, a escolha foi dele, e não minha. Não o escolheria porque escolhi você, porque eu amo você!

Sabia que todas as pessoas de dentro da casa podiam nos ouvir, mas não dei bola, precisava dizer por mais que ele não entendesse. Seu rosto enrijeceu e pude ver um misto de coisas em seus olhos que brilharam por um momento. Saudade, amor e proteção.  Ele engoliu seco avançando em minha direção com a mão estendida, não sabia o que faria, mas não deixei que fizesse pois recuei e ele imediatamente parou.

— Desde quando isso virou uma competição? – perguntei com a voz quase falha.

— Não virou – ele disse – Estava nervoso com tudo isso. Você não nos contou nada.

— Jura? Foi proposital! – a ironia pingava da minha voz. Ele tentou segurar a minha mão, mas novamente recuei -  Poderia no mínimo confiar em mim.

— Confio em você cegamente – disse com convicção e tinha certeza que estava sendo sincero – Deveria confiar em mim também.

— Eu confio, Paul – afirmei.

— Não te trocaria por ela – se aproximou mas dessa vez eu não recuei, deixando nossas mãos se entrelaçarem – Nem por ninguém, nunca.

Como se estivéssemos combinado avançamos em direção um ao outro juntos, colando os nossos lábios, que rapidamente trataram de iniciar uma guerra de poder e saudade. Era uma beijo calmo, mas que pedia por mais, devido a falta que aquele bem necessário nos causava. Perdi a conta de por quanto tempo ficamos juntos em frente a varanda da casa de meus pais, sem trocar nenhuma palavra, apenas juntos.

Algum tempo depois, sentados em um dos degraus da varanda com os dedos entrelaçados encarei-o memorizando cada detalhe mínimo de seu sorriso tímido no canto dos lábios.

— Seria muito ruim se dissesse que preciso viajar de novo? – perguntei. Ele se remexeu desconfortável.

— Seria péssimo – afirmou com a voz grave.

— Eu preciso – falei – Existe uma única forma de quebrar a ligação sem que ninguém se machuque. Eu preciso tentar antes de desistir de vez dessa historia.

— Sabe como pode fazer isso?

— Conheci uma bruxa que sabe quem pode fazer por mim – ele franziu o cenho.

— Não quero te deixar ir de novo, Katherine.

— Não precisa – sorri de lado, passando a mão em seus cabelos pretos – Você pode vir comigo.


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