Seirin no Basket [HIATUS] escrita por Nanahoshi, Heisenberg24, Rayel


Capítulo 4
Período 3 - Não vou contar


Notas iniciais do capítulo

CHEGUEEEEEEEEEEEEEIII! Azinimiga acharam que eu tinha desistido da fic MAS NÃO! I AM RIGHT HERE B*TCHES!
Sei que está todo mundo querendo me matar, MAS CALMAÊ! Finalmente estou trazendo a sequência aqui para vocês, meus leitores LEAMDOS! :3
Mil perdões por toda essa demora. Além de ter mais duas longifcs pra atualizar, estive trabalhando numa outra shortfic de KnB que dei de presente para a PixelTyrell chamada 'Todos vão saber'. É do modelo personagem x leitor e tem o fofenho do Teppei *u*
Esse capítulo pessoalmente me deu um trabalho dos infernos por causa de uma cena crucial que envolvia personagens cruciais UHASUAHSAUHS Espero que vocês gostem das revelações subsequentes e do que irá começar a partir de agora :3
Miiiil agradecimentos a diva co-autora que está me ajudando horrores com o conceito dos personagens *0* Sem ela esse trem não saía de jeito nenhum! E do fundo do meu coração, o mais sincero OBRIGADA a todos os meus leitores lindos, divos e maravilhosos que estão me animando taaaanto com essa longfic! Não desistirei desse desafio de jeito nenhum e prometo dar uma ótima história para todos vocês!
Bom, sem mais delongas, O CAPÍTULO!
Boa leitura!



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Um silêncio espesso e desconfortável se estendeu entre os dois. Kazuko não aguentou sustentar muito tempo o olhar indignado e raivoso da amiga, baixando-os para o banco de metal que os separava. O garoto ergueu uma mão e esfregou o olho direito tentando empurrar as lágrimas que ameaçavam cair de volta para o lugar de onde vieram.

—Riko... – ele soluçou. – Desculpa... Eu realmente... Eu não queria magoar você...

Um nó pareceu desfazer-se no peito da treinadora. Ela suspirou e fitou a amiga.

“Então, é realmente a Kazuki...”

Nesse instante, a caloura ergueu os olhos e cravou-os no de Riko. A tristeza e a súplica turvando as íris heterogêneas da menina foram como um soco no esterno da colegial.

—Riko... Desculpa... – ela repetiu. – Eu não queria fazer nada de errado. Eu só não podia... Ficar...

E sem conseguir concluir a frase, Kazuki desatou a chorar. A veterana correu para junto dela, envolvendo seus ombros com um braço e puxando-a para mais perto. Ela soluçava baixo, mas era claro que ela estava segurando para não fazer barulho.

—Ei, ei... – Riko deu tapinhas nas costas da mais nova. – Está tudo bem, Kazuki. Eu não estou mais brava com você. Eu só queria entender o motivo...

Subitamente o corpo da caloura parou de tremer e os soluços cessaram. Ela esfregou os olhos e em seguida abriu as mãos diante de si e fitou-as.

—Prometi a mim mesma que não iria mais chorar por isso... E olha só pra mim.

Riko apertou os lábios e olhou preocupada para a amiga de infância. Para que ela fizesse uma promessa daquelas, algo realmente ruim deveria ter acontecido. Ela apertou os ombros da outra de leve e fez com que ela se sentasse no banco de metal. Quando se acomodaram, a mão esquerda de Riko apertou a da amiga que estava pousada no joelho mais próximo.

—Eu não sei o motivo de você estar aqui se passando por seu irmão. Por ser algo bem drástico, imagino que tenha sido algo...

—Grave – a garota completou com voz trêmula.

—Sim – a treinadora não sabia como perguntar, mas estava ficando cada vez mais nervosa. Precisava saber o que tinha acontecido com Kazuko. – Se você não estiver pronta pra contar, eu vou entender... Mas estou realmente preocupada com isso.

A caloura assentiu e olhou profundamente nos olhos castanhos na amiga.

—Não tem problema, Riko. Eu vou contar. Na verdade, eu preciso contar...

Kazuki respirou fundo e apertou os joelhos. Era sempre assim. Tinha que fazer um esforço enorme para lidar com as lembranças do fatídico dia e de todas as consequências. Era doloroso demais lembrar... daquilo que ficara tão profundamente marcado em sua memória.

Juntando toda sua coragem, a garota inspirou para começar a falar...

*

—Que tal irmos ao Maji Burguer?

Koganei esperou a resposta dos colegas de time com os olhos brilhando de expectativa.

Hyuuga meneou a cabeça e levou a mão inconscientemente até a base do pescoço para alonga-lo. Mitobe se limitou a sorrir enquanto Izuki concordava:

—É uma ótima pedida.

—Izuki... – o capitão suspirou colocando a mão que antes estivera no pescoço na cintura.

O armador ignorou-o.

—Vai ser legal para os calouros se sentirem mais à vontade. – comentou Furihata sorrindo para Kashka, Tsuneo e Jun. Estava evitando olhar para Marcus já que seus olhos vazios não só o intimidavam como o lembravam do garoto fantasma da Rakuzan, fato que o deixava ainda mais nervoso.

—Por mim, está ótimo. – comentou o nigeriano abrindo um sorriso enorme.

Tsuneo e Jun se entreolharam. Desde que entraram naquele ginásio, se sentiam como peixes fora d’água. Eram gatinhos indefesos no meio de feras e monstros assustadores enormes.

—Ano... – começou Jun, mas ao tentar encontrar o resto da frase, percebeu que todas as palavras haviam sumido.

—Nós temos que resolver um negócio pendente sobre a nossa matrícula – completou Tsuneo rápido demais.

Koganei e Izuki ergueram as sobrancelhas para o calouro.

—Ah... Tudo bem. – Koganei soprou meio desanimado.

Tsuneo puxou Jun pelo braço e ambos se afastaram do grupo de veteranos.

—Até mais, e obrigado! – acenou esse último.

—Não se esqueçam da entrega dos formulários! – gritou Kawahara acenando de volta com um sorriso, mas seu movimento foi logo interrompido por Kagami. O ruivo acabara de sair do vestiário e estava vindo em direção ao grupo com uma toalha pendurada em seu pescoço. Ao escutar o final da conversa, balançara a cabeça em desaprovação e interrompeu Kawahara colocando a mão sobre seu ombro.

—Esqueça esses daí – ele disse de forma simples, as sobrancelhas vermelhas franzidas.

O outro garoto piscou com um ar perdido para o ás do time. Ambos observavam as duas figuras que sumiam. Kagami tinha sua própria conclusão a respeito de todos os calouros. Aqueles dois estavam muito longe de qualquer expectativa que tinha.

—Hã?

—Eles não vão voltar... – suas sobrancelhas repartidas se franziram ainda mais numa expressão entre a tristeza e a apreensão – Dá pra ver nos olhos deles. Eles têm cheiro de fracos.

Meio tristonho e nervoso pela abordagem abrupta do camisa dez, Kawahara recolheu o braço e fitou o chão. Talvez Kagami tivesse razão. Aqueles dois não se destacavam tanto quanto os outros calouros. No jogo de teste, os garotos passaram boa parte do tempo amedrontados, quase incapazes de roubar uma bola dos veteranos. Medo não tinha lugar em um time como a Seirin.

—Bom... – começou Hyuuga soltando um longo suspiro. – Vamos para o Maji Burguer. Só que eu e o resto dos veteranos vamos depois. Temos que comparecer a uma reunião sobre a formatura. Daí você já pode ir na frente com os calouros, Kagami.

O ruivo fez uma cara irritada e esbravejou:

—Qual é? Eu não sirvo pra babá de calouro!

Hyuuga sorriu de leve e ajeitou os óculos, aproximando-se calmamente do ás do time. Antes que ele pudesse reagir, o capitão desferiu um belo cascudo no pescoço.

—Cale a boca e obedeça, aho! Não me interessa se você está no segundo ano, continua sendo calouro pra mim, ou seja, sem moral nenhuma – enquanto falava, seu sorriso se distorcia com leves tiques nos cantos da boca, o que deixava bem claro que o capitão estava se segurando para não transformar o cascudo que acabara de desferir em três.

Fazendo cara feia, Kagami massageou a nuca e fuzilou Hyuuga quando este virou as costas.

—Avise para a Riko que nós já fomos para a reunião – completou o garoto de óculos com a voz um pouco mais dura que o normal.

Kagami, Furihata, Kawahara e Fukuda acompanharam os veteranos com os olhos enquanto estes partiam. Kashka e Marcus permaneceram em silêncio esperando para saber o que viria a seguir. Quando os terceiranistas finalmente desapareceram por trás das paredes do ginásio, Kagami soltou uma exclamação e praguejou.

—Droga! Eu esqueci o que ia perguntar pra eles e nem me toquei – ele parou de reclamar e olhou para os companheiros. – Vocês viram o Kuroko?

Todos se entreolharam e, por fim, deram de ombros.

—Não – Fukuda balançou a cabeça.

O ruivo virou-se para os calouros.

—Ei, vocês viram o garoto de cabelo azul?

Marcus apenas negou com a cabeça quase imperceptivelmente. Kashka demorou alguns segundos para se lembrar do jogador fantasma.

—Cabelo azul...? Ah! Sim. Me lembro dele. Mas infelizmente não o vi, Kagami-senpai.

O camisa dez estava quase pedindo para que Kashka parasse de chamá-lo daquele jeito com aquele tom tão respeitoso. Era estranho demais.

Com outro suspiro, o ás puxou a toalha do pescoço e tornou a se dirigir para o vestiário. Tsc! Onde diabos Kuroko havia se metido?

Irritado, Taiga esfregou a nuca e bagunçou o cabelo. Estava quase alcançando a porta do vestiário, quando algo lhe chamou a atenção.  A porta do almoxarifado ainda estava fechada, e já fazia tempo demais que a treinadora e o outro calouro tinham entrado lá para buscar as toalhas. Além disso, ele havia procurado o garoto fantasma em todos os lugares possíveis dentro daquele ginásio... menos no almoxarifado. Era muito provável que ele tivesse se esgueirado para lá para fazer sabe lá Deus o quê.

Expirando com força, o ruivo vincou as sobrancelhas com impaciência e mudou sua rota. Aproximando-se da outra porta, o jogador diminuiu o passo e ergueu o braço para bater, mas uma voz o interrompeu.

 Não era nenhuma voz que ele conhecia, mas não parecia de todo estranha. Mas uma coisa era impossível negar: era a voz de uma garota, e essa garota não era Aida Riko.

Dentro do almoxarifado, com um tom triste e trêmulo, a menina disse:

—Meu nome é Murakami Kazuki, e sou irmã gêmea de Kazuko.

*

Alguns minutos antes

Quando Kazuki finalmente tomou coragem para colocar tudo para fora, Riko subitamente agarrou sua mão pousada em seu colo e a apertou com força. Por reflexo, a caloura ergueu a cabeça, visualizando aquilo que alarmara a amiga. Um vulto aparecera por detrás dos armários e fitava-as com as sobrancelhas vincadas numa expressão de desculpas. Antes que a treinadora gritasse, Kazuki reprimiu a própria vontade de berrar e cobriu a boca da outra com a mão livre. Mal conseguindo encontrar sua própria voz, a menina disse:

—Riko, por favor... Não. Grite.

As duas se entreolharam por alguns segundos, o suficiente para que a vontade de iniciar um escândalo da colegial passasse. Quando sentiu que Riko se acalmava, Kazuki recolheu sua mão e suspirou aliviada.

—Me desculpe – disse o vulto se aproximando. – Eu não queria escutar nada. Eu só vim atrás de uma toalha.

Diante das meninas, Kuroko estava de pé com uma expressão de culpa distorcendo seu rosto normalmente inexpressivo.

Vários pensamentos trespassaram a mente da novata em flashes rápidos. Uma dor sufocante começou a expulsar o ar de seus pulmões e seu coração disparou. Seu disfarce estava se despedaçando diante de seus olhos e muito mais rápido que ela previra na pior das hipóteses.

Ela sabia que o risco de a amiga de infância descobrir era alto, porém ela não imaginava que ela descobriria logo no primeiro dia. E agora outro membro da Seirin já sabia que ela não era Kazuko. Quantos mais descobririam? E o pior: como eles iriam reagir?

Subitamente, um movimento de Riko trouxe Kazuki para a realidade. Apenas alguns segundos haviam se passado desde que Kuroko falara. Os três apenas se encaravam esperando para ver quem agiria primeiro. Quando a jogadora se inclinou fazendo menção de tomar a dianteira para explicar tudo, a treinadora da Seirin pulou de pé e avançou sobre o garoto, derrubando-o no chão. Kazuki abafou uma exclamação enquanto Riko travava as pernas do segundanista com os braços puxando-as num arco alarmante. Em menos de dois segundos, Kuroko havia sido completamente preso pela chave de perna da treinadora.

—Quantas vezes eu já te falei para anunciar sua presença!? – a colegial berrou autoritariamente para o camisa onze, puxando mais e mais suas pernas.

—R-Riko! – protestou Kazuki avançando para os dois. Um olhar mortal de sua amiga a fez parar o movimento de se abaixar para socorrer Kuroko.

—Eu... prometo que... não vou contar... pra ninguém – o jogador murmurou, crispando os dedos da mão estendida para um suposto ajudante invisível que estava a sua frente.

—Riko, já deu! – vencendo o olhar aterrorizante da treinadora, a garota segurou seu braço direito e tentou livrar uma das pernas do colega de time. 

—M-Murakami-kun... Faça ela parar… – a voz do garoto de cabelo azul saiu dolorosamente pausada numa súplica.

A veterana deu um último puxão no menino e soltou-o bruscamente, levantando sem cerimônia e batendo as mãos uma na outra como se acabasse de finalizar um trabalho sujo. Atordoada pela cena que acabara de assistir, Kazuki suspirou e passou a mãos pelos cabelos curtos.

“Eu sabia que a Riko devia ser assustadora como treinadora, mas não a ponto de subjugar um jogador desse jeito...”, ela refletiu em silêncio balançando a cabeça inconscientemente num gesto de desaprovação.

Com dificuldade, Kuroko se colocou de pé e ajeitou suas vestes. Ainda preservando a expressão levemente culpada, ele tornou a encarar as duas meninas.

—Gomenasai, Murakami-kun, treinadora.  Eu realmente não irei contar a ninguém.

Riko o encarou com um olhar duro. Depois, com um longo suspiro, ela colocou os dedos na testa e pareceu meditar por alguns segundos. Suas sobrancelhas estavam extremamente franzidas denunciando sua preocupação.

—Francamente... – ela murmurou.

Kazuki e Kuroko guardaram silêncio.

—Não tem mais volta. – a treinadora disse quebrando o silêncio subitamente. – Como o Kuroko-kun agora sabe, acho que você deve a verdade para ele também.

A garota assentiu tristonha. Ela não se importava que ele ouvisse. O problema era exatamente contar tudo.

Sentando-se novamente no banco, Kazuki respirou fundo várias vezes e escolheu cuidadosamente as lembranças, enfileirando-as cronologicamente em sua cabeça. Teria de fazer um esforço enorme para não se deixar levar pela emoção, mas já era um exercício. Precisava superar aquilo de uma vez por todas, senão jamais conseguiria atingir o objetivo que tinha em mente como Murakami Kazuko do time de basquete da Seirin.

Riko adiantou-se até o banco e sentou ao lado da amiga. Novamente, pousou sua mão sobre a dela e deu um olhar encorajador e suplicante. Kazuki sabia que ela estava muito tensa esperando pela verdade, já que Kazuko fora um de seus melhores amigos desde sempre.

O garoto fantasma, por sua vez, dedicava-se a fitar a novata com seu típico olhar inexpressivo. Ela jamais poderia sequer sonhar o que se passava na cabeça dele naquele instante. Ignorando suas especulações, ela inspirou novamente e começou a contar.

—Bom, como você deve ter escutado, eu não sou quem vocês pensam que sou. Meu nome é Murakami Kazuki, e sou irmã gêmea de Kazuko...

A treinadora leu cada palavra saindo dos lábios da amiga e, a cada frase que se montava, ela sentia seu coração sendo gradativamente comprimido entre seus pulmões. Quando Kazuki terminou o relato, ela precisou de vários segundos, que talvez tenham se transformado em minutos, para digerir a verdade.

Aquilo soava como uma piada de mau gosto. Simplesmente não podia ser verdade.

Kuroko, como esperado, se manifestou apenas com seu silêncio. Porém, o que ambas as garotas não perceberam em seu olhar aparentemente estático foi o horror que fez suas íris azuis tremerem, o horror de se imaginar no lugar de Kazuko.

—Então... – a voz embargada de Riko finalmente rasgou o silêncio melancólico que se instalara no almoxarifado. – O Kazuko-kun... Ele...

Não foi necessário nem mais uma palavra para que a outra entendesse a pergunta. Ela assentiu com tristeza, lágrimas empoçadas no canto dos olhos. As íris castanhas da veterana turvaram-se diante do gesto positivo da amiga.

Aquilo... Aquilo era... Triste demais...

Sem pensar, a colegial jogou os braços ao redor da mais nova, enterrando o rosto em seu ombro magro.

—Me desculpe Kazuki... Por fazer você reviver tudo isso – por sua voz, era evidente que ela segurava o choro a todo custo.

A caloura permaneceu em silêncio. A cabeça pendia para frente, impedindo que os outros dois vissem sua expressão. A única coisa que Kuroko conseguiu ver foi o lábio inferior da menina tremendo de forma alarmante.

Os segundos se arrastaram e ninguém teve coragem de falar nada. Sentindo a necessidade de se pronunciar, o garoto de cabelos azuis se adiantou um passo e abriu a boca, porém Kazuki foi mais rápida.

—Tá tudo bem, Riko. Eu não ia poder chorar pelos cantos para sempre por causa disso. Preciso aprender a encarar o que aconteceu.

A outra se afastou da amiga e olhou bem fundo em seus olhos, e um intenso sentimento de admiração preencheu seu peito. Talvez Kazuki não pensasse naquela forma, mas pelo simples fato de estar ali fazendo aquela loucura já a tornava alguém extremamente forte. E o motivo por trás daquilo tudo... Bem... Não era necessário que a garota explicasse essa parte para Riko. Ela conhecia os gêmeos Murakami o suficiente para saber o motivo óbvio que fizera Kazuki assumir o papel do irmão e entrar no clube de basquete da Seirin.

Clube de basquete...

—Ai não! – exclamou Riko saltando de pé subitamente. Isso fez com que ela quase derrubasse Kuroko novamente no chão, já que o menino estivera o tempo todo em pé diante delas.

—Merda! Como é possível que eu ainda não em acostumei com essa falta de... – ela começou a resmungar, mas logo balançou a cabeça efusivamente. - Ah, deixa pra lá! Ficamos tempo demais aqui dentro! Os outros com certeza já devem estar achando estranho e... DROGA!

Ela começou a xingar baixinho e correu para os armários com as toalhas. Sem nenhum aviso, escancarou a porta e começou a jogar os rolos felpudos em cima do garoto de cabelo azul e da amiga.

—Tomem essas toalhas. Digam que demoramos a achar porque tinham colocado no caixa dos coletes antigos em cima dos armários – ainda dando instruções ela se dirigiu rapidamente para a porta. – Kuroko-kun, por favor, fique de olho na Kazuki para mim até eu voltar. Tenho uma reunião sobre a formatura e já estou super atrasada! Juntem-se com o resto do time e- – ela escancarou a porta e precipitou o corpo para fora, mas um vulto alto barrou seu caminho.

Interrompendo abruptamente seu discurso, Riko ergueu seus olhos com uma lentidão exagerada até focalizar o rosto assustado do ás da Seirin.

—Ka-Kagami! – ela exclamou sem pensar.

—Igh! – ele engoliu um seco e se afastou três passos da treinadora. Droga! Ficara tão concentrado em digerir toda a história que acabara de ouvir que esquecera de prestar atenção na movimentação dentro do depósito.

Atrás dela, Kuroko e Kazuki o encaravam, um com a expressão completamente oposta à do outro. A garota estava com os olhos arregalados para o ruivo, o horror se espalhando por todo o seu corpo com a ideia de Kagami ter escutado toda a conversa. Por outro lado, Kuroko conservava sua típica cara de paisagem.

Antes que qualquer um pudesse falar alguma coisa, Riko agarrou o ruivo pela gola da camisa e puxou-o para dentro do almoxarifado, empurrando Kazuki e Kuroko para trás.

—O-oi! – Kagami protestou.

—Ai, que saco! – ela praguejou. – Eu não tenho tempo pra resolver isso, mas é o seguinte: pela sua cara, deu pra perceber que você escutou alguma coisa importante. Então – ela virou teatralmente para o camisa onze a apontou o dedo indicador para ele. – Você vai ajudar a Kazuki a explicar tudo.

Voltando seu olhar castanho para o ás do time, a treinadora franziu perigosamente a testa e ergueu um punho. Kagami sentiu a aura psicopata de treinadora se agigantando ao seu redor e recuou.

—Se você abrir a boca pra mais alguém, pode se preparar pra conhecer o inferno na terra, Bakagami.

O camisa dez engoliu em seco e assentiu.

—Ótimo – ela deu aquele sorrisinho nada simpático e saltou para fora do almoxarifado. – Pegue mais toalhas nos armários de trás e finja que eu pedi para que você ajudasse os dois.

E com essa última ordem, Riko correu para o banco dos reservas para pegar sua pasta e depois seguiu para a saída do ginásio.

Quando não havia mais sinal da terceiranista, Kagami saiu de seu estado acuado e olhou para seus dois companheiros de time.

—Bom... – ele tentou falar, mas estava se sentindo ridículo por ter sido pego no flagra. Ele passou a mão pelos cabelos e olhou para o suposto Kazuko.

—Kagami-kun – o jogador fantasma chamou trazendo a atenção para si novamente.

—O que foi?

—As toalhas – Kuroko apontou para o fundo do almoxarifado, os olhos completamente vazios e despreocupados.

—Cala a boca! – berrou o jogador. – Eu sei o que tenho que fazer...

Kazuki estava encolhida ao lado de Kuroko abraçando com força os rolos de toalha que Riko jogara sobre ela. Suas pernas tremiam violentamente e ela só conseguia pensar numa coisa: mais um descobrira sobre seu disfarce.

No final das contas, sua parte racional estava certa: aquilo era loucura. Ela jamais conseguiria enganar tantas pessoas se envolvendo num time de basquete de garotos. Tinha que desistir o quanto antes. Cancelaria a matrícula e voltaria para Osaka o mais rápido possível.

A garota fechou os olhos com força e apertou ainda mais o amontoado felpudo preso em seus braços.

Estava tudo dando errado...

Um toque súbito tirou Kazuki de seu fluxo de pensamentos desesperados. Ela abriu os olhos e olhou para a direita. O jogador fantasma tinha colocado a mão sobre seu ombro e a fitava. O olhar azul de Kuroko, por mais inflexível que fosse, inspirou uma segurança inesperada na menina.

—Vai ficar tudo bem. O Kagami-kun não vai contar para ninguém.

A novata piscou duas vezes, atônita.

—Kuroko-senpai... – foi a única coisa que ela conseguiu dizer.

Nesse instante, Kagami voltou dos fundos carregando muito mais toalhas do que o necessário para os membros do time.

—Kagami-kun, não precisa de tantas. Eu e o Murakami-kun já estamos com algumas – o tom usado pelo segundanista dava a entender que o ruivo era completamente incapaz de ver que os dois já estavam carregando um certo número de toalhas.

—Tsc – o jogador estalou a língua e derrubou algumas toalhas em cima do banco de metal.

A garota suspirou aliviada ao perceber que Kuroko a tratara como garoto, demonstrando respeito por sua decisão de se passar pelo irmão e ainda conforto para avisá-la de que ele realmente não contaria a ninguém.

Os três saíram de volta para o ginásio, e assim que pisaram para fora do depósito, alguém gritou do outro lado da quadra:

—Ooi! Kuroko! Kagami! Por que demoraram tanto?

Os dois trunfos da Seirin se entreolharam e seguiram até onde os outros estavam. Encolhida e acuada, Kazuki seguiu em silêncio atrás dos dois. Ao se aproximarem, Furihata se adiantou e olhou com as sobrancelhas tortas para a quantidade estranha de rolos felpudos que os amigos traziam do almoxarifado.

—Pra quê tanta toalha? – ele perguntou meneando a cabeça com a mão no queixo.

—Ordens da treinadora – o ruivo falou simplesmente, seguindo para o vestiário.

Sem dizer nada, os outros dois seguiram Kagami para deixar as toalhas dentro do outro cômodo. Uma vez livres da tarefa, os três tornaram a se juntar ao time.

—Demoraram para encontrar as toalhas? – perguntou Fukuda erguendo as sobrancelhas.

—Hai – respondeu o menino de cabelos azuis. – Elas estavam na caixa dos coletes antigos. Por isso não achamos fácil.

Enquanto Kuroko falava tranquilamente a mentira que a treinadora os instruíra a contar, Kazuki o observava com os olhos levemente arregalados. Era incrível como ele estava calmo e falava tudo de forma tão natural. Realmente... Ele era excepcional em dissimulação.

Kagami, por outro lado, parecia extremamente desconfortável. Alternava olhares rápidos para o garoto fantasma e para o suposto Murakami. Era evidente que a cabeça do ás da Seirin estava uma bagunça. Como pegara a conversa no meio do caminho, demorara séculos para juntar as peças e entender que, aparentemente, Murakami Kazuko não era Kazuko, e sim sua irmã gêmea chamada Kazuki. Algo terrível parecia ter acontecido com o verdadeiro Murakami, mas infelizmente, ele não conseguira escutar muito bem aquela parte da história. Além disso, ainda havia a questão mais importante: por que raios aquela garota tinha inventado de se passar pelo irmão, se matricular na Seirin e entrar para o clube de basquete?

Era impossível negar que ela jogava bem, mas ela podia muito bem vir para a Seirin como uma garota e entrar no clube de basquete feminino, ou até mesmo fundar um caso não houvesse um clube. Então por que…?

—E aí, vamos para o Maji Burguer? – convidou Kawahara abrindo um sorriso e arrancando Kagami de suas reflexões.

—Vamos! – respondeu Kashka todo animado. – Vamos logo pra podermos pegar lugares pra todo mundo.

Marcus acompanhava tudo com um olhar extremamente entediado, mas assim que Kashka deu o comando para irem, ele girou nos calcanhares e seguiu para a porta do ginásio sem dizer palavra. O gesto conseguiu distrair o camisa dez da questão Kazuko/Kazuki, deixando-o profundamente irritado. Ele com certeza não se daria bem com aquele calouro.

Os outros três segundanistas se entreolharam e seguiram o novato, juntamente com Kashka. Kuroko, Kagami e Kazuki ficaram para trás por um instante, mas logo o primeiro avançou. A garota o seguiu por puro instinto, encolhendo-se ao lado do jogador fantasma. Por fim, o ruivo se juntou a eles depois de despertar de suas mil e uma especulações de qual seria a primeira confusão que arranjaria com o novato do piercing.

No caminho, os únicos que conversavam eram Furihata, Fukuda, Kawahara e Kashka. Eles enchiam o nigeriano de perguntas e ele respondia tudo com o sorriso mais simpático do mundo no rosto. Kagami observava tudo com um olhar apreensivo, tentando deduzir se eles escutariam alguma coisa caso tocasse no assunto sobre a garota. Ele diminuiu o passo e os outros dois o acompanharam inconscientemente. Quando a distância se tornou segura, Kagami se curvou e sussurrou para Kuroko, que estava ao seu lado:

—Dá pra explicar o que tá rolando?

O estudante sequer virou o rosto para o amigo.

—Agora não, Kagami-kun.

—O-oi! – ele protestou erguendo a voz, mas logo se arrependeu ao receber o olhar vazio de Kuroko.

Com apenas esse gesto, o ruivo entendera. Disfarçadamente, ele inclinou o tronco um pouco para trás, o suficiente para conseguir ver Kazuki por completo, o que não era tão difícil já que os dois eram bem mais baixos do que ele. A garota estava completamente encolhida, os ombros trêmulos, uma postura completamente diferente da que demonstrara quando chegara mais cedo no ginásio naquele mesmo dia.

Coçando a bochecha e se sentindo meio mal por estar forçando o assunto, Kagami se endireitou e continuou caminhando em silêncio.

Quando faltava apenas uma quadra para o Maji Burguer, Kuroko quebrou o silêncio.

—Murakami-kun, tente agir naturalmente até irmos embora. Se você continuar encolhido desse jeito, com certeza vão desconfiar que alguma coisa aconteceu.

Kazuki, pega de surpresa pelo conselho de Kuroko, teve um sobressalto e endireitou as costas de modo meio exagerado. Depois, seus olhos heterocromáticos buscaram o rosto do veterano, um leve brilho fazendo suas íris tremeluzirem.

“O Kuroko-senpai... Ele está realmente me ajudando...”, ela pensou entre o assombro e a gratidão.

—H-hai... – ela murmurou meio sem jeito. – Obrigado, Kuroko-senpai.

O menino fantasma sorriu para a caloura, deixando ainda mais encantada. Ele era realmente um menino muito gentil. Já estava mais que segura para confiar no jogador fantasma da Seirin. Aquilo foi um conforto muito grande.

Sem saber o que fazer, Kagami apenas guardou silêncio.

Finalmente chegando ao Maji Burguer, o time da Seirin já procurou a maior mesa, que ficava do lado esquerdo da porta, rente à parede. Kuroko se acomodou no terceiro banco da esquerda para a direita, e Kazuki logo tratou de sentar ao seu lado, no segundo banco. Os outros três jogadores, juntamente com Kashka, escolheram sentar encostados na parede, ocupando os bancos de frente para os que já estavam acomodados. Marcus sentara-se silenciosamente duas cadeiras à direita de Kuroko, e dedicava-se fitar os sulcos da parede com seu olhar violeta opaco.

Ignorando completamente o aviso dos colegas para esperar os veteranos, Kagami foi logo para a fila do caixa, voltando alguns minutos depois com sua costumeira pilha de hambúrgueres. Sem cerimônia, pousou a bandeja ao lado de Kuroko e se sentou.

De onde estava, Kazuki arregalou os olhos para a montanha de pacotes alaranjados e, sem perceber, soltou uma pergunta:

—Você vai comer isso tudo sozinho?

Os veteranos sentados de frente para ela riram.

—Vá se acostumando, Murakami-kun. O apetite do Kagami não é nada normal.

Kazuki piscou assustada para o ás do time.

—Sugee...

Tão inexpressivo quanto Kuroko, o ruivo se dedicava a comer seus hambúrgueres. Por dentro estava imensamente feliz de ter algo para mastigar e ajuda-lo a esquecer todas as coisas bizarras que tinham acontecido naquele dia.

Passados mais ou menos vinte minutos que haviam chegado ao Maji Burguer, os veteranos apareceram. Chegaram conversando alto, e Koganei ria escandalosamente de algo que Izuki havia dito. Fukuda acenou para eles, e logo todos os membros da Seirin haviam se acomodado nos bancos. Bom... Todos menos um.

—Ué? Cadê a treinadora? – perguntou Kawahara.

—Ela ficou para resolver alguma coisa – explicou Hyuuga ajeitando os óculos e franzindo a testa. – Alguém a chamou quando a reunião acabou. Eu não sei o que é, mas de uma coisa eu tenho certeza: bom não é.

Kagami parou de comer e prestou atenção no capitão. Todos os olhos estavam voltados para o camisa quatro naquele momento.

—Por que não? – quis saber Fukuda.

Hyuuga fechou os olhos e esfregou a testa com dois dedos numa expressão de preocupação.

—Quando a chamaram, ela saiu saltitando.

***

—Como podem ver, temos bastantes novidades no time esse ano. Minha intenção é reinventar todos os aspectos possíveis. A equipe foi praticamente renovada, então temos muito o que trabalhar no quesito sincronia e trabalho em equipe – disse o homem esguio de cabelos negros para seu time.

O treinador Nakatani andava de um lado para o outro diante da multidão de calouros recém-admitidos no time da Shutoku. Apenas dois alunos encaravam o grupo de frente.

—Para começar, teremos um novo capitão e um novo vice-capitão – ele parou teatralmente de frente para o centro da primeira fileira de novatos e fez um gesto abarcando os dois alunos que estavam mais atrás. – Eles serão, respectivamente, Midorima Shintarou e Takao Kazunari.

O veterano de cabelos verdes limitou-se a fechar os olhos e ajeitar seus óculos, enquanto o outro acenou animadamente para os calouros e os cumprimentou:

—Yo! Prazer em conhece-los! Como vice-capitão, tenho um conselho para vocês: não irritem o novo capitão… ele é meio temperamental – e ao finalizar a fala, abafou uma risada.

—Calado, Takao – disse Midorima em tom sério, passando seu item da sorte da mão direita para a esquerda.

Os outros membros do time encararam a dupla com uma mistura de medo e admiração. Todo mundo conhecia Midorima Shintarou. A fama dele e dos outros jogadores da Geração dos milagres ultrapassaram barreiras que limitavam colégios e alcançou até mesmo remotos lugares do Japão. Estar diante de um dos membros dessa geração brilhante era realmente intimidador para qualquer um, e os calouros comprovaram na pele a sensação.

—Continuando, decidi que precisávamos de alguém cuidasse especificamente do preparo físicos dos jogadores. E é por isso que trouxe para a Shutoku uma nova manager.

Nesse instante, um vulto esguio e elegante surgiu na entrada do ginásio. Como a luz do sol batia diretamente no portão, foi impossível discernir suas feições até que ela estivesse bem perto. A recém-chegada caminhou graciosamente até parar ao lado do treinador. Trajava o típico uniforme da escola, porém conservava o casaco de manga longa negro cobrindo a blusa branca padrão. Usava meias negras que iam até seu joelho, e nos pés calçava sapatilhas marrons de bico arredondado. Para uma garota, era relativamente alta, tendo por volta de 1,75m. O cabelo era alaranjado e escorria em ondas graciosas até um pouco acima dos seios volumosos. Seus olhos sérios cor de mel conservavam um ar maduro por trás das lentes dos óculos sem armação que usava. Trazia um caderno neutro em um dos braços.

—Está é minha filha, Nakatani Tatsumi, e ela será a nova preparadora física de vocês -o técnico a apresentou, completamente orgulhoso.

A moça segurou a haste lateral de seus óculos e o ajeitou, seu olhar sério varrendo os calouros como se pudessem ver através deles.

—Prazer em conhecê-los – ela disse simplesmente. A voz soava madura e musical ao mesmo tempo, no tom de um lindo mezzo soprano.

Os calouros devolveram o cumprimento de forma respeitosa. Mesmo que fosse inegável o fato de que a filha do treinador fosse encantadora, nenhum deles foi louco o suficiente de emitir no mínimo um sorrisinho charmoso a ela. Ninguém era maluco para começar o ano já irritando o capitão e muito menos o técnico.

—E mais uma coisa –  continuou o treinador com um leve sorriso brincando no canto dos lábios. – Já temos um amistoso marcado para a próxima semana, na quinta feira. Quero ver o que vocês são capazes de fazer.

Com uma atmosfera de excitação e tensão, os calouros bradaram:

—Sim, senhor!

***

Todos já tinham recebido seus pedidos e seguido o exemplo de Kagami. Estavam quase terminando quando Riko adentrou o Maji Burguer toda saltitante. Os veteranos automaticamente sentiram um arrepio correndo pela espinha. O que diabos ela tinha aprontado daquela vez?

Ela foi direto para o banco vazio ao lado de Kazuki e fitou os jogadores com um sorriso radiante. Kashka olhava para os veteranos que pareciam ter uma nuvem de tempestade sobre suas cabeças, completamente cheio de dúvidas. Kazuki também estava perdida, observando a expressão de medo de Furihata sentado à sua frente. Apenas Marcus, aparentemente, não tinha se interessado pelo clima estranho que pairava sobre a mesa.

—O que foi? – perguntou Kazuki finalmente quebrando o silêncio. – Parece feliz, Riko...

Ela não percebera, mas Hyuuga estendera a mão em sua direção para impedir que a garota falasse alguma coisa, mas fora lento demais. Ele apenas recolheu o braço e esperou a tempestade desabar sobre suas cabeças.

—Solicitaram um amistoso com a gente – anunciou a treinadora cantarolando.

—Oh, sério? – animou-se Kashka.

Pela primeira vez naquele dia, Marcus pareceu esboçar alguma emoção em seu rosto estático. Suas sobrancelhas grossas ergueram-se levemente e ele voltou os olhos para sua veterana.

—Com quem? – perguntou Kazuki sentindo ansiedade e expectativa se misturando com o hambúrguer que acabara de comer.

Riko alargou ainda mais o sorriso.

—Contra a Shutoku.

Kagami, que estivera tenso de excitação em seu lugar desde que a treinadora adentrara a lanchonete, sorriu em desafio e olhou para Kuroko.

—O Midorima não vai deixar barato depois daquela derrota… - falou, o tom levemente tenso. Desde o último jogo, vira nos olhos de esmeralda de Midorima que ele iria desejar uma revanche… e que viria ainda mais perigoso que antes.

O jogador fantasma assentiu.

Todos pareciam estar oscilando entre a animação e a ansiedade na mesa... Menos um.

Kazuki estava congelada no banco, os dedos apertando com toda a força a borda da mesa. Quando finalmente Riko notou a tensão da amiga, ela buscou seu olhar heterocromático e entendeu a gravidade do que acabara de anunciar.

Como se não bastasse ter sido descoberta por ela, Kuroko e Kagami no mesmo dia, em pouco mais de uma semana ela teria que jogar seu primeiro jogo pela Seirin contra um dos reis de Tokyo, ou mais especificamente, seu amigo e paixão de infância, Midorima Shintarou.

Lentamente, a novata soltou a borda da mesa e segurou a cabeça entre as mãos. Apenas um único pensamento lhe preenchia a mente.

“E-eu vou jogar... Contra o Shin-kun?”.


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Notas finais do capítulo

Vocês devem ter percebido que a Kazuki trocou o “chan” do apelido do Midorima para “kun”. Não estranhem pois como eles são adolescentes agora, as formas de tratamento mudam, principalmente quando tem um sentimento rolando ali se é que vocês me entendem HUASHUAHSUH
E aí pessoal??? O que estão achando da fanfic? Estão gostando da Kazuki, do Marcus e do Kashka?? O que mais vocês querem ver? Opinem, critiquem, comentem!
Não se esqueçam da Sessão PAN! : Pergunte à Nana-chan!
Podem fazer qualquer tipo de pergunta relacionado à fanfic, ao meu trabalho, pedir dicas de escrita e etc.
E para os fãs de Seirin no Basket, criei um tumblr para que vocês peçam curiosidades relacionadas aos personagens, solicitem cenários com os personagens da fanfic e de KNB para que eu escreva e muito mais!
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