My Impossible Girl escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 22
Anseios de um adolescente apaixonado


Notas iniciais do capítulo

Sim, essa fic finalmente saiu do HIATUS, depois de dois anos. Eu nem tinha notado que tanto tempo havia passado desde a última vez que postei um capítulo. 2017 foi meu último ano na escola e por isso, muito corrido, em 2018 eu passei por mutia coisa: comecei uma faculdade, comecei a trabalhar como voluntária, tranquei a facul e sai do meu emprego. E isso é apenas um resumo.
Mas, não havia uma única vez em que eu não abrisse meu computador que eu não pensasse em continuar essa história que eu amo tanto e que tenho um carinho enorme.
Além de tudo isso, também estava sem inspiração e tive um bloqueio criativo com ela. Mas, para terem uma noção de quanto eu amo essa história, eu quase chorei quando tirei o HIATUS do título dela. Espero que gostem e nos vemos lá embaixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/683752/chapter/22

                                         P.O.V Matt

Passo o dia todo olhando para a janela e Clara, anotando a aula toda. Em parte, penso nela e no seu mais novo vizinho e então mudo para a festa que queremos dar. Vai ser trabalhosa, mas sei que vai ficar incrível no final. Além disso, temos mais quatro pessoas que irão nos ajudar sem pensar duas vezes.

Ter Danny Pink em nossa sala de aula, não será uma tarefa fácil. Por que ele dentre de todos os seres humanos tinha que estar no mesmo ambiente que eu? Ao menos, ele não é um psicopata nem um stalker. Pensando bem, poderia ser pior.

A situação pode ser desagradável, mas não é perigosa. Se teve uma coisa que aprendi durante todos esses anos de escola e assistindo filmes e séries, é que não importa o quão seja a situação, ela sempre pode piorar.

E piorou, não deixei de notar quando Clara começou a rasgar os papéis que ele lhe mandava e começou a organizar o material embaixo da carteira antes da aula acabar, repeti seus movimentos e quando o sinal tocou, nos direcionamos para o pátio e logo alcançamos a saída. Danny estava chegando no final das escadas quando os carros de John e de Jack deixaram o estacionamento.

Sinto que isso tudo ainda dará muito pano para manga, eu só espero que esse menino não cause mais confusões na minha vida e que não nos atormente. Afinal, minha garota já teve um ano bem difícil e por mais que fosse forte, o luto ainda a abalava. Especialmente em datas comemorativas ou quando achava que tudo ficava complicado demais.

Vou o caminho todo em silêncio escutando minha playlist chamadas “músicas para quando se está apaixonado”, já que John e Rose iriam conversando e trocando carícias e eu não queria conversa. Aproveitei o melo deles para usar como desculpa para sair da realidade durante o percurso.

Eu só queria que tudo voltasse a ser como era, sem problemas, sem garotos nos atrapalhando e nós dois deitados em algum lugar, enquanto fazíamos planos para o futuro, fosse ele perto ou longe, fosse planejar uma festa para daqui algumas semanas ou planejar nosso casamento e como nossa casa seria.

Para as pessoas normais esses planos são comuns de se fazerem nos primeiros meses de namoro, também é normal sonhar em ter filhos e com o trabalho que terão, mas Clara não era comum. Então, queria acreditar que aqueles planos realmente eram planos, apesar de ser sonhador, eu também sabia ser realista quando necessário.

Chego em casa e almoço na única companhia que tenho, meu irmão, por mais que ele me entenda, acho que não vai compreender essa parte da minha vida, afinal o relacionamento dele com a loira é bem diferente do meu com a morena. Ele é apaixonado por ela desde sempre e vice-versa, iria acontecer mais cedo ou mais tarde, mas iria acontecer.

— Quer me falar o que houve? – John me tira de meus próprios pensamentos.  

— Está tudo bem. – minto e espero para que dê certo.

— Regra número um sobre o Doutor: ele mente e você também. Pode ser uma ligação de gêmeos ou apenas a sua cara, mas você sabe que eu sei dizer quando não está bem, então não adianta tentar disfarçar, não para mim. – me diz arqueando uma sobrancelha e eu sei que ele tem razão.

— Estava pensando em mim e na Clara, desde que Danny Pink chegou na cidade sinto que algo dentro de mim mudou, eu não quero ser o tipo de namorado sufocante nem abusivo. Mas também tenho sentido muito ciúmes, algo que não sei explicar. Fizemos tantos planos juntos, dividimos tantos sonhos e tenho medo que isso acabe. A presença dele me faz pensar que estou em uma bolha, um conto de fadas que irá acabar a qualquer momento. – desabafo e me sinto mais leve.

— Sabe maninho, isso pode acontecer. Porque a vida é assim; relacionamentos acabam, vidas mudam, pessoas nos deixam sem razão, mas cabe a você decidir se vai viver pensando nisso ou aproveitar cada segundo, cada minuto, cada momento. Eu também tenho medo de perder Rose, mas se for ficar pensando nisso vou me afastar e perde-la de vez. – me abraça e agora sei o que devo fazer.

Deveria conversar mais com meu irmão, ele realmente me entende. Como ele disse, pode ser a convivência ou essa ligação inexplicável de gêmeos, mas não há como esconder nada dele. Volto a ouvir minha playlist e dessa vez tenho uma visão mais otimista. Clara é meu amor, talvez seja o amor da minha vida, mas se um dia for acabar, só poderei agradecê-la por tudo o que me ensinou.

Ele também tem razão em outro ponto: tudo muda. A pessoa pode ser um amor de infância, um amor de colegial, o amor para a vida toda, um amor interrompido por forças maiores ou um amor platônico. Eles acontecem em momentos diferentes, com pessoas diferentes, pode ser que hoje eu a namore, nos terminemos e depois de anos nos reencontremos e nos casemos. É um universo de infinitas possibilidades.

Vou para o meu quarto e me celular apita no mesmo instante. Paro de vez de pensar em algo que só vai me fazer mal ao ver a notificação que chegou. Era de Oswald.

“ Amor, meu pai teve ideia do século (emoji de olhos rolando). Ele quer que eu vá para a escola com os Pink. Argh! Ele só pode ter ficado maluco!”

Leio e antes que possa responder algo, aparece “digitando” na tela e a mensagem chega logo em seguido.

“Deixa quieto, consegui convencer ele de me deixar ir e voltar da escola com Jack e sem dar carona para nosso vizinho. Falo com você mais tarde, preciso ajudar a Alice com umas questões (carinha piscando de um olho só).”

Já até sei do que se trata essa "questão" e se eu estiver certo, ela tem nome e sobrenome. Jack Harkness é o responsável por mexer com a cabeça da melhor amiga da minha namorada. Por mais que eu estivesse calmo, me senti aliviado ao saber que ela odeia Danny tanto quanto eu e quer distância dele.

No fim do dia, o universo sempre dá um jeito de concertar as coisas. Eu só espero que para isso ele não tenha que bagunçar e virar ainda mais as nossas vidas de cabeça para baixo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso, espero que gostem. Não deixem de comentar e vejo vocês no próximo capítulo (que saudades de escrever isso!!!). Beijos com gosto de cupcakes azuis.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Impossible Girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.