My Impossible Girl escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 18
Um almoço tão normal quanto neve no Brasil


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem desse capítulo, sei que estou dois dias atrasadas, porém tive vários compromissos esse fim de semana e agora que estou de férias terei muito mais tempo para escrever e atualizar a fic. Talvez consiga postar dois capítulos por semana. Nos vemos lá embaixo.



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P.O.V Matt

Acordo suando no meio da noite, quando me viro para ver o relógio que fica em meu criado-mudo quero gritar de raiva, ainda são duas da manhã de um sábado. O que quer dizer que já é domingo na verdade, odeio ter pesadelos, principalmente quando as pessoas que eu gosto sofrem nesses tipos de sonho e eu não posso fazer nada. Devo estar muito inquieto, pois John vira para meu lado e abre os olhos.

Não costumo dividir o quarto com John, fazíamos isso quando éramos crianças, porém com o Natal chegando, falta menos de um mês, minha mãe resolveu descer com todos os enfeites e a árvore, que ficam guardados nos armários de casa durante o resto do ano e colocou no quarto do John. Diz ela que fazendo isso tem uma melhor noção do que já tem e do que falta comprar, mas todos nós sabemos que ela só faz isso para diminuir a ansiedade de ver a casa toda decorada.

Enfim, voltando ao que importa, é que eu acordei meu irmão as duas da manhã e em pleno fim de semana e ele vai me matar, não dormirmos cedo quase nunca, mas quando estamos cansados não queremos ser acordados por ninguém, apenas naturalmente e pelo olhar dele posso ver que hoje foi um desses casos.

— Matthew Smith volta a dormir ou eu vou ser obrigado a te fazer dormir com um mata leão. – diz com raiva.

— A culpa não é minha se eu tive um pesadelo justo hoje, bem no dia que você só quer ser acordado se for de forma natural. Eu também queria acordar só depois do meio-dia, mas não é assim que a vida funciona. Agora cala a boca e volta a dormir. – respondo já sem paciência.

— Não era minha intenção te deixar bravo, já é de madurada, não vamos brigar, afinal somos irmãos que estão com sono e faz mal dormir brigado com alguém da família. – John volta a atrás. — Aliás sobre o que foi seu sonho? – indaga só agora.

— Sonhei que Danny Pink tinha sequestrado Clara e que você estava ao lado dela também acorrentado e que para salvá-la, eu precisava passar por uma série de provas para alcançar vocês e uma delas era salvar apenas uma pessoa entre o Jack e a Alice, eu não consegui escolher e ele acabou assassinando vocês na minha frente. – falo tentando me controlar para não gritar de raiva ou quebrar algo.

— Relaxa, ele não vai fazer nada contra nós, vamos dar um jeito nele antes que qualquer coisa aconteça. Agora tente dormir que amanhã vamos almoçar na casa da Clara, você mesmo me lembrou disso algumas horas mais cedo. – se vira de lado e puxa a coberta até seu pescoço, faço o mesmo, porém viro para o lado oposto.

Acordo com o despertador tocando as 11 da manhã e levanto rápido, vou acordar John, contudo ele já está pronto e sai para buscar Rose, me avisa para ir rápido que quando ele voltar, já vamos sair para ir almoçar. Coloco uma calça de um terno preta, uma camisa, um blazer marrom, o cinto e o suspensório, como vamos almoçar lá coloco minha gravata-borboleta vermelha. John está com seu terno marrom risca-de-giz azul, o sobretudo da mesma cor e seu velho all-star branco.

Quando chegamos vamos toda a família reunida no sofá e Jack passa seu braço pelos ombros de Alice, porém ao invés dela se aconchegar nele como sempre faz, retira os braços do mais velho e se afasta. Sinto que algo aconteceu entre eles e quando vou perguntar vejo Clara olhando para mim e suplicando com os olhos para não perguntar.

Decido ficar quieto para meu próprio bem, mas parte de mim ainda quer saber o que houve. Conhecendo bem essa família sei que vão deixar escapar a informação em algum momento do dia, só espero que não seja durante almoço, odeio comer com todos gritando a minha volta, sinto que a comida não cai bem no estômago.

Lice que estava sentada entre Clara e Jack pede para trocar de lugar comigo e se senta somente ao lado de Jack, aproveito para entrelaçar meus dedos nos de Clara e mostrar que estou ao seu lado não importa o momento. Alice muda novamente de lugar, porém dessa vez quem se senta ao lado de Harkness é a Rose. Vejo que ela sussurra algo em seu ouvido e ela dá um sorrisinho de quem aprontou algo.

Agora tenho certeza de que os dois aprontaram e a julgar pelas feições de ambos, Jack gostou e Alice não. Ficar quieto não é meu forte, odeio ficar sentado por muito tempo sem fazer nada, então decido levantar para buscar água, papel e caneta.

— Vamos jogar stop? – indago. — Podemos fazer duplas, o que acham?

— Sim! – quase todos respondem. — Não. – Alice diz cruzando os braços. Nunca a vi de mal humor e essa pequena amostra já é o suficiente para eu dizer que não quero nunca mais vê-la assim.

— Ah, por favor. Nós podemos sortear as duplas para ficar mais justo. – Clara propõe e mais uma vez pede para que eu não me oponha a sua ideia.

— Tudo bem, mas você escrever os nomes e os tira. – olha desconfiada para Jack.

Com as duplas já formados começamos a jogar, Clara ficou com a Alice, eu com a Rose e Jack com John, sinto um pouco de pena de John por sua dupla, Jack não vai dar sossego até colocar a resposta que quer. Vão ser dez rodadas e o perdedor terá que dar um selinho em qualquer outra pessoa da sala, Alice não gostou nenhum pouco, mas aceitou o desafio.

— Nome, Alice. Animal, alce. Comida, arroz. CEP, Arizona. Filme/Série, nada. MSÉ, adorável. – Jack e John dizem.

— Nome, Alice também. Animal e comida igual ao de vocês. Filme/Série e MSÉ nada. – digo.

— Nome, Arthur. Animal, arara azul. Comida, abobrinha. Filme/Série, A vida é bela e MSÉ, amável. – Clara e Lice dizem.

E assim foi sucessivamente, elas estavam ganhando até então, porém para deixar a aposta mais legal, só valia para quem perdesse na última jogada e como aprendi em matemática a probabilidade de Jack e John perderam de novo era mais alta do que a de ganharem.

— Nome, James. Animal, nada. Comida, nada. CEP: Jamaica. Filme/Série, nada. MSÉ, nada. – John e Jack disseram já aceitando a derrota.

— Nome, John. Animal, jacaré. Comida, nada. CEP: Jordânia. Filme/Série, nada e MSÉ nada. – Rose sorriu, pelo menos tínhamos pontuado mais que os dois.

— Nome, José. Animal, jararaca. Comida: jabuticaba. CEP: Jundiaí. Filme/Série, Jornada nas estrelas e MSÉ, nada. – Clara disse e as duas fizeram um high-five comemorando a vitória.

Antes que pudéssemos decidir quem daria um selinho em quem, John se aproximou de Rose a beijou, Jack tentou fazer o mesmo, mas Alice se desviou dele e o deixou cair no chão.

— Ah, fala sério é só um selinho. Depois de ontem, isso não será nada demais. – se arrependeu de ter dito isso.

— Não fala mais comigo Jack, eu tinha pedido para não dizer mais nada. Me deixa em paz, você é muito chato. Não sei como a Clara te aguenta. – saiu da sala e soube que foi para seu quarto.

Assim que Jones se retirou da sala e Clara foi atrás da amiga para chama-la para o almoço, eu soube que seria um almoço tão normal quanto neve em sua cidade natal, ou seja, no Brasil.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham, não se esqueçam de comentar e nos vemos no próximo capítulo. Beijos com gosto de cupcakes azuis.



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