My Impossible Girl escrita por Doctor Alice Kingsley


Capítulo 17
Irmãs, amigas e traição?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo e por favor não me matem, lembrem-se que tudo que eu escrevo é com alguma finalidade. Nos vemos lá embaixo.



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                    P.O.V Alice

Depois que falei com Caio, fui voltar para o quarto de Clara, já que ela queria falar comigo, mas encontrei Amy chorando. Achei que pudesse entrar, mas quando ouvi o que elas estavam dizendo, dei meia volta e desci para a sala.

Não posso imaginar o que é perder uma mãe tão cedo e nem quero pensar nisso agora, o melhor que faço nesse momento é deixa-las só até que venham a) me chamar ou b) eu ouça algum barulho que indique que posso voltar para lá.

Desci as escadas e encontrei Jack sentando no sofá fitando o nada, o que será que houve para ele estar assim? Espero que não envolva o nome Pink, seria demais para a minha pessoa ter que lidar com Danny sozinha, ou quase isso, Matt talvez me ajudasse.

Não gostei dele desde o primeiro instante que coloquei os olhos nele, Clara tentou ser agradável, porém foi em vão. Parece que ele não quer fazer amigos ou que a mate dele é ser odiado por toda a vizinhança, se for isso mesmo ele está se saindo muito bem.

— Jack pode ir falando. – digo me sentando ao seu lado.

— Não tem nada me perturbando. – tenta mentir em vão.

— E eu me chamo Marcela. Eu te conheço Capitão Harkness, pode ir contando tudo para mim, está cansado de saber que pode confiar na minha pessoa. – o convenço.

— Ok senhorita Jones você venceu, fiquei um pouco irritado com o comportamento de Danny hoje no jantar, ele veio dizer que eu não podia dar apelidos a Clara só porque ela o repreendeu. Quem ele pensa que é? E eu nem pude fazer nada! – grita.

— Por causa do seu pai eu presumo. – ele acenou e me incentivou a continuar. — Tem que ser educado para passar a imagem de boa família que é estruturada mesmo sem uma mãe. Eu não consigo imaginar o que é isso, o quão doloroso é e nem o quão sofrido é. Eu perdi uma avó que era minha segunda mãe, mas mesmo assim é diferente. Eu não gosto dele e quem mexe com vocês, mexe comigo também. Vamos dar um jeito de fazê-lo se arrepender de ter mudado para aquela casa. – digo decidida.

— Lice você é a melhor pessoa que eu conheço, pena que já está comprometida, senão eu te dava, como você me ensinou a dizer, uns pegas fácil. – passa o braço por meu ombros.

— E voltamos ao normal. É desse Jack que eu gosto do palhaço, mulherengo e divertido capitão Jack Harkness, não do homem que fica se fazendo de vítima. Claro que nada disso é fácil, mas temos que levantar e seguir em frente. – retribuo o abraço.

— O que tem em mente para o Danny? – sorri.

— Ainda não sei, mas quando bolar um plano você vai ser o primeiro a saber. Tenho que falar com meus amigos, eles são que são bons nessas coisas. – sorrio de volta.

Ouço pulos no andar de cima e volto para o quarto de Clara, agora sei que é seguro entrar lá. Fico feliz em ter ajudado e conversado com o Jack, sinto que ele quase nunca faz isso e é ótimo ter alguém que o entenda e você possa desabafar com aquela pessoa.

Quando ele me abraça me sinto a pessoa mais sortuda e amada por ter sua amizade, ás vezes na calada da noite, quando tenho insônia gosto de pensar nele, no que está fazendo e em seus braços fortes me apertando num abraço carinhoso, é quase como se sentisse nele uma proteção ou um porto seguro, é algo bem estranho, mas eu gosto.

Eu e Clara resolvemos fazer um mini salão para animar Amy antes de irmos dormir, quando ela entra no quarto fica tão feliz que todo o trabalho que tivemos vale a pena.

Clara faz as unhas dela e pinta francesinha, enquanto prendo os cabelos ruivos ela em duas tranças estilo boxeadora. Por fim empresto algumas roupas minhas, que ficam gigantes nela, e Clara empresta outras e ela desfila para nós.

Quando guardamos tudo e estamos indo nos preparar para dormir, Rory e Jack invadem o quarto e pendem para passar a noite conosco, eu sou apenas visitante, então que tem que decidir isso é a minha amiga. Ela acaba por deixar.

Não que a cama dela seja imensa, mas cabem duas crianças e três adolescentes exprimidos e quase que empilhados, mas é bom dormir assim de vez em quando, me sinto acolhida e amada por todos.

Jack deita do meu lado e por um momento penso que fez isso de propósito, quando ele passa seu por minha cintura e me aninha em seu peito, eu tenho certeza. Eu não sei como reagir, porque minha cabeça me diz para parar e grita que isso é errado, que eu tenho namorado e que o amo, mas meu coração acelera e me incentiva a continuar.

Me entrego ao meu coração e abraço sua cintura, encostando minha cabeça em seu pescoço, desejamos boa noite e em fração de segundo todos estão dormindo, todos menos Jack. E então eu começo a ficar um pouco desesperada, estamos sozinhos, abraçados no escuro, ouvindo apenas nossos corações e nossas respirações.

Ele faz com que eu me desencoste um pouco e segura meu queixo, apesar de estar escuro consigo olhar fundo em seus olhos castanhos e sinto sua respiração cada vez mais perto de meu rosto, tento lutar contra as ideias que invadem meus pensamentos, mas parece ser em vão, é como se as forças de meu corpo tivessem sido sugadas de mim.

Aceito o fato e me aproximo cada vez mais dele, até que resolvo acabar com o espaço entre nós e grudo nossos lábios, sinto ele relaxar e relaxo também. Coloco minha mão em sua nuca e ele afaga meus cabelos, é um beijo calmo, como se tentássemos descobrir o sabor um do outro.

Aprofunda mais o beijo e nossas línguas começam a travar uma dança, sinto a necessidade de ter agora, não sua boca na minha, como seu corpo no meu, nunca tive essa sensação antes. Sento em seu colo e então paro. O que estou fazendo? Isso é errado? Ou errado seria eu ser infeliz ao lado de uma pessoa que eu não gosto?

Só estou piorando minha própria situação. Me sinto suja e ao mesmo tempo a pessoa mais realizada, há anos que eu queria saber como era beijar o Jack, mas não enquanto namorava o menino mais carinhoso e preocupado comigo. Jack tenta me beijar de novo, mas o afasto.

— Jack eu sei o quanto você quer isso e eu também quero, mas não posso fazer isso nesse momento.

— Alice eu não vejo problema, nós dois queremos isso. É só um beijo, você não está o traindo comigo.

— Jack estou sim, porque no final estou com ele e te beijando. Você não conhece o Caio e não me conhece mais. Eu sei que nós dois queremos isso, mas é traição sim. Eu vou pensar me tudo e te dou uma resposta. Boa noite. – digo me virando para o lado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não se esqueçam de comentar e nos vemos no próximo capítulo. Beijos com gosto de cupcakes azuis.



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