Tenshinhan estava ciente de que não poderia vencer essa batalha por mais que tenha treinado duro durante todos esses meses. Ele tinha consciência de que não era páreo. Os visitantes possuíam kis inimagináveis que só se comparavam mais ou menos com a força de Piccolo. Talvez não sairia vivo dali.

Sarboc e Hail voaram para a região onde o sinal no radar apontava a localização da esfera. Eles desceram para uma região montanhosa, perto de uma fenda e um desfiladeiro. Sarboc ficava com o radar enquanto Hail foi procurar.

— Achou?

— Este lugar é uma agulha no palheiro. Em vez de me cobrar por que não vem aqui me ajudar? — perguntou ele.

— É tão bonito ver o irmão mais novo do meu chefe fazer o que eu peço. Retira esse gelo daí. Alguém que conseguiria explodir este planeta não consegue achar uma simples bola.

Hail usou um pouco do seu ki para devastar todo o local. Ocorreu um pouco de avalanche em um lado da montanha, mas Sarboc usou seu poder para repelir a neve. Logo depois o Snow viu um brilho alaranjado encravado numa rocha congelada. Ele puxou o objeto.

— Uma estrela?

— Achou?

— Claro que sim.

Frozen foi para um local mais deserto, longe do povoado. Tenshinhan retirou o seu casaco e ficou somente de calça. Retirou o turbante para ficar mais leve na luta. Esperaram mais alguns segundos até que o humano voou pra cima do alienígena pequeno e deu vários socos e chutes rápidos. Frozen se defendia de todos eles, mas o homem aumentou a sua velocidade. Tenshinhan acertou um golpe no rosto do pirata e soltou um raio de energia que explodiu. Frozen não foi sequer arranhado, mas estava lutando devagar demais.

— Você luta bem, para um ser humano. Mas não estou na minha verdadeira forma. Fazia um tempo que não me transformo para esta fase.

— Vai em frente. Eu vou lutar pra valer.

— Só digo que a minha força aumenta. Na verdade o meu poder é grande demais, por isso preciso dessas transformações para não perder o controle.

Frozen se concentrou para se transformar. Seu corpo foi aumentando e se curvando. O seu ki vermelho tomou conta do seu corpo e foi espalhando. Dois esporões surgiram nas costas dele e sua cabeça ficou maior e mais alongada. Seu nariz desapareceu dando lugar a um bico. Estava mais feio e aparentemente pesado.

— Que coisa feia.

— Conseguiu o que queria... Estou pronto para lutar agora... — sua voz alterou um pouco.

Tenshinhan fez o mesmo movimento anterior, mas Frozen praticamente desapareceu e apareceu atrás dele. O careca tentava alcançá-lo, mas o alien era maos rápido e mesmo assim não estava lutando a sério.

— O que foi? Não consegue me alcançar com esses golpes lentos.

— Dondopa! — Frozen repeliu o raio de Tenshinhan e deu-lhe um chute que o fez cair no chão. Frozen ficou pisando na cabeça dele.

— Aprende a respeitar as visitas, moleque. Como vi os guerreiros mais fortes deste planeta ainda são inofensivos.

— É por que ainda não lutou com Goku... Se fizer isso ele acaba com a tua raça.

— Como assim? Explique-se.

— Goku é Sayajin, por isso sua força é descomunal... Ele derrotou Freeza e Majin Buu...

— O Sayajin que derrotou Freeza e o demônio Buu se chama Goku? Interessante.

— Achamos a esfera — disse Sarboc.

— Teve sorte dessa vez. Estou de bom humor. Vê se fica frio, guerreiro — Frozen poupou a vida de Tenshinhan deixando-o no gelo e seguindo com os outros dois.

Sarboc e Hail ficaram vendo o líder pensativo. Frozen começou a pensar no Goku. Queria conhecê-lo pessoalmente.

...

Perto da Cidade Seneca, um objeto voador não identificado cruzava o céu e as nuvens ali próximo. Era um tronco de uma árvore e incrivelmente alguém viajava sobre ele. A pessoa sobre o tronco voador era nada mais nada menos que Tao Pai Pai que foi enviado por um milionário a fim de pegar uma esfera próxima dali.

O tronco começou a cair até um local que parecia um parque cheio de árvores. O local era um ponto turístico da cidade e muitas pessoas iam para lá a fim de um piquenique com a família. Inclusive estava cheio de pessoas quando o tronco caiu no meio do gramado. As pessoas ficaram assustadas e se afasaram. Tao Pai Pai deu um pulo antes que a árvore caísse no chão. Os habitantes ali ficaram impressionados com ele até que um policial reconheceu o assassino profissional. O homem da lei apontou o revólver para ele ao mesmo tempo que se tremia de medo. O assassino não fez questão e passou direto. Claro que o policial não se atreveu a atirar.

— Não acredito que o chefe nos deixou com a tarefa difícil de encontrar a esfera enquanto ele se diverte pela cidade — disse Shu.

— Não reclama. Vamos manter o foco na busca. Quanto mais rápido procurarmos mais rápido acharemos — disse Mai.

Pilaf não estava interessado na busca, por isso foi curtir num parque de diversões. Ele frequentava os brinquedos enquanto as crianças ficavam assustadas com a aparência do marciano.

Um garotinho, franzino, morador de rua viu um pequeno brilho no esgoto da cidade e foi verificar. No outro lado da cidade ficava a entrada para o esgoto embaixo de um viaduto.

— Senhor Bill! Senhor Bill!

— Pequeno Tomy, o que quer? — falou o senhor barbudo com uma voz meio rouca.

— Queria que o senhor entrasse no esgoto pegar uma joia perto da padaria.

— O que eu ganho com isso?

— Não sei, não tenho esmola comigo.

— Pois é. Se for joia vai ficar comigo.

O velho mendigo entrou no esgoto, passou alguns minutos lá em baixo e saiu trazendo o que parecia ser uma bola laranja suja de cimento.

— Não é uma joia, mas achei também uma nota de cem lá dentro. Pode ficar com ela.Tomy ficou com a Esfera do Dragão sem saber da extrema importância dela.

...

Os piratas espaciais chegaram numa fazenda, escavaram o pasto do gado e encontraram a esfera de duas estrelas debaixo da terra.

Eles foram atrás da penúltima e a que estava mais próxima. A esfera de sete estrelas estava na boca de um vulcão adormecido. Sarboc foi pessoalmente lá dentro e retirou o objeto. Faltava apenas mais uma.

— Seis esferas. Irmão, vamos conseguir.

— Chefe, foi até fácil. Levamos apenas um dia para praticamente completarmos a missão — disse Sarboc.

— Só mais uma esfera e nosso desejo será atendido — disse Frozen. Os três voaram na direção da cidade Seneca.

...

— Goku, você precisa ir em busca de pelo menos uma esfera.

— Eu sei, mestre Kame. Por isso vou primeiro na casa da Bulma para pegar o radar do dragão.

— Manda um oi pro Vegeta por mim — disse Kuririn.

Goku colocou os dois dedos na testa e se teletransportou para a Corporaçào Cápsula. A senhora Briefs foi a primeira a ver o guerreiro pois estava na área externa de casa. Como de costume ela o cumprimentou e ofereceu biscoitinhos. Goku agradeceu, mas dispensou. Pediu que chamasse a Bulma. Vegeta foi ver o rival do lado de fora.

— Kakkaroto, o que pretende dessa vez hã? Vai brincar como sempre?

— Oi Vegeta. Só vim buscar o radar do dragão com a Bulma.

— Espero que dessa vez não nos surpreenda com uma escolha errada. Estou de olho em você, Kakkaroto.

— Oi, Goku. Desculpe demorar. Tome, aqui está o radar — disse Bulma.

— Valeu, Bulma. Preciso apenas de uma esfera. Até logo, Vegeta.

— Vê se não brinca... Imbecil — resmungou.

Goku voou para o local onde estava a esfera. Ele ficou impressionado pois o sinal era próximo dali. De fato, Seneca era perto da cidade onde estava a Corporação Cápsula.

...

Tomy ficou com a esfera. Enquanto isso os capangas de Pilaf e Tao Pai Pai iam no encalço dela. O assassino foi até o esgoto e viu o mendigo lá. O velho respondeu que deu a esfera para um garotinho, mas que ele vivia em outro lugar. Mai e o Shu ficaram no bueiro onde Tomy viu pela primeira vez. O sinal despareceu naquele lugar, mas reapareceu em outro. Viram o garotinho atravessar a rua com o que parecia ser a esfera na mão. Foram atrás dele.

Os piratas espaciais finalmente chegaram na cidade e estavam dispostos a conseguir a última esfera, a de quatro estrelas.