— Menino?! — perguntaram ambos depois que Vladis revelara ter dado a esfera para Tomy.

O garoto conseguiu fugir para o andar principal até a torre de comando. Conseguiu sobreviver a explosão anterior e, sob instruções da mulher, pegou a esfera de quatro estrelas sem ser notado. Agora tanto Hanzo quanto Magno corriam contra o tempo.

— Maldita! Como se atreve a fazer isso? Eu juro que...

— Calma, Hanzo. Vamos manter a calma. Afinal de contas, veja só, é apenas uma criança. Não será um desafio achá-lo.

— Tem razão, Magno. Quer saber? Eu farei isso. Estou louco pra fazer o moleque em fatias.

— Boa sorte, então. Ficarei aqui para consertar o canhão e para vigiar os prisioneiros.

Hanzo saiu correndo para fora da torre de comando até o restante da base. O espadachim estava visivelmente irritado e poderia matar Tomy sem nenhuma hesitação.

Magno, o mais calmo, pegou as outras seis esferas do dragão e fez com que elas girassem ao seu redor.

— Sabe, eu conheci os seus pais. Eu morava naquele planeta.

— E você ficou parado enquanto o Freeza destruía tudo? Eles morreram por causa de covardes como você e do Képler.

— Pode parecer estranho, mas seus pais não estão mortos.

— O que disse?

— Sabia que ficaria surpresa. Eu soube que foram escravizados pelo exército galáctico e estão num outro planeta. Mas calma, aguenta o facho. Eu odiava os seus pais, por isso, mesmo que sejamos do mesno planeta, não me subestime. Não sou um cara legal.

Vladis teve uma mistura de tristeza com alegria. A notícia que seus estavam vivos era revigorante para continuar vivendo. Precisava saber mais o que aconteceu naquele dia em que Freeza chegou ao planeta.

Tomy guardou a esfera sob a camisa e correu o máximo que pode para não ser achado. Entretanto, nenhuma das portas abria mesmo colocando todas as forças. Viu uma saída de ar na parede, retirou a grade e entrou.

Hanzo foi com tudo atrás do "pequeno ladrão". Com a sua espada, ele cortava as paredes em forma de X e passava sem precisar passar pelos corredores.

— Ah, seu moleque atrevido. Não vai fugir assim tão fácil.

...

Enquanto isso, Kuririn e Gotenks sobreviveram a explosão de Mr.W. Os dois saíram debaixo de escombros.

— Vocês estão bem?

— Estamos. Aquilo foi uma cacetada. Mas no fim vencemos.

— Espero que Goku tenha conseguido chegar a tempo.

Já do lado de fora da base, a nave sacudiu muito com a explosão. Do lado de dentro dela, algumas partes ficaram danificadas. Bulma, a trupe do Pilaf e Mister Satan pegaram extintores de incêndio para controlarem o fogo que se espalhou nas outras partes.

— Precisamos deixar essa nave um trinco. Não temos como voltar para a Terra a não ser com ela.

— Eu odeio ter que trabalhar pra essa mulher — disse Pilaf.

— Cala a boca e trabalha. Por culpa de vocês estamos nessa situação desastrosa. Piccolo, não quer ajudar?

— Humph! Como se serviço doméstico fosse a minha cara.

— E você, Jaco?

— Nem vem. Eu vim aqui pra prender Képler e os outros.

— Seus egoístas! Eu quero voltar logo pra Terra. Goku! Vegeta!

Do lado de dentro da base, outra batalha começou a esquentar. Vegeta contra o androide em forma de minotauro, Belphegor. Este conseguiu fazer com que o príncipe dos sayajins sentisse uma enorme dificuldade.

— Esse monstro de sucata é mais resistente do que eu imaginava.

Vegeta voltou a se transformar em super sayajin e começou a socar o vilão. Os golpes eram potentes e precisos, ele estava encurralando o inimigo... Porém, apenas aparências. Belphegor fez os olhos brilharem num vermelho intenso e soltou uma fumaça pelo focinho. Começou a pressionar Vegeta, defendendo-se de todos os golpes.

— O quê?

Belphegor segurou as duas mãos do sayajin e praticamente não largou. As luvas de Vegeta começaram a esquentar pois as mãos do monstro aumentaram de temperatura. O menor tentou se desvencilhar, Belphegor o soltou.

— Como ele pode ser tão forte?

Assim que terminou de falar, Vegeta não viu o seu adversário. Belphegor agora estava atrás dele. O príncipe dos sayajins ficou estremecido pois aquilo só podia ser teletransporte.

Bem longe dali, do outro lado da base, a luta entre Képler e Goku estava prestes a acontecer. Os dois desceram para o subsolo da base, ou seja, numa caverna.

— Não se preocupe com o ar daqui de baixo. Tem oxigênio à vontade.

— Não é isso que estou preocupado. Só estou tentando achar um jeito de te vencer.

— Muahahahahaha! Acha que consegue? Isso vai ser interessantes.

O chão estremeceu depois de uma outra explosão. Képler riu e deduziu ter sido Belphegor.

Voltando para a luta. Um buraco na parede foi causado por uma rajada de ki. Belphegor soltou um poderoso raio pela boca que derreteu as paredes de aço daquele setor. Vegeta desviou, mas sentiu que o ki do monstro queimava como magma.

— Muito cuidado. O meu poder pode derreter qualquer material do universo.

— Deixa de conversa, máquina estúpida. Desde quando isso foi preocupação pra mim?

Mais outra vez Belphegor sumiu e apareceu por trás. Tentou dar um soco em Vegeta, que desviou. Do soco do androide saiu um ki de fogo que derretou o chão feito manteiga e causou um buraco profundo.

— Quê?!

Belphegor soltou uma simples bola de ki da mão que foi na direção do outro. Vegeta segurou, mas suas mão queimaram na mesma hora do toque. A dor era tanta até mesmo para alguém poderoso como ele. E não dava para se livrar daquilo pois era como uma genki dama. Com muito esforço, Vegeta saiu do caminho da bola de ki.

— Isso é impossível. Como uma pequena bola de energia consegue ser tão poderosa? Esse maldito é muito forte.

De fato, Belphegor não usou todas as suas forças.

...

Vladis Cobra descobriu pessoalmente que os seus pais ainda estavam vivos e que foram levados como exilados por Freeza e Képler; um acordo dos dois.

— Eu juro que ainda vou salvar os meus pais do exílio.

— E como fará isso? Hã? Diga. Não tem como se salvar, Sarboc. O rei e a rainha estão nos confins do universo e somente o capitão sabe aonde ir para chegar lá.

— Eu dou o meu jeito. Peço para as esferas me mostrarem o lugar.

— Tente se puder. Hanzo provavelmente já achou o seu cúmplice e comigo aqui não será possível você dizer nada para ele por telepatia.

Hanzo vasculhou todos os lugares da torre de comando e do setor perto de lá. Ficou bastante irritado.

— Moleque dos infernos. Assim não vai dar.

Ele sentiu o vento que saía das tubulações de ar. Teve a ideia de jogar um poder de ki que se espalhou por todos os tubos. Tomy sentiu algo estremecer e a esquentar. Viu um poder se aproximar e pulou para fora. Caiu no corredor. Uma parede foi destruída bem na sua frente.

— Ah não.

— E aí, criança. Foi bom te achar. Agora está na hora de te fatiar como um sushi.

Tomy saiu correndo pelo corredor. Hanzo achou o ser humano desprezível e foi andando pelos corredores da base. Não havia portas e nem saídas naquele lugar. Tomy esbarrou em alguém.

— AHHH!!!

— Calma, menino. Eu vim salvar vocês. Tudo bem?

Hanzo apareceu diante dos dois. De Tomy e Gohan.

Continua...