Vladis jogou o bracelete na direção de Képler e ficou esperando alguma resposta por parte dele. O homem, que fumava charuto, olhou para o objeto e apanhou do chão.

— O que é isso?

— Vai ter muito o que me explicar, capitão.

Képler soltou a fumaça e sorriu para a moça. Claro que ele escondera algo muito grave a ela.

— Não tenho nada para explicar. Saia daqui imediatamente. Há invasores na base. Deveria estar protegendo-a.

Vladis continuou encarando o seu capitão. As palavras dele pareciam de hipocrisia. Ela não engolia mais isso.

— Esse bracelete era da minha mãe. Tive a plena certeza porque o nome dela está gravado em nossa língua. Como um artefato desse, que foi parar nas mãos do Freeza, foi parar nas suas?

— Muahaha... O que você quer que eu diga? Que ajudei o Freeza a aniquilar o seu povo? Que fui eu o mentor da ida dele para o seu planeta a fim de recrutá-la?

— Não falei isso...

— Não falou, mas é a mais pura verdade — Vladis ficou em choque. — Eu falei para o Freeza ir naquele planeta e que também havia uma civilização altamente avançada morando nele. Foi como colocar peixe em focinho de gato.

— Como pode... Quero mais explicações!

— Freeza e eu éramos conhecidos desde muito antes do seu nascimento. Conheci aquela criatura quando vendi meu segundo planeta. Ele pensou que era um fracote e tentou me matar, mas seus detectores de força explodiram e ele percebeu que não era um oponente comum. Pediu para se aliar a mim, mas apenas quis uma parceria de negócios. Ele sempre me pagava a mais. Tanto ele quanto o King Cold eram meus clientes favoritos. Num certo dia, ele me pediu para mostrar um planeta avançado... Eu cacei por meses e até anos, até achar aquele seu. Vocês foram bem hospitaleiros, mas não consegui sentir empatia com aquele povo. Então pedi uma quantia extremamente grande e dei as coordenadas para ele. Apenas pedi para que poupasse a filha do rei, pois queria recrutá-la para a minha tripulação.

— Não pode ser...

— Você se voltou contra os irmãos Snow, os únicos que gostaram de verdade de você. Fiz a sua cabecinha contra eles, pois eles arruinavam meus planos de venda de planetas. Sempre doando planetas melhores para civilizações perdidas. Satisfeita? E agora olhe esta belezinha. A arma X-Z é um canhão a laser que vai atingir o solo do planeta Terra e chegar ao núcleo. Assim vamos acabar com toda a vida daquele lugar. Esse sempre foi o meu plano, minha querida. Sou um pirata espacial impiedoso. Não era isso o que queria saber?

— Maldito... EU NÃO VOU TE PERDOAR!

Vladis aumentou o seu ki e voou pra cima de Képler, que apenas se defendeu com seus braços. A princesa usava golpes rápidos como socos. Ambos saíram de perto da arma.

— Você é um desonesto!

— Quer falar de honestidade? Logo você que deixou os irmãos idiotas sobreviverem? Agora não adianta mais, Phantinna já os transformou em bonecos.

Vladis levou um susto com a notícia e se afastou do homem. 

— Sempre soube que um dia me trairia, princesa Vladis Cobra. Phantinna sempre me alertou disso.

— Um demônio como você bem que merece ser traído mil vezes.

— HOIRU! — Hanzo falou um dos seus ataques. Um círculo surgiu com Vladis dentro dele.

— O que é isso?

— Melhor ir com calma, menina. Eu posso te cortar, se der apenas um passo.

Vladis suou frio, pois conhecia as técnicas de Hanzo. Mesmo assim ela tentou fugir da Hoiru.

— KEN! — no mesmo instante, Hanzo golpeia a moça com o cabo da sua espada bem na costela dela. Vladis desmaiou na hora. — O que faremos com ela?

— Vamos deixá-la viva para ver o quão magnífico é o poder da nossa arma muahahahaha...

...

Tomy, Satan, Pilaf, Mai e Shu entraram nas naves mnores e tentaram ligá-las. Acontece que era um sistema muito difícil para eles, poia a tecnologia era muito avançada. O marciano, sobretudo, ficou louco da vida,queria sair o mais rápido dali.

— Não tem como nos tirar logo daqui, Mai?

— Imperador, é muito difícil. Nunca havia mexido num sistema como esse.

— Apenas faça! Não quero ficar aqui enquanto aqueles estão por aí.

Já Satan estava mais tranquilo, porque acreditava no resgate que o seu genro estava proporcionando. Manter a calma e aguardar o resgate.

Os droyds entraram na nave maior e foram até as menores que eles estavam. Pilaf quase infartou ao vê-los.

— Vão lá e acabem com eles!

— Não fale isso! — disseram ambos.

Tomy ficou mexendo no painel da nave e apertou um botão. Um raio laser saiu da nave, destruiu os inimigos e boa parte da nave maior.

— Garoto! Sabe o que faz?

— É igual jogar video-game.

O raio foi forte o suficiente para causar uma explosão no estacionamento das naves.

Phantinna chegou logo após e abriu as naves menores. Aparentemente eles haviam se escondido.

Pilaf e os outros entraram num quarto que servia como depósito. Ficaram escondidos até que uma mão cutucou o marciano.

— Espera um momento, Mai.

— Mas eu não fiz nada.

— Se não foi você, quem foi?

Phantinna apareceu atrás dele e deu um baita susto. O trio se assustou e correu de medo. A moça saiu voando atrás deles.

— Não vão fugir — ela apareceu na frente deles. Utilizou uma arma de choque para prendê-los.

Tomy e Satan ficaram dentro da tubulação de ar.

Enquanto isso, Bulma mexia nos controles da espaçonave dos Snow quando Jaco apareceu.

— Que susto. Onde você estava?

— Estava ocupado e bem concentrado... Mas agora eu voltei e vi que todos se foram.

— Ninguém ia te esperar, não é, querido? Por falar nisso, que tal ir ajudá-los?

— Eu fico muito melhor por aqui mesmo. Vai precisar de alguém forte e corajoso, caso apareça algum inimigo.

Trunks e Goten saíram do esconderijo, antes colocaram os insetos dentro de uma sacola. Viram Bulma e Jaco conversando na cabine e passaram pelo corredor.

— E o que vamos fazer, agora? Pra que levar isso?

— Quero fazer uns testes. Ver se eles sobrevivem na Lua.

— Mas é claro que não, Trunks. Eles respiram oxigênio e sabemos que a Lua não tem.

— Eu sei, por isso eu chamo de experimento. Se a Lua tivesse oxigênio, eu mesmo ia lá fora respirar.

— Mas como vamos achar uniformes de astronautas?

Trunks pegou Goten pelo braço e o levou até um armário que havia visto. Soube que a sua mãe havia trazido as roupas para alguma emergência. Vestiram os uniformes, que couberam direitinho neles.

— Até parece que a sua mãe já sabia que viríamos.

— Mamãe gosta de fazer esses uniformes com vários números como forma de precaução.

Os dois saíram da nave sem o conhecimento de Jaco e Bulma.

...

Tomy e Satan saíram das tubulações de ar. Phantinna, por sua vez, sentiu a presença deles e apareceu diante.

— Fufufufu apareceram os dois invasores. Vou pegar vocês!

— Yahhhhhh! — Satan e Tomy gritaram com medo e correram para fora da nave.

— Esperem! Já capturei aqueles três. Faltam apenas vocês.

Os dois saíram da nave e correram pelo estacionamento. Trunks e Goten se esconderam atrás de uma caixa assim que ouviram os gritos. O garoto e o campeão partiram o mais rápido possível.

Os droyds ficaram na frente deles, mas foram atropelados. Phantinna apareceu na frente deles.

— Agora sim vou poder transformá-los em bonecos assim como os últimos três. Não resistam.

Tomy observou a moça e pediu para que Satan fizesse algo. O velho falou que era impossível lutar contra alguém que derrotou Goku. Tomy argumentou que ela estava hesitando chegar perto deles.

— Do que está falando, moleque?

— Velho covarde. Duvido você dar um soco nela.

— Soco... Ela derrotou os demais...

— Se não acertá-la, eu revelarei ao mundo que Mister Satan é uma farsa.

— Moleque! Eu vou com tudo e nem me importo.

Satan correu de olhos fechados, fechou o punho e acertou um soco bem no rosto de Phantinna. A moça caiu em cima dos Droyds.

— Eu acertei... — disse Satan com o queixo caído.

— O que foi isso? Oh, meu rostinho lindo!

Phantinna havia sangrado pela boca. Pela primeira vez na sua vida alguém atingiu o seu corpo intangível.

Continua...