Frozen olhou bem para a pessoa que deu as Esferas do Dragão a Képler. Sarboc, de uma hora para outra, resolveu traí-lo sem nenhuma consideração. O traído foi praticamente o primeiro a ver o ato da mulher ao vê-la ao lado do seu grande algoz como se fosse uma velha companheira. Képler e os outros tripulantes não paravam de zombar dele.

— Você se achou esperto demais e foi surpreendido por algo óbvio. Sarboc na realidade se chama Cobra, uma tripulante minha a meu serviço. Goste você ou não!

Frozen estava bastante chocado com aquilo. Apontou o dedo numa clara tentativa de acertá-la com um raio seu, mas foi impedido por Hail.

— Sai da frente. Vou matá-la. Lembra, Saboc? Lealdade ou morte?

— Acontece que sempre fui leal a este capitão, não a você.

— Não me provoque, Sarboc!

— Espera, irmão. Mantenha a calma. Não se esqueça que ela está do lado daquele homem que você tanto teme — disse Hail.

— O bonequinho falou. Gente! Mas é claro que eu não deixaria você ferir a minha tripulante. Minha, não sua. Muahahahahaha!

Frozen sentia muita raiva de ter sido enganado esse tempo todo por seu maior rival, e que a pessoa que ele tanto confiava o traiu friamente.

Vegeta pouco se importava com tudo que estava acontecendo. Ele ficou de braços cruzados, não dando importância ao fato ocorrido.

Goku e Piccolo se mantinham concentrados. E Yamcha e Kuririn eram os únicos mais agitados.

— Ei, não seria melhor nós sairmos daqui? Esse é um problema deles, não temos por que nos meter — disse o careca.

— Goku, Kuririn tem razão — disse Yamcha.

— Yamcha e Kuririn, se quiserem ir, vão. Eu ficarei aqui. Aquele homem disse que vai fazer mal a este planeta, não posso ficar parado ou simplesmente fugir.

— Hum, Kakarotto. Sempre tão convencido. Mas não vou deixá-lo com a diversão toda — disse Vegeta.

— Falaram aminha língua. Aquele maldito palhaço está me irritando e juro que vou acabar com ele em poucos segundos — falou Piccolo.

— Kishishishi... Olha aí, capitão, os amiguinhos do Frozen começaram a se mexer.

— Muito interessante. Vamos ver até quando vai essa coragem toda — disse Képler.

...

A trupe do Pilaf descobriu sobre o torneio e foi espionar os lutadores desde o início. Depois dos guerreiros Z saírem para procurar as esferas, eles foram atrás da pessoa que havia roubado. Não tiveram um pingo de sorte, pois ainda continuavam a andar pelo solo arenoso do deserto. Sem suprimentos, sem nave, eles sofriam enquanto caminhavam.

— Estou morrendo... Esse sol escaldante está acabando comigo... Será que esse é o fim do imperador Pilaf? — dizia o próprio.

— Ah, eu não aguento mais te carregar — disse Mai tirando o marciano de suas costas. — Eu que estou morrendo de cansada e o senhor reclamando enquanto pegava carona?

— Olha ali, Mai.

— Agora não, Shu. Portanto, eu que devia reclamar.

— Você está sendo desobediente.Você é minha subordinada!

— Olhem ali, gente.

— Agora não, Shu. Eu posso ser uma subordinada, mas não sou jumenta de carga. E você cala a boca!

— Mas eu não disse nada agora — disse Shu.

— Mas pensou em falar. Então, majestade, o senhor devia ter mais consideração com...

— Olhem ali!

— O QUÊ?! O QUE QUE FOI?! — disseram os dois.

— Uma nave...

Os três estavam diante da grandiosa nave da tripulação de Képler. Os olhos de Pilaf quase saltaram para fora ao vê-la. ele logo pensou em tomá-la para si.

Enquanto isso, Tomy decidiu seguir o trio que estava logo atrás da pedra. Mesmo tendo a ajuda de Hail, o garoto ainda estava com Pilaf engasgado na garganta. Quem não gostou muito disso foi o Mr. Satan, que tentou de tudo para deter o menino.

— Você devia me obedecer, moleque. Tenho idade pra ser seu avô!

— Ainda bem que o bigodudo não é meu avô. Se não quiser vir comigo, pode ficar. Tio Hail pode me salvar a qualquer hora, por isso eu fico mais seguro perto dele. Fui.

— Espera, garoto. Sou o campeão mundial, não posso deixar uma criança correndo riscos sozinha... Moleque maldito.

Satan seguiu Tomy.

...

Goku não deixou se intimidar pelo que Képler dizia, pelo contrário. Ele queria mais uma luta com alguém poderoso, e o visitante parecia alguém que daria uma boa dose de ação para o sayajin.

Kuririn viu a tranquilidade de Goku e não se importou mais em ficar ali. No entanto, ele falou algo que Képler não gostou.

— Ahh tem razão, Goku. Olhando agora para esses caras, dá pra ver que não são tão fortes assim.

Képler ficou sério pela primeira vez desde que chegou na Terra. Frozen foi o único a perceber que o pirata estava prestes a realizar sua misteriosa técnica. O pirata praticamente duplicou, um ainda sobre a rocha e outro atrás de Kuririn. Goku e os outros ficaram pasmos, e, ao olharem de novo para a rocha, ele não estava ali.

— O que diabos foi isso? — disse Piccolo.

— Kuririn, cuidado! — disse Goku correndo ao ver Képler pronto para socar o menor.

Goku empurrou o amigo e levou o soco na altura das costelas. Uma onda de choque azul apareceu atrás das costas do sayajin. Quebrou cerca de três costelas e voou na direção de Vegeta e na direção de Piccolo. Os três bateram na rocha.

— Maldito — disse Yamcha. — O que acabou de fazer agora?

— Muahahahahahaha, como são inúteis. O que acabei de fazer? Isso não é da conta de ninguém.

Vegeta se levantou, virou Super Sayajin e foi dar um golpe em Képler. Don Pig se meteu na frente e levou o soco no rosto. Ele caiu longe, mas logo se levantou com o corpo coberto de uma secreção roxa.

— Oinc! Eu uso uma armadura de veneno natural expelida do meu corpo. Olha pro seu braço, oinc!

— O que é isso? — o braço de Vegeta estava com espinhos enfiados. Logo o homem sentiu-se tonto e desmaiou, pois a neurotoxina de Don Pig era extremamente poderosa.

...

Pilaf e os outros ficaram observando a nave mais de perto. O marciano já estava com altas ideias e pediu aos comparsas para acharem a entrada. Mai e Shu foram para o baixinho.

— Majestade, conseguimos ver algo — disse Mai.

Eles foram até abaixo da nave e perceberam algo que lembrava um elevador acima deles. Assim que chegaram, a plataforma desceu.

— Hihihi, olhem sô, pessoal. A nave já me escolheu como comandante. Vamos entrando!

...

Vegeta desmaiou por causa do envenenamento que seu corpo foi submetido. Goku levou um forte ataque à queima roupa só para salvar a vida do seu amigo. Piccolo tentou ajudá-los, mas algo passou pelo seu corpo. Era uma flecha brilhante que ultrapassou seu peito direito, caiu no chão e desapareceu.

— Kishshishishi! Não foi você quem disse que queria me bater? Nem conhece o oponente e fala besteira.

— O que foi... isso?

— Kishi... Uma flecha de ki. Consigo transformar o meu ki numa arma pontiaguda — disse Wolf utilizando mímica com as mãos para simular um disparo de flecha, e disparava! A flecha era tão rápida que atravessou a perna esquerda de Piccolo sem dá-lo chance de desviar.

Phantinna cutucou Yamcha por trás. A moça fez caras e bocas só para deixar o homem babando apaixonado. Kuririn se mantinha parado quando levou um soco de Yamcha.

— Que merda foi essa?

— Não sei! Meu corpo não me obedece!

Yamcha começou uma luta contra Kuririn.

— Aquela mulher... ela fez isso!

— O quê?

— Fufufufu, deixe de falar e continue lutando, meu bonequinho de ventríloco — ela controlava Yamcha com as mãos.

— Muahahaha então esses são os guerreiros defensores da Terra? Uma piada de muito mau gosto.

— CALA A BOCA!

Goku foi na direção de Képler, virou Super Sayajin e conseguiu socar a cara do maior. O óculos escuro de Képler caiu assim que foi pego de surpresa. Nem Frozen acreditou nisso.

CONTINUA...