Nos capítulos anteriores, o pequeno torneio promovido por Goku havia começado. A primeira luta foi rápida e sem muita emoção. Vegeta havia derrotado com relativa facilidade. Mas a luta de Goku e Frozen rendeu muita emoção do começo ao fim. Os dois demonstraram ter o mesmo nível de luta e por todo o tempo se mantiveram empatados. O sayajin cogitou se transformar em SSJ2, porém algo inesperado aconteceu.

Hail percebeu as esferas quando já era tarde demais. Todas as seis, em posse dos piratas espaciais, sumiram repentinamente. O Snow deu um berro ao ver o lugar vazio no chão. Goku, Frozen, Vegeta, Kuririn, Yamcha e Sarboc viram o que aconteceu e não souberam como explicar. Alguém extremamente habilidoso apagou o ki, aproximou-se todos, e, sem fazer um barulho, roubou os objetos. Era incrível.

— Não pode ser — falou Frozen ainda surpreso.

— Irmão, eu juro que as esferas estavam do meu lado. Agora não estão — disse Hail.

— Vocês nos roubaram! — falou Sarboc.

— Ei, não olha pra gente. Ficamos aqui do outro lado o tempo todo — falou Kuririn.

Frozen observou bem o lugar onde estavam as esferas.

— Ele diz a verdade. Alguém diferente de nós roubou sem que notássemos. Eu senti uma pequena presença se aproximar enquanto lutava, mas me empolguei demais — disse Frozen.

— Também senti. Ei, podemos continuar a nossa luta depois? Precisamos recuperar as esferas — falou Goku.

— Você tem razão. Ainda mais porque eu tive tanto trabalho para consegui-las.

Goku foi até Vegeta para pedir a sua ajuda nas buscas. O príncipe dos sayajins até relutou no começo, mas foi convencido por Goku.

— Vocês três procuram juntos. Vegeta vai procurar sozinho, Yamcha vai para o norte, Kuririn ao sul. Eu vou para o leste. Quem desconfiar de algo ou ver alguém suspeito, aumente o ki para percebermos.

— Já fizemos isso uma vez, e não foi uma boa experiência — disse Kuririn.

— Sarboc, Hail, vocês vão juntos. Preciso ficar perto do tal Goku para não dar brecha alguma a ele. Não posso correr o risco de que ele aproveite a nossa ausência e pegue as esferas escondido.

Goku riu do que Frozen havia acabado de falar. Não fazia sentido algum dele querer ficar com as esferas, apenas queria lutar contra um oponente forte.

Hail pediu para Tomy ficar enquanto procuravam. O menino teve o desgosto de fazer companhia para o Mr. Satan. Enfim, todos foram procurar os itens roubados.

Vegeta, como de costume, foi com a cara de poucos amigos. Na verdade não queria estar lá, ou seja, praticamente foi obrigado. Ele jamais se interessou pelas esferas, exceto quando ainda era malvadão lá na época em que foi à Namekusei.

— Maldito Kakarotto! Agora eu sou obrigado a ajudar aqueles caras?

Yamcha pousou perto de um pequeno riacho. Não havia sinal de pessoas, apenas alguns animais da região.

— O que será que roubou as esferas? — perguntou Hail.

— Vai saber. Você foi extremamente descuidado. Se não fosse o irmão do capitão, eu te mataria.

— Sarboc, você quando está com raiva é cruel demais.

Os dois ficaram procurando juntos.

Kuririn foi o que mais estava perto do local do torneio. Pelo visto, era o que estava mais próximo de achar o culpado.

Goku e Frozen sobrevoaram a região juntos. Os antes rivais agora estavam do mesmo lado, pelo menos quando ainda estiverem nas buscas.

— Posso fazer uma pergunta?

— O que quer?

— É verdade mesmo que odiava o Freeza?

— Claro que sim. Já falei isso antes, não falei?

— Anos atrás, quando vi seu tio pela primeira vez, olhei para o então homem mais forte do universo. Ele causava medo e desespero aos mais fracos. Até que o venci. Logo depois apareceram pessoas ainda maos fortes que ele. Naquela época, ele era mesmo o mais forte do universo?

— Meu tio se auto declarava o mais forte, porém já existiam pessoas muito mais fortes. O fato é que a nossa raça é uma das mais poderosas e desde que nascemos possuímos um ki gigantesco para os padrões normais. Nós não precisamos treinar para sermos fortes. Essa é a nossa vantagem. Mas com certeza haviam criaturas muito mais poderosas que ele: o demônio Majin Boo, o lendário Sayajin chamado Broly, o deus da destruição chamado Bills, o lendário pirata espacial Képler e muitos outros. Se você tivesse esbarrado com um deles na época, mesmo virado em Super Sayajin, não teria chance alguma. Porém, todos eles agem solitários ou em pequenos grupos, meu tio era um déspota bastante famoso, por isso as pessoas temiam mais ele do que aqueles que eu citei.

— Puxa... Pessoas ainda mais fortes. Eu queria ter a chance de lutar contra cada um deles. Menos o Boo porque esse eu já lutei.

Frozen balançou a cabeça em negação, estava achando Goku um louco.

Kuririn procurava pelos rochedos quando ele viu uma pessoa andando de triciclo no meio do deserto. Aquilo era algo tão inusitado que ele foi ver mais de perto.

— Ei, você! Um palhaço?

A pessoa que o baixinho viu foi o mímico Mr. W. O homem parou o seu triciclo quando viu o guerreiro à sua frente.

— Oh, um homem voador! E careca! E baixinho! E sem nariz! E com uma marca estranha na testa!

— Não precisa ser tão detalhista. Ei, você viu alguém estranho por aqui?

— Sim, você. Kishishishishishishi!

— Ora, pare de brincar. Falo sério.

— Eu também, senhor. Quem poderia imaginar ver um ser humano voar igual um pássaro? Aliás, eu sou o Mr. W, mágico e mímico. Eu tava fazendo uma apresentação num vilarejo perto. Gostaria de ver uma agora?

— Eu não tenho muito tempo... Tá bom. Mas tem que ser rápido.

— Essa mágica se chama balões explosivos.

Mr. W retirou atrás da orelha uma bexiga vazia daquelas compridas. Ele encheu, formou um cachorro e fez a bexiga ir sozinha para Kuririn. Este segurou quando o mágico estalou o dedo. A bexiga explodiu como uma verdadeira bomba.

— KISHISHISHISHISHISHI! Essa foi engraçada. Ai minha barriga dói. Ele deve ter virado torrada.

— Droga... Maldito. Essa doeu! — Kuririn se levantou um pouco queimado. — Já estou achando que você é o ladrão. Palhaço!

— Kishi... Eu sou um mímico e mágico. Carequinha.

...

Enquanto isso, a nave dos piratas já havia pousado na Terra. O capitão foi o primeiro a descer e ver a paisagem do planeta.

— Capitão, é como o senhor previu. Este planeta, apesar de pequeno, é rico em vida. Oinc-Oinc! — disse o porco com roupa de cavalheiro.

TRIPULANTE: DON PIG

CARGO: COZINHEIRO

RANKING DE FORÇA: NÚMERO 5

— Fufufufufufufufufufu... Meninos, não vamos ser impacientes. A Terra parece ser um bom lugar para se viver, por isso deve haver vários lugares paradisíacos. Teremos que dar uma olhada nele antes — uma mulher desceu do céu com um guarda-chuva rosa. Ela era uma linda elfa loira. Usava um camiseta branca com um nó nas costas, que mostrava sua barriga magra, e uma mini-sai rosa. Além de botas pretas.

— Phantinna tem razão — disse Képler.

TRIPULANTE: PHANTINNA

CARGO: NAVEGADORA

RANKING DE FORÇA: NÚMERO 7

— A única coisa que não gostei foi essa estrela chamada Sol. Isso vai criar umas rugas se eu não passar um creme... — um escorpião passou perto dos pés dela. — YAHHHHH! UM MONSTRO! MATA ELE! MATA ELE!

— Phantinna é um caso sério, Oinc... A única coisa que tem medo é desses animais rastejantes, Oinc!

— Não vamos perder tempo com bobagens. Precisamos ir ao local. Estou sentindo vários kis poderosos nesta região. Podem sentir também, não é? Agora vamos.

Os três voaram na direção que Kuririn estava.

Ainda no espaço, Jaco e Hanzo viajavam na direção da Terra.

— Não tem como ser mais rápido, Hanzo?

— Só se for para destruir a nave. Vai com calma. Mesmo com toda a velocidade, não chegaremos em menos de 48 horas.

— Pensando bem... Para fazer o canhão, eles precisam de solo para estar parado...

— Engano seu se acha que esse detalhe vai atrapalhá-los. A Terra possui um satélite natural chamado Lua. Acredito que a base deles está lá.

— Então vamos pra Lua!

— Não, Jaco. Eles podem ter tripulantes lá. Vamos primeiro para a Terra.

— Tem razão. Não sei fazer nada sem sua ajida. Valeu, amigo.

Os dois continuaram o trajeto rumo ao planeta Terra.

...

— Vai me pagar caro — Kuririn foi na direção do outro, mas esbarrou numa parede invisível. — Ugh... O que é isso?

— Kishishishishishi... Eu não aguento. Você é hilário. Mas eu preciso terminar a minha missão, você atrapalha demais. Por isso prepare-se.

— O que vai fazer?

Mr. W saiu do triciclo, tirou um lençol do bolso, cobriu o objeto e, por fim, retirou. Kuririn viu o triciclo virar uma super moto envenenada. Os pneus dela possuíam esporões e nela havia estampas de caveiras. O homem montou em cima e usou o turbo. Kuririn correu dele. A moto soltava fogo.

— Kishishishi, vai morrer. Hu! Vai morrer. Hu!

Kuririn voou. Parecia estar a salvo por um momento, mas Mr. W voou com a moto. 

— Taioken! O quê? Não funcionou?

— Kishishishi, tenho muita experiência de luta e sei que não podia baixar a guarda numa perseguição. Os meus óculos de piloto me salvaram desa. Kishishishi.

— Kienzan!

Mr. W fez uma manobra com a moto que o fez desviar do golpe. Depois ele desapareceu e apareceu atrá do menor.

— Toma. Um presente — o mágico entregou um relógio ao outro.

— Droga! — o relógio explodiu fazendo Kuririn cair no chão.

— Kishishishishi! Você deve ser o mais fraco dentre os guerreiros que estavam reunidos. Isso é patético. Agora eu vou finalizar com um golpe de misericórdia.

— Eu acho que não — um raio caiu perto entre Mr. W e Kuririn causando uma fenda no chão.

— Hum? Quem falou isso?

Piccoloc apareceu diante do vilão. Como de costume, ele se ausentava do grupo mas sempre estava perto caso ocorresse algum imprevisto. Kuririn agradeceu ao amigo, mas Piccolo foi curto e grosso.

— Quem é o palhaço?

— Acho que foi ele quem roubou as esferas.

— Oh! Um namekuseijin morando na Terra. Isso é novidade para mim. Logo os namekuseijins que são tão desconfiados com as outras raças. E não sou palhaço, sou o incrível mágico Mr. W!

— De certa forma ele não parece ser muito forte para mim. Vou derrotá-lo aqui mesmo e pegar de volta as esferas — falou Piccolo.

— Ohhh acha que conseguem? Olhem para cima.

Os dois viram vários pombos brancos vindo na direção deles. Assim que os pássaros pousaram no chão, explodiram. Eram bonecos-bombas. 

— Maldito! — Piccolo foi usar sua técnica perto de W quando várias cartas de baralho circularam o corpo do mágico como se fosse um escudo. Cada carta era forte o suficiente para proteger o usuário e afiada o bastante como minis kienzans. — Esse cara... Droga.

— Percebeu que é inútil lutar contra mim. Cortou o rosto. Seu bestão verde. Kishishishishi...

Uma bola de energia foi lançada perto de Mr. W que teve que recuar para não ser pego. 

— E aí, fracotes? Perdendo para um cara como aquele? — disse Vegeta.

O sayajin chegou bem a tempo. Logo em seguida veio Yamcha, Sarboc e Hail e Goku com Frozen. Este último observou Mr. W e se surpreendeu.

— Esse homem por aqui? — disse Frozen.

— Você o conhece? — perguntou Goku.

— Sim. Ele é tripulante dos lendários piratas de Képler. Walker Wolf!

TRIPULANTE: WALKER WOLF

CARGO: CO-PILOTO

RANKING DE FORÇA: NÚMERO 6

— Os piratas de Képler? Quem são eles? — perguntou Yamcha.

— Vou resumir. Naquela época em que viram Freeza pela primeira vez... Ele perderia facilmente uma luta se confrontasse um dos membros mais fracos, Walker Wolf. O capitão deles é um demônio tão poderoso quanto Majin Boo.

Depois da explicação, todos ouviram palmas ecoarem a região. Sobre um rochedo apareceu um homem alto.

— Falando de mim pelas costas, pequeno Frozen? Ainda me comparando com aquele inseto do Freeza?

O homem era alto, forte com ombros largos, vestia-se com calça preta de couro com correntes, botas militares, uma camisa marrom desabotoada no meio mostrando parte do seu tórax, usava um grande casaco de pele de animal que lembrava um urso polar. Sua pele era vermelha, seus cabelos eram brancos amarrados num ravo de cavalo. Ostentava vários anéis nos dedos e um óculos escuro esportivo nos olhos. Era um personagem "descolado".

Don Pig e Phantinna também apareceram.

— Droga. O que você faz aqui?

— Frozen, você o conhece? — perguntou Hail.

— Sim. Aquele é o homem que derrotaria Freeza fácil. O lendário pirata espacial, Bartholomew Képler!

— Aí, Wolf. Conseguiu?

— Sim, capitão. As esferas estão bem aqui — Wolf retirou um pequeno saco de uns cinco centímetros do bolso. Ele usou a sua mágica para diminuir o tamanho dos objetos. Isso pegou todos de surpresa.

— Até que enfim o meu desejo pelas milagrosas esferas será concluído. Em breve nos tornaremos infinitamente ricos... depois que matarmos todos os humanos e leiloarmos a Terra. MUAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!

TRIPULANTE: BARTHOLOMEW KÉPLER

CARGO: CAPITÃO

RANKING DE FORÇA: NÚMERO 1

CONTINUA...