Mudblood escrita por Ella


Capítulo 2
Destino


Notas iniciais do capítulo

Vocês são os melhores ♥
Acabei de reler todos os comentários e minha barriga fica se revirando de tanta alegria. Vocês não sabem o alívio de ver que vocês gostaram.
Eu pretendo postar toda sexta, então cá estou eu. Espero que gostem!



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   — Eu prefiro Percy Jackson. – Malfoy disse.

   E o tempo parou, assim como nos filmes diabeticamente românticos que a Norrie me fazia assistir.

   Houve o segundo em que nada mais era importante. Um mísero segundo no qual os os meus olhos não saíram de seu rosto, no qual meu coração começou a se descontrolar, no qual todo o meu corpo entrou em estado de choque.

   A ruiva se virou, incrédula, lançando um sorriso do Gato de Cheshire. Elliot olhou pra mim, depois pro loiro, depois pra mim. Ele sabia que ia dar merda. Alex, como o ser humano descente que era, começou a gargalhar.

   Abri a boca, mas as palavras não queriam sair.

   Era ele. Ele.

   — Você pode repetir o que você acabou de dizer, Malfoy? – Não saiu ameaçador do jeito que tinha sido da minha cabeça. Foi esganiçado, lento, baixo e acuado. Eu estava com medo.

   Ele me olhou assustado, parecendo entender porque meus olhos estavam arregalados na direção dele. Retribuí o olhar. Merda. Era pra eu ter ficado calada. Merda. Merda. Merda.

   — Eu queria tanto uma pipoca agora – alguém disse, mas não percebi quem. Todos no refeitório pareciam borrões, era tão clichê quanto soava.

   — Você – Taylor sussurrou. A pizza conseguiu parar seu caminho na minha garganta, me fazendo engasgar. Comecei a tossir, com os olhos ainda fitando ele. Norrie me mandou levantar o braço e o Malfoy barato se levantou pra tentar bater nas minhas costas.

  Levantei os braços, defensivamente, indicando que ele não devia tocar em mim. A tosse parou, ele também. Norrie bateu palminhas, soltando uns gritinhos animados. Taylor segurou a manga da jaqueta, mostrando a tatuagem em seu pulso.

   “Você pode repetir o que você acabou de dizer, Malfoy?” estava gravado lá. Fiquei olhando pra frase, me perguntando o que diabos estava acontecendo.

   Ele andou na minha direção, segurou meu pulso e estendeu a mão na minha direção para tirar a pulseira que escondia minha marca. Dei um tapa na mão dele, ainda tentando processar tudo. O loiro riu confuso pra mim, segurou meu queixo. Norrie começou a hiperventilar do meu lado.

   Ele aproximou o rosto do meu. Ele ia me beijar?

   Epa.

  Antes que ele finalmente conseguisse me beijar, empurrei ele pra longe e corri, ignorando o grito da Norrie que reverberou atrás de mim e a feição confusa do Taylor no último momento.

   Provavelmente o colégio todo tinha visto o show, mas no momento eu não conseguia dar a mínima. Eu estava completamente ferrada.  

   Naquele momento, eu o odiei. Odiei por ter sentado no meu lugar. E o odiei por ter pegado meu suco de laranja. O odiei por ter um péssimo gosto pra livros. Mas, além de tudo, o odiei por ser a minha alma gêmea.

   Eu me sentia idiota, me sentia estranha. Por longos anos da minha vida, me preparei pra esse momento, esperando o momento no qual ele chegaria.  Fiz discursos, planejando tudo que falaria pra ele quando aparecesse. E quando tenho a chance de por tudo pra fora, listar os milhões de motivos pelos quais aquilo não daria certo, eu entro em choque, fico calada.

   Parei de correr quando cheguei à dispensa onde os zeladores guardavam os produtos de limpeza. Meu coração disparava e não era por conta da maratona que eu corri. Não, claro que não. Era por causa dele.

   Tive vontade de ligar para mamãe, só ela me entenderia naquele momento.

   Quando Neal fugiu, deixando minha mãe, uma adolescente de dezesseis anos pra trás, grávida e sozinha, tudo o que tínhamos era uma a outra. Vovó a expulsou de casa, vovô não tentou argumentar.  Ela não desistiu de mim, mesmo quando tudo conspirava para que fosse desse jeito.

   Só ela perceberia o quão errado era aquilo, o quão incerto.

   Me encolhi, o cheiro de desinfetante provocando meu nariz. Mandei uma mensagem para minha mãe, mandando ela me buscar.

 

 

   A facilidade em sair daquele colégio ainda me assustava.  Vi Jenn acenar do lado do carro, segurando um guarda-chuva amarelo de bolinhas. Ela me deu um beijo na bochecha quando entrei, olhando diretamente para meus sapatos sujos de terra. Tirei-os, virando as solas pra cima.

   — Não te vi de manhã, o que houve? — ela tentou dizer enquanto passava batom. Pensei numa mentira, tentando me safar da bronca por não ter dormido em casa.

   — Eu e a Norrie resolvemos tomar café no Martin’s enquanto estudávamos pro teste de Espanhol. – Coloquei o cinto de segurança, ignorando o olhar de zombaria que ela me lançou.

   — Você está quase profissional nisso. Se eu não fosse sua mãe, até acreditaria – ri baixo e beijei a bochecha dela. — Então, qual o motivo da fuga de hoje? Eu devo fingir que sou uma mãe responsável?

   — Não sei se quero falar disso.

   — Sem explicações, sem carona.

   — Coloque o cinto – ela revirou os olhos, ainda que tivesse feito o que pedi. — Ele apareceu na escola.

   — Ele? Ele quem? – Tirei a pulseira do pulso, mostrando pra ela a tatuagem. A mulher arregalou os olhos pra mim, tentando esconder o sorriso que surgia no canto da boca. O carro rugiu.

   — Nem ouse agir como se fosse uma coisa boa! – rindo, Jenn abaixou o som do rádio.

   — Só ia te obrigar a me contar como foi. Se não quiser, tudo bem. A Norrie vai me ligar e contar tudo do mesmo jeito – Era um complô. — Sério, me conta.

   Juntei os joelhos, colocando minha cabeça em cima. O rádio sussurrava Beatles e me lembrei das vezes que ficávamos nós duas no quarto falando sobre garotos e músicas dos anos 60. Mamãe passou a mão nos meus cabelos, arrumando os fios molhados.

   — Norrie conheceu ele na aula de biologia.

   — E?

   — Ele é britânico.

   — E?

   — Ele tentou me beijar.

   — E? – Agora ela parecia ter se tornado uma versão não-ruiva e mais velha da Eleanor.

   — E eu empurrei, o que você queria que eu fizesse?

   Jenn olhou pra mim, sem acreditar.

   — Tentasse não morrer sozinha e cheia de gatos! - Claro que eu não queria ficar sozinha pro resto da vida. Eu queria alguém, só não ele. Não queria alguém que o destino tinha me enviado. Algo sobre destino, sobre a ideia de ter a vida inteira programada, me deixava aflita, fazia eu me sentir presa. Não queria acreditar numa marca idiota. Simples. Fim.

   — Mãe, você quer mesmo dar sermão sobre a tristeza de ser solteira? – ironizei. — Além do mais, eu tenho o Leopold.

   — Você merece coisa melhor que Leopold Fielding. Tipo, Leopold? E se for maldição de família e ele obrigar os filhos de vocês a se chamarem Leopold também? Leopold Jr. Jr., Leopold II, Leopold III... – gargalhei, imaginado que aquilo era bem possível. — E para sua informação, eu tenho um encontro hoje. - Uma notícia boa, enfim. Ela começou abaixou a cabeça, deixando o cabelo cair na frente do rosto, escondendo o sorriso bobo no rosto. Nessas horas, a adolescente dentro dela começava a emergir.

   — O Kurt sabe disso? – zombei.

   Kurt era o melhor amigo da minha mãe. E mesmo que os dois fingissem que nada acontecia, os olhares e a tensão sexual eram óbvios. Eles se amavam. E nem precisavam dessa merda de tatuagem.

   — O que ele tem a ver com isso? – Se fazer de desentendida quando a vida amorosa dela era o assunto era um padrão que ela seguia. Pena que eu conhecia ela bem demais.

   — Nada, mãe, nada – na verdade, ele tinha tudo a ver. Mas vamos deixar isso subentendido. Um silêncio pairou no carro, nós duas estávamos em mundos diferentes por alguns segundos.

   — Você sabe que eu vou apoiar sua decisão, não sabe? – eu sabia.

 

 

 

   Mamãe me deixou em casa, depois foi para o mercado. Só a vi quando chegou e foi se arrumar pro encontro. O tal cara tinha uma Ferrari, mas eu ainda preferia andar na moto do Kurt. Passei o resto do dia tentando nublar minha mente, acuar os pensamentos que se direcionavam para olhos cinzentos. Assisti séries, vi Rei Leão duas vezes — chorei nas duas. Em algum momento da noite, eu caí no sono.

   Quando acordei, eram três da manhã. Mamãe chegaria daqui a três horas. Ela trabalhava como enfermeira no hospital do bairro. Tinha acabado de mudar de turno. Quando trabalhava de dia, era como morar com alguém invisível. Quando de noite, parecia que eu morava com um zumbi de The Walking Dead — andava rastejando e grunhindo.

    Meu celular estava cheio de mensagens, da Norrie, do Alex, até do Elliot. E é claro, Malfoy tinha conseguido meu número de algum jeito. Bravo. Não que com os super amigos que eu tinha essa tarefa fosse algo difícil.

   Assisti mais séries, pensando numa mentira para explicar porque não iria pro colégio hoje. Dor de barriga não colaria mais, muito menos gripe. Talvez, se eu fingisse que torci meu pé, ela me levasse no médico e aí não precisaria encarar minha situação.

   Eu era uma covarde. De marca maior.

   Quando desci e fiz o café, percebi que o melhor ela encarar tudo isso como a mulher quase adulta, madura e independente que eu era.

   Eu ia ignorar ele e se ele tentasse falar comigo eu iria pôr as mãos no ouvido e gritar trá-lá-lá.

   Problema resolvido.

 

 

   Jenn chegou, comeu os donuts que trouxe e foi dormir. Norrie chegou ás sete, como sempre. E antes que ela tentasse falar algo sobre o episódio de ontem, coloquei os fones de ouvido. Mas ela não precisou falar nada, na verdade, nem tentou. Ela sentou do meu lado na calçada, olhando pra mim com um sorriso infantil e estúpiado na cara.

   Quando o ônibus chegou, entrei ignorando os olhares na minha direção. Todo mundo parecia saber o que eu tinha feito, me julgando sem palavras.

   Bem, fodam-se eles, não é?

   Norrie me empurrou para o fundo do ônibus, para perto do casal maravilha. Taylor não estava lá, o mundo conspirou ao meu favor. Elliot sentou no colo do Alex, deixando que eu e Norrie sentássemos. Parecia gentil, mas ele só queria um motivo pra sentar no colo do namorado.

   Os três se viraram pra mim, o mesmo sorriso malicioso nos lábios.

    — Vocês estão sentindo? – Norrie foi a primeira a abrir a boca. Olhei confusa pra ela.

    — O quê? – Alex e Elliot perguntaram em uníssono, como se tivessem programado.

    — O cheiro do amoooor – Norrie completou, rindo da sua piada idiota. Os três riram juntos enquanto eu revirava os olhos, tentando ao máximo não rir da risada do Alex. Não deu.

   Eu estava cercada de idiotas.

 

 

 

   Tive duas aulas com ele. Na primeira, ele não tirou os olhos de mim. Na segunda, sentou bem atrás e algumas vez eu sentia ele rir quando eu olhava pra trás para verificar se ele continuava com o olhar psicopata em cima de mim.

   Na terceira aula, Norrie me encontrou na aula de Química. Sensacional.

   — Olá, senhorita Darling - Norrie entrou cantarolando. Todos que estavam no raio de um quilômetro ouviram. Ainda bem que minha capacidade de sentir vergonha não surgia com facilidade.

   — Andy Fielding combina mais, não é, doce? – Leopold surgiu atrás da minha cadeira, beijando minha bochecha. Norrie falou um “eca” baixo.

   — Claro. – Eu estava mentindo. Não combinava.

   E Leopold entendia isso. Ele não me amava, eu não amava ele. Era sexo e nada mais. Ele flertava com outras, eu beijava outros. De noite, pertencíamos ao outro por algumas horas e quando amanhecia éramos amigos de novo. Ele gostava de acreditar que quando sua alma gêmea chegasse, ele ia parar. Nunca quis tanto me apaixonar por alguém do jeito que quis me apaixonar por ele. Mas no final, ele era superficial demais, simples demais, vazio demais.

   — Não me diz que você está cogitando trocar o Taylor pelo Senhor Esteroides ali – Norrie sussurrou, quando Leo desapareceu de vista.

   — Nunca nem cogitei o Malfoy.

   — Malfoy? Quê?

   — O Taylor, burra. Loiro, olhos cinza, cabelo lambido. Só eu percebi a semelhança? – Norrie riu.

   — Eu devia ter previsto que você faria essa comparação. Pra mim ele parece o Christopher Walken novo. - E realmente parecia, mas chamar ele de Malfoy era mais legal. — Pois saiba que seu Malfoy não tira os olhos de você.

   Olhei para onde Norrie olhava e lá estava ele, pra variar. O sorriso de coringa estampado nos lábios rosados. Ele era bonito demais pra minha saúde mental. Taylor não fugiu de meu olhar em nenhum momento.

 

 

 

   Passei o intervalo com Leopold. Ele ignorou o assunto “Taylor Darling”, só perguntou se a gente ia continuar ficando. Quando disse que sim, ele começou a me beijar. Como eu disse, ele era simples.

   Em Literatura não tinha Taylor e quase abracei a Sra. Ward  quando percebi isso.  Em Inglês, dei meia volta quando vi ele do lado do único lugar vago da sala. Em Francês, lá estava o bastardo. Aquilo era meio impossível, ele provavelmente estava me seguindo.

   Quando o sinal tocou, pude sair da dispensa aliviada. Passei escondida do Alex, quando ele está sem o Elliot ele fica bem atento. Por isso, não me admirei quando vi ele apontar pra mim quando o Taylor apareceu. Corri antes que ele pudesse virar o rosto pra mim. Ainda havia quatro lances de escada pra descer, pro meu azar.

   Quando olhei pra trás, lá estava o stalker. Ele andava na mesma velocidade que eu, ele fingindo que não estava me seguindo e eu que não estava fugindo. Quando chegamos no segundo andar, já estávamos correndo loucamente pelo colégio. E ele nem parecia estar cansado! Maldita Hogwarts e suas pistas de corrida.

   No fim do corredor, resolvi entrar na sala de projeção e despistar ele. Mas só percebi minha idiotice quando vi que não tinha saída.

   Taylor segurou meu pulso quando tentei fugir mais uma vez, me segurando no lugar. Minha outra mão se fechou, pronta pra encontrar o rosto bonitinho dele. Bonitinho demais. Ele percebeu  e segurou essa também, juntando-as na minha frente. 

   — Isso é ridículo, você não acha? – sussurrou. Seu sotaque britânico soando bem mais perto de mim que o recomendável. Era impossível se concentrar pra bater em alguém quando aquilo era usado contra você. A voz dele era rouca, grossa e macia, mesmo que o tom fosse cortante e irritado.

   O aperto dele não era forte, eu conseguiria me soltar se quisesse. E eu queria, acho. Mas ao mesmo tempo meu corpo não agia, não se ligava aos comandos do meu cérebro.

   — Seguir alguém por três andares realmente é ridículo – Taylor riu baixo.

   — Sua amiga, a ruiva, disse que você não acredita na marca. – Ele parecia intenso demais. Eu queria poder fugir do infinito nublado que eram os olhos dele. Olhando de perto, não eram mais tão cinzentos. Tinham pequenos riscos azuis, minúsculos. Era hipnotizante.

   — E? – um fio de voz conseguiu sair da minha garganta. As sobrancelhas dele se juntaram. Ele pareceu se perguntar o quão louca eu era.

   — Pensei que ela estava tentando te ajudar. – Até parece. Norrie nos queria juntos mais do que qualquer outro casal. Ela achava bonito, era típico nos filmes românticos que a gente assistia juntas. Uma garota que não acredita na marca se apaixonando pelo seu prometido e blá blá blá. Só perdia para a história da garota sem marca que se apaixona por um marcado. Mais clichê impossível. 

   —  Não, ela não está. E já que colocamos as cartas nas mesas, eu vou indo pra casa. – Balancei os braços até o seus dedos se desenrolarem de meu punho. Ele então segurou o me rosto, escaneando todo o meu ser com os seus olhos.

   — Não tão fácil, Hill. - e sorriu. 

   — Pensei que os britânicos fossem mais educados.

  — Os americanos também não são um pilar de educação, pelo que vejo. Não é muito gentil deixar a sua alma gêmea beijando o ar. - Bem, não é muito certo tentar beijar pessoas que você não conhece. — Você está tirando a minha paciência, Andy. Não me culpe. - Meu nome soava bem mais interessante na voz dele, preciso dizer.

    — Olha! A gente tem algo em comum! Nascemos um para o outro. Se não se importa, vou avisar pra Norrie sobre as boas novas. – Usar tanto sacarmos numa frase iria acabar fazendo meu estoque se esgotar.

    — Antes de sair, por obséquio me explique isso de simplesmente “não acreditar”.

   Essa era a hora em que eu esquecia toda a educação que minha mãe havia me dado. Esses momentos aconteciam bem frequentemente, pra ser sincera. Normalmente, por coisas bobas. Mas hoje eu tinha um ponto, um motivo. Botei a minha melhor cara de "Você não é digno de minha presença" no rosto e enchi os pulmões de ar.

   — Explicar? Eu não preciso explicar nada, Malfoy! É simples. Eu. Não Acredito. Nem quero. Não me importo com essa merda de tatuagem, nem com toda essa novela água com açúcar que vem com ela. Então, não. Nada que você fale ou faça vai mudar minha opinião. Lide com isso. - Ele desviou o olhar do meu, olhando pra baixo. Soltou um riso baixo, nem um pouco feliz e me fitou.

   — Vou falar isso apenas uma vez, mas não se preocupe, você não vai esquecer. Andy Hill, se achou que eu aceitaria tudo tão fácil, você passou bem longe de acertar. Eu sou a sua alma gêmea, posso ser tão teimoso quanto você. Eu não vou te deixar em paz até conseguir pelo menos uma chance. E quando eu tiver seu coração – e acredite, eu vou ter -, você vai perceber que não se pode fugir do destino.

   E me deu as costas.

 


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Notas finais do capítulo

Me digam o que vocês acham. Conversem comigo, minha mãe diz que eu sou legal (mentira). Falem se encontraram algum erro ortográfico, juro que concerto.
Obrigada pelos comentários ♥