20 maneiras de irritar Dolores Umbridge escrita por nywphadora, Tessa, nywphadora


Capítulo 21
20ª maneira




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20ª maneira - a chame de “cara de sapa” em voz alta.

Não soube em que momento daquela pequena conversa a frase saiu de sua boca.

Estava ainda no chão, observando como Harry era ameaçado por Umbridge, como os seus amigos tentavam lutar para se soltarem. Olhou para Ginny e depois olhou para o seu bolso, a amiga apenas arregalou os olhos por alguns segundos. Aquela troca de olhares não foi percebida pelos outros.

Sarah levantou-se lentamente, sendo observada de perto pelos colegas. Umbridge ainda tentava obrigar Harry a dizer o que fazia ali, em seu escritório, usando a sua lareira, então não desviou o olhar.

— Sabe o que dizem por aí, quando você não está por perto para escutar? — ela disse, atrevida.

— Cale a boca, Black — disse Malfoy, impaciente.

— O quê? Não tem coragem para contá-la? — Sarah riu, debochada — Pensei que contassem tudo a ela!

— Eu não sei do que você está falando — ele retrucou.

Umbridge ergueu-se à frente de Harry, sem desviar o olhar.

— O quê? — perguntou.

— Cara de sapa — respondeu Sarah.

“Lista concluída” pensou.

Andando um passo para trás, sentiu a mão de Ginny mexendo em seu bolso, antes de voltar a ficar rente ao corpo. A garota que a segurava resolveu fazê-lo em seus ombros, em vez de levar os seus braços inteiramente para trás, como os outros fizeram, e Sarah não podia agradecer mais pela estupidez da garota.

— Achou muito engraçado colocar aqueles sapos no meu escritório, não é mesmo, senhorita Black? — de repente, Harry foi esquecido pela bruxa.

Sarah deu de ombros.

— Quer ouvir a verdade ou algo que te agrade? — ela replicou.

Esperou outra vez sentir a mão de Umbridge em seu rosto, que já estava marcado pelo tapa anterior, mas ela apenas riu.

— Já que Potter não quer me ajudar, que tal você? — disse a diretora.

Antes que Sarah pudesse responder, a varinha foi apontada em sua direção.

— Crucio!

Todos da sala congelaram, vendo como a Gryffindor caía de joelhos ao chão, a mandíbula apertada com força, assim como os seus punhos, evitando deixar um grito que fosse cair.

Umbridge cancelou o feitiço, aproximando-se friamente da garota caída.

— Estou cansada de seus joguinhos — ela disse — Com quem estavam conversando?

O professor Snape entrou nesse momento, e Umbridge levantou-se, tentando aparentar normalidade.

— Você queria me ver, senhora? — ele perguntou, os olhos fixos em Sarah.

— Ah! Professor Snape! — Umbridge sorriu, mas que estremeceu — O que significa isso?

Sarah não prestou atenção na conversa, observando a situação em que se encontravam.

— Encontrei a senhorita Potter espiando pelo corredor — disse Snape — Deveria cuidar disso.

— Ah! Sim, muito obrigada! — disse Umbridge, afastando Amber de Sarah, assim que ela tentou aproximar-se da amiga.

A presença da ruiva só fez com que a bruxa se sentisse mais tranquila. Olhou novamente para Ginny, que pressionava a sua varinha com força contra a capa do uniforme, procurando que a sua capturadora não notasse.

— Você está com problemas! — guinchou Umbridge, ao não conseguir o que queria — Você está sendo tolo! Eu esperava, Lucius Malfoy sempre falou bem de você! Agora saia do meu escritório!

Snape deu um sorriso irônico e virou-se para sair quando Harry resolveu alertá-lo discretamente sobre o sequestro de Sirius. O descaso dele só fez com que Sarah sentisse mais raiva, enquanto que Amber parecia ter visto algo que o restante não.

Umbridge abaixou o porta retrato de Fudge, por onde o ministro devia observar tudo o que acontecia ali, e voltou-se novamente para Sarah.

— Muito bem, senhorita Black — ela disse, respirando fundo — É melhor me dizer de uma vez com quem o senhor Potter estava falando.

— Como espera que eu saiba? — retrucou Sarah — Nós não somos amigos, nem compartilhamos as mesmas aulas.

— Não são amigos? Andam bastante juntos! — Umbridge aproximou-se, a varinha em punho.

— Por causa de Amber e Ginny.

A varinha estremeceu por um momento em sua mão.

— Parece que a amostra foi pouca — ela disse — Cru...

— Espere! — Hermione gritou.

Sarah olhou para Harry, Amber e Ginny perguntando-se quando que eles planejavam agir, mas eles pareciam achar arriscado demais. Desejou não ter dado a sua varinha para Ginny, já que o grito foi uma distração ótima.

Umbridge levou Harry e Hermione para fora da sala, quando escutou toda a história inventada sobre arma de Dumbledore, excitada por uma descoberta. Desde a conversa com Sarah, ela sabia que aquela devoção não passava de autopromoção, a obsessão pelo ministério — ou ministro — era falsa.

Draco continuou a brincar com a varinha de Harry, e Amber aproveitou-se desse fato, convocando-a com o dedo.

— Mas o que...? — o loiro assustou-se quando a varinha começou a afastar-se dele sem comando de qualquer um dali.

Ginny jogou o seu corpo para trás, procurando empurrar a garota que a segurava. Com uma mão livre, pegou a varinha de Sarah e apontou para ela. A varinha de Harry caiu ao lado de Sarah, que não demorou em pegá-la e apontá-la para Draco. Os feitiços de Ginny e Sarah foram ditos ao mesmo tempo, estuporando aos dois.

Os outros estavam indecisos entre soltar os seus capturados ou pará-los, e isso foi o bastante para que Luna, Rony e Neville reagissem, libertando-se.

— Que droga, Amber! — reclamou Sarah — Você podia ter agido antes! Ginny! Você também!

— Com Umbridge aqui? — perguntou Ginny, irônica — E os seus capangas também? Sim, seria uma luta bem justa!

— As lutas não são justas! — protestou a garota — E, se vamos mesmo salvar ao meu pai, precisam saber agir mais rápido.

— Estratégia, Sarah — disse Amber, impaciente — Estratégia! Agir antes da hora pode custar uma vida!

Ela apenas revirou os olhos, enquanto todos pegavam as suas varinhas.

— Eles foram até a Floresta Proibida — disse Neville, olhando pela janela.

— Episkey — Luna apontou para o nariz dele, que estava sangrando.

— Obrigado.

Sarah bateu o pé no chão, exasperada.

— Querem um tempo para se recomporem? Tomar um chá, talvez? — perguntou, irônica.

— Céus! Você é mais impaciente que o Harry — reclamou Rony.

Como resposta, Sarah apenas empurrou a porta da sala de Umbridge, o assunto da lista já estava completamente esquecido.

— E menos trouxa, com certeza — ela retrucou, já caminhando apressada pelos corredores vazios.


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