20 maneiras de irritar Dolores Umbridge escrita por nywphadora, Tessa, nywphadora


Capítulo 19
18ª maneira




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18ª maneira - tente arrancar os quadros de avisos.

Era surpreendente como os fogos de artifício não derrubaram cada um daqueles quadros malditos. Fred e George podiam ter ajudado-a nisso, sempre julgaram-na por seguir a ordem exata das tarefas, e tinham lido a lista inteira várias vezes.

Podiam tê-la ajudado naquilo, como uma despedida ou algo do tipo.

Sarah cruzou os braços, tentando enrolar-se mais ainda em seu casaco. Estava silencioso, exceto por alguns sons que o vento fazia do lado de fora, e escuro. A tranquilidade que somente a noite podia proporcionar, o que era estranho considerando que nem Filch nem a sua gata tinham passado por ali até o momento.

Não usava capa da invisibilidade, nem feitiço camaleão, nada a ocultava da vista dos outros. Não tinha o mapa do marauder consigo, era guiada somente por seus instintos e conhecimentos do castelo adquiridos ao longo do ano anterior, acompanhando os gêmeos em suas peças.

Assim que começasse a lançar feitiços, e os quadros caíssem, sabia que seria pega. Precisava arrumar uma forma de derrubar todos os quadros de uma vez, ou rápido o suficiente para escapar. Como faria isso?

Devia ser a maneira mais complicada que ela teria de resolver.

Olhou para as últimas duas maneiras, antes de suspirar.

Não teria outra forma, seria pega, e com muito louvor.

Tirou a varinha de seu bolso da capa, subiu as escadas do hall de entrada, conseguindo uma boa altura para começar, e apontou a varinha para a parede, onde o vidro dos quadros refletiam a luz da lua, que vinha bem fraca do lado de fora.

— Bombarda maxima! — gritou, sem importar-se mais.

Dez quadros foram arrancados da parede e caíram rapidamente.

O silêncio que se seguiu foi quase cômico, mas Sarah não importou-se.

Com o capuz escondendo o seu rosto, subiu outro lance de escadas, pegando uns degraus que já moviam-se para outra direção.

— Bombarda maxima!

Mais quadros caíram e quebraram-se, causando um grande estardalhaço na calada da noite, mas novamente não importou-se com isso.

Correu mais umas escadas para cima, ainda sem escutar qualquer reação de qualquer lado. Estaria Filch correndo para lá? Viria de qual andar? E Madame Nor-r-ra?

— Bombarda maxima!

Uma porta abriu-se atrás de si, mas ela não olhou para trás, apenas atravessando mais um lance de escadas.

— Bombarda maxima!

Quantas escadas mais subia, mais afastado ficava o hall de entrada, mas isso não impedia os feitiços de atingirem com exatidão a parede, açoitando-a, derrubando pedras e quadros.

Viu umas capas surgirem lá embaixo, mas nada da cor rosácea que vinha de Dolores Umbridge.

Subiu mais algumas escadas, procurando mais discrição que antes, e também uma área da beirada em que não ficasse tão visível de onde o raio veio.

— Bombarda maxima!

Os encapuzados abaixaram-se rapidamente, salvando-se de terem seus rostos feridos por cacos de vidro e lascas de pedra. Somente o professor Snape — como ela pôde identificar — ergueu a sua varinha a tempo, lançando um escudo.

Como se sentisse onde ela estava, ele levantou o olhar, mas Sarah abaixou-se a tempo, afastando-se da beirada pouco a pouco. Assim que sentiu-se segura, ergueu a varinha mais uma vez.

— Bombarda maxima!

Alguns gritos ecoaram, e ela correu escada acima, sabendo que tinha sido vista, mas esperando que o fato de ter apagado os fogos que iluminavam os corredores dificultassem em sua identificação.

— Bombarda maxima!

Apenas alguns quadros ainda permaneciam lá em cima. Viu que os professores mais observavam a queda do que tentavam impedi-la, e sabia que todos acreditavam ser estúpido todo o tratamento que Umbridge dava.

Alguém correu ao seu lado, escada abaixo. Ao virar-se, viu Umbridge, que parecia sequer tê-la notado. Aproximou-se mais da escuridão, camuflando-se nela sem necessidade de feitiços.

— O que está fazendo? — a diretora gritou de uma das beiradas — O que fazem?

Sarah sentiu vontade de gargalhar, ao pensar que a mulher colocaria a culpa nos professores. Desde que fosse em Snape e Trelawney, ela não reclamaria, mas não queria que isso fosse desculpa para demitir a McGonagall, professora mais decente que Hogwarts já teve.

Não escutou a resposta deles, correndo mais escadas acima, estava no último andar do colégio. No andar do Salão Comunal da Gryffindor e da Sala Precisa também.

— Bombarda maxima, bombarda maxima, bombarda maxima!

Lançou quantos feitiços alcançasse lançar, antes de correr mais um pouco, afastando o capuz e entrando no Salão Comunal apressadamente.

O fogo já não crepitava mais. A vontade de subir as escadas até o seu dormitório era inexistente, então Sarah apenas deixou-se cair no sofá, adormecendo rapidamente.

— Sarah!

Ela apenas abriu os olhos, vendo Amber ajoelhada ao lado.

— Sim? — perguntou, simplesmente.

— Você dormiu aí? — ela franziu o cenho.

— É o que parece...

O quadro do Salão Comunal girou, mas era somente Ginny voltando para pegar alguns materiais.

— Onde esteve ontem à noite? — Amber sussurrou.

— Na cama — respondeu Sarah — E aí eu não pude dormir...

Ela assentiu, entendendo o que a amiga queria dizer.

Na noite anterior, durante os exames do quinto ano, Hagrid foi demitido e a professora McGonagall, tentando impedir essa injustiça, tinha sido azarada e mandada para o St. Mungos.

— Está tudo tão horrível! — desabafou a ruiva — É como se Voldemort estivesse na diretoria.

— Acredite, seria pior — disse Sarah.

— Seria?

Ela deu de ombros, já não sabia de mais nada.

— Então... Você apenas veio para cá? — perguntou Amber, parecendo ansiosa — Não saiu nem nada?

— Por que me pergunta isso? — retrucou Sarah.

— Porque Umbridge acredita que foi você quem derrubou os quadros de aviso dela. Inclusive, quer que você vá na sala dela esta tarde.

Algo em sua expressão dizia que isso seria péssimo.

— Talvez eu deveria ter montado um espetáculo também para me despedir — brincou Sarah — E ir embora, assim como os gêmeos.

— Não é com isso que estou preocupada — ela negou com a cabeça — É só que... Harry teve uma espécie de visão. Ele... Ele viu que Sirius estava sendo torturado.

Sarah levantou-se rapidamente.

— O quê? — perguntou, incrédula.

— Ele quer falar com ele pela lareira da Umbridge, mas... Se vocês estiverem por lá... — disse Amber, parecendo nervosa.

— Ela disse agora? — Sarah pegou o seu casaco do chão, agasalhando-se rapidamente.

— Sarah...

A garota não respondeu, saindo rapidamente do Salão Comunal.

Se seu pai estava em perigo, precisava ajudar.


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