20 maneiras de irritar Dolores Umbridge escrita por nywphadora, Tessa, nywphadora


Capítulo 17
16ª maneira




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16ª maneira - converse ou durma durante sua aula.

— Senhorita Black — disse Umbridge, mansa, ao notar a sua presença em aula — Então, aprendeu os feitiços?

— Eu não posso usá-los em sala de aula, então não faz diferença — retrucou Sarah — Mas agradeço pela sua preocupação pela minha educação.

A bruxa ainda não parecia notar o quão burra foi ao mandá-la para fora de suas vistas, só conseguia comemorar pelos momentos de paz que teve, mesmo que essa paz tivesse sido interrompida em seguida pelos cartazes.

Se a Black tinha mesmo feito isso, ela tinha pensado muito bem em seus passos. Ao conferir com os professores, soube que ela estava com a Madame Pomfrey no momento em que aconteceu tudo, então os professores não acreditavam se tratar da aluna.

Quem mais estava contra ela?

Talvez aquele garoto que andava com os gêmeos Weasley, o Jordan?

Ela podia ficar de olho neles, mas Sarah não recuaria. Faltava cinco itens de sua lista para completá-la. O ano estava acabando, precisava apressar-se. Seria a razão pela qual Umbridge sairia do cargo de professora de DADA, era uma promessa. A maldição seguiria.

Se 20 maneiras não fossem suficientes, ela faria mais 10, 20, mas não desistiria.

Abrindo a mochila, ela pegou um frasco de poção conseguido por Madame Pomfrey. Depois do acontecimento do dia anterior, não quis continuar roubando o estoque de poções de Amber, e decidiu dizer que estava tendo pesadelos com Sirius Black, então conseguiu a poção para adormecer.

Tomou apenas uma gota, antes de guardar o frasco.

Enquanto lia o livro, foi sentindo como fazia efeito, e adormeceu em cima das páginas.

— Acordem a senhorita Black — Umbridge disse, casualmente, quando notou o acontecido.

A sua colega ao lado bem que tentou, mas sem muito sucesso. Até bateu o livro em sua cabeça, sendo repreendida por Ginny.

— Professora, ela não acorda! — alguém disse.

A diretora suspirou, descontente, levantando-se.

— Senhorita Black — ela cutucou-a — Enervate.

Não funcionou.

— Menos dez pontos para a Gryffindor — ela anunciou, voltando ao seu lugar — Deixem-na aí!

Ginny virou a página de seu livro, levando um susto ao encontrar a lista de Sarah. Olhando rapidamente para a colega adormecida, ela viu onde estava bem circulado.

“Converse”.

Por um segundo, olhou para a mulher, perguntando-se se seria capaz de fazer isso. É claro que sim, respirou fundo, guardando a lista na mochila de Sarah, e virando-se para um dos seus colegas.

— Faça todos conversarem — ela pediu.

— Por quê? — ele perguntou, sem entender.

— Só faça o que digo.

De uma hora para a outra, assim que a mensagem foi passada, todos começaram a conversar, não muito discretamente.

— Silêncio! — gritou Umbridge, os olhos fixos em sua revista.

Não foi levada a sério.

Isso devia ser o que mais a incomodava. Era levada a sério desde que passou as detenções da pena para os alunos. Todos a temiam, não atreviam-se a dormir ou conversar em sua aula, fazendo apenas o pedido por ela.

Contudo, naquela aula, foi completamente diferente.

Pensou que a saída dos gêmeos fosse deixar as coisas mais tranquilas, mas, pelo visto, era todo o contrário.

Como eles tinham partido, deviam acreditar que seriam expulsos para poderem se livrar do colégio, se livrar dela. Deviam pensar que seria fácil irritá-la.

Deu um sorriso falso, decidida a não dar-lhes o gosto por isso.

— Silencio.

Dessa vez, ninguém conseguiu dizer coisa alguma, embora movessem suas bocas.

Umbridge deixou a varinha em cima da mesa, sorrindo amplamente.

— Eu disse “Silêncio” — ela declarou, por fim, antes de voltar à sua revista.

Ginny respirou fundo, arrancando uma página do livro e escrevendo em cima dela.

Bolinhas de papel.

Os colegas começaram a arrancar páginas do livro também, escrever e desenhar, jogar as bolinhas entre si. Às vezes, atingindo propositalmente a diretora.

— Já chega! — ela levantou-se, irritada — Chega!

Sarah abriu os olhos, mas ninguém notou. Pegando a varinha de seu bolso, ela girou-a, fazendo um som parecido à sineta ecoar.

— O quê? — perguntou Umbridge, indignada — Mas o tempo não acabou!

Ninguém deu ouvidos a ela, saindo rapidamente da sala de aula. Rapidamente, tiraram as varinhas de seus bolsos e desfizeram os feitiços silenciosos. Sarah juntou-se à multidão, sem ser notada, como se tivesse sumido de um momento a outro.

Colocou a mão no bolso, acalmando-se ao ver o pedaço de pergaminho lá.

— Eu coloquei aí — disse Ginny, ao seu lado.

— Só por precaução — ela deu de ombros.

Não tinha mais Fred e George para pegarem a lista por ela.

— Você só tem feito coisas na aula dela — notou Ginny.

— Porque são coisas envolvendo a sala de aula mesmo — respondeu Sarah, olhando para os lados.

— Não pensou em desfazer a ordem da lista?

Ela sorriu.

— Qual seria a graça nisso? — Sarah perguntou, retoricamente — O desafio é intercalar desafios simples aos difíceis.

— Como um nível a passar? — perguntou Ginny, franzindo o cenho.

— É. Como um nível a passar.

Continuaram seguindo o fluxo dos alunos, que começavam a caminhar mais rápido, percebendo que a sineta não tinha tocado realmente, já que eram a única turma a sair das salas.

— Senhorita Black — uma porta abriu-se, e a professora McGonagall parecia surpresa — A sua turma foi liberada?

— Alguém fez a sineta tocar lá na sala — disse Sarah, tranquilamente.

— Ah! Pensei que seria algum novo aviso da alta inquisidora — uma ironia foi notada, e ela voltou à sua aula, fechando a porta.

Ela apenas deu de ombros, trocando um olhar com Ginny.

Elas foram até o Salão Comunal, sendo acompanhadas somente por quem estava matando aula ou tinha tempo livre.

— Eu bem estava pensando em colocar os deveres em dia na aula da Umbridge — disse Ginny, tirando alguns pergaminhos de dentro de sua mochila.

— Eu não vou esperar até a aula dela — disse Sarah, deixando as suas costas deslizarem pela cadeira.

— Como assim? — ela perguntou, perdida.

— Agora eu posso pegá-la desprevenida a qualquer hora.

Então, ela entendeu, erguendo o olhar para ela.

— E o que fará em seguida? — perguntou Ginny.

— Novamente, preciso de uma situação específica — respondeu Sarah — Mas acredito que isso não me impedirá por muito tempo.

— E quando que algo te impediu mesmo?


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