20 maneiras de irritar Dolores Umbridge escrita por nywphadora, Tessa, nywphadora


Capítulo 12
11ª maneira


Notas iniciais do capítulo

N/Clenery: Este é um dos meus capítulos preferidos. Espero que gostem ♥



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11ª maneira: se divirta.

— Por Merlin! Que riscos todos são esses? — perguntou George, pegando a lista para ler.

— Eu não estou muito inspirada — Sarah fez uma careta, pegando a lista de volta.

— Que decepção — ele negou com a cabeça.

— Isso era para me confortar? — ela soltou uma risada seca.

— Vinte é um número muito grande... — foi interrompido.

— É pouco para infernizarmos a vida daquela lá. Ainda falta um tempinho para que as aulas acabem.

Os dois continuaram parados, procurando por ideias do que poderiam fazer.

— O que é divertimento? — George perguntou-se, olhando para o teto.

— Céus! O que essa mulher fez com a gente? — murmurou a garota, antes de ajeitar-se no sofá — Certo... Ela parece odiar qualquer coisa que nos divirta. Como nos divertiamos?

— Jogando quidditch — retrucou o ruivo, mal humorado.

— Tiraram suas vassouras — disse Sarah.

— E corre o risco de tirar as vassouras de quem nos emprestar... — completou.

— Mas, olhe, podemos nos virar com um Wingardium... — ela sugeriu.

— Não tem como copiar o quidditch — eles ouviram Fred, por trás deles.

— Realmente, não tem como — disse Sarah, sorrindo.

Um plano começava a se formar.

***

— Aqui está! — exclamou Ginny, como se tivesse descoberto algo muito importante.

Sarah franziu o cenho, olhando de canto para a ruiva, enquanto erguia-se na poltrona, onde estivera fazendo os seus deveres, que eram para o dia seguinte.

— O quê? — perguntou, sem poder conter a curiosidade.

— Eu te apresento a palavra “limites” — disse Ginny, apontando para uma folha de pergaminho em branco.

— Ah! Vai se ferrar! — Sarah empurrou-a, voltando a atenção para o livro de Transfiguração.

— Sabe o que significa? Algo que marca o fim de algo — continuou a garota, tentando conter o riso.

Sarah olhou séria para a amiga.

— E a que se deve essa aula de gramática? — ela perguntou, tentando ser casual.

— Fred e George me contaram sobre o seu novo plano suicida — respondeu Ginny, enrolando o pergaminho e jogando-o em cima da mesa, de qualquer jeito.

— Não importa o que vocês digam, eu não vou desistir — disse Sarah.

— E, é claro, vai me meter nessa! — ela resmungou, sentando-se ao lado da amiga.

— E quem mais eu pediria para me ajudar?

***

— Se você me deixar cair, eu te mato, Frederick Gideon Weasley!

Era momento de o plano entrar em ação. Era complicado, mas Fred e George conseguiram reforços para fazer o que precisavam. Angelina e Lee acenaram para Sarah, contendo o sorriso pela bronca de Ginny, que estava bem mau humorada por estar fazendo aquilo.

— Você pode cair em uma partida de quidditch, mas não ameaça a vassoura por causa disso — disse Fred, calmamente.

— Pois é, pena que eu não sou irmã da vassoura — Ginny retrucou, com um sorriso debochado.

Virando-se com rapidez, ela fez o seu cabelo, preso em um rabo de cavalo, ondular levemente atrás de si, e o irmão escapou por pouco de bater em seu rosto. Já Sarah tinha o pensamento de que ela podia fazer qualquer coisa de cabelo solto, uma certa rebeldia que teve a partir de uma briga com Amber, anos antes.

— Podemos começar? — perguntou Sarah, esfregando as mãos, animada.

— A vida de vocês será bem animada — murmurou Ginny para o irmão.

Elas encostaram as mãos na parede.

As pessoas já passavam, curiosas com a cena, e não era para menos. Angelina e Lee seguravam as suas varinhas, atrás de Fred e George, que também seguravam as suas, mas com mais firmeza.

— Já! — disse Angelina.

— Wingardium Leviosa! — Fred e George conjuraram ao mesmo tempo.

Sarah e Ginny soltaram as mãos da parede, mas sem afastar muito, para guiar-se.

— O que essas malucas estão aprontando? — ouviram alguém perguntar, mas sem prestar a atenção.

Sarah lançou um olhar na direção de Ginny, quando elas pararam a uma certa altura, sorrindo debochada. Ginny levantou uma sobrancelha. Estavam na mesma altura, mas o ego leonino de Ginny não a impedia de sentir-se superior, enquanto Sarah apenas divertia-se pela expressão da amiga. Era bem competitiva, para quem não queria estar ali, para começo de conversa.

— Meninas, eles vão soltar! — disse Angelina, em voz alta, o que fez alguns arregalarem os olhos.

— E, então, a gente entra... — disse Lee, mais para confirmar do que avisando.

— Um, dois — murmurou Angelina, e os gêmeos engoliram em seco — Três!

— Ai, Merlin amado! — Fred abaixou a varinha, cobrindo a cabeça com os braços.

— Não quero ser responsável pela morte de ninguém! — disse George também abaixou a varinha, mas manteve o olhar.

Sarah agarrou a primeira pedra que conseguiu, arranhando um pouco o cotovelo. Agradeceu por estar de calças, ou o pessoal lá debaixo teria um showzinho. Um de seus braços ficou pendendo no ar. Com um pouco de força, ela conseguiu apoiar um dos pés em uma pedra, particularmente, grande. Respirou fundo, recuperando-se, antes de olhar para a situação da amiga.

Ginny foi mais rápida e segurou-se com os dois braços na primeira pedra que viu, assim ela não se desequilibraria. Procurou algum lugar para apoiar seus pés e suspirou, aliviada, assim que viu uma pedra grande o suficiente para aguentá-la.

— Vai, Sarah! — gritou Fred, abaixando-se levemente, depois do choque inicial.

— Obrigada pelo apoio, irmãozinho — Ginny ironizou, com dificuldade.

— Isso não vai prestar... — murmurou George.

— Vocês tinham que torcer para a sua irmã, imbecis! — Angelina bateu levemente no ombro de George, rindo.

— Prepare-se! — Lee sussurrou, elevando a sua varinha.

Sarah olhou rapidamente para baixo, vendo como Angelina e Lee preparavam-se para a segunda parte do plano.

— Ih! Lascou! — ela sussurrou por baixo da respiração.

Tomou um grande impulso, lançando-se às cegas para cima. Não seria pior do que subir até ali com o Wingardium. Ela tinha confiança, não cairia. E, se caísse, teria quem a segurasse. O público aumentava, cada vez mais pessoas parando para olhar a loucura. Era isso o que ela queria, só restava a vinda de Umbridge, e seu plano estaria completo.

Ginny já sabia o que viria a seguir, então preparou-se e começou a subir o mais rápido possível. Sarah estava ao seu lado, mais determinada do que nunca. Mas ela não iria perder.

— Glacius.

Os raios azuis pálidos alcançaram algumas pedras, acima delas. O impacto quebrou e derrubou alguns pedaços cinzentos. Sarah jogou-se para o lado, fora do alcance. Olhando para cima, ela conseguiu identificar o pequeno objeto vermelho flutuante.

Ginny conseguiu desviar-se de alguns pedaços, mas não conseguiu impedir alguns de baterem em seu braço direito. Aquilo provavelmente iria ficar feio se ela não tratasse logo, mas ela se preocuparia com isso depois.

— Precisam fazer melhor do que isso! — gritou Sarah, gargalhando.

Sem prestar atenção, ela estendeu uma das mãos, passando-a, por acidente, pela superfície lisa de gelo, surgida do feitiço lançado. Por isso, ela ficou com o braço pendendo, novamente. Tentou pegar outra pedra, mas sujou-se, já que sua mão, além de gelada, estava molhada.

— Droga! — ela olhou ao redor.

Pegou uma pedra que parecia mais resistente e, dispondo de toda a sua força, ela apoiou-se apenas nela, no tempo de limpar a mão suja na calça.

— Sarah! — gritou Fred, nervoso.

— Desculpe! — ela gritou de volta, voltando a apoiar-se.

— Lumos Solem! — o feitiço foi dito, sem que Sarah se desse conta.

— Ai, demônio! — ela fechou os olhos, tonta com tamanha claridade.

— Que diabos…? — Ginny gritou, enquanto cobria os olhos com uma das mãos.

Isso fez com que ela se desequilibrasse. Mas, por bem pouco, ela conseguiu segurar-se em uma pedra maior. Ainda estava um pouco atordoada por causa do clarão inesperado, mas mesmo assim continuou subindo o mais rápido que podia.

— Lança o Oppugno! — alguém sugeriu a Angelina, parecendo empolgado.

— Se elas estão assim sem varinhas, imagine-as duelando lá de cima — George sussurrou para Fred.

— Por favor, não dê ideias — pediu o irmão.

— Eu tive uma ideia! — Angelina exclamou, empolgada.

— Eu gostei do Oppugno... — murmurou Lee, virando-se para ela — O que eu lanço nelas?

— Lee! — Angelina gritou, fechando a cara.

— Certo! Desculpe! — ele deu um sorriso amarelo — Diga!

— Quenterralopus! — Angelina apontou a varinha para Sarah.

— Estão testando as quatro estações? — gritou Sarah, nervosa, enquanto tentava descolar a blusa molhada colada no corpo — O que vem agora? Flores?

Lee dobrou-se, gargalhando.

Um Reducto foi responsável por mais algumas pedras caírem na direção das meninas.

— Diffindo — Lee apontou a varinha para um galho da árvore, que estava do outro lado de uma das janelas — Oppugno.

As folhas soltaram-se, indo em direção à Ginny.

Elas ficaram girando em torno dela, o que fez com que subir ficasse cada vez mais complicado.

Procurou uma pedra maior e apoiou uma mão nela, enquanto usava a outra mão para tentar tirar aquelas coisas de perto. Quando finalmente conseguiu livrar-se delas, percebeu que Sarah estava na frente. Tomou impulso e começou a subir cada vez mais rápido.

— E as flores? — perguntou George, cruzando os braços.

— Nem tudo são flores na vida! — brincou Fred.

— Gostou das quatro estações, hein? — observou Angelina.

— Cuida da sua, que eu cuido da minha! — retrucou Lee.

— Nosso objetivo está chegando! — avisou Fred, olhando para trás.

— Não parem agora! — disse George, olhando na mesma direção.

Uma inconfundível Umbridge, junto de outros professores, chegavam perto, percebendo a enorme confusão, que impedia a passagem no corredor.

— O que está acontecendo aqui? — perguntou a mulher de roupas rosas.

— Pelas barbas de Merlin! Senhorita Black! — a professora McGonagall apareceu ao seu lado, olhando para cima, a mão em cima do peito — Aquela é a senhorita Weasley?

— Eu é quem não sou — Amber disse, em um lado.

— Pega! — Fred gritou, enquanto Angelina e Lee escondiam as suas varinhas nas vestes.

Mas era impossível não identificá-los como responsáveis pela confusão, estavam no meio do círculo de alunos, enquanto duas alunas subiam pelas paredes, literalmente.

— Sem mais problemas! É agora que eu ganho! — disse Sarah, vendo como a bandeira ficava cada vez mais perto.

— É o que nós vamos ver — Ginny respondeu, enquanto se aproximava cada vez mais de Sarah e da bandeira.

— Alguém pare aquelas duas! — gritou Umbridge, furiosa.

— Elas estão quase lá! — protestou Lee.

— “Alguém”? — McGonagall virou-se para ela, uma sobrancelha erguida — É sua responsabilidade, como diretora desta escola, impedir que coisas assim aconteçam!

— Accio! — Umbridge apontou a varinha para Sarah, que estava a um braço de alcançar a bandeira.

A morena gritou durante a queda, enquanto para Ginny tornou-se difícil sustentar-se em seu lugar, de tanto que ria, encolhida na parede. Fred segurou a namorada, antes que caísse no chão.

— Oi, lindo, vem sempre aqui? — ela deu uma piscadela.

— Você fica sexy até com o cabelo bagunçado — disse Fred, sorrindo.

— Vai descer por bem ou por mal? — gritou Umbridge para Ginny.

— George, me segura! — ela gritou.

— Não! — George gritou mais forte, empunhando a varinha — Wingardium Leviosa!

— Como você se sente? — perguntou Fred, enquanto Sarah ajeitava-se.

— Como se eu tivesse passado pela montanha russa mais rápida do mundo! — ela respondeu, um sorriso enorme no rosto.

— Montanha o quê? — ele franziu o cenho, confuso.

— Deixa pra lá! — ela negou com a cabeça.

— Ai, meu braço! — Ginny gemeu de dor quando o braço começou a arder. Estava sangrando.

Todos no chão, viraram-se para olhar a diretora, que parecia enlouquecida.

— Vocês... Vocês... — dizia Umbridge — Vocês quatro! Seis!

— Oito! Dez! — zombou Sarah, sob o olhar incrédulo dos amigos.

— Detenção! — Umbridge gritou, fazendo Lee dar um pulo para trás, pelo susto — Vocês estão de detenção! Por um mês! Pelo resto do ano! E vocês! Que observaram e não fizeram nada...

— Dolores, terá que dar detenção a todo o castelo — interrompeu-lhe a professora McGonagall — Espero que tenhamos tarefas suficientes.

— Voltem para as suas salas! — Umbridge completou a frase, gritando — Vocês, seis, sigam-me!

A professora McGonagall, vendo a situação de Ginny, apoiou a varinha levemente sobre o ferimento, deixando apenas o sangue fresco, sobre a pele lisa, sem evidências de quaisquer ferimentos. Ela não demonstrava estar irritada, pelo contrário, tinha uma expressão serena no rosto.

Sarah deixou-se ficar para trás da comitiva. Procurou a varinha por dentro das vestes, rapidamente, e ergueu-a:

— Accio!

A pequena bandeira despencou do arco, indo até a sua mão.

— Ganhei! — ela deu um sorriso malicioso.


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