Sonhei que quando cheguei ao novo colégio, todos me ignoravam e quando iria tentar se aproximar dos mesmos, eles se afastavam, não sei porquê mas parecia tão real...

Fui tomar um copo de leite ( com as muletas) e em seguida voltei para a cama, eram exatamente 3:00 da manhã.

Fiquei pensando em como seria o novo colégio, será que encontrarei novos amigos? Será que ficarei sozinha? Não sei como será, além do mais não estou nem um pouco animada, mas pelo menos nesse colégio eu não precisei fazer minha própria matrícula.

Não estava mais conseguido dormir, então liguei a luz do abajur e comecei ler um livro novo que tinha pego na biblioteca municipal, se chama Escola Noturna de C.J Daugherty que conta a história de uma adolescente muito problemática chamada Allie Sheridan e quando vai presa de novo, seus pais decidem que já estão fartos. Assim, ela é despachada para a Academia Cimmeria, um colégio interno bem distante dos seus amigos londrinos.
A academia é uma bela construção, cheia de adolescentes lindos e milionários do tipo que viaja de jatinho, foi criado pela babá e só faz compras nos endereços mais exclusivos. Em Escola Noturna, primeiro volume de uma série, Allie faz novas amizades e conhece Carter, um rapaz solitário com quem ela sente uma conexão imediata.
Só que seus colegas, e talvez até alguns dos professores, estão protegendo um segredo sombrio. Quando o perigo começa a rondar os muros da escola e a violência se torna realidade, Allie terá que decidir em quem confiar, se quiser descobrir o que está acontecendo.

Amo muito esse livro e já estou lendo pela quarta vez, me identifico muito, claro, só em algumas coisas. Caí no sono abraçada com o livro, acordei  10:00 da manhã, nossa já era muito tarde, tomei meu café depressa e fui para a frente do computador, aproveitei que minha mãe estava online para conversar com ela.

—Oiii mãe... Disse.

—Oii Filha, como está? Falou.

—Estou bem e a senhora? Respondi.

—Vou indo né filha.. Disse meio triste.

—Já arrumou emprego? Perguntei curiosa.

—Ainda não, mais eu e seu pai estamos fazendo o que pode, inclusive ele está nesse momento procurando algum emprego, falou-me.

—Tomara que der certo! Disse-lhe.

—E como está indo aí com sua tia? Estão se entendendo? Perguntou-me.

—Estamos sim! Respondi.

—E a escola? Sua tia me contou sobre você ter que se mudar de colégio, o jeito foi concordar. Você me entende filha? Disse-me.

—Claro que sim mãe, mas eu vou ficar bem, falei.

—Sério mesmo que ficará bem? Disse-me.

—Se eu estou dizendo... Respondi.

—Tudo bem, mas cadê sua tia? Perguntou.

—Ela está trabalhando... Respondi.

—Aah, está precisando de algo? Se precisar é só falar, disse-me.

—Não estou não mãe, obrigada, respondi.

—Então tá, preciso ir agora filha, vou ter que fazer umas comprinhas agora, mande um beijo pra sua tia, tá? Falou despedindo-me.

—Tá mãe eu mando pode deixar, tchau, despedi.

Desliguei o computador assim que me despedir dela, conversamos um bocado, já era quase meio dia quando minha tia chegou, contei para ela sobre a conversa que tive com a minha mãe e ela sorriu.

Almoçamos juntas e ela me contou uma coisa que tinha acontecido com uma amiga dela no trabalho que me deixou paralisada.