Quando recuperei a consciência, estava em uma cama de hospital, totalmente fraca, rodeada de aparelhos. Alguém se aproximou, era o Nathaniel.

—O que aconteceu? Perguntou sério.

—Você foi atropelada por um carro que vinha em alta velocidade, viram você com a farda da escola e ligaram para lá avisando-nos do ocorrido, no princípio não sabíamos que era você, mas pela descrição pudemos saber, confesso que me deixou com muito medo essa notícia e logo decidi vir aqui te acompanhar até que sua tia não chegue, me explicou.

—Mas... Estranhei a sua presença.

—Você achou estranho eu vir aqui depois de ontem né?  Realmente confesso que errei, estava bastante nervoso com alguns problemas pessoais e acabei descontando em você, me perdoe, disse arrependido.

—Não precisa pedir perdão, eu também errei, disse tentando não parecer injusta.

—Não se preocupe, o que importa nesse momento é a sua saúde, ele disse, parecia realmente estar preocupado. Logo em seguida minha tia chegou.

—Tia! Falei animada com sua presença.

—Oi querida, como você está? Fiquei sabendo do seu acidente e vim correndo, você está melhor? Ela disse se aproximando de mim.

—Estou sim, só foi um susto, respondi.

—Vou conversar com o médico lá fora, depois eu volto pra te ver, tchau, disse saindo da sala.

—Tchau tia, disse.

Assim que minha tia saiu, pedi para o Nathaniel excluir o perfil falso da sua irmã no seu computador, ele fez isso em alguns minutos sem reclamar (Não sei como ele conseguiu fazer isso tão rápido). Apenas agradeci.

Minha tia entrou na sala e disse para mim e Nathaniel que terei que fazer uma pequena cirurgia, pois tinha fraturado um osso da perna.

—Que horas será a cirurgia? Perguntei angustiada.

—Daqui a pouco, aliás, não vou para a casa tão cedo preciso ficar aqui com você. Nathaniel você pode ir pra casa descansar irei ficar com minha sobrinha, obrigada por se preocupar, disse agradecendo-lhe.

—Não tem nada a agradecer, já vou indo então, depois eu ligo para saber como você está, que tudo der certo, vou torcer por você, disse sorrindo.

—Obrigada, agradeci.

Vieram me levar para a sala de cirurgia, estava bem tranquila, só sentindo algumas dores na perna. Não vi a cirurgia, me deram um calmante para eu dormir.

Depois de duas horas acordei e já estava com a perna enrolada, tinha dado tudo certo. Minha tia estava ao meu lado, acompanhando tudo. Um médico entrou e disse que depois de amanhã iriam me dar alta. Fiquei muito feliz e minha tia também, quando o médico saiu minha tia quis saber de todos os detalhes do acidente.

—Como aconteceu isso menina? Não olhou por onde andava não?  Perguntou sem entender o ocorrido.

—Calma tia, estava distraída, é que fiquei muito nervosa depois de uma discursão que tive com o Nathaniel, falei tentando contornar a situação.

—Então a culpa foi dele? Perguntou.

—Claro que não tia, eu que fui burra e não olhei para os lados antes de atravessar a rua, foi pura falta de atenção minha, não o culpe por isso, ele ficou bastante triste ao saber que eu tinha sido atropelada, se sentiu culpado e se arrependeu,  disse lhe explicando.

—Então tá, se você está dizendo eu acredito, mas não dê muita confiança a ele não, disse meio séria.

—Porque não, posso saber? Perguntei-lhe.

—Você não disse que ele é irmão da tal Ambre, a sua pior inimiga e que ele já te tratou mal por causa dela?  Disse me perguntando.

—Sim, mas ele não tem culpa de sua irmã ser assim, além do mais, mesmo ele tentando muda-la não irá conseguir, essa menina é osso duro de roer, disse brincando.

—Ah mesmo querendo você não terá mais contato com ele, você mudará de escola, esqueceu? Falou me lembrando.

Ela percebeu que eu tinha ficado triste e disse:

—Desculpe querida, não quis te deixar assim, só quero te alertar para você não sofrer depois, vai por mim, esse garoto não é boa companhia pra você, só falo isso pela irmã que ele tem, disse tentando me alertar.

—Já te disse que não é culpa dele, ah tia você não entende nada, sai quero ficar sozinha, falei tentando fazê-la entender.

—Tá já vou indo já, tá ficando muito chata viu? Disse-me provocando.

—Tá bom, bye, disse lhe expulsando.

Minha tia não me entende mesmo ela que se fazer de adolescente pra poder entender meu lado, mas não entende, afs, ás vezes ela consegue ser tão chata...

Dormi um pouco para esquecer aquilo, mas quando tentei pregar os olhos, uma visita inesperada apareceu.