Heróis escrita por Thomaz Moreira


Capítulo 9
IX - Esquadrão Suicida


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas.
Andei sumido, sim, bastante. Bem estou trabalhando em bastante coisa. Muitos projetos, provas e busca por emprego nesse lindo Brasil.
Em compensação esse capítulo é gigante e tem bastante ação com muita menção a personagens da DC, como o próprio título propõe.
Espero que gostem, e comentem para fortalecer ^^



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▲ 2 de Maio de 2019 ▲

DESCONHECIDO

DESCONHECIDO

— O meu grupo é composto por pessoas más, porém eu tenho algo especial que faz eles me respeitarem. — Amanda diz mostrando seu celular com a imagem dos Seis integrantes.

— E quem são esses? — Pergunta um secretário sentado em sua cadeira enquanto coça sua barba.

            Ela se aproxima dos demais. A sala está bastante escura o que deixa alguns com medo. Todos sabiam do que Amanda Waller era capaz de fazer.

— O primeiro é Floyd Lawton, ou, Pistoleiro. Ele é um dos mercenários mais procurados no mundo. Tanto pela polícia como para contratantes. — Ela faz uma pausa sorrindo ao exibir um vídeo de uma câmera de segurança no grande monitor da sala. O mesmo mostra o Pistoleiro em ação, matando uma de suas vítimas com um único tiro, a uma distância muito considerável. — É um dos melhores atiradores do mundo. Mas também é um dos piores pais do mundo. Uma fraqueza que foi explorada pelo morcego.

— A segunda ali, é quem eu estou pensando que é? — Pergunta um dos estagiários um pouco tímido.

— Doutora Harleen Frances Quinzel, ou como é conhecida no sub mundo do crime Harley Quinn. — Ela mostra uma foto da mulher, cabelos despenteados com pontas vermelhas e azuis. Um sorriso psicótico, lembrando muito o outro palhaço. — Ela era uma psicóloga que trabalhava no Arkham. Pouco antes da batalha em Metrópolis contra Brainiac em 2011, o Batman conseguiu prender o palhaço do crime. A doutora virou psicóloga dele, achando que iria cura-lo. Mas acabou se apaixonando, o que resultou em um ponto histórico para a cidade de Gotham.

— Não acha loucura demais soltar essa bomba relógio dentro do time? Além de que eu não vejo necessidade para ela estar lá! — Questiona um dos membros da reunião.

— Harley Quinn tem grandes habilidades que você não consegue ver. Ela sabe lutar bem, além de ser uma ótima estrategista. Comandou o circo dos horrores e todo o carregamento por um ano completo enquanto o Coringa estava afastado. Ela também organizou em 2013 um ataque na cidade de Montgomery Hills, uma prisão onde haviam boatos de que seu amor teria sido transferido.

— Entendi...

— Troy Beckard, ou Alfa. Antigo inimigo dos Patriotas e mais antigo ainda para ExoHand, causou uma grande apresentação para o mundo em 2017 num estádio em Black Lake. — Ela mostra imagens do homem. Aparenta ter meia idade. Usa roupas pretas, um corte de cabelo militar, com um penteado para cima espetado, um brilho em seus cabelos muito grande, e a coloração é um preto semelhante a suas botas. Olhos castanhos amedrontadores e uma tatuagem em sua mão esquerda com um “A”, e outra em seu rosto, uma boca de lobo ligando a sua.  E alguns dentes de ouro que se destacam quando ele sorri. — Assim como a Harley Quinn, ele também não tem poderes. Mas tem uma habilidade persuasiva muito grande. Influencia grandes pessoas para trabalharem para ele. O traficante gangster teve sua última aparição pública em Light City, quando foi capturado por um justiceiro, conhecido como Thundershock.

— Um gangster, essa operação tem tudo para dar certo. — Comenta alguém isolado de todos.

— Pamela Isley, ou Hera Venenosa. Uma mulher que foi envenenada por seu cumplice durante um roubo. Mas ao invés de morrer se tornou parte das plantas...

— Achei que ela tinha sumido...

— Stab Crowler. Seu verdadeiro nome é Jonathan Rodriguez, não se sabe ao certo como isso começou. Mas ele tinha um psicológico muito afetado. O que desenvolveu um ódio gigantesco pela humanidade. E em um certo dia, ele decidiu sair por aí e fez um grande massacre na cidade de Count Lake City. — As imagens dele na rua carregando uma sub metralhadora e atirando para todos os cantos são chocantes. Longos cabelos lisos, e olhos que transmitiam o horror. Além de usar um sobretudo preto bem gótico. — Ele foi pego por três justiceiros da cidade e transferido para o Arkham, para ficar aos cuidados do próprio morcego. Quase esqueci de dizer que ele é um meta humano, e as coisas costumam explodir quando ele se irrita...

— Agora por último, Rick Flag. Ele é um a gente especial designado para as piores missões. Servirá para colocar o grupo na linha. — A foto é de um homem sério, cabelos sociais muito curtos. Um olhar intimidados. Veste uma roupa de soldado com um colete, e carrega em suas mãos um fuzil gigante.

— Mais algum? — Pergunta um dos diretores.

— Não... Essa é a minha força tarefa...

— Não sei se podemos concordar com isso...

— Com todo o respeito, senhor general. Mas já concordaram com coisas piores.

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            Andrew está andando sobre os corredores da base dos Patriotas. Noah está encantado com tudo o que vê. Passam por várias salas. Onde acontecem experimentos. Soldados treinando e cientistas trabalhando. É bastante comum ver agentes e coordenadores correndo de um canto para o outro. Andrew está tão acostumado que acha isso tudo bastante comum. Já Noah fica impressionado a cada passo que dá.

            Eles cruzam o corredor, indo de encontro com uma sala. A porta da mesma se abre sozinha. É a sala principal dos Patriotas, onde acontecem todas as reuniões.

            Os olhos de Noah brilham ao ver o grande espaço. A mesa de vidro espaçosa, a televisão gigante. Os computadores, a geladeira, a máquina de refrigerantes, sofás, entre outras coisas. Mas o que lhe chama atenção, com certeza são eles. Dois Patriotas reunidos conversando. Wander e Chris, que teria se recuperado recentemente.

— Wander! — Grita Andrew sorrindo.

— DJ! — Grita Wander animado. — Tive que cancelar o churrasco por causa de você. Então é bom que essa coisa que você tenha para me falar seja algo útil... E quem é esse aí? — Ele aponta para o garoto mascarado.

— Esse é Thundershock, mais um vigilante. Controla energia e outras coisas que eu não entendi, porque não falo língua de nerd.

— Meu Deus... — Noah fala gaguejando. — É ele mesmo...

— Que fofo, ele tá gaguejando. — Wander brinca. — Então torrão, o que me traz nessa visita?

— Bem, eu fiquei sabendo que vocês estão atrás dos filhos do Khallium. Eu também estou, pensei em dar uma ajudinha.

— Está dentro... — Fala Alben entrando pela porta enquanto coça seu pescoço. Com a outra mão carrega uma pasta com alguns documentos.

— Sério? Simples assim? — Wander franze a testa.

— Sim, eu tive tempo pra estudar ele. — Alben fala jogando a pasta sobre a mesa. — Você tem um grave problema com identidade, hein garoto? — Faz uma pausa para pegar alguns arquivos. — Vamos lá, Noah Langdon, teve um passado difícil. Uma lembrança memorável, seu encontro com Superman em 2011, durante o ataque de Brainiac em Metrópolis. Foi salvo pelo homem de aço, e desde de então virou um fanático por ele. Sempre o defendendo e seguindo seus passos. — É interrompido por Noah.

— Está bem, como você conseguiu essa informação? — O garoto pergunta impressionado.

— Credo, você é fã do escoteiro? Tem gente melhor aí... — Wander fala com nojo.

— Eu concordo... — Andrew balança a cabeça.

— Superman é um ótimo líder e símbolo de esperança. É um bom exemplo a ser seguido. — Fala Chris se levantando da poltrona.

— Tu quer voltar pro coma? —Pergunta Wander sarcasticamente.

— Chris está certo. — Fala Alben. — E eu encontrei todas essas informações no lugar mais improvável. A internet. Você deveria tomar cuidado com ela. Não sabemos que tipo de monstros podemos encontrar lá...

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▲2 de Maio de 2019▲

Nova Esperança – Brasil

22:18

            Sury está com ExoHand. Ele já está usando sua armadura. É uma noite densa e silenciosa. Estão numa rua vazia. Todos ali já estavam dormindo. Bryan se prepara para entrar no prédio aonde está escondido o servidor do Khallium.

— Está bem, tudo o que você precisa fazer é conectar esse dispositivo lá, e eu configuro tudo remotamente. — Sury diz entregando um dispositivo de metal com imã do tamanho de uma bala. — Está com chaves de segurança então o controle remoto não alcança tão longe.

— Beleza, vou nessa. — Ele diz arrombando a janela de vidro e entrando no local sem delicadeza alguma.

            Enquanto isso Sury olha por todos os cantos preocupada, procurando alguém que tivesse visto algo. Era tudo muito assustador para ela, sua primeira missão, também bastante excitante. Tudo o que ela deveria fazer agora é aguarda no estacionamento abaixo do prédio pelo sinal de ExoHand.

            Enquanto isso ele segue por vários corredores, passando por salas vazias e cobertas por poeira. Um local nada iluminado, as portas de madeira eram devoradas por cupins, e o som de seus passos dados no piso pareciam ecoar por todos os cantos.

— Vamos lá, cadê você? — Ele cochicha procurando a localização do servidor pelo mapa no GPS.

            Eis que um sinal surge então. Bem fraco, mas o suficiente para dar esperanças para ele. Está no andar de cima.

            Bryan segue pelo corredor subindo as escadas velhas e cruzando com ratos e baratas que andavam por ali.

            Já está com o dispositivo na mão e uma pistola na outra para o caso de encontrar alguém indesejável protegendo o servidor.

            Ao entrar no andar de cima, parece que o silêncio multiplicou. Ele chega a conseguir ouvir o som dos ratos correndo por aí. Aponta sua arma para todos os cantos enquanto cruza diversas portas procurando pelo servidor.

            O sinal fica muito mais forte quando ele encosta na parede ao seu lado. Estaria ali, muito bem escondido, num lugar sem porta. O que não é um problema para Bryan,

            Ele desliza seu dedo indicador na tela com um toque em seu pulso para ativar a função de super força.

            Conta alguns segundos e dá um murro na parede. O som foi alto e acordou com certeza todas as pragas que viviam ali. A parede teria ficado com uma enorme rachadura e um buraco gigante o suficiente para ele cruzar.

            Ao entrar na sala secreta se depara com o enorme servidor. Nada mais habita aquele local a não ser a grande máquina. Luzes piscando de diferentes cores. O lugar é muito mal iluminado.

            Bryan se aproxima olhando em todos os cantos a procura de algo que o comprometa na missão, mas não encontra. A segurança ali era baixa demais. O que leva Bryan a estranhar tudo isso.

            Ele pega o dispositivo enquanto se aproxima da máquina. E em alguns segundos pluga ele no servidor. O imã faz com que ele grude com força e Bryan solta o dispositivo. Porém, em questão de segundos Sury fala algo que deixa Bryan um pouco desesperado.

— Droga Bryan, eu estava olhando tudo aqui pelo meu celular, e percebi que o alarme silencioso foi disparado quando chegamos. Sai daí o mais rápido possível.

— Porra, era só o que me faltava. — Bryan sussurra apurando seus passos para sair do local.

            Cruza alguns corredores e começa a correr enquanto escuta a voz de Sury dizendo que os dois não tem muito tempo. Ele corre ativando a habilidade de super velocidade de seu traje.

            A cada passo sua preocupação aumentava. Alguém chegaria ali em questão de segundos, e pior seria se fosse a polícia. A missão inteira seria comprometida.

            Avista uma janela no final do corredor. Se ele passasse por ela agilizaria bastante tempo. Apenas atravessa-la e estaria no estacionamento.

            Continua a correr. Saca sua pistola mirando no vidro da janela. Dispara três tiros enquanto corre. Agora estaria apenas a alguns metros de distância.

            Sury escuta os tiros, o que deixa ela mais preocupada ainda. As balas teriam atingido o vidro causado uma grande rachadura.

            Em questão de segundos ele atravessa a janela. Tudo o que a garota vê são os estilhaços de vidro passando em câmera lenta, seguida do alto pulo que ExoHand deu. Ele estaria aterrissando bem ao lado do carro, poupando o tempo de passar por mais corredores.

            Já no chão ele pula na parte de trás da caminhonete vermelha. Sury dá partida no carro com bastante pressão.

— Vai! Vai! Vai! — Ele grita batendo na traseira do carro.

            Ele pisa fundo no acelerador. Os pneus gritam de tanta força feita. O carro logo começa a andar. A velocidade é grande e em poucos segundos eles deixam o estacionamento.

            Após deixarem o estacionamento subterrâneo eles cruzam uma das ruas. Sury se sente mais aliviada por conta do prédio. O pior já teria passado. Ela respira fundo.

— Conseguiu fazer aquele negócio? — Bryan pergunta se acalmando.

— Sim, sim. Foi bem fácil na realidade. — Ela comenta prestando atenção no retrovisor com medo de que alguém surgisse.

            Ela começa a diminuir a velocidade vendo que não corre mais tanto perigo assim. As ruas estão vazias, já era tarde da noite, poucos carros passam por ali. Dois vem na outra mão da rua e atrás um caminhão com uma carga gigante.

            Tudo tranquilo. Bryan chega até mesmo a acender um cigarro olhando para as estrelas, coisa que não fazia a muito tempo.

            O clima está mais calmo agora, Sury está relaxada, ela dá o comando de voz para o celular ligar para Alben que atende a ligação em poucos segundos.

— A gente conseguiu aqui. Vamos voltar para a casa depois de amanhã... — Ela fala aliviada.

— Depois de amanhã? — Pergunta ele curioso.

— Vamos passar um tempinho em uma das praias daqui, pegar uma folga.

— Eu não acredito nisso... — Ele resmunga desligando seu celular.

            Um susto. Uma buzina é disparada. A buzina é tão alta que por alguns segundos faz Sury perder o controle do carro. Bryan rapidamente olha para trás.

            É o mesmo caminhão que estava na outra mão alguns minutos atrás. O motorista é um homem careca de pele branca. Usa um sobretudo com pelos na gola e tem um olhar furioso. Bryan já teria visto algumas fotos dele antes. É Polowsky, Alben teria comentado sobre ele no relatório do Khallium.

— Merda! — Ele grita ao notar a gravidade da situação.

            A rua é uma grande rodovia que parecia sem fim. Sury fica completamente assustada quando percebe o problema.

            Polowsky abre a porta do caminhão ainda em movimento e em alta velocidade. Coloca suas mãos na parte de cima se pendurando e indo parar na parte de cima do caminhão.

            Quem então assume o volante é um dos seguidores do Khallium que estava ao lado de Polowsky.

— Hey, americano! — Grita o homem com sua voz grossa e sotaque russo. — Me encare como um homem! — Seus pés parecem bem firme sobre o caminhão, ele tem todo o equilíbrio.

            Bryan se levanta da caminhonete. Prepara seu traje encarando bem o inimigo.

— Você não vai lá né? — Pergunta Sury com medo. — Eu li o relatório dele. Ele tem uma força fora do comum!

— Meu traje vai me ajudar com isso. E eu não tenho escolha.

— Tem sim! Atira nos pneus! — Ela grita.

— Não vai funcionar, eles são revestidos.

            Os dois veículos estão em alta velocidade. A cena é tensa. E os carros atrás decidem dar a volta quando percebem que estão correndo perigo.

            Bryan analisa bem o veículo. Pensa bem numa estratégia enquanto Polowsky o encara com desprezo.

            Pega um impulso com seus joelhos acionando o salto maior do seu traje e finalmente pula.

— Não! — Grita Sury ao notar o perigo que Bryan corre agora.

            O pulo é longo e impressionante, mas não para Polowsky que nem parece estar impressionado.

            Ele finalmente para na parte de cima do caminhão. Na carga mais especificamente.

— Eu tive tempo para estudar você, sei tudo sobre o seu estilo de luta.

            ExoHand parte para cima sem nem mesmo discutir. Polowsky caminha apressando seus passos. Os dois na mesma direção, até que se chocam. Eles se agarram. O russo obviamente tem mais força e tranca os ombros de Bryan quebrando parte da armadura com muita facilidade.

            Ele começa a se ajoelhar sentindo muita dor. Grita o mais alto que consegue.

— Quando tudo isso acabar, eu vou tirar a máscara do farsante. Você não merece ser chamado de herói!

            ExoHand aproveita o momento para investir dois socos no estomago de Polowsky, mas não fazem nem efeito. Mesmo com a força maior ativada no traje.

            O inimigo o arremessa para longe com apenas uma mão. Ele cambaleia pelo container quase perdendo o controle e caindo do caminhão.

— Não consegue nem ficar de pé. Patético! — Ele comenta.

            Como se já não bastasse tudo isso. Polowsky ainda tinha mais uma carta na manga. Ele tira de dentro de seu sobretudo um chicote de cor preta. Sacode o mesmo dando chibatadas no ar. O suficiente para ele pegar pressão e ativar uma carga elétrica.

            O chicote agora estaria eletrizado, mais um problema para ExoHand. Ele não perde tempo e dá uma chicoteada em direção ao Bryan que ainda está caído. Mas seus reflexos são rápidos e por pouco ele consegue desviar do chicote girando para o lado.

            Polowsky não perde tempo, investe em outro ataque ainda usando o mesmo chicote, porém com mais força. O golpe novamente não atinge Bryan. Sury fica muito mais preocupada.

            O motorista do caminhão estava tentando fazer com que ela perdesse o controle total e batesse. Mas até agora ela estaria indo muito bem.

— Já chega! — Bryan grita dando um chute no meio das pernas de Polowsky.

            O chute nem faz efeito. Ele age como se nada tivesse o atingido. Puxa ExoHand, o levantando pelo pescoço com apenas uma mão e aproximando bastante de seu rosto.

            Antes que ele atingisse um soco no herói como o planejado, ExoHand ativa seu modo de defesa na armadura. Uma grande carga elétrica agora passa pelo corpo de Polowsky. E pela primeira vez, faz efeito.

            Por mais dolorosa que fosse a onda de choque, Polowsky ainda levando bastante dano aguenta firme, segurando Bryan com uma só mão, mas agora sem tanta força. Tudo isso por conta do incomodo gerado pelo choque.

            O Patriota aproveita o momento com a guarda baixa de Polowsky para novamente dar um soco nele. Dessa vez no peito e utilizando o máximo de força que a armadura oferece.

            O impacto gerado é tão forte que faz com que Polowsky solte ele. Enquanto isso, o filho do Khallium ainda persegue Sury com o caminhão, entrando numa rua vazia, porém com muitos estabelecimentos.

— Você vai ficar no chão agora! — Grita Bryan tentando se equilibrar com o peso da armadura.

            Pega impulso para dar um soco em Polosky, que se ajoelha no chão com o ataque. O Patriota não perde tempo e dá um chute na boca dele, dessa vez para desacorda-lo.

            Finalmente teria vencido. Mesmo com a luta tendo acabado, ele ainda teria de cuidar do motorista do caminhão. Sua armadura estava muito danificada, e alguns de seus ossos quebrados. O sangue escorria de seu rosto enquanto ele ainda olhava para o corpo caído de Polowsky naquele caminhão em movimento.

            Decide então finalmente derrubar o motorista. O que seria bem fácil. Ainda no teto do caminhão, ele puxa uma pistola com um dardo tranquilizante. Ele teria que desacordar o homem e tomar rapidamente o controle do caminhão. Mas para a sua surpresa o homem faz algo.

            Ele vira o volante com bastante rapidez e força. O veículo dá uma derrapada e a carga logo se solta. O corpo de Polowsky sumiu perante ao acidente provocado pelo motorista. E Bryan perde o equilíbrio caindo para fora da pista.

            A carga tomba, dando piruetas no ar até que tem um alto impacto com a caminhonete que Sury dirigia, jogando ela também para fora da pista. Porém, a mesma fica presa entre uma parede e um container, sem que a garota pudesse sair do carro, bastante machucada e com diversos arranhões, porém viva.

            Na estrada, o fogo iluminava o caminho. E os poucos moradores se recusavam a ver o que estava acontecendo na rua, por medo. Apenas analisavam pelas janelas de suas casas.

            O motorista teria morrido. Bateu de frente em um poste, o impacto foi tão forte que o matou no mesmo instante.

            Bryan ainda tentava se recuperar. Já estava bastante fraco, quase sem energias para lutar. Sua armadura bastante destruída não passava agora de um peso morto. Mesmo cansado, machucado e incapaz de lutar ele precisa salvar Sury.

            O fogo estaria se espalhando pelo local, quase atingindo o óleo da caminhonete na qual a garota está presa. Isso poderia acarretar num grande problema.

            O que o Patriota não sabia é que estava sendo vigiado. Um prédio a duas ruas dali, vinte andares. No terraço estava ele. Death Shooter. Com sua clássica franja loira, cabelos lisos, metade do rosto coberto por um tipo de proteção na boca, para que a respiração não atrapalhasse seus tiros. E uma armadura de cor preta, semelhante a qualquer roupa do exército, porém a cor foi escolhida para ele se camuflar durante a noite.

            Está sentado na borda do terraço sem medo algum de cair. Segura um rifle gigante com uma mira de longo alcance. E a mesma está apontada para a cabeça de Bryan que mal sabe disso.

            O homem tem um leve senso de humor que o deixa mais aliviado quando ele sabe que vai matar o patriota.

            Analisa tudo pela mira. Ele vê ExoHand tentando salvar a garota desesperado, porém sem sucesso. Estava completamente sem forças e não tinha o que fazer. Apenas um tiro e tudo iria acabar.

            Ele desliza lentamente o dedo sobre o gatilho, aproveitando cada instante daquele precioso momento, até que escuta algo.

            É o ronco alto de uma moto vindo do norte. Alguém estaria se aproximando. Estaria a apenas duas esquinas de diferença de ExoHand e Sury.

            Os dois também escutam o ronco. Isso pode significar ajuda, como pode significar perigo.

            Do prédio de cima Shooter observa tudo, ele já sabe o que está por vir e tira o dedo do gatilho.

— Teria dado sorte se eu tivesse te matado, velhote... — O homem sussurra ao notar quem é que se aproxima.

            Usa um longo sobretudo, algo bastante utilizado por vigilantes, Seu traje é de um tom preto com alguns detalhes em marrom. Um capuz cobre seu rosto. Lentes de contato brancas disfarçam seus olhos, e uma máscara esconde sua identidade. É Khallium, com um olhar de fúria. E ele se aproxima com toda velocidade, muito sério.

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Asilo Arkham

Gotham City

22:30

            Gordon anda entre os corredores da grande prisão. O clima é desagradável. Um péssimo cheiro que com certeza vinha das celas. Vários presidiários tentando colocar suas mãos para fora das grades, na expectativa de pegar o comissário de polícia.

            Os seguranças ficam ali parados, de costas para as celas com um sério olhar, segurando fuzis táticos.

            Ao lado do comissário está ele. Com quase dois metros de altura, incrivelmente assustador. Os bandidos vão ficando em silencio e assustados ao notarem a figura do morcego.

            Está usando seu velho traje. Um olhar sério. Uma bela armadura de cor preta com cinza, o símbolo estampado em seu peito, a capa e a clássica máscara. Até sua sombra assustada os loucos naquela prisão.

— Você anda meio sumido... — Fala o comissário enquanto os dois caminham pelo enorme corredor. — Última aparição confirmada a mais de 4 anos. Tirou férias.

— Gotham não precisa mais de mim... — Ele responde com sua voz grossa e com um tom de fundo computadorizado.

— Acho que vai mudar de opinião...

            Eles chegam ao destino. É uma cela vazia. Diferente das demais. Essa era uma especial para alguém com habilidades incríveis que poderia facilmente causar um estrago em Gotham.

— Essa era a cela pertencente a “Hera Venenosa”. — Aponta o comissário para o local.

            O morcego não transmite nenhum sentimento de surpresa, mesmo estando um pouco.

— Não tem sinal de arrombamento, ou algo do tipo. — Ele afirma. — Foi alguém de dentro que deu acesso para ela. É uma de suas habilidades controlar pessoas.

— Foi o que pensamos. Até descobrirmos que a mesma coisa aconteceu com o Pistoleiro, Alfa e Stab Crowler. As câmeras de segurança mostram alguns soldados sem farda invadindo o local, mas ele não arrombaram nada e passaram por toda segurança. Não sabemos quem foi o responsável por isso ainda, mas pode ser bastante perigoso.

— Se chama Amanda Waller, eu sei o que ela está tramando, e estou indo atrás dela...


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Notas finais do capítulo

E então??? O que acharam???
Sobre esse herói aí no final? Ham?
Sobre essa treta aí na metade? Ham?
Sobre essa equipe de desajustado aí? Ham?
sahusahsausahusa
Comentem ♥



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