Heróis escrita por Thomaz Moreira


Capítulo 8
VIII - Força Tarefa X


Notas iniciais do capítulo

Eai pessoas!!
Vortei!
Oq podem esperar desse capítulo.
Bastante diálogos, e algo bastante legal no final ^^



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▲ 1 de Maio de 2019 ▲

Light City

16:45

Noah está com Andrew em cima de um pequeno prédio da cidade. Ainda é estranho para ele conhecer um herói com essas habilidades. Não seria a primeira vez que ele via outro herói. Antes o garoto já teria conhecido ExoHand, os dois chegaram a lutar juntos em uma situação.

— Então... — O garoto com o traje tenta puxar assunto. — Você é um Patriota? — Pergunta olhando para Andrew enquanto o mesmo brinca no ar. Usando as ondas sonoras para causar um som tão alto abaixo de seu corpo que o faz levitar.

— Sim. — Ele fala enquanto flutua. — E não... Estou mais para a cavalaria.

— Uau. — Ele olha o garoto voando e se sente um pouco incomodado com isso. — Desculpe estar sendo o nerd agora, mas eu estudei física e sei que isso não é possível. — Ele faz uma pausa. — Você está quebrando a barreira do som para poder voar, usando ela como um tipo de turbina. Mas os meus ouvidos deveriam explodir assim como os seus, não é?

            Andrew bufa parecendo bastante tediado. Desce até o topo do prédio e se aproxima de Noah.

— Cara. — Andrew fala bem calmo e sorrindo. Enquanto dá uns tapinhas no ombro de Noah. — Foda-se a física. — Diz sorrindo. — Eu consigo manipular o som para ele se propagar apenas um local. Fazendo com que as pessoas que não estejam nesse local escutem o som, mas não tenham seus tímpanos explodidos. A frequência que você escuta o som é diferente dá real.

— Não tem muita lógica... mas está bem...

— Fala sério! Você vive num mundo aonde tem um alienígena cujo supro pode mudar a rotação da terra. Um maníaco que parece um líder de culto que sai por aí durante a noite vestido de morcego, usando um traje que me parece mais uma fantasia sexual sadomasoquista. E uma mulher que nasceu em outro século, esculpida por um deus grego! — Gesticula se animando. — Quer realmente falar de lógica? — Ele ri. — E eu nem comecei a falar dos meta-humanos ainda!

— Está bem. Faz sentido. — Ele conclui rápido.

— É assim que se fala. — Andrew dá um leve empurrão no garoto. — Mas e você? Por que todo esse traje pra esconder a sua identidade. Eu não preciso de tudo isso, e sempre consegui esconder o meu nome. Nunca descobriram.

            Nesse mesmo momento o comunicado localizado no pulso de Dubstep Guy começa a pitar, ficando com uma cor vermelha.

— Andrew chega de passear nessa droga dessa cidade. Traz o carvão, eu comprei a carne pra assar. Vou aproveitar que o Chris já acordou e que a Emma não está mais por perto. Vai ser O churrasco. Consegui convencer a Kara pra vir também. Quem diria que a prima do Superman seria tão menos certinha do que o próprio, não é? Estou desligando, vem logo. Passei na sua casa para pegar umas coisinhas. A! eu adorei a sua cueca do Batman, roubei pra mim.

            A mensagem teria sido transmitida no viva voz. Noah olha para Andrew, os dois se encaram sem saber como reagir. Noah se segurando para não cair na risada e Andrew tentando desligar aquele comunicador.

— Nunca descobriram? — Noah repete tentando imitar a voz do garoto.

— Bem engraçado você, diz aí, tem muitos amigos? — Pergunta sendo sarcástico.

            No mesmo momento Noah fica em silêncio. Sua postura muda completamente. Como se ele estivesse se lembrando de algo. Uma tragédia que aconteceu no passado. Sua seriedade é explicita.

— Já sei, a clássica tragédia que fez você virar um herói. Pode desabafar, quem você perdeu? Pai? Mãe? Irmão? Na-mo-ra-di-nha? — Ele pergunta cutucando o garoto forçando um sorriso.

— Deixa pra lá. — Ele desfaz o rosto triste. — Enfim, os últimos dias na cidade foram meio estranhos. Fiquei sabendo desses tais “Filhos do Khallium”, e eu até tive problema com alguns. Mas já que você está aqui, eu pensei que você poderia me ajudar... sabe... a... pegar esses caras... Eu tive um problema com eles a algum tempo...

— Vai dar não, tenho um churrasco pra ir. Você escutou, já tá tudo preparado.

— Sem problema. — Noah fala tentando forçar um sorriso.

— Tá bem, eu não consigo ver um sorriso forçado desses, fico com dó. Vou te levar pra base, e ver o que os outros podem fazer por você.

— Jura? Sério? Simples assim? — Pergunta impressionado com a rapidez.

— Quer que eu mude de ideia?

— Não, não, tá bom assim!

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▲ 1 de Maio de 2019 ▲

Base dos Patriotas

19:13

            Bryan e Sury estão dentro do avião disponibilizado pela própria Liga da Justiça. Um modelo com camuflagem e outros apetrechos.

            Ela está organizando suas coisas enquanto Bryan manda mensagens para sua filha no celular. Emily sempre foi bastante preocupada com ele. E Bryan também sempre foi com ela. Mas desde que ela começou a sair com Wander, ele começou a relaxar mais. Como se confiasse bastante nele.

            Sury parece estar com bastante dificuldades para guardar suas malas. A fechadura do armário acima dela está enterrada e a garota não tem força suficiente para abrir. Dá algum tapas tentando abrir, o que incomoda Bryan que só queria silêncio.

— O que foi? — Ele pergunta bufando.

— Essa porcaria não quer abrir! — Responde irritada.

— E o que você tem nessa mala pra guardar aí dentro? Um estoque de comida para o apocalipse? — Pergunta retoricamente enquanto fala impressionado olhando para a mala da garota.

— São os dispositivos de desativação do servidor. Você fala das minhas coisas. Mas não sou eu quem está carregando uma armadura dentro da mala...

— É... e você sabe pra que é essa armadura... deveria usar uma igual... Sabe o que podemos enfrentar no Brasil...

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▲ 1 de Maio de 2019 ▲

Nova Esperança - Brasil

12:12

            Lá está ele. Thomaz. Não como o justiceiro Khallium, mas como alguém comum.

            É meio dia. Um belo sol, Aryana está ao seu lado. Os dois juntos preparam o almoço. Ela corta os legumes enquanto ele prepara o arroz e feijão. Um clima bastante calmo, com direito a música e a troca de sorrisos.

            Os dois chegam a brincar um pouco, jogando restos de comida um no outro. Aryana bem que tenta acerta um pedaço de cenoura nele enquanto ele está de costas distraído. Mas seus reflexos são bastante apurados. Ele sem ao menos ver de onde vem a cenoura, consegue desviar.

            A garota surpresa mal pode esperar pelo que estava vindo. Ele jogou um pouco de água em sua blusa.

— Thomaz! Eu acabei de secar! — Ela fala passando a mão na blusa.

            Ele larga o que está fazendo para sair em direção a ela rapidamente dando-lhe um pequeno susto. Abraça a garota fortemente e lhe dá um beijo bastante molhado. Os dois ficam ali se agarrando por um tempo, tendo uma troca de carinho, até que alguém chama:

— Vocês dois vão ficar se agarrando aí por quanto tempo? Estou esperando aqui!

            Thomaz com o susto se desapega da garota que rapidamente também se afasta disfarçando. Ele procura olhar para a porta, que é de onde vem a fonte da voz feminina.

— Emma?! — Ele pergunta surpreso.

            Ela está encostada na porta sorrindo por finalmente ter reencontrado Thomaz, depois de vários anos.

— Você cresceu, muito. — Ela fala entrando na casa e se aproximando dos dois ainda de braços cruzados.

— E você tá muito bem! — Ele sorri. — Essa aqui é a Aryana, a minha namorada. — Apresenta a garota. — Aryana essa é Emma, aquela que...

— Que você vive me contando histórias sobre vários anos atrás, eu sei. — Ela completa dando um aperto de mão em Emma sorrindo.

— Faz muito tempo mesmo... — Ele comenta.

— É, eu ví que você aprendeu a cozinhar. O que está fazendo?

— Nada que tenha carne, ou derivado de algum animal, relaxa eu aprendi. — Ele brinca. — Apenas o bom e velho arroz e feijão brasileiro. — Falando em brasileiro, eu notei que o seu português melhorou bastante.

— Andei treinando...

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▲ 1 de Maio de 2019 ▲

Black Lake

15:16

            Arthur está em um lago deslizando seus dedos sobre a água enquanto tenta entender o que aconteceu com ele quando encontrou Wander da última vez.

            Está ajoelhado na grama encarando seu reflexo na água. Várias lembranças estariam passando em sua cabeça agora.

            O garoto que sempre se isolou por ser um degenerador. Procurava ficar afastado de todos, mesmo quando uma boa parte das garotas de sua escola tentavam algo com ele por sua aparência.

            Apesar de ser bastante bonito, Arthur nunca quis se relacionar com ninguém, por medo de não aceitação.

            Sua mãe era conhecida na região, por ser uma prostituta famosa, e seu pai um alcoólatra babaca que por vezes discutia com todos.

            O único momento em que ele realmente se sentia bem era quando estava com Wander. Ele foi o primeiro que viu Arthur usar seus poderes, e não o tratou mal. Desde então ele passou a admira-lo.

            Continua passando seus dedos naquela água enquanto seu reflexo fica borrado. Pensando em Wander.

— Filho... — Diz uma voz misteriosa sussurrando nos ouvidos de Arthur.

            O garoto rapidamente fica assustado. Vira para trás tirando sua mão da água, procurando quem teria dito isso. Uma voz masculina suave e bonita, mas que ainda sim assustou o garoto.

            Para sua surpresa ninguém estava lá a não ser ele. O menino procura olhar para todos os cantos e não acha uma única pessoa. Talvez estivesse ficando louco.

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▲ 1 de Maio de 2019 ▲

Desconhecido

Desconhecido

            Os secretários de defesa e chefes de alta patente dos Estados Unidos estão reunidos no comitê de reuniões da ONU. Todos sentados em cadeiras ao redor de uma mesa de vidro.

            A iluminação da sala é um pouco escura. Deixando o clima um pouco tenso.

— Senhores, nos últimos dias uma força maior se mostrou como Khallium. Ele é líder que um grande grupo de pessoas que ultimamente tem causado tumulto a segurança do povo. Precisamos dar um basta nisso, só pode haver uma justiça nesse mundo. — Diz o secretário ajustando sua gravata.

— E como vamos fazer isso. Invadir um pais e matar alguém que significa um símbolo para uma nação, isso pode ser muito perigoso, e ameaça a segurança nacional. — Responde outro ali por perto.

            Uma mulher surge, sua postura impõe superioridade e respeito, mesmo numa sala com tantas pessoas de alta patente. É Amanda Waller.

— Segurança Nacional? — Ela repete rindo. — Estamos falando do Brasil, aquele pais tem uma grande dificuldade de se adaptar com armamento tecnológico. — Faz uma pausa. — Mas de fato, podemos acabar começando uma guerra que não vamos querer, por mais que eles sejam nossos aliados. Temos que fazer isso por baixo dos panos.

— E como pretende fazer isso? — Pergunta o secretário coçando sua barba curioso.

— Eu fui nos confins do inferno para buscar os piores dos piores, pessoas terríveis que receberam o atestado de monstros pelo próprio Diabo. Estou integrando eles a força tarefa X.

— E por que você acha que pode controla-los? — Pergunta um dos chefes rindo.

— Porque controlar pessoas é o que eu sempre fiz. — Ela responde seriamente.

— Francamente, senhores, nós temos ótimos soldados para essa situação!

— Sim, temos, mas Khallium também é um bom soldado. E o que você acha que ele vai expor quando pegar um dos nossos tentando mata-lo? Se colocarmos os bandidos e eles perderem, nós fechamos o projeto, e culpamos eles.

— Pensando por esse lado, até que faz sentido. Evita um grande problema.

— Então, pode por em ação a força tarefa X.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam?
Sei que não teve ação nesse capítulo.
Foi proposital.
Se pararem para ver o que eu estou formando, vão notar que estou formando pequenos ciclos que no final vão causar bastante ação. Prestem atenção em todos os arcos: Arthur, Andrew/Noah, Patriotas/Filhos do Khallium, Khallium e Emma, ExoHand e Sury/Khallium e aliados, Envolvimento da Liga e agora Esquadrão Suicida.
Bom, já deu pra ver que os próximos capítulos terão mais ação.
Espero que gostem e comentem para me dar aquela força ^^



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