28 de Março de 2019

Aeroporto Internacional de Black Lake

15 horas e 57 minutos

            O aeroporto ainda tem pessoas curiosas. Loucas para ver uma batalha, por mais destruidora que ela pudesse ser. O helicóptero já teria partido a alguns minutos. War Tiger e Firefall se encaram com dureza, enquanto os outros ao redor filmam a ação e os policiais já até chamam reforços.

— Então você é o tão falado “Homem mais sexy do mundo” — Tiger brinca usando seu sarcasmo enquanto saca sua espada lentamente.

— Escuta. — Chris chama atenção, levando a situação mais a sério. — Estamos no mesmo lado, somos os heróis. Não somos inimigos um do outro. Podemos resolver isso sem violência. — Chris fala tentando se acalmar.

— Você não é um herói. — Ele afirma. — Só é um cachorrinho que segue regras! — Tiger exclama. — Eu até poderia resolver isso sem violência, mas você já me fez sacar a espada, e agora ela está faminta.

            Terminando o diálogo, War Tiger rapidamente parte para cima de Chris com o intuito de ataca-lo com a espada.

            Corre em sua direção segurando firmemente sua arma. Até que faz então seu ataque, tentando um corte na horizontal na armadura de Chris.

            Porém o outro herói reage rápido. Ele usa sua espada para se defender, fazendo ela de escudo. As duas entram em contato, causando um barulho alto e horrível. No mesmo instante, a espada de Chris começa a pegar fogo, pela reação de War Tiger.

— Poderes mágicos na espada? — Fala intimidando o Patriota. — Eu também tenho, quer dar uma olhada?

            Ele novamente tenta atacar Chris. Dessa vez tendo certeza de que vai atingi-lo. Mas Chris usa sua defesa de novo. Porém, dessa vez algo diferente ocorre.

            Ao entrar em contato com a espada de War Tiger, a arma de Firefall se quebra em dois enormes pedaços.

            O Patriota fica assustado, aquilo nunca teria ocorrido. Alben estava realmente falando sério, quando disse para tomar cuidado com a espada de War Tiger.

— Agora o movimento final! — Ele grita se aproximando de Chris pronto para atacar.

            É nesse momento que um dos policiais decide agir. E junto com ele todos os outros criam coragem para apontar suas armas contra o herói.

— Ei você! — O policial chama atenção de War Tiger. — Fica longe do Patriota!

            Enquanto ele se distrai focando nos policiais, Chris aproveita o momento para usar seu comunicador e pedir reforços para Wander.

— Dá pra vocês cuidarem da vida de vocês?! — Grita War Tiger furioso.

            Chris aproveita o momento em que Tiger está despreparado e resolve atacar, mesmo com sua espada partida ao meio.

            As palavras de Tiger são interrompidas quando ele recebe um empurrão de Chris que aproveita o momento para investir em um soco nas costas do herói.

            Sem tempo para contra-atacar, o outro apenas reage com dor. Suas costas estão doloridas depois daquele soco. É como se a mão do Patriota estivesse pegando fogo antes de atingir as costas de Tiger.

            Ele continua sua sequência de golpes enquanto todos os policiais ao redor olham atentamente para a luta, eles sabem que o Patriota está do lado deles, então decidem ajudar. Apenas um movimento suspeito do herói é o suficiente para os policiais abrirem fogo.

            Em meio a tantos socos nas costas, Tiger parece não reagir mais. Como se ele já não estivesse sentindo mais dor. Nenhum soco mais faz diferença.

            Ele então se vira encarando duramente Chris que fica assustado com sua rápida recuperação.

— Minha vez. — Ele fala.

            Ele puxa sua espada e começa a atacar Chris, que dessa vez está apenas com o uniforme para se defender.

            A espada provoca vário cortes no corpo do Patriota. O sangue começa a se espalhar pelo corpo do mesmo enquanto ele tenta se defender daquela lâmina.

            Porém o outro é mais rápido. E com uma brecha ele decide causar um dano maior. Ele para de brincar e crava de vez a espada no corpo de Chris, mais especificamente em uma região da perna próxima a coxa.

            Ele rapidamente sente a dor. Cai no chão ainda com a espada cravada em sua perna.

            Grita sentindo uma dor insuportável e incalculável. Aquela espada era diferente de todas as outras, alguma coisa nela não era normal.

            Depois de tanto debochar do Patriota ele decide recolher sua arma. E sem dó alguma ele puxa ela de volta.

            A ponta da mesma estava coberta por sangue. Ele olha um pouco esse detalhe e dá uma leve risada.

— No chão! Você está preso! — Grita o policial apontando sua pistola para a cabeça do herói junto com os outros policiais.

            Nesse momento as outras pessoas notam que a situação ficou muito mais séria e decidem deixar de vez o local, sabendo que algo muito ruim pode acontecer. Principalmente pelo uso de armas de fogo.

            Tiger ignora os avisos e começa a caminhar em direção a porta de vidro gigante da qual Emma saiu.

— Mais um passo e nós abriremos fogo! — Grita o policial irritado pensando numa maneira de ajudar Chris que está agoniado sofrendo de dor.

            Ele novamente ignora e segue seu caminho. É nesse momento que os policiais perdem sua total paciência.

            Ele então sem aviso algum abre fogo. Dispara três tiros em sequência. É a deixa para os outros seis policiais também atirarem. Uma chuva de balas de pistola, todas em direção ao herói que fugia.

            Mas seus reflexos são incrivelmente rápidos. No momento do disparo ele rapidamente se vira. Conseguindo ser mais rápido do que a própria bala. Puxa sua espada e literalmente corta a bala em dois pedaços, fazendo o mesmo com todas as outras próximas.

            Um espetáculo, nenhuma teria causado dano a ele. Tiger ainda dá mais um sorriso para os policiais que já não sabem mais como agir.

— É o melhor que consegue fazer? É por isso que nós somos a verdadeira justiça! — Afirma ele.

            Então alguém surge. Voando rapidamente e parando em frente aos policiais está ele, pronto para mais uma batalha. Wander, que sabe que o herói não terá chance alguma contra um alienígena que tem uma força que é medida junto com a de Superman.

            Ele analisa o corpo desmaiado de Chris no chão. Várias pessoas correndo. Os policiais mirando suas armas contra um homem e a espada de Chris quebrada.

— Cara você tá muito ferrado. — Afirma Wander balançando sua cabeça negativamente enquanto caminha lentamente na direção do herói.

— Você não é o peixe que eu estava procurando. Com licença. — War Tiger se retira caminhando em direção a saída.

— A não vai não! — Fala Wander partindo para cima.

            Ele corre muito rápido em direção ao herói com o único e simples objetivo de derruba-lo.

            Já vai pegando um impulso muito forte para acertar um soco no herói e desmaia-lo. Ele fecha sua mão canalizando uma boa força ali e ataca.

            Foi tudo muito rápido. Não teria como ele se defende, mas defendeu. Em menos de 1 segundo ele conseguiu puxar sua espada e colocar na frente e seu rosto. Fazendo com que a mão de Wander atingisse a arma.

            Isso rapidamente corta o ataque do alienígena. O mais chocante, é que esse é um dos ataques mais poderosos do garoto, um dano muito crítico teria sido causado a quem fosse atingido por esse golpe. Mas o soco nem chega a mover a espada de lugar, e ainda sim, não causa um único arranhão a mesma.

            Wander fia completamente surpreso, encarando Tiger com um olhar completamente diferente agora enquanto sua mão ainda está na espada.

— O que foi? — Ele pergunta retoricamente, enquanto olha para o rosto surpreso de Wander. — Magol, pode fazer a sua mágica. O titã se intrometeu. — Fala War Tiger em seu comunicado localizado na sua orelha direita.

            No mesmo instante o corpo do herói é coberto por uma energia negra que rapidamente desaparece junto com Tiger. Deixando Wander ali sem entender nada.

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            Khallium está sentado numa cadeira em frente a uma grande mesa. Junto a ele estão Polowsky, Death Shooter e Kyako. Eles estão ouvindo todas as informações passadas pelo vigilante de capuz.

— Não temos mais tempo. Precisamos ligar o servidor. — Fala Death Shooter.

— Eu sei... — Responde Khallium. — Mas preciso advertir vocês sobre alguns problemas.

— Problemas? — Repete Polowsky deixando claro seu sotaque estrangeiro.

— Tem algumas pessoas na nossa cola. Recebi um recado de uma antiga amiga sobre Os Patriotas. Eles estão planejando acabar com o plano.

— Isso não vai ser um problema. — Polowsky usa sua voz grossa.

— Realmente, esse não é o problema. — Khallium concretiza. — O problema é o que eles atraem. Se eles chamarem atenção da Liga, estaremos ferrados. E um deles tem contato com um membro da liga.

— A Liga da Justiça? — Pergunta Kyako com sua voz fina e meiga, ainda com dificuldades para falar o português brasileiro.

— Exato. — Khallium afirma. — E nós não vamos querer chamar atenção da Liga.

— E quanto ao Magol? — Pergunta Polowsky. — Ele pode ser uma arma muito boa contra eles.

— Pode, mas sua sentença seria a morte. E nenhum de nós será usado de pião em um jogo doentio. — Khallium rebate. — Vamos pensar todas as possibilidades.

— Você falou que Os Patriotas não seriam um problema. — Shooter chama atenção. — Acho que você esqueceu que eles tem um tanque.

— Não se preocupe com o Wander. — O líder tranquiliza. — Nós também temos o nosso “tanque”. — Termina encarando Polowsky.

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28 de Março de 2019

Star City

15 horas e 2 minutos

            O Conde Vertigo está no banco de Star City. Seus reféns são os civis que teriam ido naquele dia fazer um depósito, ou sacar dinheiro.

            Os policiais estão do lado de fora do grande banco, quase todos os policiais de Star City estão ali. Mas mesmo assim, o Conde não parece se intimidar com ameaças ou negociações. Ele não tem interesse monetário algum, por isso não se afeta com nada.

            A bomba nada mais era do que uma forma de chamar atenção do Arqueiro Verde. Por isso o Conde está presente junto a bomba.

            Seu plano teria funcionado. Pois ele conseguiu atrair o herói para sua armadilha. Lá estavam os dois. O Arqueiro Verde e ExoHand. Ambos em cima de um pequeno prédio logo à frente do banco. Estão bolando uma estratégia para entrar no local e deixar o mínimo de feridos possível.

            Oliver usa seu arco com uma flecha especial para atirar contra uma janela de vidro, bem próxima do teto do banco. Ninguém teria visto, ou escutado o tiro, por conta da distância entre a janela e o chão.

            Ele aproveita o tiro para usar o seu arco como rapel. Desce até a janela e muito devagar, sem fazer barulho, ele a abre. Entrando finalmente no local sem que ninguém veja.

            Já ExoHand, usa uma melhoria em sua armadura feita por Sury. A melhoria consistia em três tipos de vantagens que poderiam ser acionadas por um curto tempo. Força, Rapidez e longo salto.

            Ele usa o longo salto apertando um dos botões localizado em um controle próximo ao pulso dele na armadura. Um bip notifica que a ação foi concluída. Sem pouco esperar, ele usa a vantagem. Dá um enorme salto do prédio para o banco. E caí em cima do telhado.

            O salto por sua vez não teria sido uma atitude furtiva. E chamou atenção do Conde Vertigo que para o que está fazendo para ficar completamente sério. As vítimas e ele olham para o teto que foi de onde veio a origem do som do pulo. Por alguns segundos ficando em extremo silêncio.

— Parece que temos um convidado, rapazes! — Anuncia Vertigo aos seus oito capangas desarmados. — Seja muito bem-vindo ARQUEIRO VERDE! — Ele grita estendendo seus braços parecendo estar feliz.

            O homem usa um traje completamente verde. Com um tipo de sobretudo que possui uma capa, e máscara de mesma cor, tapando quase que completamente seu rosto. Deixando apenas à vista, seus cabelos, nariz e boca.  Falando neles, seus cabelos são loiros e bem curtos. O homem tem uma aparência de alguém com trinta anos, mas parece tão feliz quanto uma criança de dez anos.

— Vamos, apareça, para começar a festa! — O Conde fala enquanto ri. — É isso, ou em dez segundos, eu explodo a bomba.

            Sua risada é alta e ecoa por todo o banco, deixando os civis preocupados. Os mesmos estão de cabeça baixa deitados no chão. Alguns orando para que algo divino interfira nessa ação, e outros apenas esperando que tudo acabe bem.

— Se você insiste. — Fala o Arqueiro revelando sua posição.

            Ele então dá uma cambalhota no ar caindo com pose no chão. Lá está ele, pronto para uma batalha. Isso deixa todos mais aliviados, inclusive os policiais, por terem um membro da Liga interferindo.

— Rapazes, podem ir. — Fala o Conde.

            Os capangas miram suas armas em direção ao Arqueiro. Fuzis de alta artilharia. Por mais assustadores que fossem, isso não parece deixar o herói preocupado. Porém os civis ficam, e muito.

— O que estão esperando, um convite? — O Arqueiro brinca. — Podem atirar.

            É no mesmo instante que todos os oito decidem tomar atitude para apertar o gatilho já mirando em todo o corpo do membro da liga. Mesmo esperando uma reação ao apartarem o gatilho, nada acontece. Nenhuma bala sai da arma dos oito. Ao invés disso, a arma dá um leve choque neles, fazendo eles largarem elas por impulso.

— O que foi isso? — Pergunta o Conde olhando para o desespero de seus capangas que não entenderam como aquilo aconteceu.

— Um brinquedinho que o morcego me emprestou. — Ele responde. — Agora se não se importa, nós temos que pegar alguns bandidos, incluindo você. — Ele fala tranquilo.

— Nós? — Pergunta o líder curioso sem entender nada da situação.

            Nesse mesmo momento, uma pequena explosão ocorre no teto do banco. Abrindo um buraco com tamanho suficiente para passar o Patriota. Ele cai no chão, já pronto para uma luta. Estala seus dedos e pescoço e fecha seus punhos após ativar a vantagem de força.

            A explosão teria dado um susto em todos ali dentro, menos no Arqueiro que já sabia que aquilo fazia parte do plano. Até mesmo a polícia já teria entendido que o herói tinha tudo sobre controle quando notou sua calma durante a situação. Por isso decidiu não agir, apenas ficar de olho, caso algo saia do controle.

— Sim, nós. — Fala ExoHand, respondendo o Conde, bem próximo a um dos capangas.

            Ele não perde tempo para acertar um soco com um enorme impulso no capanga, dando início a luta.

            O soco é tão forte, que no mesmo instante derruba na hora o bandido, que cai desacordado no chão.

            O Arqueiro aproveita a distração do líder que presta atenção em ExoHand ainda surpreso e decide agir. Puxa rapidamente uma flecha comum e dispara contra a mão do Conde. A mesma mão que tinha o detonador da bomba.

            A flecha atinge em cheio o dispositivo, destruindo-o na mesma hora. Isso faz com que o líder retorne sua atenção para seu plano.

— Não, não, não, não, não, não, não! — Grita o Conde ficando furioso.

— Parece que alguém se deu muito mal. — O Arqueiro brinca.

— Ainda não. — Ele responde começando a correr para a saída.

            Sem perder tempo algum, aproveitando que ExoHand está cuidando dos bandidos ele utiliza uma flecha especial. A mesma tem uma ponta bastante afiada. Ele mira com cuidado sobre as pernas do Conde enquanto o mesmo corre e rapidamente dispara.

            A flecha atinge em cheio sua canela, fazendo ele tombar no chão. Sem forças para andar.

— Droga! — Ele grita sentindo muita dor.

            Um pouco de sangue começa a escorrer de sua perna. Mas o Arqueiro teria tomado muito cuidado com o lugar que acertaria a flecha, justamente para não mata-lo. Apenas impossibilita-lo de andar por um tempo.

            Agora ele está ali gritando de dor tentando se mover sem sucesso algum.

— Fica aí no chão porque eu tenho que resolver uma questão aqui. — Brinca o herói, indo em direção a luta.

            Ele decide ajudar seu amigo que já teria derrubado três bandidos com a maior facilidade.

            Enquanto ExoHand usa seus punhos para socar o estomago de mais um, O Arqueiro Verde desvia dos ataques de faca de outro, recuando alguns passos.

            Ele aproveita o curto tempo de intervalo entre um golpe e outro e investe em um chute na barriga do homem. O deixando sem ar por um curto tempo. Aproveita para dar uma cotovelada em suas costas após pegar um impulso, derrubando ele no chão de vez. O homem desiste da luta ficando no chão.

— Está gostando? — Pergunta o Arqueiro à ExoHand. — É como nos velhos tempos, meu caro.

— Sim, fazia tempo que eu não lutava assim. Já estava perdendo o jeito. — Responde ExoHand desviando de ataques com a maior facilidade.

            Ele emenda uma sequência de golpes, dando alguns socos na costela de um dos homens, o deixando muito dolorido. Aproveita o tempo, para dar uma pancada desmaiando o mesmo. Mas quando olha para a frente nota que está prestes a receber um murro em seu rosto. Porém, antes que desviasse, do golpe, uma flecha atinge o homem o eletrocutando com uma leve carga.

— Valeu. — Ele agradece.

— Sem problemas. — Responde o herói sorrindo.

            Os dois últimos partem para cima de ExoHand que rapidamente reage, batendo a cabeça dos dois que caem ao mesmo tempo no chão.

— É acho que acabou. — Fala o Arqueiro olhando para os bandidos caídos.

— O que? Não! — Grita o Conde decepcionado.

— Cala a boca aí! — Responde ExoHand.

— Quem você pensa que é? — Pergunta ele ainda frustrado.

— A sua sentença. — Ele responde.

            Os civis ficam mais aliviados agora que a situação se resolveu. Todos se levantam aos poucos agradecendo os heróis, mais felizes. Alguns ainda chocados com toda a situação.

            A polícia decide finalmente entrar no banco para prender os bandidos, algemando os mesmos. Enquanto ExoHand e o Arqueiro observam a prisão deles, uma garota de uns cinco anos se aproxima timidamente.

— Com licença. — Ela chama atenção dos dois heróis.

— Sim. — O Arqueiro sorri.

— Vocês são da Liga da Justiça? — Ela pergunta inocentemente.

            Bryan olha para Oliver sem saber como responder a pergunta. Por um minutos eles ficam em silêncio, até que o Arqueiro responde.

— Sim, somos. — Ele sorri novamente.

— Puxa, que legal! — Ela se anima. — Muito obrigada por me salvar. — Ele fala se soltando um pouco mais agora.

            Antes mesmo que um dos dois pudesse responder a garota ela decide agir. Parte para cima dos dois, e dá um forte abraço neles.

            O abraço dura segundos e tanto Bryan quanto Oliver não sabem como reagir. Bryan é o que mais fica envergonhado perante essa situação. Os dois ficam calados um pouco surpresos com o abraço da garota.

— Lana! Vamos logo querida! — Fala uma mulher do lado de fora do banco que parecia ser a mãe da garota.

            No mesmo instante se solta deixando os heróis mais à vontade. Bryan respira fundo depois desse longo abraço ainda envergonhado.

— Estou indo! — Ela responde. — Adeus. — Ela fala para os heróis sorrindo.

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29 de Março de 2019

Light City

16 horas e 4 minutos

            Noah Langdon, um garoto comum que recentemente teria começado seu estágio na InoTec, escondia um segredo. O garoto nerd de pele clara, olhos castanhos e cabelos curtos espetados era muito mais do que alguém simples.

            Já teria passado por diversas situações perigosas. Thundershock como ele se auto intitulava quando colocava sua armadura, é o nome de super herói que ele mesmo escolheu quando decidiu combater o crime.

            Um belo traje bastante detalhado que protege todo seu corpo. Emborrachado semelhante ao traje de Flash. O mesma possui uma coloração preta com purpura. Um círculo é estampado no abdômen, e dentro dele um “T”, junto a um “S” em formato de raio, simbolizando o seu poder. O mesmo raio desce até seu cinto dando um ótimo acabamento detalhado. O cinto tem o mesmo símbolo do herói. As luvas, assim como as botas, são de cor púrpura, e possuem fios especiais que ajudam a auxiliar no controle de energia. Usa lentes brancas junto a uma máscara para esconder o seu rosto e preservar sua identidade.

            O garoto estaria na saída da escola. A aula teria acabado, e os alunos aos montes deixavam o lugar. Uma verdadeira bagunça no pátio e estacionamento.

            Enquanto mexe em seu celular ele mal nota a estranha movimentação que vem se formando no estacionamento. Estaria tentando ligar para o seu chefe quando reparou que algo estava errado.

            Algumas pessoas começaram a gritar desesperadas. Estudantes na grande maioria. Entraram em choque quando viram a cena.

            Era um estudante, estava morto no chão próximo ao seu carro. Suas roupas encontram-se completamente ensanguentada, a carne de seu corpo perfurada por várias laminas. Seus olhos abertos revelam o que foi pavor antes de sua morte.

            Ao lado da poça de sangue um aviso. Um pequeno bilhete escrito a caneta com algumas manchas de sangue. O mesmo dizia:

“Nós somos os filhos do Khallium, e seguiremos a nova justiça. Kyle e Josh serão os próximos”

            Noah encara o pequeno recado ao lado do corpo sem vida com um tremendo ódio. Tanta é a sua raiva que ele observa a cena enquanto fecha seus punhos e cerra seus dentes.

— Eles vão pagar... — Noah sussurra enquanto os outros alunos ainda encaram a cena chocados.