Heróis escrita por Thomaz Moreira


Capítulo 5
V - O Arqueiro Verde


Notas iniciais do capítulo

IAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
Exagerei um pouco ahsuahushau. Tudo bem com vcs pessoas? Bem, eu vim aqui para dizer que esse capítulo ficou super grande. E tive que dividir em duas partes. Ainda sim ficou grande. Então se vc estava esperando por um capítulo a muito tempo aqui está suhashuahus.
Espero que comente.



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            Thomaz Rodrigues, um adolescente que aos olhos de qualquer um, não passa de alguém comum na sociedade. Porém sua história e a de seus ancestrais envolvem muito conteúdo. É complexa sua origem e quem ele se tornou.

            O garoto descobriu ser um Khallium. O mesmo significa “Aura ou Coração puro” Seguindo sua religião. Ele descobriu mais sobre o que significava essa palavra. Seu tio — Hideki De’Masxa — explicou a ele todos os conceitos da religião chamada CobiHag. A mesma consistia na criação de vários deuses com vários planos espirituais. Aos poucos o garoto foi aprendendo sobre tudo isso.

            Quando atingiu os 14 anos Hideki decidiu que já era a hora de treinar o garoto, que depois de tanto tempo insistindo em aprender, finalmente teria conseguido.

            Thomaz tinha um propósito maior. Por mais que tivesse nascido na Inglaterra, o garoto teve de se mudar para o Brasil, numa cidade chamada Nova Esperança. A morte de seus pais foi o principal motivo. Teve então que morar com seu único parente vivo.

            Mas morar no Brasil e ver toda aquela injustiça e corrupção apenas foi alimentando a chama que havia se acendido na aura de Thomaz.

            Foi então que o garoto decidiu usar o nome “Khallium” para atuar na sua cidade. Livrando a mesma dos bandidos e corruptos.

            A máscara do vigilante dava forças a outras pessoas. E as mesmas influenciadas pelos atos do garoto decidiram agir com ele. Se intitularam “Filhos do Khallium”. E passaram a formar grupos por várias cidades e países com o mesmo propósito de Thomaz.

            Em um certo momento de sua vida, o garoto conheceu Emma. Os trabalharam juntos por um tempo e logo viraram grandes amigos. Mas Emma teve que partir. Seguiu seu rumo e conheceu os Patriotas.

            Thomaz também seguiu sua vida. E agora tinha aliados. Pessoas nas quais ele tinha orgulho. Como sua namorada, Aryana Ribeiro, que futuramente assumiria o manto como Byte Girl, uma heroína que usa a tecnologia ao seu favor como uma hacker. Mas além deu sua namorada, as pessoas ao redor do mundo começaram a fazer homenagens ao herói. O venerando como um deus.

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25 de março de 2019

Star City

            Um helicóptero está pousando num heliponto de um dos prédios das Industrias Queen.

            Do lado de fora esperando ansiosamente está Oliver Queen. O homem rico está bem arrumado com um terno azul escuro, braços cruzados e uma postura de líder.

            O helicóptero finalmente pousa. As hélices vão parando aos poucos e cessando junto ao estrondoso som. O vento que era muito logo vai diminuindo.

            Do helicóptero saí Bryan O’Tony. Está usando também um terno azul escuro. E óculos escuros bastante caros. Carrega consigo uma mala muito grande revestida de couro.

            Se encontra agora com Oliver Queen, algumas pessoas da assessoria da empresa estão tomando nota da chegada de Bryan no local.

            Os dois dão um aperto de mão dando um sorriso. Aos olhos dos outros ali trabalhando na empresa, Bryan veio para fazer uma parceria entre a InoTec e as industrias Queen. Mas Oliver e ele sabiam qual era o motivo da vinda de Bryan

— Já se faz um longo tempo desde a última vez que nós nos encontramos, não é? — Fala Oliver rindo amigavelmente.

— Era um tempo ruim com circunstâncias ruins. — Bryan completa.

            É um longo caminho até a saída do prédio. Eles pegam o elevador e saem pela recepção.

            Na saída são recebidos por vários jornalistas, reportes e fotógrafos que fazem perguntas sobre as duas empresas.

            Como de esperado Bryan e Oliver ignoram as perguntas sobre futuros projetos tecnológicos e entram na limusine. O carro dá partida com destino a mansão do Queen.

— E então quando foi a última vez que veio para cá? — Pergunta Oliver enquanto Bryan olha a cidade pela janela.

— Já fazem alguns anos. — Ele responde.

— Ué. — Fala Oliver surpreso. — Para um rico você não visita muitas cidades populares.

— Não faz o meu estilo.

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28 de março de 2019

Nova Esperança

            Um bandido corre entre os becos da cidade naquela noite. Foge com uma bolsa nos braços. Claramente não era dele. O olhar em seu rosto demonstra desespero. Teria roubado de uma universitária que estaria voltando para a casa naquela hora tardia da noite.

            Sabe que agora está sendo perseguido por alguém. Esse alguém pula de telhados em telhados enquanto o bandido bate suas botas nas poças d’água.

            A respiração é alta, ele está tremulo tentando despistar esse alguém que age silenciosamente.

            Infelizmente teria chego no fim da linha. O beco não tinha saída e era muito mal iluminado.

            A única luz era aquela que estava acesa no poste do beco. E é apagada. Um som de algo atingindo a lâmpada e despedaçando-a faz com que o bandido entre em desespero. Ele já não enxerga mais nada. Porém escuta, e ele tem certeza que os passos que estão vindo a sua frente não são de um aliado.

            Ele vem lentamente. Saca seu bastão puxando-o do apoio de suas costas.

            Abre seus olhos. O bandido então o identifica. Os olhos brancos, por mais que fossem lentes de contato assustavam qualquer um que os visse. Eles brilham naquela escuridão.

            O homem recua alguns passos com medo do vigilante. Ele sabe quem é, Khallium.

— Não, não, por favor! — O bandido gagueja enquanto implora pela vida.

            Khallium aperta um pequeno botão localizado no meio do seu grande bastão de ferro. A reação faz com que duas lâminas — parecidas com adagas — surjam nas duas pontas do bastão.

            É então que enquanto o outro clama pela vida, Khallium crava a ponta do bastão com a lâmina entre a garganta do bandido. O sangue rapidamente escorre entre a arma.

            O homem tenta segurar a arma e puxa-la para fora sentindo muita dor. Mas já está sem forças para isso. Apenas tenta gritar, mas não consegue pois sua garganta foi completamente destroçada. Aos pouco ele vai apagando. Seus olhos perdendo a vida e o sangue caindo no chão.

— Você não é bem-vindo nesse mundo. — Khallium fala com uma voz grossa.

            Ele gira o bastão cravando mais ainda a lâmina no pescoço e matando de vez o sujeito.

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            Uma reunião está sendo feita com todos os Patriotas menos Bryan. Estão sentados em cadeiras em volta de uma mesa enorme oval de vidro. O grande telão está ao lado.

— Encontramos algumas coisas sobre esse tal Khallium. Bryan está interrogando um dos membros do grupo do vigilante. — Fala Alben.

— É engraçado, por que a Liga não mostrou posição nenhuma sobre os recentes atentados. — Fala Wander. — Parece até que eles não se importam.

— Eles são ocupados Wander. Tem vários assuntos para resolver. Coisas que envolvem outros mundos. — Responde Alben.

— Achei que uma arma de kryptonita ia no mínimo chamar atenção do titã azulão. — Ele fala olhando para Andrew.

— Acho que isso pode chamar. — Ele termina ligando o monitor da sala.

            São quatro imagens na televisão, mostrando quatro pessoas. As quatro tinham alguma ligação com Khallium.

— O primeiro tem o codinome de Polowsky. — A imagem do homem careca com uma cicatriz no rosto que ia de forma diagonal, da ponta de seu olho esquerdo, até seus lábios é expandida. — Seu verdadeiro nome é Ivan Polowsky. Ele esteve no Euromaidan na Ucrânia durante os ataques em 2013 e 2014. Perdeu sua família e decidiu vinga-la lutando contra a corrupção. Apesar da aparência de 40 anos, existem fotos dele mostrando que ele lutou na segunda guerra mundial. É um degenerador, um da primeira linhagem. Leva um tempo muito maior para envelhecer, e tem super força. A mesma é comparada diretamente com a de Superman.

— Esse é o tanque do Khallium? — Pergunta Chris impressionado com as fotos dele destruindo carros com facilidade.

— Exatamente. — Responde Alben.

— O segundo é Death Shooter. — Uma imagem de um homem usando uma máscara que cobre seus olhos e nariz e lembra facilmente um gavião é mostrada. Seu traje é uma armadura comum de cor preta bastante moderna e com alguns apetrechos. Pele clara, cabelos loiros e cumpridos até seus ombros. Carrega em suas costas um rifle amedrontador. Aparenta ter entre 30 a 40 anos. — É um tipo de mercenário do bem. Ele é contratado por pessoas na Deep Web e aceita os contratos pesquisando sobre o passado do alvo. Julga se a pessoa merece a morte e inicia o contrato. Suas habilidades são muito perigosas. É um meta- humano com um poder incrível em sua mira. E uma visão perfeita.

— Não tem mulheres com ele? — Pergunta Emma séria.

— Com certeza tem. — Responde Chris olhando diretamente nos olhos de Emma.

— Tem sim. — Responde Alben, ignorando Chris. — Kyako. — A imagem se expande revelando uma mulher com traços orientais. Uma aparência bonita e meiga. Aparenta ter 19 anos. Cabelos longos e escuros com uma franja bela. Olhos castanhos, e um sorriso muito lindo. Na foto ela usa o que parece ser um tipo de quimono branco com as pontas das mangas rosas. — Apesar do sorriso meigo, ela é uma das mais perigosas do grupo. Tem poderes semelhantes aos do Wander. Telecinese, porém com um gral muito mais avançado do que o dele.

— Uí, afasta recalque. — Responde Wander cruzando os braços despreocupado.

— War Tiger. — Alben passa a imagem de um homem que usa uma armadura semelhante a de Death Shooter, a diferença era a cor. Verde forte e fosco. Não se preocupa em usar máscara e tem um cabelo espetado de cor amarelo e social. Carrega em sua mão uma espada. A mesma era muito semelhante com as dos tempos antigos e medievais. Grande e de ferro. — Não se enganem com a espada. Ela não parece um problema, mas é. Há uma lenda antiga sobre um deus do vento que enviou toda sua força para a espada tornando praticamente inquebrável e imbatível. Ele aparentemente é o único que pode controlar ela. Se acreditam em deuses ou não, não importa. O fato é que a espada é perigosa e pode criar redemoinhos capazes de mandar qualquer um de vocês para longe.

— Só isso? — Pergunta Andrew estralando os dedos e pescoço.

— Não... — Alben responde. Logo em seguida muda a imagem. Um homem que usa um sobretudo um pouco rasgado de cor preta com um capuz. Alguns detalhes em vermelho nas pontas eram bem vistos. — Magol. — Ele faz uma pausa. — Bem, ele dispensa apresentações. Depois que abandonou a gente, ele decidiu trabalhar do seu jeito. Seus poderes são os mesmos feitiçaria de alto grau.

— Não acredito que ele está com o Khallium... — Chris fala.

— Eu não consigo ver... Qual é o grande problema do Khallium que vocês tanto acham? — Fala Emma mexendo sua cabeça.

— Ele é louco, quer governar a lei ao seu favor, mata as pessoas e é irresponsável. — Alben fala calmo.

— Ele conseguiu fazer pelo mundo coisas que nem a liga da justiça conseguiu fazer. Tirar o medo do povo. — Ela responde.

— Emma os métodos dele são ultrapassados! Ele age com brutalidade e sem responsabilidade alguma! — Chris grita com ela.

— Isso não tem dado tão errado assim! — Ela fala. — Olha o quanto a cidade da qual ele vive melhorou!

— Estamos falando de execução Emma! Isso está errado! — Chris fala se levantando da cadeira e perdendo sua paciência.

— Fala sério! Você trabalhava no exército. Wander foi banido para cá por que matava pessoas. Bryan matava pessoas. Isso funcionava! — Ela também se levanta.

— Já chega vocês dois! —Alben grita colocando medo até mesmo em Wander e Andrew, acabando com a discussão.

            Emma olha frustrada e com raiva para Alben.

— É por isso que somos o que somos, para eliminar a ameaça... — Ela fala deixando a sala.

▲▲▲

        Bryan e Oliver estão no subterrâneo da mansão Queen. Uma sala escura e pequena com apenas uma cadeira.

            Um homem está amarrado na mesma. É o suposto seguidor do Khallium que causou problemas para cidade.

            Os dois o encaram de braços cruzados, cada um usando seus devidos trajes para não serem identificados.

            Oliver está com seu familiarizado traje verde. Já Bryan está usando um colete a prova de balas de cor preta, e por cima uma armadura de exoesqueleto. A mesma cobre seus braços, barriga e pernas. Ele usa uma máscara que cobre apenas seus olhos de cor preta. Suas duas pistolas estão na cintura. As balas usadas são apenas para atordoar. Feita de um material chamado Octácxio. Ele machuca a pele, porém não penetra. Apenas em muita quantidade.

            Bryan aperta suas mãos com suas luvas de couro fazendo uma leve provocação ao homem preso por cordas na cadeira.

— Já sabe o porquê de estarmos aqui, não é? — Pergunta Bryan agora como ExoHand com uma voz grossa e amedrontadora.

— Acham que eu vou dar informações sobre o Khallium... — O homem fala enquanto ri. — Isso é tão preocupante assim? O que fez você sair da sua cidade, ExoHand?

— Aquele exército que derrubou o Wander. — Bryan aponta o dedo para o rosto do homem. — Derrubaram com uma arma de kryptonita. Tem sorte de sermos os primeiros a pegar você. — Ele faz uma pausa. — Você sabe que temos um outro ser de um outro grupo que é alérgico a kryptonita. E ele vai começar a ficar preocupado com uma arma assim. E acredite, não vai querer ver ele preocupado.

            O homem aos poucos vai ficando sério tomando nota da situação.

— O meu amigo aqui do lado dele faz parte do grupo dele. E basta apenas um toque no celular e ele aparece aqui. Você acha que eu sou o mau policial? Espera pra ver. Ele pode ser generoso, mas quando uma ameaça surge, ele passa por cima dela e destroça. E é isso que ele vai fazer com você. Apenas um toque e ele aparece aqui em menos de cinco segundos...

— Está bem eu falo! — O homem grita preocupado. — Mas depois que tudo isso acabar vocês vão me deixar ir.

— Eu vou pensar nisso. — Afirma o Arqueiro Verde.

— Todos os líderes dos grupos dos filhos do Khallium de cada cidade tem acesso a um tipo de informação confidencial. Sabemos dessas coisas para o caso de uma reunião. Nesse momento ele está trabalhando em um servidor.

— Servidor? — O arqueiro repete se aproximando.

— Sim, e o mesmo coleta informações de todos os heróis e vilões que existem. Ele vai pegar essas informações do banco de dados da segurança nacional e mundial.

— A torre de vigilância... — A feição no rosto do arqueiro muda completamente. Ele passa a ficar assustado, mas não demonstra tanto.

— Ele não tem poder suficiente para se infiltrar nos computadores da torre. — Bryan afirma.

— Eu não duvidaria. O fato é que depois que ele terminar tudo isso, ele vai começar a caçar os vilões. Todos eles, vai virar um caos para os corruptos, mas um paraíso para os justos.

— E para que os dados dos heróis? — ExoHand pergunta mais calmo.

— Caso algum de vocês tente nos impedir, ele tem os pontos fracos de cada um.

— Que merda... — Bryan sussurra. — Vamos. — Ele fala para Oliver.

— Está bem, eu deixo esse aí em Black Gate depois. Foi mais fácil do que eu pensei.

— Você disse que me deixaria sair! — O homem gritaria.

— Eu disse que iria pensar.

            Os dois saem pela porta ignorando os gritos e xingamentos do homem que tenta se soltar das cordas. Ao fechar a porta os gritos são abafados. A sorte de Oliver em ter uma mansão afastada de todos é que ninguém pode ouvi-lo.

            Ao chegarem na sala os dois prestam atenção no noticiário da televisão. A repórter fala sobre uma situação perigosa que está acontecendo nesse exato momento.

“O criminoso conhecido como “Conde Vertigo” fez um pronunciamento a pouco tempo no banco central de Star City. O mesmo ameaçou explodir uma bomba contendo uma quantidade consideravelmente grande da substância conhecida como “Vertigo”. A polícia está a caminho do local, e pedimos à todos para que fiquem longe da área.”

— De novo esse cara? Ele não se cansa? — Pergunta Oliver demonstrando cansaço.

— Precisa de ajuda? — Bryan pergunta olhando fixamente nos olhos do arqueiro.

— Vai ser uma boa, a Canário está cuidando de outros assuntos, então sim. — Ele se anima sorrindo.

▲▲▲

            Emma deixou a base dos Patriotas carregando duas malas suspeitas em suas mãos. A mesma pega um taxi e pede para o motorista deixa-la no aeroporto mais próximo.

            O que ela não tinha percebido é que mesmo com todo o disfarce, ela ainda estava sendo seguida. Chris estava em sua cola com seu traje e espada, muito escondido e acompanhando os passos dela.

            Ele usa a armadura ao seu favor. Consegue correr e dar pulos extremamente altos dentre os prédios para acompanhar o carro sem que ninguém o veja.

            Emma parece estar mandando mensagens para alguém. E por isso não está prestando atenção em outros detalhes como Chris. Tudo o que ela consegue pensar é em sua viajem para o Brasil e seu reencontro com Thomaz. Ela sabe também que caso ela seja vista isso pode significar traição. E talvez até uma guerra.

            A viagem leva algum tempo, mas ela finalmente chega. Acolhe suas malas e entra no aeroporto. Ela está usando um sobretudo marrom com alguns botões. Uma bota grande de mesma cor e óculos escuros muito belos e redondos.

            Carrega suas malas até uma fila, esperando o comandante liberar a entrada para os passageiros.

            O lugar está cheio. Várias pessoas conversando, rindo e se descontraindo. Música de fundo está sendo tocada para deixar um clima mais confortável.

            A fila para a entrada do avião é enorme, mas finalmente começa a andar. Emma respira fundo e dá seu primeiro passo pensando em tudo o que pode acontecer caso ela entre naquele avião. Enquanto ela caminha, a mulher começa a escutar algumas pessoas comentando sobre um herói. Sussurros. No início ela pensa que estão falando sobre ela, mas logo escuta:

— Emma? — É a voz de Chris, a mesma faz com que Emma congele seus passos no mesmo instante.

            Ele está próximo, bem próximo dela. A mulher se vira pensando no que responder. Ali está ele, usando seu uniforme. O traje tecnológico com o símbolo dos Patriotas no peito. Uma espada atrás de suas costas. Firefall.

— Por que a espada Firefall? — Ela fala com uma feição pálida parecendo não se importar enquanto olha para as costas dele.

            O pessoal dentro do aeroporto logo começa a comentar sobre os dois. Alguns batem foto de Chris achando que essa era mais uma situação pacifica. Já outros tentam descobrir quem é a mulher com quem ele está falando.

            Seguranças do aeroporto chegam disfarçadamente cercando o perímetro sem falar nada. Eles não sabem o que está acontecendo, mas sabem que não é bom.

— Está indo falar com Khallium? — Ele pergunta.

— Sim. — Ela responde com facilidade sem se preocupar.

— Emma, eu não posso deixar você fazer isso. — Ele afirma estendendo sua mão como um ato de paz.

            Ela olha para sua mão direta e analisa bem a situação. Ela sabe que independente do que ela escolha agora, vai mudar a sua vida.

— Trouxe a espada. — Ela afirma.

— Eu vim preparado. — Ele fala tentando tranquiliza-la.

            Ela começa a andar em círculos acompanhando os passos dele também. Os outros ali já entenderam que a situação ali não é boa. Mas encistem em ficar para filmar ou acompanhar de perto, mesmo com os seguranças pedindo para eles saírem.

— Que bom Firefall. — Um som de hélice é ecoado por todo o aeroporto. É um helicóptero comum Dá para ver pelas janelas e portas de vidro.

            O helicóptero se aproxima demais do chão, mais não pousa. Ela fica bem próximo a porta da qual Emma está. Três pessoas estão no helicóptero esperando por ela.

— Eu também vim preparada. — Ela afirma agora se aproximando da porta. — Acha que eu não vi você nos prédios? Achou que eu estava distraída quando eu estava mexendo no celular? Eram eles quem eu estava chamando. Eu vi você!

            Ela começa a se mover mais rapidamente até a porta. A multidão cochicha mais ainda sobre a situação. Alguém abre a porta do helicóptero para ela passar.

— Emma! — Chris grita assustando a todos.

            Ela vira seu rosto em direção a ele. Seu grito imediatamente é abafado com o som das hélices do helicóptero.

— Você ir com eles significa que você é inimiga de nós. Eu vou ter que te prender. — Ele grita.

— Boa sorte com isso. — Ela segue seus passos até a porta.

            No mesmo instante ele puxa sua espada. Ela nota isso quando ouvi o som do fogo passando dentre a espada, quando os dedos de Firefall tocam a mesma.

            Seus olhos agora são chamas. Todos no aeroporto levam um susto ao ver a transformação da espada e dele de perto, alguns até preferem ir embora. Já outros decidem ficar para assistir, sem se preocuparem com o perigo. E ainda tem aqueles que tentam descobrir quem é Emma.

            É nesse momento que alguém desce do helicóptero. Está usando uma armadura moderna e com bastante apetrechos, a mesma tem uma cor verde que lembra claramente as roupas de exército. O homem não se preocupa em não usar máscara. Mostra livremente seu rosto. Olhos azuis e cabelos espetados de cor amarela. Ele carrega em sua mão uma espada, a mesma aparentemente é comum e não tem diferença alguma.

            É War Tiger. Todos focam suas atenções nele agora. Ele vem na direção de Firefall dando um sorriso assustador e sarcástico enquanto balança sua espada. Ao lado de Emma agora ele fala:

— Pro helicóptero garota, o chefe quer ver você. — Ele fala sorrindo para ela.

— Está bem. — Ela fala caminhando em direção a porta. — Não mate ele, não quero baixas.

— Vou tentar. — Ele brinca.

            Emma deixa o aeroporto entrando no helicóptero com bastante rapidez. Ela sabe que o cenário vai virar uma guerra em poucos minutos. O mesmo rapidamente decola pegando altitude com facilidade.

— Emma não! — Grita Firefall.

            War Tiger se aproxima dele agora rindo.

— Calma garoto, a única pessoa que você tem que se preocupar agora é comigo...

— Quer brigar de espadas comigo? — Firefall saca a sua novamente segurando com força usando as duas mãos. Mostrando não estar para brincadeira. — Você pode se surpreender.

— Você também...

CONTINUA


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Notas finais do capítulo

CAbooooooo! Masss, tem mais, óbvio shaushuahu
A parte dois sai em breve e esperem batalhas, batalhas empolgantes.
Espero que comentem sobre a fic nos comentários.
Obrigado a todos vocês :)



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