Heróis escrita por Thomaz Moreira


Capítulo 17
XVII - Intervenção direta


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!!
Bem, a fic está começando a chegar no seu final.
Não é uma das fic com muitos comentários, e eu queria que isso mudasse um pouco, já que é uma das que eu mais me dedico.
Espero ver seu comentário ^^



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            Alguns dos maiores governos estão entrando em colapso com os recentes acontecimentos envolvendo Khallium. A promessa que ele fez de purificar esse mundo, estabelecendo uma nova ordem mundial política está começando a sair do papel.

            O governo brasileiro que antes via isso como uma piada, começa a tratar como ameaça. O poder que ele tem, como símbolo e fogo é muito alto, e convincente.

            Na televisão, diversos debates são feitos entre pessoas que defendem o lado dos Patriotas, e pessoas que defendem o próprio Khallium.

            Algumas imagens transmitidas ao vivo da batalha de Light City chegam a ser chocantes. Prédios sofrem muito dano, praças são devastadas sem o mínimo de respeito dos dois lados.

            Em um canal aberto William Wonder Watson, vulgo W.W Watson, está em um debate com David Wilson, filósofo renomado que se graduou na faculdades de pesquisas sociais de Metrópolis.

— Estamos aqui hoje com W.W Watson, dono de um dos maiores jornais de Light City o Light Diary, esta cidade, que hoje passa por uma situação difícil nunca antes vista. Watson se posicionou a favor do “regime” proposto por Khallium. — Fala o apresentador. — Do outro lado, nós temos David Wilson, que veio como promotor para atacar as metodologias de Khallium, afirmando que as mesmas são ultrapassadas.

— O que você chama de regime, eu chamo de justiça. — Watson afirma dando algumas risadas sarcásticas.

— Justiça? Estamos falando de matar pessoas! — David levanta a voz.

— Ah, tá! Como se o nosso governo já não fizesse isso, e sem o consentimento do povo americano. — O homem leva a risada novamente.

— Não significa que não estaríamos nos rebaixando, progredindo, caso aceitássemos esse tipo de coisa em pleno século XXI.

— Diz isso pra rainha da Inglaterra. Legalmente, ela tem o direito de matar quem ela quiser, e não seria punida por isso. Quer dizer que ela está progredida?

— Estou dizendo, que existem outras formas de resolver essas coisas.

— Vamos pegar então o exemplo da Liga da Justiça. — Watson faz uma pausa para comer uma bala de jujuba oferecida pelo apresentador. — Eles prendem pessoas, criminosos que eles mesmos sabem que futuramente vão fugir. E que vão causar um dano maior da próxima vez. É uma bomba relógio. Por isso eu digo que temos que matar esses assassinos.

— Se você matar um assassino, a quantidade de assassinos no mundo continuará a mesma...

— Se for por uma boa causa...              

            David balança sua cabeça negativamente, parecendo não acreditar nas palavras que acabou de ouvir.

— E como você pode garantir para mim, Senhor Watson, que você está aplicando a sua nova “lei” nas pessoas certas. Como pode dizer para mim com toda certeza, que a pessoa que vai morrer não está sendo incriminada injustamente? Devemos nos lembrar que até mesmo a Liga da Justiça já errou... — David afirma.

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Casa Branca

Washington D.C

            O presidente dos Estados Unidos está mais preocupado do que nunca. Depois de uma longa conversa com o presidente do Brasil, ele decidiu tentar algo para acabar com essa briga que tanto está chamando atenção.

            Está na sua sala, na casa branca, encarando o quadro de sua família. Se lembra dos dias felizes que teve com seus três filhos e esposa em Metrópolis. E sabe que precisa tomar uma atitude pensando num bem melhor para todos.

            É então que ele puxa o telefone e disca o número do departamento de controle de ameaças de nível C.

— Senhor presidente? — Diz a mulher na outra linha.

— Preciso que chame o Superman e o seu grupo pra resolver isso... — Ele responde.

— Eles já foram alertados, senhor... — Ela responde.

            O presidente franze a testa ao ouvir isso, parece realmente surpreso. Para ele, a Liga da Justiça estaria tratando de outras questões em outros mundos.

— Espera, a quanto tempo eles já sabem, e do que eles já sabem? — Ele pergunta.

— Eles sabem de tudo, a mais de um mês sobre toda situação. Isso inclui a força tarefa X.

— Meu Deus do céu... — Ele faz uma pausa. — E qual é o motivo deles não terem acabado com essa situação até agora?

— Eles não querem falar...

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Em algum lugar no céu de Light City

            Dubstep está correndo contra o tempo para salvar Kyako. Seu pensamento mais racional seria leva-la até um hospital, mas prefere confiar em Exohand.

            Enquanto voa pelo céu em alta velocidade, graças as altas rajadas de som, ele consegue observar os helicópteros de imprensas lhe filmando.

            A garota nos braços dele está sofrendo demais. E sua barriga está toda suja de sangue. Dubstep teve tempo de olha-la, não como um herói, mas como o simples Andrew, um garoto que está numa situação bastante delicada.

            Mesmo quase desmaiando, ela ainda sorri, um sorriso tímido porém muito lindo.

            O garoto está bem próximo agora, teria deixado a batalha para trás a muito tempo, junto com os helicópteros. Consegue avistar a base dos Patriotas.

            Aterrissa com sucesso na base. Alguns funcionários estão do lado de fora, olham toda a cena bastante chocados.

            Os dois estão cobertos de sangue, e os olhos de preocupado de Andrew são muito impactantes.

— Um médico! Rápido! — Ele grita com sua voz rouca e seca.

— Aqui! — Uma voz feminina responde.

            Ele visualiza uma mulher chegando as pressas com uma maca. Está usando um avental branco, cabelos presos encaracolados e traços orientais.

— Coloca ela aqui, vai, vai, vai! — Fala com rapidez preocupada.

            Com bastante cuidado, Andrew coloca a garota na maca. Agora observa a outra mulher leva-la para o setor que cuida de questões médicas. Vai atrás dela, mas é barrado na porta por um segurança.

— Desculpa, só gente autorizada, credenciais de nível 3.

— Como assim? Eu quero ajudar! — Ele responde.

— Eu sei, mas vai ajudar melhor do lado de fora, lá dentro nós temos um pessoal qualificado para esse tipo de situação. Tudo o que você precisa fazer é se acalmar.

            Andrew respira fundo e olha para o céu. É o tempo dele ver um helicóptero dando partida, parece que mais alguém iria se juntar a batalha de Light City. Conversar com Alben seria o melhor agora.

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Sala principal da base dos Patriotas

            Alben fica mais feliz ao ver que Andrew está de volta, até solta um sorriso, coisa que não fazia a um bom tempo.

— Que bom que você voltou. — Alben fala.

— Como assim? — Andrew franze a testa.

— É o Polowsky, descobrimos que as balas que ele tem carregadas na sua pistola são de uma substâncias capaz de matar facilmente um degenerador. Preciso avisar o Arthur agora, antes que ele pegue o helicóptero para fora da base, o garoto é um degenerador com poderes de gelo. Não está tão preparado para uma batalha.

— Espera, quando eu cheguei aqui, eu vi um helicóptero dando partida...

— Puta merda! — Ele grita chutando uma mesa.

— Cadê a Liga da Justiça quando a gente precisa dela?!

— Eu não sei... Metrópolis está sem Superman a alguns dias. E até houve uma tentativa de assalto ao banco nacional de Gotham devido a ausência do morcego. Parece que a Batgirl conseguiu resolver a situação.

— A gente precisa deles, e precisa agora!

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Light City

            O helicóptero deixa Arthur. O garoto pousa na rua bem perto da batalha. Conseguiu avistar Wander tendo um pouco de trabalho com Polowsky. Ele ainda está tentando se acostumar com seu mais novo traje.

            É uma roupa de couro azul claro bem brilhante. Um traje tático feito especialmente para batalhas corpo a corpo, com suporte para alguns itens. Usa uma máscara da mesma cor do traje que deixa amostra apenas sua boca amostra.

            Enquanto recebe o recado de Alben pelo comunicador, dizendo para ele tomar cuidado com as balas de Polowsky, ele fecha seus punhos, grudando suas luvas.

            Foi surpreendido quando viu o corpo de Wander cair em sua frente. O garoto está todo machucado, com alguns arranhões bem feios. Polowsky cai no chão como se não tivesse sentido dor alguma, enquanto Wander parece não ter muitas forças para se levantar.

— E quem é você? — Pergunta ao notar o garoto, usando seu sotaque russo.

            Wander olha para ele como se já tivesse o reconhecido. Até de um certo sorriso, mas está um pouco preocupado. Nem ele conseguiu dar conta de Polowsky, imagina um garoto que ele mesmo está treinando.

            Arthur não perde tempo ao materializar uma adaga de gelo no ar, a pega e lança no braço do inimigo, causando uma certa dor no mesmo.

— Sou o Ice Boy. — Ele sorri inseguramente.

            Polowsky irritado, parte para cima do garoto. Wander tenta se levantar para ajuda-lo, sabe que ele não vai ser capaz de lutar contra aquele homem.

            Arthur escuta uma voz na sua cabeça, aquela mesma voz de antes no lago. Ela diz para ele dar dois passos para direita em um certo momento, quando estiver bem próximo do inimigo.

            Sem pensar muito, no calor do momento e bem tenso ele decide confiar na voz. E quando falta bem pouco para ele ser atingido, o garoto da dois passos para o lado.

            Polowsky o subestimou, não achou que teria bons reflexos, e isso custou para ele um contra-ataque do inimigo.

            Ice Boy dá um soco nas costas de Polowsky tentando dar um máximo de si, um soco bem forte, mas que ainda deixa o inimigo de pé.

— Tá bom, já chega...

            Polowsky respira fundo puxando sua pistola e disparando rapidamente contra a barriga de Arthur que mal pôde ver o que aconteceu.

— Não! — Grita Wander, ainda sem muitas forças.

            O garoto de olhos arregalados apenas olha para seu ferimento, sem conseguir falar direito. Estaria prestes a morrer. A bala acertou em cheio no seu estômago e agora seu coração está a mil.

            Sua respiração está muito forte. Ele ainda está de pé. Tudo o que consegue ouvir é aquela voz dizendo que vai ficar tudo bem.

            Wander se esforça ao máximo para se colocar de pé. Finalmente consegue cerrando seus dentes. Está cheio de raiva. Olha para seu amigo que cobre seu ferimento com as duas mãos, não dando para ver muita coisa.

— Eu disse que ninguém fica no meu caminho... — O russo termina.

            O que ele não contava é que quando Arthur tirou as mãos de seu ferimento, ele viu que não havia mais nada lá. Era como se a bala nem tivesse o atingido. Uma bala daquelas teria que ter matado ele, pelo simples fato dele ser um degenerador.

            Arthur abre os olhos, encarando seu inimigo mais aliviado. Não sabe o que acabou de acontecer, mas está bem grato por isso. Já Wander, está de boca aberta não entendendo o que aconteceu.

— Como isso é possível?! Essas balas são especiais! — Polowsky retruca.

            Enquanto ele reclama, Wander nota algo estranho, não na superfície próximo a ele, mas no céu. Entre as nuvens perto do sol.

            Tem alguém ali. Está observando tudo, Wander sabe disso, e parece reconhece-lo. Por mais longe que esteja, o garoto consegue vê-lo com sua super visão.

— Toda essa guerrinha já está me irritando, deveriam se render agora! Não sou muito piedoso! — Grita Polowsky com Ice Boy ainda sem notar o que Wander está observando.

            Ele possui aquela capa vermelha, que parece dançar no vento forte. Seu uniforme é azul e muito belo. Está de braços cruzados quase tapando aquele símbolo de esperança que é sua marca registrada.

            Está bem ali, parado parecendo esperar por algo. Talvez o momento perfeito. Um pequeno sorriso cresce na bochecha do garoto quando ele percebe do que se trata.

— E você? Por que está tão feliz? — Pergunta Polowsky sem nem notar o que está se aproximando.

            Ele está vindo numa velocidade muito grande. Rasga o céu com todo seu estrondoso poder. A cor azul marca aquele céu como um traço. O barulho muito alto de toda uma potência em alta velocidade se aproximando começa a chamar atenção de Polowsky e Ice Boy.

            Ambos agora olham para ele que se aproxima do céu. Está vindo na direção de Polowsky e muito rápido. Com seus punhos abertos e quase tão rápido quanto um avião. Deixa ele de olhos arregalados ao ver que está em sua mira.

            Mal pôde ver o que lhe atingiu. No instante seguinte se viu sendo carregado pelo céu e levando fortes socos no rosto daquele que parece bem furioso.

            Na superfície, Wander e Ice Boy acompanham tudo. A linda imagem do herói jogando Polowsky para vários cantos como uma bola, dando murros nele que o arremessa para longe. Alguns socos tão fortes que faz ele atravessar grandes prédios e construções ainda não finalizadas. Ele não para, formando uma grande sequência.

— É ele não é? — Pergunta Ice Boy animado. — É o Superman!

— Bem-vindo ao campo de batalha, escoteiro... — Wander sussurra feliz olhando para aquela cena magnifica.

▲▲▲

            Um dos helicópteros da imprensa local transmite ao vivo imagens da batalha toda. O repórter narra toda aquela grande luta.

— Parece que temos a confirmação da intervenção direta da própria Liga da Justiça na briga entre Khallium e os Patriotas.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam desse final?
Espero que tenham gostado!
Já deu para imaginar o que está por vir auhsauhsahu
E tentem me ajudar comentando ^^ Isso me dá uma força incrível



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