Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora
Notas iniciais do capítulo
Já tem capítulos com banners haha
Espero que gostem ♥
Alice olhava, desconfortável, de uma para a outra.
As três, sentadas no sofá, pareciam incapazes de pronunciar uma palavra.
— Que coincidência, hum? — ela tentou aliviar o clima, com uma brincadeira, mas não adiantou.
Pelo que tinha entendido, elas eram muito amigas, até que Marlene saiu do colégio e mudou-se para os arredores de Hogwarts, bem longe de onde estudava e morava, para já preparar-se para entrar na faculdade.
— O que faz aqui? — Marlene perguntou, um pouco brusca.
— Fui chamada para estudar em Hogwarts — respondeu Lily.
— Bem longe de onde mora — ela observou.
— É, também era de onde você morava. Parece que você resolveu bem o seu problema — a ruiva soava magoada.
— Era óbvio que seria chamada — Alice revirou os olhos para Marlene, virando-se rapidamente para Lily — Quando nos inscrevemos em Hogwarts, respondemos um certo questionário.
— Eu não passei por isso — Lily interrompeu-a.
— Porque você não é sangue pura, ou seja, você é a primeira da sua família a ter uma matrícula no colégio — explicou Alice.
— Universidade — corrigiu Marlene, jogando a cabeça para trás — Você tá ainda com a mente de uma colegial.
Alice puxou a almofada de trás dela, fazendo-a escorregar no sofá.
— Continuando — ela colocou a almofada em seu colo, ainda sem dirigir o olhar para Marlene — Nesse questionário, eles pedem para indicarmos pessoas que não tenham tido parentes por lá. E a Marlene te indicou.
As três ficaram em silêncio, a verdade era que a castanha nem lembrava-se mais desse fato, preencheu o questionário sem importar-se, já que tinha a vaga já garantida.
A campainha tocou novamente, e Alice apressou-se para atender, deixando as outras duas sozinhas.
— Dá pra chamar a Lene? — Ian fez cara de cão abandonado.
— Estamos ocupadas — ela fechou a porta na cara dele.
Voltando para a sala, foi recebida com os olhos arregalados de Marlene, e um riso surgindo.
— O que eu fiz? — perguntou Alice, com uma expressão inocente.
— Cuidado! Ian gama rapidinho nas difíceis — Marlene olhou risonha para Lily, que corou profundamente.
— Você ainda lembra disso? — a ruiva murmurou, constrangida.
— Eu nunca vou esquecer!
Alice ficou feliz por ter feito com que o clima melhorasse na sala.
— Não me apresentei! — ela exclamou — Alice Piperwood.
— Por isso o nome da república? — perguntou Lily, enquanto balançava a mão dela.
— Ian resolveu nomear a dele de república McKinnon. Não tive escolha — bufou Marlene.
— Estão discutindo desde a mudança — murmurou Alice, como se fosse um segredo.
— Marlene vai fazer 70 anos e continuar lembrando disso. Ela é muio rancorosa — disse Lily.
— É! Eu percebi — disse Alice.
Marlene pigarreou, irritada por ser o foco do assunto de forma tão negativa.
— Quando se conheceram? Alugando aqui? — perguntou Lily, curiosa.
Lily nunca admitiria que Marlene tinha salvado a vida dela, indicando-a, pois a garota iria gabar-se por toda a vida.
— Uma escola secundária, que tem aqui perto — Alice deu de ombros — É só ensino médio, acho que para preparar para Hogwarts.
— Deve ser... — murmurou Lily.
— E Petúnia? Está estudando onde? — perguntou Marlene.
— Ilvermorny. Ela conseguiu a bolsa por causa do ballet — respondeu.
— Eu não quero ser chata, mas já sendo — Alice deu uma risada sem graça — Você vai ficar aqui mesmo, então? Quero dizer, estamos procurando por alguém há muito tempo.
— É claro que ficarei aqui — Lily riu pelo nervosismo dela — Relaxa! Mas como assim ninguém quis?
— E eu sei lá! Era trote dos sangues puros da irmandade Silver, era gente que acabou não ficando a fim, trote do Ian... — Marlene começou a citar.
— Seu irmão não muda — Lily revirou os olhos.
— Ele tá no andar de cima. Se ele fizer muito barulho, vou infernizar a vida dele — declarou Marlene, feliz — Ele disse que ia furar uma parte do chão dele, para ver o que fazemos aqui.
— Quem vai arcar com as despesas será ele — Alice riu.
— Certo... Certo... Sua mãe deve estar te esperando aí embaixo, não? — disse Marlene, levantando-se lentamente.
— Droga! É verdade! Eu quase me esqueci! — Lily levantou-se com pressa.
— A gente vai fazer a divisão ainda, mas é em torno de 200 dólares cada uma. Eu e a Alice já pagamos a primeira parte, então agora é só mês que vem — disse Marlene.
— Eu ajudo com as despesas alimentícias, então — disse Lily.
— Minha mãe ama trazer comida pronta para esquentarmos — Marlene riu.
— Não dê essa ideia para a minha. Tenho que ir, então...
Ela foi em direção à porta, acompanhada pela amiga.
— Certo! Eu venho daqui a alguns dias — disse Lily, revirando os olhos — Quando minha mãe superar.
— Acho que você que vai precisar superar — observou Marlene — Aposto que sua mãe quem deu a ideia. Não banque a durona!
— Cale a boca!
— Já vou procurando a cópia da chave, então.
Lily entrou pelo elevador, e Marlene fechou a porta.
— Menos um problema — ela disse, jogando-se no sofá, de olhos fechados — Nunca pensei que a vida adulta seria tão sofrida.
— Deixe de drama — Alice riu.
Marlene virou-se para ela, pensativa.
— Ei! É confortável? — perguntou, pegando uma mecha de seu curto cabelo.
— É menos calor e trabalho para cuidar — disse Alice, desvencilhando-se dela — Vamos procurar a chave da menina!
Lily saiu do prédio e correu para o carro da mãe, que já estava impaciente.
— Pela demora, suponho que tenha conseguido — disse, girando a chave da ignição.
— Graças a Deus! — brincou Lily, ajeitando-se na cadeira — Não sabe quem eu...
— Coloque o cinto — mandou Doralice.
— ...encontrei lá! — continuou, colocando o cinto, e revirando os olhos — Marlene.
— Que ótimo, querida! Mas já era de se esperar — a mãe virou a cabeça, olhando pelo espelho retrovisor, para manobrar o carro — Susan sempre disse sobre a família ter estudado em Hogwarts.
— Eu não lembrava disso — confessou Lily, acomodando-se no banco.
Sua mãe olhou-lhe de soslaio e, sorrindo, ligou o rádio, colocando na estação favorita de Lily.
A volta foi bem mais rápida e melhor do que a ida. Todos os assuntos referentes à faculdade foram resolvidos, ela reviu uma antiga amiga (da qual não tinha percebido quantas saudades sentia), e ela distraiu-se, embalada pela música “Blank Space”, da Taylor Swift.
— Parece que as coisas estão indo bem — comentou Doralice.
— A diretora vai mandar a lista de materiais, correto? — perguntou Lily, de repente — Porque ela não disse sobre isso.
— Claro que irá! Relaxe! — sua mãe sorriu — Se já tiver se mudado, eu arrumo uma desculpa para visitar-lhe.
— Não ficarei longe por muito tempo! Petúnia faz aniversário no dia 23 — Lily revirou os olhos.
— Quem sabe assim conhecemos o namorado misterioso... — murmurou a mulher, preocupada — Você já o viu?
— Não... Quero dizer, ela deve ter me mostrado alguma foto, mas não me lembro.
Doralice sacudiu a cabeça, encerrando o assunto. Começou a tocar “All About That Bass” no rádio.
— Because you know I’m all about that bass, ‘bout that bass, no treble — Marlene pulava no assento de trás — I’m all about that bass, ‘bout that bass, no treble.
Lily, Petúnia e Doralice gargalhavam com a cena.
A ruiva sorriu de lado, as coisas pareciam que iam voltar ao normal. Os melhores anos de sua vida...
Sua mãe parecia saber o que ela pensava, pois sorriu, carinhosamente.
— Vamos nos preparar. Essa mudança será trabalhosa — disse.
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