Proibido Amar escrita por nywphadora, nywphadora


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

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Espero que gostem ♥



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Alice olhava, desconfortável, de uma para a outra.

As três, sentadas no sofá, pareciam incapazes de pronunciar uma palavra.

— Que coincidência, hum? — ela tentou aliviar o clima, com uma brincadeira, mas não adiantou.

Pelo que tinha entendido, elas eram muito amigas, até que Marlene saiu do colégio e mudou-se para os arredores de Hogwarts, bem longe de onde estudava e morava, para já preparar-se para entrar na faculdade.

— O que faz aqui? — Marlene perguntou, um pouco brusca.

— Fui chamada para estudar em Hogwarts — respondeu Lily.

— Bem longe de onde mora — ela observou.

— É, também era de onde você morava. Parece que você resolveu bem o seu problema — a ruiva soava magoada.

— Era óbvio que seria chamada — Alice revirou os olhos para Marlene, virando-se rapidamente para Lily — Quando nos inscrevemos em Hogwarts, respondemos um certo questionário.

— Eu não passei por isso — Lily interrompeu-a.

— Porque você não é sangue pura, ou seja, você é a primeira da sua família a ter uma matrícula no colégio — explicou Alice.

— Universidade — corrigiu Marlene, jogando a cabeça para trás — Você tá ainda com a mente de uma colegial.

Alice puxou a almofada de trás dela, fazendo-a escorregar no sofá.

— Continuando — ela colocou a almofada em seu colo, ainda sem dirigir o olhar para Marlene — Nesse questionário, eles pedem para indicarmos pessoas que não tenham tido parentes por lá. E a Marlene te indicou.

As três ficaram em silêncio, a verdade era que a castanha nem lembrava-se mais desse fato, preencheu o questionário sem importar-se, já que tinha a vaga já garantida.

A campainha tocou novamente, e Alice apressou-se para atender, deixando as outras duas sozinhas.

— Dá pra chamar a Lene? — Ian fez cara de cão abandonado.

— Estamos ocupadas — ela fechou a porta na cara dele.

Voltando para a sala, foi recebida com os olhos arregalados de Marlene, e um riso surgindo.

— O que eu fiz? — perguntou Alice, com uma expressão inocente.

— Cuidado! Ian gama rapidinho nas difíceis — Marlene olhou risonha para Lily, que corou profundamente.

— Você ainda lembra disso? — a ruiva murmurou, constrangida.

— Eu nunca vou esquecer!

Alice ficou feliz por ter feito com que o clima melhorasse na sala.

— Não me apresentei! — ela exclamou — Alice Piperwood.

— Por isso o nome da república? — perguntou Lily, enquanto balançava a mão dela.

— Ian resolveu nomear a dele de república McKinnon. Não tive escolha — bufou Marlene.

— Estão discutindo desde a mudança — murmurou Alice, como se fosse um segredo.

— Marlene vai fazer 70 anos e continuar lembrando disso. Ela é muio rancorosa — disse Lily.

— É! Eu percebi — disse Alice.

Marlene pigarreou, irritada por ser o foco do assunto de forma tão negativa.

— Quando se conheceram? Alugando aqui? — perguntou Lily, curiosa.

Lily nunca admitiria que Marlene tinha salvado a vida dela, indicando-a, pois a garota iria gabar-se por toda a vida.

— Uma escola secundária, que tem aqui perto — Alice deu de ombros — É só ensino médio, acho que para preparar para Hogwarts.

— Deve ser... — murmurou Lily.

— E Petúnia? Está estudando onde? — perguntou Marlene.

— Ilvermorny. Ela conseguiu a bolsa por causa do ballet — respondeu.

— Eu não quero ser chata, mas já sendo — Alice deu uma risada sem graça — Você vai ficar aqui mesmo, então? Quero dizer, estamos procurando por alguém há muito tempo.

— É claro que ficarei aqui — Lily riu pelo nervosismo dela — Relaxa! Mas como assim ninguém quis?

— E eu sei lá! Era trote dos sangues puros da irmandade Silver, era gente que acabou não ficando a fim, trote do Ian... — Marlene começou a citar.

— Seu irmão não muda — Lily revirou os olhos.

— Ele tá no andar de cima. Se ele fizer muito barulho, vou infernizar a vida dele — declarou Marlene, feliz — Ele disse que ia furar uma parte do chão dele, para ver o que fazemos aqui.

— Quem vai arcar com as despesas será ele — Alice riu.

— Certo... Certo... Sua mãe deve estar te esperando aí embaixo, não? — disse Marlene, levantando-se lentamente.

— Droga! É verdade! Eu quase me esqueci! — Lily levantou-se com pressa.

— A gente vai fazer a divisão ainda, mas é em torno de 200 dólares cada uma. Eu e a Alice já pagamos a primeira parte, então agora é só mês que vem — disse Marlene.

— Eu ajudo com as despesas alimentícias, então — disse Lily.

— Minha mãe ama trazer comida pronta para esquentarmos — Marlene riu.

— Não dê essa ideia para a minha. Tenho que ir, então...

Ela foi em direção à porta, acompanhada pela amiga.

— Certo! Eu venho daqui a alguns dias — disse Lily, revirando os olhos — Quando minha mãe superar.

— Acho que você que vai precisar superar — observou Marlene — Aposto que sua mãe quem deu a ideia. Não banque a durona!

— Cale a boca!

— Já vou procurando a cópia da chave, então.

Lily entrou pelo elevador, e Marlene fechou a porta.

— Menos um problema — ela disse, jogando-se no sofá, de olhos fechados — Nunca pensei que a vida adulta seria tão sofrida.

— Deixe de drama — Alice riu.

Marlene virou-se para ela, pensativa.

— Ei! É confortável? — perguntou, pegando uma mecha de seu curto cabelo.

— É menos calor e trabalho para cuidar — disse Alice, desvencilhando-se dela — Vamos procurar a chave da menina!

Lily saiu do prédio e correu para o carro da mãe, que já estava impaciente.

— Pela demora, suponho que tenha conseguido — disse, girando a chave da ignição.

— Graças a Deus! — brincou Lily, ajeitando-se na cadeira — Não sabe quem eu...

— Coloque o cinto — mandou Doralice.

— ...encontrei lá! — continuou, colocando o cinto, e revirando os olhos — Marlene.

— Que ótimo, querida! Mas já era de se esperar — a mãe virou a cabeça, olhando pelo espelho retrovisor, para manobrar o carro — Susan sempre disse sobre a família ter estudado em Hogwarts.

— Eu não lembrava disso — confessou Lily, acomodando-se no banco.

Sua mãe olhou-lhe de soslaio e, sorrindo, ligou o rádio, colocando na estação favorita de Lily.

A volta foi bem mais rápida e melhor do que a ida. Todos os assuntos referentes à faculdade foram resolvidos, ela reviu uma antiga amiga (da qual não tinha percebido quantas saudades sentia), e ela distraiu-se, embalada pela música “Blank Space”, da Taylor Swift.

— Parece que as coisas estão indo bem — comentou Doralice.

— A diretora vai mandar a lista de materiais, correto? — perguntou Lily, de repente — Porque ela não disse sobre isso.

— Claro que irá! Relaxe! — sua mãe sorriu — Se já tiver se mudado, eu arrumo uma desculpa para visitar-lhe.

— Não ficarei longe por muito tempo! Petúnia faz aniversário no dia 23 — Lily revirou os olhos.

— Quem sabe assim conhecemos o namorado misterioso... — murmurou a mulher, preocupada — Você já o viu?

— Não... Quero dizer, ela deve ter me mostrado alguma foto, mas não me lembro.

Doralice sacudiu a cabeça, encerrando o assunto. Começou a tocar “All About That Bass” no rádio.

— Because you know I’m all about that bass, ‘bout that bass, no treble — Marlene pulava no assento de trás — I’m all about that bass, ‘bout that bass, no treble.

Lily, Petúnia e Doralice gargalhavam com a cena.

A ruiva sorriu de lado, as coisas pareciam que iam voltar ao normal. Os melhores anos de sua vida...

Sua mãe parecia saber o que ela pensava, pois sorriu, carinhosamente.

— Vamos nos preparar. Essa mudança será trabalhosa — disse.


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